RESUMO: A morte materna é um problema de saúde pública e ainda mata milhares de mulheres todos os anos por todo o mundo. Grande parte destas mortes é evitável. Diante disto, este estudo buscou analisar o perfil sociodemográfico e epidemiológico dos óbitos maternos no Estado do Piauí no período de 2018 a 2022. Verificamos, através de consulta em dados abertos no DataSUS, que ocorreram 219 óbitos maternos em mulheres residentes no Estado do Piauí no período de 2018 a 2022. A investigação demonstrou que, no estado do Piauí, no período de 2018 a 2022, a principal causa de morte materna com causa obstétrica direta foi por hipertensão, seguida pela morte por hemorragia e por infecção puerperal, respectivamente. Ou seja, a hemorragia, principal foco do presente estudo, foi a segunda causa de morte materna com causa obstétrica direta, com 22 óbitos no período investigado. A morte materna por hemorragia pós-parto é uma das mortes maternas com causa obstétrica direta que são mais fáceis de combater de forma efetiva. Além do diagnóstico precoce e correto acompanhamento pela equipe médica e de enfermagem, o traje antichoque não pneumático (TAN), que é disponibilizado pelo SUS, apresenta resultados excelentes no combate à hemorragia e, consequentemente, evita possibilita a prevenção de muitas mortes maternas. Com base nesta constatação, desenvolvemos um protocolo para utilização do TAN, o qual pode possibilitar uma melhoria nos índices de mortalidade materna, além de incentivar o uso deste.