Caracterização de podridão radicular e identificação de genótipos resistentes na cultura da mandioca (Manihot Crantz) , e no norte do Maranhão
Doenças radiculares, Manihot esculenta Crantz, Oomicetos, fungos filamentosos.
As podridões radiculares estão entre as doenças que mais tem afetado a produtividade agrícola de mandioca na região Nordeste. Entretanto, ainda são poucos os estudos relacionados à identificação específica de seus agentes causais. Dessa forma, propôs-se através deste trabalho identificar agentes responsáveis por podridões radiculares de mandioca em Brejo, Maranhão, bem como fontes de resistência de genótipos oriundos deste município e do Banco de Germoplasma da Embrapa Meio Norte. Os genótipos de mandioca e o solo próximo às raízes afetadas foram coletados durante a estação chuvosa, em três pontos representados por P0, P1 e P2, localizados na Comunidade São João de Dentro e em São João dos Pilões, no município de Brejo, Maranhão. Para isolamento dos patógenos realizaram-se três ensaios: meio de cultura BDA/CMA, câmara úmida e câmara de solo com pepino. Na identificação de fonte de resistência, realizaram-se inoculações dos patógenos, em três repetições, para os seguintes genótipos: pretinha, branquinha, vermelhinha, tomazinha, BRS Caipira, BRS Verdinha, BRS Tapioqueira, BRS Dourada, BRS Gema de Ovo, 98148/02, 98143/01, 1167,1692, 1169, 1721, 1722. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Com base na similaridade do atributo avaliado, construiu-se dendrograma pelo método de agrupamento da distância média (UPGMA), conforme índice de Euclidean. Dentre todas as espécies isoladas (Pythium palingenes, P. aquatile, P. echinulatum e Fusarium oxysporum) apenas uma (P. echinulatum) não apresentou potencial fitopatológico na cultura de mandioca. Não houve genótipo totalmente imune aos patógenos isolados, mas existe resistência moderada no genótipo pretinha. Primeira citação para as espécies P. palingenes e P. aquatile em sistemas agrícolas de mandioca no Estado do Maranhão, bem como a primeira citação de fitopatogenicidade destas espécies na cultura de mandioca.