Em 2020, criou-se no Piauí o ambulatório especializado para População Trans como um potencial espaço de cuidado e produção de saúde. No Brasil, Transgêneros, Transexuais e Travestis têm enfrentado violências, estigmatização, patologização das suas subjetividades, exclusão dos espaços sociais, entre outros aspectos que produzem condições precárias para se viver. Nesse cenário, a promoção de saúde para Pessoas Trans se torna ainda mais urgente e os Ambulatórios Trans podem ser um importante lugar de cuidado. Diante disso, elegemos com objetivo geral da presente pesquisa analisar as práticas de cuidado em saúde de pessoas Trans realizadas no Ambulatório de Saúde “Makelly Castro”. E como objetivos específicos, pretendemos: a) descrever o processo de implantação do ambulatório, b) identificar as práticas de cuidado ofertadas e a organização dos processos de trabalho do serviço, c) conhecer como os/as usuários/as avaliam as ações desenvolvidas e os cuidados recebidos, d) Conhecer os espaços de participação e construção das ações do serviço e de saúde junto a população Trans de Teresina-PI em articulação com os movimentos sociais LGBT. Como percurso metodológico, delimitou-se a abordagem qualitativa do tipo descritivo-exploratório a partir da base da produção de sentidos e práticas discursivas. Serão realizadas quatro etapas: 1) Entrevista com os atores sociais envolvidos na criação do ambulatório; 2) Entrevista com os profissionais que fazem parte do quadro de funcionários; 3) Entrevista com os usuários do serviço; 4) Realização de grupos focais junto a população trans de Teresina-PI em articulação com os movimentos sociais LGBT. Esta pesquisa seguirá os critérios éticos estabelecidos pelas “Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012” e “Resolução Nº 510, de 7 de abril de 2016 “, prezando pelo sigilo e o esclarecimento dos riscos e benefícios aos participantes, assim como assistência aos mesmos