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Banca de DEFESA: NAYARA DE HOLANDA VIEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYARA DE HOLANDA VIEIRA
DATA: 19/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação
TÍTULO: ENVELHECIMENTO E VELHICE COM DEPENDÊNCIA DA CLASSE TRABALHADORA NO BRASIL E EM PORTUGAL: um estudo comparativo das políticas e serviços de cuidados em domicílio
PALAVRAS-CHAVES: Envelhecimento da Classe Trabalhadora. Gerontologia Social Crítica; Políticas de Cuidados em Domicílio; Portugal; Brasil.
PÁGINAS: 187
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

O objeto de estudo desta tese atravessa o campo de investigações acerca do envelhecimento e velhices com dependência, especialmente da classe trabalhadora, e a política de cuidados em domicílio, em dois países de língua portuguesa: Brasil e Portugal. A pesquisa foi realizada, a partir da concepção teórico-metodológica que compreende a realidade como síntese de múltiplas determinações, do tipo analítica e de abordagem quali-quantitativo. Por ser uma pesquisa teórica, tem por base a análise bibliográfica e documental, com o uso de dados secundários de ambos os países para realizar as análises comparativas. O debate sobre o envelhecimento e velhices adotado nesta tese esteve orientado pela perspectiva de totalidade social que considera as condições materiais de existência nesse processo e que são atinentes ao modelo capitalista de produção, no cenário contemporâneo. Estas condições também estão na origem das velhices com dependência de cuidados. Nas políticas sociais estas impõem contradições indissociáveis dados os diferentes interesses que atendem. Assim, o objetivo da pesquisa foi analisar de forma comparativa, as configurações das políticas de cuidados em domicílio, para pessoas idosas com dependência da classe trabalhadora, no Brasil e em Portugal, a partir da lógica do desenho normativo dos serviços de atendimento em domicílios das políticas públicas de saúde e de assistência social desses países, analisadas em contexto dos seus modelos ou regimes de bem-estar social e ainda no imbricamento das desigualdades de classe, gênero e raça/etnia. As conclusões do estudo, a partir das referências teóricas adotadas que orientaram o processo de formatação da pesquisa, das análises dos documentos normativos dos serviços de cuidados em domicílio em ambos os países, dos dados secundários já produzidos sobre os mesmos em cada país, aponta-se que tanto no Brasil como em Portugal, as referências básicas adotadas no debate acerca dos serviços no domicílio, sobretudo como prevalência deste como espaço de proteção e cuidados, tem sido direcionados por meio da perspectiva de organismos internacionais, agente forte na penetração desta problemática social nas agendas públicas, como a orientação de que as pessoas idosas devem viver em família, recebendo os suportes necessários para esse convívio, a fim de tornar o domicílio um lugar de proteção e não de violação de direitos, na perspectiva da centralidade na família. Os cuidados oferecidos no âmbito do domicílio, são diferenciados em cada país, em Portugal eles são realizados em rede e tem no Ministério da Saúde seu principal financiador, mas com previsão de outras fontes de financiamentos e de participação de outros agentes não governamentais. No Brasil, os serviços de cuidados em domicílio não se dão de forma integrada, articulada, mas há alguns serviços que atuam na perspectiva da “gestão social dos riscos” em que o foco está nas orientações, informações e capacitações dos serviços, onde as famílias são ensinadas a gerir os riscos, inclusive do envelhecimento com dependência, em que as equipes, sejam no âmbito das políticas de saúde e/ou da assistência social, realizam esse trabalho de orientação, do repasse de informações, da observação, sobretudo com papel fiscalizatório sobre as famílias para gerenciar se as mesmas estão cuidando como orientadas, e que na maioria das situações, não existem espaços para o atendimento das necessidades dos que cuidam. O comum entre os dois países é o modelo de proteção social pluralista, envolvendo Estado/sociedade civil/família/mercado, as parcerias público/privado, embora com graus diferenciados entre eles da participação do Estado na oferta de serviços de cuidados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CC928919 - CARLA MARINA DA CUNHA RIBEIRINHO - ULB
Interno - 077.***.***-15 - MARIA DO ROSARIO DE FATIMA E SILVA - UFPI
Externo à Instituição - N874750 - MARIA IRENE CARVALHO - ULB
Interno - 2174277 - MASILENE ROCHA VIANA
Presidente - 1167645 - SOLANGE MARIA TEIXEIRA
Notícia cadastrada em: 27/11/2024 08:52
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