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Banca de QUALIFICAÇÃO: ARTHUR SEREJO NEVES RIBEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTHUR SEREJO NEVES RIBEIRO
DATA: 14/07/2016
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de reunião do DDMA
TÍTULO:

Perigo aviário no Aeroporto Internacional Prefeito Dr. João Silva Filho e a percepção deste risco pela comunidade Chafariz em Parnaíba-PI


PALAVRAS-CHAVES:

Risco aviário, aves, percepção, acidente, comunidade.


PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Risco aviário é a presença de ave ou bando de aves no solo ou em determinada porção do espaço aéreo com potencial de causar danos à aeronave ou lesões às pessoas durante sua operação. As colisões entre aeronaves e aves aumentaram conjuntamente com o crescimento da indústria da aviação resultando em danos materiais significativos e risco às vidas humanas. O uso de etnociências é fundamental para a melhor compreensão da temporalidade e das influências desses empreendimentos na sociedade, pois o conhecimento popular tem a capacidade de complementar o conhecimento científico. Percepção ambiental, uma decisão consciente e entendida pelo homem a respeito do meio, é uma ferramenta de pesquisa utilizada em áreas educacionais, sociais e ambientais para ampliar a qualidade de vida das pessoas e da natureza. Também está associada a outras áreas do conhecimento buscando recuperar e analisar o conhecimento local para melhor entender a relação existente entre morador e ambiente. Objetivou-se com este trabalho identificar as espécies de aves com maior risco de colisão com aeronaves no Aeroporto Internacional Prefeito Dr. João Silva Filho e compreender a percepção da comunidade a respeito da avifauna local e do risco de colisão. A área de estudo escolhida foi, além do aeroporto da cidade de Parnaíba/PI/Brasil, a comunidade Chafariz, localizada na área de entorno do aeródromo. Procedimentos de aproximação, pouso e decolagem de aeronaves foram monitorados de forma que fosse possível observar quais as espécies de aves podem causar algum tipo de risco. As observações ocorreram três vezes por semana de abril de 2015 a fevereiro de 2016. Utilizaram-se binóculos (8X42) para visualização e câmera digital NIKON P520 para registro fotográfico além de um manual de campo para assegurar a correta identificação. A nomenclatura e a classificação seguiram a apresentada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. A metodologia de análise do risco aviário se baseou na criação de escores para assim ranquear as espécies de 0 a 7, apontando aquelas que são mais perigosas à aviação com o ranque mais alto. As principais análises estatísticas foram: Frequência de Ocorrência; Distribuição Sazonal das Espécies e Curva do Coletor, além da Análise Canônica. O conhecimento da população sobre a percepção sobre as aves e dos riscos foi obtido através de formulário semiestruturado com participantes com mais de 18 anos e tempo de residência igual ou superior a dois anos na região. No aeroporto verificou-se a existência de 29 espécies de aves que realizaram 3199 interações durante os 104 voos observados no período amostral. A atividade mais frequentemente observada foi o voo próximo à pista. As espécies com maior ocorrência foram Coragyps atratus e Vanellus chilensis enquanto as de maiores escores e, portanto, de maior risco foram Athene cunicularia e Caracara plancus. As mesmas espécies também figuram na lista brasileira como de maior risco aviário. Os moradores da comunidade Chafariz identificaram 80 espécies de aves, das quais 24 foram relatadas em declínio populacional. Dos 52 entrevistados, 73% desconheciam atividades das aves que os pusessem em risco. A interação entre aves e aviões mais citada foi o voo próximo à pista. Além disso, há pouca visibilidade das medidas de segurança adotadas pela INFRAERO. Pode ser verificada a existência de espécies que representam risco à aviação no local. Não houve diferença significativa na quantidade de contatos entre períodos chuvoso e seco. A comunidade local apresenta elevado conhecimento sobre as aves da região, mas em sua maioria não percebe o risco que a presença dessas aves traz à segurança aeroportuária e, por consequência, aos moradores do entorno do aeroporto.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1653145 - ANDERSON GUZZI
Interno - 1291400 - DENIS BARROS DE CARVALHO
Externo à Instituição - GUILHERME RAMOS DA SILVA - UESPI
Notícia cadastrada em: 03/06/2016 18:06
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