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Banca de DEFESA: ERICA DE ALENCAR RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERICA DE ALENCAR RODRIGUES
DATA: 29/05/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Remotamente
TÍTULO: FLUXOS ASSISTENCIAIS INTERMUNICIPAIS DA HANSENÍASE NO ESTADO DO PIAUÍ: PADRÕES CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICO, HOSPITALIZAÇÕES E ÓBITOS
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Morbidade. Hospitalização. Mortalidade. Epidemiologia
PÁGINAS: 129
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

INTRODUÇÃO: a hanseníase é uma doença infecciosa crônica primariamente neural, que embora tenha cura microbiológica possui alto poder de gerar incapacidade física. Algumas complicações culminam em hospitalizações e até mesmo o óbito, caso não haja um cuidado integral e longitudinal às pessoas acometidas, mesmo após o término da poliquimioterapia. A Atenção Primária deve ser resolutiva, não havendo necessidade de deslocamento para atendimento de maior complexidade em outros municípios na maioria dos casos. OBJETIVO: analisar os padrões clínico-epidemiológicos e os fatores associados aos fluxos assistenciais intermunicipais relacionados ao diagnóstico, hospitalização e óbito por hanseníase no estado do Piauí. MÉTODO: estudo transversal analítico, realizado com pessoas residentes no estado do Piauí e acometidas pela hanseníase no período de 2001 a 2020, utilizando-se dados secundários obtidos no DATASUS. Caracterizou-se o perfil sociodemográfico e clínico dos casos identificados, com análise da magnitude de casos novos, óbitos e internação hospitalar por hanseníase. Os fluxos intermunicipais foram descritos utilizando-se mapas e verificada a proporção de casos diagnosticados, hospitalizados e que foram a óbito por hanseníase dentro e fora do município de residência. Para confecção dos mapas, utilizou-se o programa qGis 2.18 e para as análises estatísticas o STATA, versão 11.0. A associação entre diagnóstico, óbito e hospitalização fora do município de residência e as características clínicas e sociodemográficas dos casos de hanseníase foi verificada utilizando-se estatística inferencial por meio de Odds Ratio. As variáveis que apresentaram valor fixado de p≤ 0,20 foram submetidas à regressão logística múltipla, com significância fixada em 5%. RESULTADOS: pessoas que vivem na zona rural e periurbana das cidades (ORa=3,73; IC=3,22-4,32; ORa=5,06; IC 95%=2,50-10,24) e que têm grau I e II de incapacidade (ORa=1,51; IC 95%=1,07-1,80; OR=1,39; IC 95%=1,07-1,80) têm maior chance de diagnóstico fora do município de residência. Houve significância estatística quanto ao modo de detecção por encaminhamentos (ORa=4,87; IC 95%=3,22-7,37), demanda espontânea (ORa=3,03; IC95%=2,00-4,60) e exame de contato (ORa=3,23; IC95%=1,87-5,55). O sexo feminino apresentou maior chance de hospitalização e óbito fora do município de residência (ORa=2,12, IC95% 1,23-3,66; ORa=3,74, IC 95%=1,68-8,36). Algumas faixas etárias foram significativas para as hospitalizações, em especial entre 0 e 14 anos (ORa=6,09; IC 95%=1,16 a 31,94). Em relação aos óbitos, houve significância principalmente para o local de ocorrência em hospitais (ORa=61,02, IC95%=18,31-203,39). Os fluxos foram predominantes para determinados municípios, sendo que a região com maior chance de diagnóstico fora do município de residência foi o Semiárido (ORa=1,93; IC95%=1,56-2,39). Quanto às hospitalizações, houve significância para ocorrência fora do município de residência na quase totalidade das regiões do estado. CONCLUSÃO: este estudo possibilita a visualização de áreas críticas de dificuldade de acesso em cada região, a influência das caraterísticas clínicas e sociodemográficas nesses atendimentos, bem como ratifica a necessidade de inclusão dos hospitais regionais como referência secundária, conforme posto na linha de cuidado para pessoas com hanseníase do estado, principalmente na região dos Cerrados. A melhora do acesso aos atendimentos implica em fortalecer a Atenção Primária e estruturar os serviços de saúde do estado para atender às necessidades de internações, que devem ser mais raras.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALBERTO NOVAES RAMOS JÚNIOR - UFC
Externo à Instituição - CLODIS MARIA TAVARES - UFAL
Interno - 1792859 - ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
Interno - 1888794 - JOSE WICTO PEREIRA BORGES
Interno - 7422147 - LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
Externo ao Programa - 2583935 - OLIVIA DIAS DE ARAUJO
Presidente - 1167764 - TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 19/05/2023 14:12
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