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Banca de DEFESA: NATASHA KARENINA DE SOUSA REGO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATASHA KARENINA DE SOUSA REGO
DATA: 23/12/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Pós-Graduação
TÍTULO: ANCESTRALIDADES E LUTA PELO TERRITÓRIO NO QUILOMBO URBANO DA BOA ESPERANÇA A PARTIR DO PROJETO MULHERES NOS TERREIROS DA ESPERANÇA
PALAVRAS-CHAVES: Ancestralidades Afropindorâmicas. Boa Esperança. Quilombo. Interseccionalidade. Mulheres nos Terreiros da Esperança.
PÁGINAS: 152
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

A questão de pesquisa que suleia esta tese é: como as ancestralidades africanas, afro-brasileiras e indígenas (afropindorâmicas) são mobilizadas na luta pelo território? O objetivo geral é analisar como as ancestralidades africanas, afro-brasileiras e indígenas são mobilizadas, na dinâmica cotidiana, pelos moradores do Quilombo Urbano da Boa Esperança, convergindo em força e instrumentos de luta pelo território. Os objetivos específicos são: entender a dinâmica da luta pelo território no Quilombo Urbano da Boa Esperança, por meio da interseccionalidade; identificar as ancestralidades africana, afrodescendente e indígena no Quilombo Urbano da Boa Esperança, na luta pelo território; refletir, por meio da interseccionalidade, como as ancestralidades africanas, afro-brasileiras e indígenas são mobilizadas pelos moradores no Quilombo Urbano da Boa Esperança, na luta pelo território. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa, exploratória, com aporte bibliográfico e documental, em que se prioriza autorias negras, femininas e brasileiras. O cenário da pesquisa é o Quilombo Urbano da Boa Esperança, localizado na zona norte da cidade de Teresina-PI, território tradicional que luta pela permanência em suas casas. Os dados documentais foram cotejados do Projeto Mulheres nos Terreiros da Esperança (2018), produção audiovisual realizada com a comunidade, que tematiza a ancestralidade e a luta pelo território. As transcrições dos áudios do Projeto possibilitaram a coleta de dados organizados em tabelas a partir dos contextos: ancestrais/ancestralidade, luta pelo território e tecnologias ancestrais. A escrevivência (Evaristo, 2017) foi utilizada como recurso de escrita e produção de conhecimento por reconhecer que as minhas experiências enquanto mulher negra atravessam a forma como vivo e pesquiso. Dialogo com os intelectuais quilombolas Antonio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo (2015, 2023) e Selma Dealdina (2020); pesquistadores negros Beatriz Nascimento (2018), Abdias do Nascimento (2017, 2018), Lélia González (2020), Maria Sueli Rodrigues de Sousa (2021), Leda Maria Martins (2021). Com eles adensamos o debate teórico que sustenta esta tese e reconstruímos, do ponto de vista epistêmico, os contextos centrais deste trabalho: ancestralidade, quilombo, luta de mulheres, resistência. Destaca-se a interseccionalidade, que permite a leitura e análise de como os entrecruzamentos de estruturas de poder operam nas vivências das mulheres negras, (Akotirene, 2019; Collins; Bilge, 2021), que foi utilizada para a análise dos dados. Quanto aos resultados, notou-se que: a comunidade da Av. Boa Esperança tem se identificado enquanto Quilombo Urbano da Esperança: de comunidade tradicional em virtude dos fazeres de olaria e vazante e da religiosidade de matriz africana foi-se percebendo que a forma de organização da vida, território e política são afrodescendentes e quilombolas. A luta da Boa Esperança também é sankofa: no Brasil a luta de povos indígenas, tradicionais e afrodescendentes pelo território e moradia é constante e rememora a própria luta para manutenção dos territórios pelos povos indígenas na invasão do Brasil e o sequestro em massa de africanos para escravidão e ocupação territorial. O Museu virtual e a Casa Maria Sueli são mecanismos de preservação das ancestralidades; histórias faladas, escritas e representadas; tecnologias ancestrais; encontros, trânsitos e processos entre a comunidade e a cidade e produção de futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 021.***.***-23 - ELAINE FERREIRA DO NASCIMENTO - UFPI
Externo ao Programa - 1029069 - LETÍCIA CAROLINA PEREIRA DO NASCIMENTO
Interno - 2418655 - MARIA DO SOCORRO DA SILVA ARANTES
Externo à Instituição - 550.***.***-91 - MARIA RAIMUNDA PENHA SOARES - UFF
Interno - 016.***.***-09 - RAFAEL FERNANDES DE MESQUITA - UFPI
Externo à Instituição - 927.***.***-72 - VALÉRIA CRISTINA GOMES DE CASTRO - FIOCRUZ
Notícia cadastrada em: 28/11/2024 14:36
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