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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARINALVA DE ARAUJO LUSTOSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINALVA DE ARAUJO LUSTOSA
DATA: 31/01/2020
HORA: 15:30
LOCAL: Sala de Aula do Mestrado
TÍTULO: O intensivista diante da morte: o tema “a morte e o morrer” na formação do residente em Terapia Intensiva
PALAVRAS-CHAVES: Morte; UTI; Residência Médica; Formação Profissional
PÁGINAS: 143
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

O presente estudo se propõe a investigar a formação dos residentes em Medicina Intensiva no
tocante aos modos de lidar com a morte e o morrer na UTI. Para tanto, realizou-se uma pesquisa
qualitativa, descritiva e exploratória, com um programa de Residência Médica em um Hospital
Universitário. Esta se desenvolveu em duas etapas: a primeira, pesquisa documental e a segunda,
pesquisa de campo. A coleta dos dados utilizou como fonte o Projeto Pedagógico Curricular
(PPC) da residência e os dados obtidos da entrevista semiestruturada com residentes e
preceptores do programa, de forma individual. A análise dos dados foi feita em duas etapas: a
primeira, análise documental do PPC da residência por meio de averiguação dos componentes
curriculares e contextos em que aparece a inserção da temática morte, a segunda, análise das
entrevistas por meio do mapa dialógico de Spink (2013). Os resultados obtidos por meio do PPC
evidenciam que não há conteúdos e disciplinas que mencionem a educação para a morte na
matriz curricular do Programa. No entanto, mediante a análise das entrevistas, foi possível
depreender diversas produções de sentidos e significados de médicos intensivistas diante do tema.
As concepções que possuem são diferentes, mas a maioria afirma enxergar a morte na UTI com
naturalidade, ou, declara que a visão frente a esse acontecimento é variável, depende do caso do
paciente. Existe, portanto, uma espécie de gradação de qual morte é mais ou menos aceita por
médicos intensivistas e isso, de alguma maneira, é repassado aos residentes que devem saber
quando investir em um paciente e quando parar. O modelo pedagógico realizado para esse ensino
é a discussão de casos que acontece, na maior parte das vezes, na corrida de leito sem o devido
aprofundamento. Alguns deles são discutidos de maneira informal e não há um consenso entre os
preceptores acerca da temática, o que pode ocasionar mais dúvida nos residentes no momento de
tomada de decisões que envolvem o final da vida. Ademais, a maioria dos docentes não tiveram
formação adequada sobre o tema e não realizam educação continuada, o que reflete no ensino e
no cuidado aos pacientes fora de possibilidades terapêuticas curativas. Preceptores e residentes
avaliam a formação como insuficiente, mas reconhecem a importância desse ensino na formação
do residente em Terapia Intensiva e sugerem que haja disciplinas com aulas teóricas e práticas,
com simulações realísticas e discussões mais aprofundadas acerca do tema.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2140796 - JOAO MARIA CORREA FILHO
Interno - 1774313 - JOAO PAULO SALES MACEDO
Presidente - 2140896 - LANA VERAS DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 21/01/2020 17:10
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