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Banca de QUALIFICAÇÃO: MÁRCIA REGINA GALVÃO DE ALMEIDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÁRCIA REGINA GALVÃO DE ALMEIDA
DATA: 10/09/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: VOZES QUE (RE)EXISTEM NO QUILOMBO: interseccionalidade e protagonismo na luta das mulheres quilombolas do Marinheiro na preservação da cultura, na organização coletiva e na busca por políticas públicas que garantam a dignidade e a permanência no território.
PALAVRAS-CHAVES: Mulheres quilombolas. Protagonismo. Resistência. Interseccionalidade. Serviço Social.
PÁGINAS: 74
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

Este projeto de pesquisa tem como objeto de estudo as ações de opressão enfrentadas pelas
mulheres negras da Comunidade Quilombola Marinheiro, a partir da articulação entre raça, gênero e
classe social, bem como suas estratégias de resistência frente a essas opressões. A investigação propõe
uma análise crítica das formas como essas mulheres vivenciam e enfrentam as desigualdades
estruturais em uma sociedade marcada pelo racismo, patriarcado, cisheteronormatividade e
capitalismo. A proposta também problematiza o papel do profissional de Serviço Social na garantia
dos direitos e no fortalecimento das políticas públicas direcionadas a essas comunidades. A partir da
perspectiva da interseccionalidade, o estudo busca evidenciar os diferentes eixos de opressão que
atravessam a vida das mulheres quilombolas e compreender como elas resistem e preservam sua
cultura, seus territórios e sua identidade. Nesse sentido, os objetivos específicos da pesquisa incluem:
Problematizar os mecanismos interseccionais de opressão vivenciados por mulheres quilombolas;
Analisar suas estratégias de resistência e preservação cultural na defesa do território; Refletir sobre os
desafios ético-políticos e metodológicos da atuação do Serviço Social nesses espaços; Compreender
como as mulheres quilombolas percebem a intervenção profissional do Serviço Social em seus
territórios; Analisar a relevância da formação étnico-racial na qualificação da atuação de assistentes
sociais em comunidades quilombolas. A pesquisa se desenvolve a partir de uma abordagem
qualitativa, com caráter exploratório e descritivo, fundamentada no paradigma crítico-dialético, que
permite uma compreensão aprofundada da realidade social a partir da interação entre sujeitos e seus
contextos históricos. A metodologia adotada é a pesquisa-ação participativa, inspirada em Brandão
(2014), entendida como um processo coletivo, dialógico e comprometido com a transformação social.
Esse tipo de abordagem considera o conhecimento como uma construção partilhada entre
pesquisador(a) e sujeitos envolvidos, rompendo com a ideia de neutralidade científica. A pesquisa
também se fundamenta nos aportes teóricos de Lélia Gonzalez (2020), cuja obra destaca a centralidade
da memória, da identidade e da consciência histórica na produção de saberes por grupos
historicamente marginalizados, como a população negra e indígena. Ao valorizar esses elementos, o
projeto propõe uma ruptura com as epistemologias hegemônicas, que historicamente invisibilizaram as
experiências e os saberes das mulheres negras quilombolas. Dessa forma, o estudo se propõe a
responder a questões centrais como: O que significa ser mulher negra quilombola em uma sociedade
racista, cisheteronormativa e patriarcal? Qual o papel dessas mulheres na defesa de seus territórios e
na manutenção de suas práticas culturais? Como têm atuado no enfrentamento das violências
direcionadas a seus corpos e comunidades? A interseccionalidade pode ser um instrumento de
intervenção antirracista no Serviço Social? A ausência do debate étnico-racial quilombola nos
currículos acadêmicos compromete a formação crítica e emancipatória no Serviço Social? Ao articular
teoria, prática e escuta ativa das mulheres da Comunidade Quilombola Marinheiro, esta pesquisa visa
contribuir para a construção de uma intervenção profissional antirracista, crítica e comprometida com
a emancipação dos sujeitos quilombolas, reconhecendo suas lutas, resistências e produções de saber


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - 032.***.***-03 - CLARICE DA COSTA CARVALHO - UFF
Presidente - 021.***.***-23 - ELAINE FERREIRA DO NASCIMENTO - UFPI
Interno - 2418655 - MARIA DO SOCORRO DA SILVA ARANTES
Notícia cadastrada em: 14/08/2025 07:50
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