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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA MAYARA VIEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA MAYARA VIEIRA
DATA: 05/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório - PRODEMA
TÍTULO: A conservação de espécies arbóreas como estratégia para a mitigação dos efeitos climáticos do semiárido na apicultura de Vera Mendes, Piauí, Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Condições climáticas, árvores, estratégia de manejo, abelhas africanizadas
PÁGINAS: 42
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

O semiárido piauiense possui características vantajosas para a produção de mel. Embora o
sucesso da atividade apícola seja emergente no estado, as condições climáticas do semiárido
durante o período de estiagem, como altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e alta
radiação solar, dificultam a manutenção das colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera
L.). Nesse sentido, objetiva-se com o presente trabalho analisar a contribuição das árvores para
a mitigação dos efeitos climáticos do período seco do semiárido nas colônias de abelhas
africanizadas (Apis mellifera L.) no município de Vera Mendes, Piauí. Para tanto, a pesquisa
está sendo realizada em uma área de Caatinga no município de Vera Mendes, Piauí, entre os
anos de 2023 e 2024. A amostragem florística está sendo realizada no período de setembro de
2023 a agosto de 2024. Em conjunto a essa etapa, estão sendo coletados os botões florais para
a confecção de um laminário com pólens das referidas plantas levantadas. A etapa referente à
coleta e identificação do pólen coletado pelas abelhas foi realizada nos meses de setembro,
outubro e novembro de 2023. Foram selecionadas cinco colônias de abelhas africanizadas para
a coleta dos grãos de pólen das corbículas das abelhas durante o período seco de 2023. Em
laboratório, as amostras dos grãos de pólen das corbículas das abelhas foram serão submetidos
ao processo de acetólise, seguido pela confecção de lâminas para a visualização em microscópio
e identificação dos grãos de pólen. Para a determinação da origem botânica, foi realizada a
análise de predominância dos pólens. Em relação ao desenvolvimento das colônias, foram
realizados mapeamentos da área de cria e pólen (1cm) a cada 21 dias durante os meses de
período seco em 2023. Durante o próximo período de estiagem, as cinco espécies arbóreas que
registrarem maior contribuição no desenvolvimento das colônias de abelhas serão submetidas
à avaliação da capacidade de sombreamento conforme metodologia especializada. Quanto à
percepção dos apicultores em relação à importância das árvores na manutenção das colônias de
abelhas no período seco, será realizada uma entrevista com apicultores filiados à Cooperativa
de Vera Mendes durante os meses de período de estiagem de 2024, mediante à leitura e
assinatura do TCLE. Considerando que a pesquisa segue em andamento, os resultados
preliminares são referentes ao levantamento das espécies vegetais apícolas, espécies vegetais
utilizadas pelas abelhas no período de estiagem e a influência da oferta de pólen dessas espécies
no desenvolvimento das colônias de abelhas. As etapas da avaliação da capacidade de
sombreamento e percepção dos apicultores em relação à importância das árvores ainda serão
realizadas. De acordo com os resultados preliminares, foram coletadas 25 espécies vegetais,
tendo as famílias mais representativas Fabaceae, Anacardiaceae e Euphorbiaceae. A maioria das espécies levantadas é árvores (72%), seguido de arbustos (16%), lianas (4%), trepadeira (4%) e ervas (4%). Dentre os recursos florais, o pólen foi o mais coletado pelas abelhas (72,7%), seguido de néctar (18%) e ambos (9%). As espécies Spondia tuberosa Arruda, cf. Fridericia sp., Jatropha mollissima (Pohl) Baill., Azadirachta indica A. Juss, Moringa oleifera Lam., Guapira darwinii (Hemsl.) E.C.O.Chagas & Costa-Lima e Sarcomphalus joazeiro (Mart.)Hauenschild apresentaram maior duração no florescimento, oferecendo em sua maioria, pólen às abelhas durante três meses do período estudado. Durante a realização do presente levantamento florístico, observou-se que a maioria das espécies é nativa (72%) e 28% são exóticas. Dentre as espécies nativas, a maioria é composta por árvores (12), sendo cinco dessas espécies, endêmicas da Caatinga. Em relação às espécies vegetais utilizadas pelas abelhas para a coleta de pólen, destacou-se as seguintes: S. joazeiro, S. tuberosa, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma pyrifolium, Cnidoscolus sp. e J. molissima e um tipo não identificado (T/NiD), sendo que as maiores frequências de coletas de pólen pelas abelhas foram no S. joazeiro. Quanto à influência da oferta de pólen dessas espécies vegetais no desenvolvimento das colônias, observou-se que nos meses de setembro e outubro houve as maiores entradas de pólen, com maiores áreas desse recurso estocadas pelas abelhas, que por sua vez, refletiram nas maiores áreas de cria nas colônias estudadas. , especialmente no mês de outubro. No referido mês, foi observado o pico de floração do S. joazeiro, resultando nas maiores frequências de coleta de pólen pelas abelhas nesse mês e, consequentemente, nas maiores áreas de cria, sugerindo um potencial nutritivo do pólen dessa espécie para o desenvolvimento e manutenção das colônias de abelhas africanizadas durante o período de estiagem no semiárido piauiense.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1291400 - DENIS BARROS DE CARVALHO
Externo à Instituição - FRANCELINO NEIVA RODRIGUES - IFPI
Presidente - 2217082 - JULIANA DO NASCIMENTO BENDINI
Interno - 2129289 - MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
Externo à Instituição - MARIA TERESA DO RÊGO LOPES - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 16/05/2024 16:54
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