Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KAROLINE MAYANA DA SILVA BORGES
DATA: 17/12/2025
HORA: 14:30
LOCAL: sala de defesa do PPGED-UFPI
TÍTULO: CARTOGRAFIA DO OLHAR: ARTE CORPORAL DA COMUNIDADE SURDA, POLÍTICAS DE RESISTÊNCIA, INCLUSÃO E EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: Comunidade Surda; Libras; Artes Corporais; Inclusão; Educação em Direitos Humanos.
PÁGINAS: 87
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
A prática da comunidade surda produzida com o corpo tanto no teatro quanto nas novelas, constituem territórios de força política e estética, capazes de tornar visíveis experiências e modos de viver com que foram por muito tempo silenciados, bem como, corroboram para a construção da educação em direitos humanos. É nesse entrelaçamento entre arte, cultura, linguagem e direitos humanos que esta pesquisa se inscreve. Assim, esta pesquisa de mestrado objetiva analisar as potencialidades artísticas corporais da comunidade surda, destacando suas expressões políticas de resistência, inclusão e de educação em direitos humanos. Nos objetivos específicos, busca-se mapear as artes corporais do teatro e novelas da comunidade surda de Teresina-PI, destacando suas potencialidades; perceber as expressões políticas de resistência presentes nessas produções; identificar os modos de inclusão da pessoa surda mediados pelas artes corporais; perceber pistas de uma educação em direitos humanos a partir das performances artístico-corporais dessa comunidade. As bases teóricas deste trabalho sustentam-se nos estudos realizados por Goldfeld (2002), Mbembe (2018), Sacks (1998), Gesser (2009), Larrosa (2015), Lobo (2015), Lopes (2017), Passos (2023), Deleuze e Guattari (1995), Silva (2019), entre outros. Em nossa abordagem metodológica, faz-se uso da cartografia de Deleuze e Guattari (1995, 2010) e Kastrup (2009), envolvendo 7 (sete) participantes, sendo 1 (um) intérprete e 6 (seis) surdos. No processo de criação dos dados, destacaram-se a analise das narrativas visuais, as performances em Libras, as cenas das novelas produzidas pelos participantes, bem como seus relatos de experiência por meio de entrevista com atores e professores surdos, tomados aqui como dispositivos para pensar processos de inclusão/exclusão e modos de existir que emergem no cotidiano desses sujeitos. As práticas teatrais e as produções televisivas, como as novelas, demonstram seu potencial para contribuir com a educação em direitos humanos ao problematizarem desigualdades, ampliarem repertórios culturais e favorecerem a reflexão crítica. As experiências compartilhadas pelos participantes evidenciam marcas históricas de resistência linguística e cultural, atravessadas pela luta pelo reconhecimento da Libras e pelo enfrentamento das violências institucionais que impactam a comunidade surda. Desde a infância, muitos sujeitos surdos aprendem a lidar com barreiras comunicacionais, representações ouvintistas e políticas de inclusão que, embora nomeiem a diferença, pouco transformam a realidade cotidiana. Paralelamente a esses desafios, constroem formas próprias de convivência, fortalecem vínculos comunitários e produzem narrativas em Libras que atuam simultaneamente como práticas estéticas e políticas, revelando a potência e a agência dos sujeitos surdos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714610 - MARIA DO SOCORRO BORGES DA SILVA
Interno - 2173993 - ANA VALERIA MARQUES FORTES LUSTOSA
Interno - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Externo à Instituição - 945.***.***-87 - FÁBIO SANTOS DE ANDRADE - UFRO
Cadastrada em: 17/12/2025