A Doença de Parkinson – DP, é uma doença neurodegenerativa progressiva, com sintomas motores e não motores característicos (comprometimento cognitivo, depressão, demência, etc.) que afetam a qualidade de vida dos pacientes. A prevalência dobrou nos ultimos 25 anos e a incapacidade e morte estão aumentando mais rapidamente do que por qualquer outro distúrbio neurológico. É uma doença com etiologia multisistêmica e multifatoral despertando o interesse e busca por alternativas que possam retardar a sua progressão ou que sejam neuroprotetoras. No caso das doenças neurodegenerativas, estudos mostram que a qualidade de vida está relacionada à manifestação da religiosidade, por favorecer mecanismos de adaptação em situações difíceis, mas ainda é desconhecido como esses fatores que interferem nesse processo. A Levodopa foi descoberta há mais de 50 anos e ainda hoje é utilizada no tratamento da DP, considerada padrão-ouro. Apesar de sua eficácia não interrompe a progressão da doença, não previne a neurodegeneração subjacente e o uso prolongado está associado a complicações motoras. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi o de identificar associações e riscos entre religiosidade, levodopa e piora da função cognitiva em pacientes diagnosticas com doença de aprkinson idiopática. O primeiro capítulo consiste em uma revisão de estudos clínicos com o objetivo de promover uma visão geral e atual sobre o uso da levodopa no tratamento de sintomas da DP. Como resultado, verificou-se que os estudos atuais buscam combinar a LD a terapias neuroprotetoras ou gênicas para superar as limitações do uso da LD seja em monoterapia ou em administração adjuvante com agonistas e/ou com inibidores da COMT e da MAO-B. Seu uso pode ser iniciado precocemente, sem receio de complicações motoras, que estão mais relacionadas ao tempo de evolução da doença e à dose diária utilizada do que à duração do tratamento em si e as diferentes formas de administração da LD são eficazes no controle de sintomas motores e não motores. O segundo capítulo investigou correlação entre religiosidade e qualidade de vida na DPI e vrificou que pacientes com pior qualidade de vida e mais sintomas depressivos apresentaram maior religiosidade intrínseca. E por fim, o terceiro capítulo foi realizado com o objetivo de verificar se o LED (dosagem equivalente de levodopa) e a espiritualidade, podem ser considerados como fator de risco na preservação das funções cognitivas. Como resultado, verificamos que houve risco de piora na função cognitiva de fluidez verbal no grupo que apresenta RI moderada/fraca e no grupo que possui LED >1000mg/dia.