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Banca de DEFESA: JULIANA CARDOZO DE FARIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA CARDOZO DE FARIAS
DATA: 15/01/2016
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO TROPEN
TÍTULO:

Etnozoologia e Etnobotânica na Comunidade Lagoa da Prata, no Município de Parnaíba, Piauí


PALAVRAS-CHAVES:

 etnoentomologia, etnobotânica, conhecimentos tradicionais.


PÁGINAS: 131
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A Etnobiologia investiga a relação existente entre as populações humanas e os recursos naturais. Esta etnociência tem vários ramos dentre eles a Etnozoologia e Etnobotânica. O presente estudo investigou o conhecimento sobre abelhas (Himenópteros) e espécies botânicas na comunidade Lagoa da Prata, no município de Parnaíba, Piauí. A metodologia qualitativa utilizada foi por meio da observação direta, entrevistas com formulários semiestruturados, “turnês-guiadas”, registros fotográficos, gravações e anotações no diário de campo. As metodologias quantitativas adotadas para as espécies vegetais foram o Valor de Uso (VU), Fator de Consenso do Informante (FCI), Importância relativa (IR) e o test Qui-quadrado. As abelhas foram coletadas de acordo com as normas etnoentomólogicas de conservação de museus e incorporados ao Laboratório de Fitossanidade do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) no Campus Ministro Petrônio Portela. Quanto às espécies botânicas foram coletadas, identificadas, herborizadas e incorporadas ao Herbário Graziela Barroso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Os dados foram coletados entre os meses de junho de 2014 a novembro de 2015, sendo entrevistados 174 moradores (48% homens e 52% mulheres), incluídos em 91 famílias, com idade entre 18 e 94 anos. Os entrevistados têm conhecimento da importância da apifauna para o meio ambiente e sua relação com as plantas com flores. Assim 98,44% disseram que as abelhas são importantes. Foram mencionadas 13 etnoespécies de abelhas. Em relação às espécies botânicas, registou-se 164 espécies vegetais, distribuídas em 12 categorias de uso. As categorias de uso medicinal (44,01%), alimentícia (40,15%) e repelente/inseticida (6,24%), apresentaram um maior percentual de citações. Anacardium occidentale L. obteve o maior Valor de Uso (VU=0,35). As espécies Cesalpinia ferrea Mart.  e  Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. tiveram uma maior diversidade de uso medicinal  (IR=2), e através do fator de consenso informante (FCI) verificou-se um maior consenso entre os informantes para o conjunto de plantas usadas no tratamento de transtornos dos olhos e ouvidos (FCI= 1). Do total de espécimes botânicas, 17 foram mencionadas como inseticidas/repelentes, distribuídas em 17 gêneros e 15 famílias. A análise do teste Qui-quadrado mostrou que não houve diferença significativa observada no conhecimento de plantas repelentes associadas ao gênero (P= 0,9944), renda (P= 0,4876), e transmissão do conhecimento (P=0,6510), evidenciando dessa forma uma similaridade entre a distribuição do conhecimento e as variáveis testadas. A coleta de dados destacou o conhecimento local sobre as etnoespécies e a relação cultural da população com as plantas utilizadas na comunidade Lagoa da Prata, no município de Parnaíba, Piauí.

 

 

 

 

 

 







MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1167867 - PAULO ROBERTO RAMALHO SILVA
Interno - 1221652 - IVANILZA MOREIRA DE ANDRADE
Interno - 1354664 - WILZA GOMES REIS LOPES
Externo à Instituição - EDNA MARIA FERREIRA CHAVES - IFPI
Externo à Instituição - MAURA REJANE DE ARAÚJO MENDES - UESPI
Notícia cadastrada em: 10/12/2015 09:06
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