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Banca de QUALIFICAÇÃO: DELANO DE SOUSA OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DELANO DE SOUSA OLIVEIRA
DATA: 23/11/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do PPGCA/UFPI
TÍTULO: DIETAS PARA CORDEIROS DAS RAÇAS SANTA INÊS E MORADA NOVA EM TERMINAÇÃO COM RESTRIÇÃO DE NUTRIENTES EM RELAÇÃO AO NRC (2007)
PALAVRAS-CHAVES: exigências nutricionais, restrição alimentar, ovinos, produção de carne, semiárido brasileiro.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Nutrição e Alimentação Animal
ESPECIALIDADE: Exigências Nutricionais dos Animais
RESUMO:

O estabelecimento de dietas deve contemplar o potencial genético dos animais, as condições ambientais e a velocidade de ganho em ambiente de desafio nutricional, com influência na precocidade do acabamento, do que decorre a busca por adoção e ajustes nos sistemas de exigências, sendo o NRC (2007) o mais adotado para ovinos, e passível de validação e análise, considerando-se as características dos fatores que definem a produção de ovinos no semiárido do Brasil. Assim, com esta pesquisa objetivou-se avaliar dietas formuladas conforme o NRC (2007), com ou sem restrição de nutrientes, para cordeiros de dois grupos genéticos naturalizados ao semiárido brasileiro e terminados em confinamento, prevendo-se maturidade precoce e tardia. Realizou-se o fracionamento dos carboidratos e compostos nitrogenados; avaliou-se o consumo, a digestibilidade, o comportamento ingestivo e o desempenho e características da carcaça e da carne dos cordeiros; procedendo-se ainda análise econômico-financeira das dietas. Foram utilizados 40 cordeiros (20 da raça Santa Inês e 20 da raça Morada Nova). Adotou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, com dois tipos de formulações (para maturidades precoce e tardia) e dois níveis de restrição de proteína (PB) e energia (NDT) (0 e 15%), com cinco repetições por tratamento. Em relação ao fracionamento dos compostos nitrogenados verificou-se, de modo geral, que os alimentos apresentaram maior proporção de compostos nitrogenados na fração B2 em relação às frações A+B1. Contudo, em si considerando as dietas experimentais, verificaram-se maiores proporções da fração B2. Quanto ao fracionamento dos carboidratos, verificou-se maior proporção das frações A+B1 nos alimentos concentrados e na dieta formulada para maturidade precoce sem restrição de nutrientes. O feno de capim-elefante apresentou maior proporção da fração B2, assim como as dietas formuladas para maturidade tardia, com e sem restrição de nutrientes. Maior consumo de matéria seca e matéria orgânica foi observado para ambos os grupos genéticos quando alimentados com à dieta formulada para maturidade precoce. Contudo, o consumo de proteína bruta foi maior na dieta formulada para maturidade tardia nas duas raças avaliadas. A dieta formulada para maturidade precoce com restrição de 15% de proteína e energia proporcionou maior consumo de extrato etéreo nos dois grupos genéticos avaliados. Os cordeiros da raça Santa Inês consumiram maior proporção de constituintes fibrosos (FDN, FDA e CEL) quando submetidos à dieta formulada para maturidade precoce sem restrição de energia e proteína, enquanto os cordeiros da raça Morada Nova consumiram menor proporção de FDN, FDA e CEL quando submetidos às dietas formuladas para maturidade precoce, independentemente da restrição de nutrientes. Os cordeiros das duas raças consumiram menor proporção de celulose quando submetidos à dieta formulada para maturidade tardia com restrição de 15% de proteína e energia. Maior digestibilidade da MS, MO, PB, FDN, FDA, CEL e HEM foi verificadas quando os cordeiros das duas raças forma submetidos à dieta formulada para maturidade precoce, sem restrição de energia e proteína. Entretanto, melhor digestibilidade dos lipídios foi verificado para a dieta formulada para maturidade tardia com restrição de 15% de energia e proteína. Quando submetidos à dieta formulada para maturidade precoce sem restrição de proteína e energia, os cordeiros da raça Santa Inês despenderam maior tempo em ócio e eficiência de ruminação da matéria seca e menor tempo em ruminação e mastigação total. Para os cordeiros Morada Nova, constatou-se maior eficiência de alimentação da FDN quando foram alimentados com a dieta formulada para maturidade tardia, no entanto, foram mais eficientes na ruminação da MS quando alimentados com a dieta formulada para maturidade precoce sem a restrição de nutrientes. Independente da restrição de proteína e energia (0 e 15%), os cordeiros da raça Santa Inês apresentaram melhor desempenho quando submetidos à dieta formulada para maturidade precoce, enquanto os cordeiros da raça Morada Nova apresentaram melhor desempenho quando submetidos à dieta formulada para maturidade precoce sem restrição de proteína e energia. Os melhores pesos e rendimentos de carcaça foram obtidos quando cordeiros das duas raças foram submetidos à dieta formulada para maturidade precoce, independentemente da restrição de nutrientes. Maiores pesos dos cortes comerciais foram obtidos para os cordeiros da raça Santa Inês submetidos à dieta formulada para maturidade precoce, enquanto os cordeiros da raça Morada Nova, apresentaram maior peso de pernil e costilhar quando submetidos à dieta formulada para maturidade precoce. Os pesos dos não-componentes da carcaça e os depósitos de gordura foram maiores em cordeiros da raça Santa Inês, com destaque para pele, pulmão+traqueia, coração, fígado e baço, quando submetidos à dieta formulada para maturidade precoce, independente do nível de restrição. Entretanto, a dieta formulada para maturidade precoce com 15% de restrição de energia e proteína propiciaram maior depósito de gordura renal, mesentérica e omental nos cordeiros Santa Inês. Os cordeiros da raça Morada Nova submetidos à dieta formulada para maturidade precoce apresentaram maior peso de pele, patas e rins e de gordura mesentérica, renal e omental. Maior comprimento interno da carcaça, profundidade e perímetro do tórax, comprimento de pernil e índice de compacidade da carcaça foram obtidos para cordeiros da raça Santa Inês alimentados com a dieta formulada para maturidade precoce. Quando submetidos a restrição de 15% de energia e proteína, independente do grau de maturidade indicado pelo NRC (2007), constatou-se menor área de olho de lombo nos cordeiros Santa Inês. Maior comprimento do corpo, largura de garupa, perímetro de pernil e baço, índice de compacidade da carcaça e da perna foram obtidos para cordeiros da raça Morada Nova alimentados com a dieta formulada para maturidade precoce. Quando alimentados com a dieta formulada para maturidade precoce, a carne dos cordeiros Santa Inês apresentou maior perda de água por cocção e teor de lipídeos, entretanto, quando alimentados com a dieta formulada para maturidade tardia verificou-se maior teor de cinzas. Ainda em se tratando da carne dos cordeiros Santa Inês, a restrição de 15% de energia e proteína propiciou menor capacidade de retenção de água. Os cordeiros da raça Morada Nova alimentados com a dieta formulada para maturidade precoce com restrição de 15% de energia e proteína apresentaram carne com menor teor de umidade e maior teor de lipídios. Porém, quando submetidos à restrição de 15% de energia e proteína, independentemente do grau de maturidade indicado pelo NRC (2007), a carne dos cordeiros Morada Nova apresentou menor capacidade de retenção de água e cinzas. Em relação à análise econômico-financeira, constatou-se que alimentação foi o item que mais contribuiu para a formação dos custos de produção, com uma variação de 44,23% a 55,69%. Os indicadores econômicos e de investimentos foram positivos para todas as dietas avaliadas para as duas raças ovinas. Contudo, a dieta formulada para maturidade precoce com 15% de restrição de energia e proteína para a raça Santa Inês resultou em indicadores mais rentáveis. A redução nos níveis de energia e proteína bruta indica possível ajuste dietético, notadamente para o consumo de nutrientes, para os grupamentos genéticos Santa Inês e Morada Nova em relação às indicações do NRC (2007). A restrição em 15% dos níveis de energia e proteína bruta não afetou os parâmetros quantitativos da carcaça. Isso implica em redução na quantidade de concentrado a ser fornecido aos animais, o que comprovou na avaliação econômica a redução nos custos de produção sem prejuízo ao desempenho animal. A dieta formulada para maturidade precoce com restrição de 15% de energia e proteína para os cordeiros Santa Inês foi a que apresentou os melhores indicadores de viabilidade econômica.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1167667 - ARNAUD AZEVEDO ALVES
Externo ao Programa - 722.072.053-04 - MARCOS CLAUDIO PINHEIRO ROGERIO - EMBRAPA
Externo à Instituição - ROBERTO CLÁUDIO FERNANDES FRANCO POMPEU - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 18/11/2016 16:24
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