Resíduos de antibióticos em águas residuais tornaram-se uma preocupação global
devido aos seus potenciais riscos para a saúde humana. Processos de oxidação avançada
(POA) provaram ser uma solução eficaz para remover esses contaminantes de águas residuais.
Por tanto, este trabalho descreve a fabricação de um filme de heterojunção binária
FTO|WO 3 |ZnO usando uma combinação de métodos hidrotérmicos e de drop-casting. Os
filmes produzidos foram testados para remover o antibiótico moxifloxacino (MOX) em água
ultrapura. Além disso, o filme de heterojunção FTO|WO 3 |ZnO foi reutilizado para degradar a
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MOX em uma fonte real de água residual (água de rio). Todos os testes mencionados foram
feitos sob irradiação policromática em célula fotoeletroquímica. As imagens microscópicas do
filme de heterojunção FTO|WO 3 |ZnO revelaram que as estruturas WO 3 em forma de placas
foram cobertas por partículas de ZnO, com o filme medindo 8,314 µm de espessura. A
heterojunção FTO|WO 3 |ZnO produziu uma densidade de fotocorrente de 318 µA x cm –2 a 1,0
V vs. Ag/AgCl, excedendo o desempenho de suas contrapartes originais e da heterojunção na
conformação FTO|ZnO|WO 3 . O transporte de cargas via mecanismo do tipo II melhorou a
separação de cargas e aumentou a vida útil dos portadores de cargas fotogerados na
heterojunção FTO|ZnO|WO 3 . Além disso, o filme FTO|WO 3 |ZnO exibiu menor resistência de
transferência de cargas que os demais filmes. O filme de heterojunção FTO|WO 3 |ZnO se
mostrou superior aos demais filmes, atingindo 48% de degradação da MOX em água
ultrapura e uma redução de carbono orgânico de 51,05%, mantendo-se estável ao longo de 4
ciclos de reuso. Na água de rio, a heterojunção FTO|WO 3 |ZnO conseguiu remover 30,1% de
carbono orgânico da MOX. Esses resultados demonstram que a heterojunção FTO|WO 3 |ZnO
foi estável e eficiente mesmo após 4 ciclos de reuso, se destacando como um atraente
candidato para contribuir positivamente com a remediação ambiental.