Dentre os distúrbios de Qualidade da Energia Elétrica, destacam-se entre os mais relevantes e de maior ocorrência os afundamentos de tensão, pois além da sua natureza estocástica, o que torna difícil o seu monitoramento, causam enormes prejuízos às concessionárias e consumidores. O monitoramento constante é essencial para identificar os distúrbios existentes, no entanto os custos envolvidos inviabilizam o monitoramento completo do sistema, assim apenas um número reduzido de monitores está disponível, devendo serem instalados em posições estratégicas para cobrir a maior quantidade de eventos possíveis. Desta forma, percebe-se que a determinação dos pontos de instalação dos equipamentos é um fator crucial para o sucesso do plano de monitoramento. Este trabalho apresenta uma abordagem para a resolução do problema de alocação de monitores de qualidade de energia elétrica considerando vários aspectos do problema como a cobertura topológica, os afundamentos de tensão ocorridos, porém não monitorados e o custo total dos equipamentos instalados. Para contemplar os diversos aspectos mencionados, a abordagem proposta é baseada em um modelo de otimização multiobjetivo. O Non-Dominated Sorting Genetic Algorithm II (NSGA-II) foi empregado para resolução desse problema de otimização multiobjetivo devido a sua eficiência ao lidar com problemas de natureza combinatória. A abordagem proposta utiliza o Método das Posições de Falta para determinar os pontos de vulnerabilidade no Sistema de Distribuição para cada tipo de falta: monofásica, bifásica (fase-fase e fase-fase-terra) e trifásica. Dessa forma, a abordagem permite obter uma Matriz de Tensão Durante a Falta que representa o comportamento do sistema, considerando todos os tipos de faltas possíveis. A abordagem apresentada foi submetida aos sistemas de testes de 13, 34 e 37 barras do IEEE, simulados no software DigSILENT Power Factory 15.1. Os resultados obtidos permitem ao usuário à tomada de decisões sobre a quantidade e localização dos monitores que devem ser instalados, de forma a se adequar a realidade financeira da concessionária e evitar gastos desnecessários que não se traduzem em melhoria na capacidade de monitoramento. Desta forma, a concessionária pode adotar uma estratégia de monitoramento que leva em conta o número de afundamentos não cobertos, o custo total do monitoramento, a ambiguidade topológica, o total de cargas não monitoradas e a extensão da área de monitoramento.