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Banca de DEFESA: DANILO CARVALHO DE SA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANILO CARVALHO DE SA
DATA: 14/07/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Online/Remoto - Google Meet
TÍTULO: Sexualidade no Autismo na Vida Adulta
PALAVRAS-CHAVES: Sexualidade; autismo; adultos; educação sexual; saúde sexual.
PÁGINAS: 108
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Com a ampliação dos estudos e conhecimentos acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a sexualidade tem sido um tema emergente, especialmente considerando as características clínicas do próprio transtorno, como dificuldades na comunicação, no reconhecimento de emoções e na interação social. No entanto, o estudo sobre a sexualidade de pessoas adultas autistas, inerente à condição no espectro, ainda é recente e, historicamente, esteve associado a estereótipos ou não consideraram a percepção das próprias pessoas diagnosticadas. Diante disso, a presente dissertação teve como objetivo geral analisar como a sexualidade de autistas adultos tem sido debatida pela literatura científica. Para isso, estrutura-se a partir de dois estudos de revisão sistemática de literatura que tiveram como objetivos: I) investigar a produção científica sobre autismo acerca da sexualidade de pessoas autistas adultas; e II) investigar os instrumentos que têm sido utilizados para avaliação da sexualidade de pessoas autistas. Para tanto, foram realizadas buscas nas seguintes bases de dados: Portal de Periódicos CAPES, PubMed, Scielo, PsyINFO, EMBASE, SCOPUS, Medline, BVS, Springer. Foram consideradas as etapas de busca, análise de títulos, resumos e leitura na íntegra, bem como exclusão de artigos duplicados e fora dos critérios de elegibilidade. O Estudo 1 é composto de 20 artigos na amostra final. Os temas mais abordados pelos artigos que compuseram esta revisão foram: grupos de minorias sexuais e de gênero, relacionamento romântico, experiências sexuais e educação sexual. Os resultados apontam que a sexualidade e os relacionamentos românticos íntimos são uma parte importante da vida e do bem-estar de pessoas autistas, contrariando estereótipos de que autistas são, em sua maioria, assexuais. Observou-se que pessoas autistas, em comparação com pessoas não autistas, tendem a se identificar mais fora dos padrões da heteronormatividade, bem como podem estar mais vulneráveis e expostas a riscos em seus relacionamentos amorosos e sexuais. No Estudo 2, foram rastreados 05 estudos empíricos com metodologias diversas. Como principais ferramentas de avaliação, as pesquisas utilizam-se de instrumentos que avaliam domínios como identidade de gênero e/ou percepção de gênero, orientação sexual, comportamento sexual, raça e etnia, conhecimento autorreferido sobre saúde sexual e avaliação de conhecimento sobre saúde sexual, assim como, o grau de inteligência dos sujeitos. Ressalta-se que nos estudos foram utilizados escalas e instrumentais já publicados na literatura cientifica. Destaca-se a importância de pesquisas que incorporem a percepção de pessoas autistas sobre suas próprias experiências sexuais, do desenvolvimento de políticas assistenciais, educacionais e de saúde que considerem as particularidades da sexualidade no TEA, a promoção de educação em saúde, qualificação de profissionais de saúde e tratamentos adequados, buscando a garantia do direito à expressão sexual e favorecendo uma vivência da sexualidade mais saudável, consciente e protegida. Por fim, compreende-se a importância de se investigar a sexualidade de pessoas autista a partir de uma perspectiva heterogênea e não estigmatizada, investido em estudos que avaliem os diferentes domínios de sexualidade e de metodologias diversificadas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1398721 - ANA RAQUEL DE OLIVEIRA
Interno - 2730053 - EMERSON DIÓGENES DE MEDEIROS
Externo à Instituição - ESTEFANEA ELIDA DA SILVA GUSMAO - UFC
Externo à Instituição - RICARDO NEVES COUTO - UNIRB
Presidente - 1867530 - SANDRA ELISA DE ASSIS FREIRE
Notícia cadastrada em: 03/07/2023 10:53
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