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Banca de QUALIFICAÇÃO: ÂNGELA PIAUILINO CAMPOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÂNGELA PIAUILINO CAMPOS
DATA: 29/01/2016
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DA PÓS GRADUAÇÃO
TÍTULO:

LEVANTAMENTO SOROEPIDEMIOLÓGICO E ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES RENAIS NA LEPTOSPIROSE EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Leptospira spp., apoptose, caprino


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Patologia Animal
RESUMO:

A produção de bovinos, ovinos e caprinos são atividades exploradas em todos os continentes, estando em áreas que apresentam as mais diversas características edafoclimáticas. No Brasil são atividades importantes tanto do ponto de vista social como econômico. O Nordeste brasileiro é o maior produtor de caprinos e ovinos por sua vocação para a exploração de ruminantes domésticos e pelo potencial da vegetação natural para a manutenção dessas espécies. Porém, o desenvolvimento dessas atividades nessa região ainda é afetado pelas práticas de manejo sanitário ineficientes que acabam refletindo nas altas incidências de doenças e determinando a baixa produtividade no setor. Dentre elas, destaca-se a leptospirose, responsável pelo impacto econômico negativo na pecuária nacional e mundial. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo fazer um levantamento soroepidemiológico da leptospirose em bovinos, ovinos e caprinos de criações consorciadas em propriedades da Microrregião de Teresina, Piauí, identificar os sorovares predominantes nessa região e os fatores de risco associados à infecção, bem como avaliar a ocorrência de apoptose e a relação com as alterações renais em caprinos. Para o estudo de prevalência foram coletadas amostras de soro de 336 ovinos, 292 caprinos e 253 bovinos de 33 propriedades rurais de criação consorciada da Microrregião de Teresina, Piauí, selecionadas a partir do cadastro na Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Piauí. Em cada propriedade foi aplicado um questionário epidemiológico para análise dos fatores de risco, no qual foi abordado variáveis relativas ao manejo dos animais. Para o estudo das alterações renais foram coletadas amostras sanguíneas e renais de 100 caprinos em abatedouro municipal de Teresina, Piauí. O diagnóstico de leptospirose foi realizado pela técnica de Soroaglutinação Microscópica. A prevalência de infecção correspondeu a 42,86%, e todos os rebanhos analisados foram focos de infecção, sendo o sorovar mais frequente o Icterohaemorrhagiae. Os modelos finais de regressão logística determinaram a exploração de corte (OR = 4,94), rebanho bovino acima de 35 animais (OR = 4,03), alimentação a pasto (OR = 6,37), açude e/ou riacho como fonte de água da propriedade (OR = 2,14) e não ter assistência veterinária (OR = 2,89) como fatores de risco para a infecção de bovinos por qualquer um dos sorovares. Para ovinos, a criação intensiva (OR = 5,33), instalações do tipo ripado suspenso (OR = 2,22), ter mais que 20 ovelhas em reprodução na propriedade (OR = 1,89) e não realizar a vermifugação dos animais (OR = 3,49) foram os fatores de risco, enquanto que, para caprinos, os fatores de risco identificados foram rebanho ovino > 52 animais (OR = 1,85) e não possuir assistência veterinária (OR = 1,82). Na análise das alterações histopatológicas todos apresentaram alterações túbulo-intersticiais, exceto em um animal não infectado. A nefrite intersticial, caracterizada pela presença de infiltrado inflamatório constituído de linfócitos e macrófagos, era de distribuição focal e localização perivascular, periglomerular e peritubular nas regiões medular, córtico-medular e principalmente na cortical, com intensidade que variou de mínima a moderadamente severa. Degeneração pigmentar estava presente em células epiteliais tubulares da região cortical de dois animais positivos. Outras alterações como congestão tubular, fibrose intersticial, cilindros hialinos dentro de túbulos, dilatação e atrofia tubular também estavam presentes. Embora não tenha havido diferença significativa entre os grupos infectado e controle negativo, houve uma maior tendência na intensidade das lesões renais de caprinos positivos. Apoptose foi observada em células epiteliais tubulares das regiões cortical e medular e células glomerulares renais de todos os caprinos positivos na SAM e nos controles negativos, mas não houve diferença significativa no índice apoptóticos dessas regiões entre os grupos (p > 0,05; Mann-Whitney). As células em apoptose foram identificadas pela coloração marrom característica da técnica de TUNEL, no qual núcleos encontravam-se pequenos e intensamente corados. Células coradas fracamente foram consideradas normais. Pela coloração de HE, a apoptose foi identificada a partir da visualização de células apresentando condensação da cromatina, caracterizadas pela presença do núcleo bastante corado e diminuído de tamanho, fragmentação do DNA nuclear, formação de um alo perinuclear (alonoiquia) e presença de corpos apoptóticos.

 

 

 

 

 

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423624 - SILVANA MARIA MEDEIROS DE SOUSA SILVA
Externo ao Programa - 2482066 - ANA LYS BEZERRA BARRADAS MINEIRO
Externo à Instituição - FLAVIANE ALVES DE PINHO - USP
Notícia cadastrada em: 15/01/2016 15:56
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