Objetivando avaliar a estabilidade aeróbica, qualidade, degradabilidade in vitro, fermentação ruminal e produção de gases de gramíneas tropicais conservadas em forma de pré-seco sem e com a adição de xilanase, foram realizados três estudos. No primeiro experimento, fizemos uma revisão integrativa buscando identificar as principais gramíneas tropicais utilizadas na produção de pré-secado. Adotando a estratégia mnemônica PVO, em que consiste em população (P): gramíneas forrageiras tropicais; variáveis (V): produção de pré-secado, resultados (O): parâmetros qualitativos, foram selecionados artigos em três bases de dados diferentes, SCOPUS (Elsevier), Web of Science e Science Direct. Concluímos que as principais gramíneas forrageiras utilizadas na produção de pré-secado pertencem aos gêneros Cynodon spp. e Panicum spp., destacando-se o capim-tifton 85 e o capim-tanzânia, respectivamente. No segundo experimento, buscamos avaliar o efeito da adição de xilanase sobre a estabilidade aeróbica, composição química, parâmetros fermentativos e microbiológicos de gramíneas tropicais conservadas em forma de pré-secado. Para tanto, foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 × 2, quatro cultivares de gramíneas pré-secadas (Andropogon gayanus cv. Planaltina, Panicum maximum cv. Mombaça, Panicum maximum cv. Massai e Brachiaria brizantha cv. Marandu) com e sem adição da enzima xilanase. Concluímos que a dose aplicada da enzima xilanase não resultou em mudanças significativas na estabilidade aeróbica, qualidade, parâmetros fermentativos e microbiológicos das gramíneas pré-secadas. No terceiro experimento, objetivamos avaliar o efeito da adição de enzima fibrolítica em gramíneas tropicais pré-secadas na ração total misturada (RTM) sobre a degradabilidade in vitro, a cinética da degradação ruminal e a produção de CH4, utilizando o mesmo delineamento do experimento anterior. Ao final, verificamos que o uso da enzima xilanase no pré-secado não afetou (P > 0,05) os parâmetros da degradação das dietas. A dose utilizada da enzima xilanase não alterou a degradabilidade da RTM. Contudo, tendeu a mitigar a produção de CH4 por kg de matéria orgânica degradada. Diante do exposto, faz-se necessário desenvolver outros estudos avaliando a adição de diferentes doses de xilanase para indicar a melhor dose-resposta em pré-secado de gramíneas tropicais.