O mountain bike (MTB) competitivo é direto, o primeiro a cruzar
a linha de chegada vence, e em algumas disciplinas, ser
ultrapassado ou ficar muito atrás do líder, elimina um ciclista de
uma corrida, neste contexto o aprimoramento do desempenho,
especialmente o desempenho de resistência, é um pré-requisito
significativo para que os atletas se destaquem em cenários do
esporte. O desempenho esportivo, resistência, é um fenótipo
complexo caracterizado pela capacidade de sustentar altas cargas
de trabalho por longos períodos. Muitas características
fisiológicas influenciam a resistência, tipologia de fibras
musculares, massa de hemoglobina, biogênese mitocondrial,
débito cardíaco máximo e taxa máxima de consumo de oxigênio
(VO 2max), além disso, fatores ambientais como viver em
altitude, dieta e motivação também contribuem e são
frequentemente impactados pela cultura, sociedade, interesse
público, participação e acessibilidade. De fato, há evidências de
que esses fenótipos têm uma influência genética substancial, com
a literatura indicando que os fatores genéticos são responsáveis
por até 70% da variabilidade em características relacionadas à
resistência. Neste contexto, o objetivo deste projeto é investigar,
aspectos genéticos destas relações por meio da avaliação da
influência do polimorfismo do gene da enzima conversora de
angiotensina - ECA (alelos II, ID, DD) e o desempenho de atletas
de mountain bike em competições em ambientes de clima
quente. Trata-se de um estudo transversal quantitativo com
atletas competidores do sexo masculino de mountain bike em
prova em clima quente, neste serão colhidos dados
antropométricos (idade, altura, peso, IMC), mensuração de
valores relacionados ao desempenho (tempo de prova, salto
vertical e dinamometria) e o esfregaço da mucosa bucal para
análise genética. A hipótese que o genótipo de inserção (I) seja
mais vantajoso para o ciclista em prova de clima quente por estar
associado a melhor eficiência cardiovascular e resistência aeróbica.