ANÁLISE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DA CADEIA PRODUTIVA DO COCO BABAÇU (Orbignia phalerata, Mart.) EM ESPERANTINA - PI
Cadeia Produtiva, Coco Babaçu, Extrativismo, Esperantina.
Este Exame de Qualificação é constituído de dois estudos, um que aborda a análise socioeconômica da atividade produtiva do coco babaçu e o outro que trata da importância dos estoques naturais dos babaçuais para a população no município de Esperantina. O primeiro artigo tem como objetivo geral analisar a parte socioeconômica da cadeia produtiva do coco babaçu para o desenvolvimento local do município de Esperantina, especificamente analisar quantidade e valor da produção da amêndoa de babaçu no período de 2002 a 2011; modelar a cadeia produtiva do coco babaçu; identificar a existência de organização no âmbito das quebradeiras de coco e atuações na cadeia produtiva; apontar as tecnologias disponíveis para a exploração e comercialização do coco babaçu. Recorreu-se a levantamento de dados que possibilitassem a caracterização e quantificação dos fluxos que ocorrem entre os diferentes elos da cadeia produtiva do coco babaçu. Os dados foram coletados no Sistema de Recuperação Automática (SIDRA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pesquisas junto ao Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) no Piauí; assim como estudos em instituições que mantêm relação direta e indireta com a temática, como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Os resultados demostram que a participação média na quantidade produzida de amêndoa de babaçu em Esperantina teve tendência negativa entre os anos de 2002 e 2011, o mesmo ocorreu com os dados do Piauí e Brasil. E dentre os elos da cadeia de valor do babaçu destaca-se que a capacidade de organização no município ainda precisa de mais apoio e que está intimamente ligada ao MIQCB, assim como existe deficiência nos serviços de apoio de fomento e crédito. O segundo estudo, também em elaboração, analisa os acessos aos babaçuais e as mudanças nos usos e variação no estoque natural do babaçu em Esperantina - PI. Especificamente, analisa-se o acesso dos extrativistas aos babaçuais e a conservação ambiental e identificação sobre o manejo sustentável para o uso do babaçu. Utilizando informações, disponibilizadas em cartilhas de boas práticas do babaçu, legislação especifica, e mapeamento das principais classes de uso e ocupação do solo a partir de imagens de satélites disponibilizadas pelo INPE em diferentes períodos (1990/2000/2010), tendo como ponto de partida identificação da área junto ao MIQCB de supressão dos babaçuais para em seguida georreferenciar os pontos amostrais.