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Banca de DEFESA: MARIA CAROLINA FARIAS E SILVA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CAROLINA FARIAS E SILVA
DATA: 31/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório 2 da Pós-Graduação
TÍTULO: MECANISMOS DE RESISTÊNCIA DE CULTIVARES DE SOJA À HERBIVORIA DE Bemisia tabaci MEAM1 (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE) E EFEITOS SOBRE O COMPORTAMENTO DE Encarsia SP. (HYMENOPTERA: APHELINIDAE)
PALAVRAS-CHAVES: Mosca-branca, enzima antioxidante, metabólitos, parasitoide, VOCs
PÁGINAS: 132
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:
A mosca-branca (Bemisia tabaci MEA1 ou biótipo B) é uma das principais pragas na cultura da soja, ocasionando severas perdas produtivas e demandando estratégias sustentáveis de manejo que reduzam a dependência de inseticidas. Diante deste cenário, esta tese teve como objetivo compreender os mecanismos fisiológicos, bioquímicos e ecológicos associados à resistência de cultivares de soja à infestação por B. tabaci MEAM1, integrando abordagens da fisiologia, metabolômica e comportamento tritrófico. Inicialmente, foram conduzidos testes de não preferência e antibiose com quatro cultivares, Brasmax Olimpo Ipro ®, Latitude Adapta Ltt 8402 Ipro ®, M 8808 Ipro ® e Brasmax Bônus Ipro ®, para caracterizar mecanismos de resistência e avaliar o impacto da herbivoria nas trocas gasosas e na atividade de enzimas antioxidantes. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e seis repetições, e análise fisiológicas e bioquímicas realizadas em plantas infestadas e não infestadas. Em seguida, amostras foliares foram submetidas à análise metabolômica via GC-MS, com análise estatística multivariado (PCA, OPLS-DA, teste T e Tukey), buscando identificar metabólitos discriminantes e vias metabólicas envolvidas na resposta diferencial à infestação. Por fim, o comportamento de busca e forrageamento do parasitoide Encarsia sp. frente aos voláteis emitidos por cultivares infestadas foi avaliado por meio de olfatômetro em Y e bioensaios em discos foliares, correlacionando os compostos orgânicos voláteis (COVs) identificados às respostas comportamentais do inimigo natural. Os resultados revelaram que as cultivares apresentaram distintos níveis de resistência. M 8808 destacou-se pela combinação de mecanismos de antibiose e não-preferência, com maior acúmulo de peróxido de hidrogênio e redirecionamento metabólico associado à defesa, enquanto Bônus e Latitude foram mais suscetíveis, com redução da eficiência fotossintética e resposta bioquímica compensatória. A análise metabolômica confirmou reprogramações genótipo-específicas, com acúmulo de metabólitos como aspartato, ácido fumárico, mio-inositol, GABA, manitol e ácido salicílico, que atuam em vias de energia, sinalização hormonal e resposta de defesa. O estudo tritrófico evidenciou que Encarsia sp. respondeu de forma diferenciada aos voláteis de cada cultivar, apresentando maior atividade exploratória sobre a cultivar Bônus, enquanto M 8808 emitiu compostos que possivelmente modulam a atração do parasitoide. Em conjunto, os achados demonstram que a resistência da soja à B. tabaci MEAM1 resulta da interação entre mecanismos fisiológicos, bioquímicos e ecológicos, nos quais compostos primários e secundários modulam tanto a tolerância da planta quanto a eficácia de inimigos naturais. Esses resultados fornecem subsídios relevantes para o melhoramento genético visando resistência multifatorial, bem como para estratégias integradas de manejo da B. tabaci mais eficientes e ambientalmente seguras.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3015136 - FRANCISCA DIANA DA SILVA ARAUJO
Interno - 3470405 - JENILTON GOMES DA CUNHA
Externo à Instituição - 051.***.***-10 - JOSÉ BRUNO MALAQUIAS - UFPB
Presidente - 1494669 - LUCIANA BARBOZA SILVA
Interno - 1342777 - RAFAEL DE SOUZA MIRANDA
Externo ao Programa - 1982169 - RODOLFO MOLINARIO DE SOUZA

Cadastrada em: 20/10/2025
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