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FRANCISCO WANDERSON DA SILVA FERREIRA
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Implementação e atuação do CBH Canindé/Piauí diante dos aspectos ambientais e socioeconômicos do semiárido piauiense
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Orientador : JAIRA MARIA ALCOBACA GOMES
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Data: 30/11/2020
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Este trabalho teve como objeto o Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Canindé/Piauí, criado em 2009 e que abrange 98 municípios do semiárido piauiense. No que tange à problemática de pesquisa, como se deu a implementação e a atuação do CBH Canindé/Piauí, considerando a diversidade socioeconômica e ambiental dos municípios que o compõem? Assim, objetiva-se analisar a instalação do CBH Canindé/Piauí e sua operação, enfatizando a pluralidade de perfis socioeconômicos e ambientais abrangidos por essa unidade de gestão. Especificamente: caracterizar ambiental e socioeconomicamente os municípios do CBH Canindé/Piauí, visando traçar o perfil dessas localidades; descrever o processo de implementação do CBH Canindé/Piauí, de forma a averiguar a sua conformidade com as diretrizes da PNRH; e examinar a atuação do CBH Canindé/Piauí nos municípios que o integram, entre os anos de 2009 e 2019, identificando as articulações do colegiado no gerenciamento de recursos hídricos e na resolução de conflitos pelo uso da água na região. Em termos metodológicos, no que se refere ao perfil ambiental da região de estudo, discutiu-se a hidrografia, precipitação, geologia, geomorfologia, hidrogeologia, temperatura e clima locais. Já em relação à caracterização socioeconômica da sub-bacia, foram analisados o censo demográfico (com o número de habitantes por zona urbana/rural e sexo) e estimativa populacional, PIB, IDH, Índice de Gini, quantidade de estabelecimentos agropecuários e área irrigada, serviços de abastecimento de água, saneamento básico e manejo de águas pluviais. Na análise dos dados secundários utilizou-se o software livre QGIS 3.6 para as espacializações. Para averiguar a implementação do colegiado, realizou-se pesquisa documental, que consistiu em verificar a conformidade do Regimento Interno com a Lei Estadual 5.165/2000 e a Lei Federal 9.433/97, e analisaram-se também documentos da SEMAR/PI acerca das suas fases de formação, à luz de Cadernos de Capacitação da ANA. Na atuação do CBH, a pesquisa documental utilizou-se de atas de reuniões entre 2009 e 2019, discutidas à luz da experiência de outros CBH’s no país. Os resultados evidenciaram que o comitê seguiu as diretrizes da PNRH na sua implementação e encontrou dificuldades quanto à sua atuação, como a evasão de representantes, a escassez hídrica e a alta demanda por ações na região. Esta exprime um cenário de vulnerabilidades ambientais e socioeconômicas que ocasionam a escassez hídrica e a desigualdade social nos municípios. Todavia, observa-se um grande potencial nos aquíferos que podem mitigar esses efeitos. Concluiu-se que esses aspectos intrínsecos ao semiárido piauiense prejudicam as ações do CBH e acentuam as responsabilidades no gerenciamento dos recursos hídricos locais, amplificadas pela extensão geográfica de cobertura, não obstante a sua implementação em conformidade com a legislação.
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IARA MARIA DE ANDRADE CHAVES
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Organização da Cooperativa Fruto Daqui em José de Freitas-PI: abordagem socioeconômica e principiológica da ecoeficiência
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Orientador : JAIRA MARIA ALCOBACA GOMES
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Data: 20/10/2020
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A Cooperativa Agroindustrial da Agricultura Familiar do Território Entre Rios (Fruto Daqui) tem sede no município de José de Freitas-PI, e surgiu por iniciativa da Cáritas Brasileira, a partir do Projeto Fruto Daqui, financiado pela Cáritas Noruega, com o intuito de aproveitar e evitar o desperdício de frutas cultivadas pelos agricultores familiares naquela região municipal. Assim, a Cooperativa Fruto Daqui é uma agroindústria criada a partir de um projeto financiado pela Cáritas, e única cooperativa de polpa de frutas do Estado do Piauí regularmente registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e na Superintendência Federal de Agricultura (SFA) – PI. Nessa perspectiva, esta investigação almeja propiciar um entendimento mais acurado acerca da dinâmica que envolve as experiências solidárias no desenvolvimento sustentável. Para tanto, objetiva analisar os condicionantes do desempenho da Cooperativa Fruto Daqui para o fortalecimento da agricultura familiar em José de Freitas. Especificamente, pretende-se: descrever a formação da cooperativa, no que diz respeito à sua estrutura organizacional; verificar as políticas públicas que fomentam a cooperativa; analisar a produção, a comercialização e o padrão tecnológico da cooperativa; aferir seus custos de produção; e examinar a adequação da Cooperativa Fruto Daqui aos princípios da ecoeficiência, em relação ao uso de água e energia, e à geração de resíduos sólidos. Metodologicamente, trata-se de pesquisa de cunho exploratório e abordagem qualitativa, cujos procedimentos analíticos são fundamentados em fontes de informações documentais, tendo como técnica de coleta o estudo de caso, além de observação direta e visitas técnicas. Os resultados encontrados foram: a estrutura organizacional da cooperativa é composta por assembleia geral, conselho fiscal, diretoria administrativa, setor administrativo e setor de produção; a cooperativa comercializa para políticas públicas, por intermédio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e para o comércio local; a produção de polpas de frutas segue os padrões de qualidade e higiene impostos pelo MAPA; o padrão tecnológico consiste em máquinas que ampliam a produção de polpas e equipamentos que fabricam energia renovável, com a instalação de painéis fotovoltaicos; detectou-se superficialidade na mensuração dos custos de produção e ausência de locais para armazenamento de polpas, o que dificulta a ampliação da produção e a fixação de preços de comercialização; dos itens que compõem os custos de produção, o que representou a maior participação foi o custo da fruta in natura; a polpa de bacuri foi a única que gerou prejuízo econômico em sua produção; o êxito da organização dá-se por meio do fortalecimento e da valorização do cooperado, bem como da participação em políticas públicas; a cooperativa não faz reciclagem e gera poucos resíduos, que são usados para a alimentação de animais ou para adubos. Portanto, afirma-se que a Cooperativa Fruto Daqui fortalece a agricultura familiar na cidade de José de Freitas, uma vez que gera emprego e renda aos produtores rurais e agrega valor às frutas, por meio da produção e comercialização de polpas de frutas. Sem embargo, sugerem-se alguns aspectos para o benefício da cooperativa, como: mensuração dos custos de produção; investimentos em marketing; organização e atuação dos cooperados nos assuntos administrativos da cooperativa.
Link da sala virtual: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/jaira-maria-alcobaca-gomes
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JACKY PROSPERE
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COMUNIDADE DE QUITRÍDIAS (CHYTRIOMYCOTA, BLASTOCLADIOMYCOTA) EM AMBIENTES EUTROFIZADOS NO RIO POTI, EM TRESINA PI
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Orientador : JOSE DE RIBAMAR DE SOUSA ROCHA
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Data: 08/10/2020
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São escassos os estudos realizados no Brasil sobre a diversidade de fungos zoospóricos, principalmente, do filo Chytridiomycota. No Piauí, alguns estudos foram realizados, mas há apenas um relativo ao rio Poti, em Teresina. As quitrídias (Chytridiomycota) compreende um grupo de fungos zoospóricos, filogeneticamente relacionado aos fungos superiores. O micélio destes fungos é cenocítico, apresentado septos apenas para delimitação das estruturas reprodutivas, com desenvolvimento endógeno ou exógeno, holocárpico ou eucárpico, monocêntrico ou policêntrico, rizodial ou micelial. São organismos cosmopolitas, presentes nos ecossistemas aquáticos e terrestres, sendo a maioria encontrados em água doce, poucos em ambientes marinhos e alguns anaeróbios obrigatórios no rúmen de herbívoros, atuando na digestão de celulose e hemicelulose. Chytridiomycota como organismo saprobios, possuem ampla capacidade enzimática, com habilidade de degradar uma grande variedades de substratos de origem vegetal e animal, como celulose (palha do milho, semente de sorgo, celofane, papel filtro e epiderme de cebola), queratina (ecdise de cobra e fio de cabelo) e quitinosos (asa de cupim, insetos, exoesqueleto de crustáceos). Recentemente, Batrachochytridium dendrobatidis (Chytridiomycota) tem sido apontada pela diminuição da população de anfíbios nativos em várias partes do mundo, inclusive com registro no Brasil, no Cerrado e no Pantanal. O rio Poti, maior afluente da bacia do Parnaíba, tem grande influência na vivência da população teresinense, a cidade está em crescimento acelerado e este vem ocorrendo de forma desorganizada. Com isso, observa-se o impacto diante da qualidade das águas do rio dentro do perímetro urbano na cidade de Teresina, Piauí, onde no período de estiagem apresenta forte eutrofização, influindo na ecologia do rio e, provavelmente, na população dos fungos zoospóricos e sua ação no ambiente. O conhecimento da diversidade desses organismos é importante para conservação ambiental desse ecossistema. O presente estudo teve o objetivo de verificar a influência da eutrofização na dinâmica de comunidade das quitrídias e seu potencial de bioindicação no rio Poti no perímetro urbano. Foram relizadas cinco coletas trimestrias da água e de solo em sete pontos na margem do rio Poti no perímetro urbano no período março 2019 a março 2020, utilizando técnicas de iscagem múltipla. O obteveram-se resultados relevantes com 13 táxons, duas do filo Blastocladiomycota e onze do filo Chytridiomycota. As espécies mais abundantes e mais frequênte foram Nowakowskiella elegans, Catenophlictis variabilis, Chytriomyces hialinus e Cladochytrium replicatum. As espécies com potencial de bioindicadores são Catenophlictis variabilis, Cladochytrium replicatum e Nowakowskiella elegans.
Link da Sala Virtual: http://meet.google.com/jgs-waua-sye
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ADONYS RONEY MUNIZ DA SILVA
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A dimensão da sustentabilidade no município de José de Freitas (PI): discutindo o rural e o urbano
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Orientador : ANTONIO CARDOSO FACANHA
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Data: 31/08/2020
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O discurso da sustentabilidade tornou-se a expressão dominante no debate que envolve as questões de meio ambiente e desenvolvimento social, pronunciada indistintamente por diferentes sujeitos, nos mais diversos contextos sociais e assumindo múltiplos sentidos. Apesar da simplicidade do mais conhecido conceito de sustentabilidade apreciado no Relatório de Brundtland, existem grandes e complexas discussões, ainda pouco conhecidas, em torno do tema, principalmente no que diz respeito a abranger igualitariamente os termos do tripé da sustentabilidade: o econômico, o social e o ambiental, dentro da escala municipal. Diante disso, a presente pesquisa justifica-se pela necessidade de conhecer, o município de José de Freitas (PI), na relação espaço rural e urbano, por meio das dimensões da sustentabilidade, a passos que os fenômenos contidos no espaço geográfico estão em constante interação. Desse modo, sugue o seguinte problema norteador da pesquisa: como fazer uma leitura integrada do rural e urbano do município de José de Freitas, relacionado os aspectos econômicos, sociais e ambientais? Diante da problemática apresentada, surge então a hipótese da pesquisa: evidencia que as transformações socioeconômicas e ambientais no rural do município são mais determinantes do que as transformações no urbano, isso faz com que a dimensão da sustentabilidade do município seja construída a luz de uma visão integrada em que o rural comanda a vida no espaço. Nessa perspectiva, surge o objetivo central da pesquisa que é analisar o município José de Freitas, com ênfase em uma visão integrada dos espaços urbano e rural na perspectiva das dimensões da sustentabilidade. Para alcançar esse objetivo selecionamos como objetivos específicos: a) Caracterizar historicamente, fisiográficamente e socioeconomicamente o município de José de Freitas; b) Discutir o espaço rural, levando em consideração a organização espacial das atividades econômicas, habitacionais e ambientais; c) Compreender o espaço urbano, considerando a habitação, problemas ambientais, bem como as atividades comerciais e prestação de serviços; d) Integrar o rural e o urbano do município, direcionando para o debate da sustentabilidade. A metodologia compreendeu pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa de campo. Concatenando os dados obtidos tanto em campo quanto em gabinete, pôde-se comprovar a dinamicidade envolvendo o município de José de Freitas e seus condicionantes e determinantes ambientais e socioeconômicos.

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ANTÔNIO FELIPE DA SILVA SOUZA
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PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA ACERCA DA PRESENÇA DE GATOS NA UFPI
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Orientador : DENIS BARROS DE CARVALHO
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Data: 27/08/2020
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O convívio de gatos com seres humanos forma um círculo de relação entre saúde humana, saúde animal e meio ambiente que, estando em equilíbrio, permite benefícios psicológicos, fisiológicos e sociais. O estudo aprofundado da Percepção Ambiental acerca da presença dos gatos em espaços universitários torna-se fundamental para o entendimento das inter-relações entre a comunidade acadêmica e estes animais devido à problemática da grande população felina presente nestes espaços. Partindo desse questionamento, esse trabalho tem como objetivo buscar na literatura estudos que abordassem o controle populacional de gatos; descrever o levantamento populacional de gatos abandonados na Universidade Federal do Piauí (UFPI) elencando as ações realizadas pela Instituição de Ensino Superior (IES) no manejo desta problemática e analisar a percepção da comunidade acadêmica acerca da presença de gatos no campus Ministro Petrônio Portella da UFPI. Este trabalho foi desenvolvido em duas partes. A primeira é composta por Introdução, Referencial Teórico e Referências, e a segunda, em forma de artigos, onde estarão os resultados. Os dados foram coletados mediante o consentimento expresso da população consultada e aprovação do Comitê de Ética da UFPI CAAE nº 28126120.2.0000.5214. Conclui-se que o envolvimento de órgãos governamentais e Instituições de Ensino Superior é essencial para a promoção de ações que visem ao controle populacional de animais e à conscientização quanto à posse e guarda responsável. Que a divulgação de projetos desenvolvidos nessas áreas são de extrema importância para a população, visto que tratam de medidas preventivas e que o amplo debate sobre coexistência gatos e humanos representa uma oportunidade para ensinar evolução, etnobiologia e ética no mesmo ambiente, para o benefício de aumentar a compreensão ecológica. Manter os gatos sob controle é uma das várias demandas de gestores em Instituições de Ensino Superior, em prol da conservação da biodiversidade, e sobretudo do bem-estar animal e da comunidade acadêmica.
Link da Sala virtual: https://meet.google.com/msy-ontq-wck
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THAMIRES DA SILVA MORAIS
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A cidade de Altos-PI: sustentabilidade, expansão e tendências espaciais urbanas
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Orientador : ANTONIO CARDOSO FACANHA
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Data: 26/08/2020
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A principal característica da área de estudo se refere à ampliação do urbano, quando novos espaços vão sendo incorporados, o que muitas vezes resulta na expansão e na alteração da estrutura. Nesta pesquisa se buscou diagnosticar as principais características do processo de urbanização e evolução da mancha urbana, de maneira a contribuir com a compreensão da expansão e do desenvolvimento do processo de urbanização no município. O desenvolvimento desta pesquisa possui relevância social, ambiental e na formulação de políticas públicas no município de Altos, É possível colocar que o município de Altos se trata de uma “cidade pequena”, ligada à capital do estado, e que serve de centralidade para outros municípios vizinhos. Desta forma, o objetivo geral da pesquisa consiste em analisar o processo de sustentabilidade urbana e ambiental da cidade de Altos, tendo em vista o processo de ocupação territorial e as transformações resultantes da dinâmica urbana, bem como da dimensão ambiental. Como objetivos específicos a compreender os arranjos político - institucionais, a sustentabilidade, o desenvolvimento sustentável e as tendências espaciais; Reconhecer o espaço urbano de Altos e a inserção do município no contexto da região e do estado, ressaltando o histórico e formação territorial recente; Analisar as políticas públicas municipais voltadas para o espaço urbano e para a questão ambiental; Conhecer as tendências espaciais recentes e as implicações socioambientais. A metodologia da pesquisa desenvolvida, com base em Prodanov (2013), é do tipo aplicado (quanto à natureza), qualitativo (quanto à forma de abordagem de problemas), tendo caráter descritivo-explicativo (quanto aos fins da pesquisa). Ainda referente à pesquisa, foi desenvolvida uma setorização da área de estudo para análise dos processos de transformação espacial e para ilustração dos resultados a cerca da expansão urbana na área de estudo, foram analisadas 04 (quatro) imagens de satélites obtidas gratuitamente junto a base de dados do Global Visualization Viewer (GLOVIS/USGS) e do Copernicus dentro do Google Earth Engine. Foi identificado que os eixos localizados na BR 343 estão se expandindo e os setores além de expandir, estão se adensando, com redução de vazios urbanos, também que o direcionamento de ocupação é distinto do Plano Diretor. Quanto aos aspectos de gestão, como o município de Altos já possui implementação de gestão e licenciamento ambiental, bem como a legislação urbanística que existe desde 2007, deve-se fortalecer a gestão ambiental e urbana do município, com o intuito de sanar dificuldades da gestão pública. Isto envolve olhar para pontos que precisam ser reformulados, removidos ou fortalecidos e este trabalho é uma abertura de primeiro diálogo para estes fins.

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MARCOS VINÍCIUS MACHADO DE ARAUJO
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ESTUDO DAS TIPOLOGIAS FLUVIAIS NO RIO CATOLÉ, ITAPETINGA-BA: O URBANO COMO HÍBRIDO
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Orientador : ANTONIO CARDOSO FACANHA
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Data: 31/07/2020
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As enchentes em ambientes urbanos com rios são problemas que podem surgir e prejudicar a infraestrutura das cidades, este problema está ligado, principalmente, ao planejamento urbano. Este, ao ser executado, muitas vezes, desconsidera a natureza híbrida das cidades, sendo estas resultado da associação do meio urbano e do meio ambiente. Reservando-se a apenas soluções estruturais. Objetiva-se reconhecer o planejamento urbano como mecanismo fundamental para o meio ambiente, identificando desafios e possibilidades em uma análise integrada dos rios urbanos. Aplica-se, então, a Matriz de Tipologias como ferramenta na identificação de situações, dimensão dos riscos e a qualidade ambiental presente nos rios e suas margens, auxiliando no manejo das águas pluviais. Em Itapetinga-BA identifica-se alta suscetibilidade à inundação, como também, conclui-se que os efeitos da ocupação do solo estão alterando o Rio Catolé com altos impactos, tendo a execução adequada do planejamento urbano e a racionalização da sociedade civil como elementos para sua conservação.
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LAÍZA MENDONÇA COSTA
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Inovação, licenciamento e sustentabilidade ambiental em indústrias de cerâmica vermelha,
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Data: 28/07/2020
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A construção civil possui participação significativa no percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, representando aproximadamente 6% do PIB nacional e aloca 30% do total da indústria brasileira. O setor engloba, entre suas ramificações, a indústria de cerâmica vermelha, com demandas crescente, visto que ainda é o principal material utilizado em coberturas e paredes estruturais ou de vedação em obras residenciais e comerciais. Além disso, o setor tem tendência a ser instalado afastado do espaço urbano, sendo assim gerador de empregos em larga escala. Em contrapartida, o processo produtivo de cerâmica vermelha gera impactos ambientais negativos também em grandes proporções. A matéria-prima (argila) é um mineral abundante na natureza, fazendo com que as empresas negligenciem seu uso, tornando a sua retirada, produção, transporte e uso um fator de geração de resíduos que traz malefícios ao meio ambiente. Com elevado índice de desperdício, é necessário repensar o processo produtivo do segmento, com alternativas que visem a produção mais limpa de materiais derivados desta indústria. Este trabalho objetivou fazer um apanhado dos impactos ambientais das indústrias de cerâmica vermelha e relacioná-los às incompatibilidades ligadas ao licenciamento e inovação empregada nas empresas. Para isso, foi definida uma amostra de empresas do ramo no Piauí e região limitante do Maranhão, com a finalidade de identificar nelas práticas de inovação e Compliance, através de check list, investigando como estas práticas se relacionam com a sustentabilidade ambiental dos empreendimentos. Inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica no portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), através da qual foram observadas características semelhantes destas indústrias a nível nacional e internacional, assim como foram agrupados os trabalhos da área ora publicados, sendo possível com isso entender o setor e as pesquisas existentes neste, assim como foi observado o número pequeno de artigos que relacionem o setor em sua atuação ambiental. Em seguida, foram visitadas amostras de empresas na região, para analisar fatores intrínsecos direta e indiretamente ligados aos impactos no decorrer do processo produtivo. Foram listados também os autos de infração desta indústria pelos dados disponibilizados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), e foi observada a redução quase linear dos processos abertos em todo o Brasil. Constatou-se, com a pesquisa, que quanto maior o grau de inovação e maior controle normativo das fábricas de cerâmica vermelha, menor o impacto ambiental negativo causado por elas ao longo do ciclo de vida dos produtos. Quanto aos dados de licenciamento ambiental infringido, foi importante notar que a coleta existente nos sites oficiais apresenta uma diminuição em escala linear nos níveis de infrações. Dessa explanação, confirmou-se o impacto da indústria à sustentabilidade ambiental, assim como seu impacto social nas comunidades em que se inserem. Os resultados da pesquisa, enfim, corroboram cientificamente com os achados do tema no Brasil.
Link da Sala Virtual: https://conferenciaweb.rnp.br/conference/rooms/laiza-mendonca-costa/invite
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SUANY NAYRA RODRIGUES LIMA
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Sistema De Gestão Ambiental em Estofarias de Teresina-PI
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Data: 22/06/2020
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O Brasil possui destaque na economia com relação à fabricação e exportações de móveis. Existe um aspecto relacionado ao setor moveleiro que é a remanufatura desses produtos, sendo uma das mais conhecidas a reforma de móveis estofados. Essa prática atende diferentes públicos, estando como um dos principais, pessoas de baixa renda. Esse tipo de negócio possui particularidades, e os aspectos ambientais relacionados ao negócio, dificilmente são identificados, tornando mínima qualquer ação que busque mitigar impactos ambientais negativos. Sobre melhorias ambientais existem normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) relativas ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que podem ser usadas por uma organização para verificar os requisitos ambientais, estabelecer as condições para implementação e operação, visando promover também o equilíbrio socioeconômico. Contudo, ao observar as estofarias, em relação às normas, muitos critérios não podem ser averiguados da forma como exposto nas mesmas. Assim, essa pesquisa tem como objetivo propor um sistema de gestão ambiental aplicável aos pequenos negócios como as estofarias. Essa pesquisa foi desenvolvida em estofarias localizadas na cidade de Teresina-PI, considerando as empresas que possuem e não possuem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). As estofarias formais foram selecionadas de acordo com os dados públicos disponibilizados no site da Receita Federal, com situação cadastral ativa identificadas pelo código 9529-1/05 da CNAE fiscal. Após o refinamento da busca, obteve-se um total de 31 empresas formais. Na escolha das estofarias informais foi considerado as que prestavam serviços semelhantes às formais e que estivessem distribuídas nas quatro zonas da cidade. Como resultado da pesquisa percebeu-se que as normas da SGA atendem as grandes e médias empresas, mas não englobam satisfatoriamente as pequenas empresas. Desta forma, foi desenvolvida uma proposta mínima exequível, apresentando um conjunto de sugestões que visam mitigar as situações que dificultam o desenvolvimento do setor a nível econômico, social e ambiental.
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THAIS NUNES COSTA
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Gestão sustentável de piscinas coletivas
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Data: 15/06/2020
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As piscinas coletivas são ambientes populares e atrativos utilizadas para recreação e lazer, que precisam ser frequentemente monitoradas e tratadas garantindo aos banhistas uma qualidade químico e físico de suas águas. Assim, este estudo objetiva analisar a gestão sustentável de ambientes com piscinas coletivas da cidade de Teresina – PI, identificando os processos que possuem oportunidades de melhoria, possibilitando, assim, um melhor desempenho ambiental desses ambientes. A identificação das piscinas foi obtida por vista aérea fornecida pelo Google Earth e depois foram agendadas visitas com alguns dos estabelecimentos identificados para conhecer o processo de tratamento da água e os insumos utilizados. Assim, foi identificado o estado de manutenção da piscina, local de descarga dos efluentes e estabelecido medidas técnicas para o enquadramento dessas piscinas dentro da norma ABNT NBR 10339 que disciplina o assunto. Para a análise de impactos ambientais foi utilizada a Matrix Rápida de Avaliação de Impacto ou Rapid Impact Assessment Matrix (RIAM). No total foram identificadas 38 clubes com piscinas coletivas em Teresina, das quais 10 foram visitadas in loco para o levantamento de dados sobre o uso da água. Destas, 5 foram utilizadas para estimar custos de construção e manutenção, por questões de logística e acessibilidade de informações. Baseado nas dimensões das piscinas, insumos e procedimentos de tratamento, foi estimado o custo de construção de uma piscina coletiva ideal de acordo com a ABNT NBR 10339. Os custos de manutenção não refletem as boas práticas sanitárias e ambientais no setor. Quanto ao consumo de água, a média estimada em 9 clubes foi de 236.000 litros mensais, estes abastecidos por poços, e 55.000 litros para o clube que utiliza água da rede de distribuição, demonstrando o grande desperdício do uso desse recurso por parte dos gestores e responsáveis pelo tratamento. A nível legislativo, deve-se especificar os conselhos profissionais que exercem a fiscalização e as profissões que podem exercer a manutenção. Já em relação aos impactos ambientais na fase de operações do sistema, os resultados da RIAM demostrou que os riscos envolvidos a saúde dos trabalhadores e banhistas e o desperdício de água são os maiores problemas encontrados em piscinas coletivas. Portanto, é necessária a aplicação de melhorias que minimizem ou eliminem esses possíveis danos como a regularização dos poços de acordo com a legislação ambiental, a conscientização dos gestores sobre um tratamento que traga menos desperdício de água, com consequente redução do volume de efluentes, a criação de uma legislação específica que regulamente o profissional habilitado e maior fiscalização dos conselhos federais no tratamento das piscinas coletivas.
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GIOVANNA SANTOS DE SOUZA
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Caracterização limnológica do rio água doce e percepção ambiental de pescadores do município de Água Doce do Maranhão, Maranhão, Brasil
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Orientador : IVANILZA MOREIRA DE ANDRADE
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Data: 28/05/2020
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A riqueza de organismos encontrada em regiões estuarinas tem sido atingida pelas relações que o homem estabelece com o ambiente. Este pode gerar impactos tanto na qualidade dos ecossistemas quanto na forma de interação e uso dos recursos naturais. Assim, objetiva-se com esse estudo avaliar as variáveis físicas, químicas e biológicas da água do rio Água Doce, município de Água Doce do Maranhão, Maranhão, Brasil, e a percepção ambiental dos pescadores em relação à qualidade da água deste ecossistema. No período de julho de 2017 a junho de 2018. No período de julho de 2017 a junho de 2018 variáveis como: temperatura da água, pH, salinidade, turbidez, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, transparência, sólidos totais e nutrientes (N-NH4, N-NO2, N-NO3, nitrogênio total, fósforo total), foram analisadas, em seis pontos do Rio Água Doce, durante os períodos de preamar e baixamar, assim como a composição e biomassa (clorofila a) da comunidade fitoplanctônica. Dados de precipitação pluviométrica também foram levantados. As análises estatísticas foram Shapiro- Wilk, Bartlett, Fligner-Killeen, Kruskal-Wallis, análise de variância (ANOVA) e correlação de Spearman foram realizadas. A percepção ambiental dos pescadores foi analisada com auxílio de formulários semiestruturados, em uma abordagem qualiquantitativa. Temporalmente foram evidenciados dois períodos climáticos distintos: um período seco de julho a dezembro de 2017 e um período chuvoso de janeiro a junho de 2018. O rio Água Doce apresentou águas quentes (≥28 ºC) e salinas (média=34,47 ‰), com transparência e zona eufótica extensa. Valores de pH, sólidos totais, condutividade elétrica, fósforo total, clorofila a e oxigênio dissolvido foram maiores no período seco. Já a turbidez e o nitrito aumentaram seus valores durante o período chuvoso. Diferenças estatísticas significativas ocorreram principalmente entre meses e marés. Correlações negativas significativas ocorreram entre a precipitação pluviométrica e os valores de salinidade, pH e condutividade elétrica da água e entre os valores de turbidez e transparência, nitrogênio total e nitrato. Dentre as variáveis estudadas, o oxigênio dissolvido foi o que e o pH foram os que apresentaram valor abaixo do exigido pelo CONAMA n°357∕2005 para corpos aquáticos enquadrados na classe 2. A comunidade fitoplanctônica foi representada por 27 gêneros e 32 espécies distribuídas nas divisões Bacillariophyceae (20 táxons), Dinophyceae (8 táxons), Cyanophyceae e Mediophyceae (ambos com dois táxons). As condições ambientais favoreceram o domínio de diatomáceas. O período chuvoso interferiu na dinâmica físicoquímica da água e na composição da comunidade fitoplanctônica. Apesar da ausência de diferenças significativas entre os pontos e marés, os impactos antrópicos podem causar maiores interferências em longo prazo, sendo necessário monitoramento do corpo d’água visando à conservação do ambiente e dos múltiplos usos das águas do rio Água Doce. A atividade de pesca no Rio Água Doce se mostrou pouco atrativa para os jovens, porém bastante atrativas para as mulheres. O rio Água Doce tem grande importância para o desenvolvimento da região e das famílias de pescadores e, embora dejetos de lixo sejam descartados, os pescadores consideram a água de boa qualidade, ressaltando mudanças de coloração apenas em alguns períodos, associados ao fluxo de marés e épocas do ano, corroborando com os dados observados nas variáveis físicas, químicas e biológicas o que influencia diretamente na escolha de técnicas e apetrechos de pescas utilizados. A fiscalização e conscientização dos pescadores são importantes ferramentas de auxílio à conservação do rio Água Doce.
Link de acesso à Sala: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/ivanilza-moreira-de-andrade
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MICHEL SOSSAI SPADETO
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Desempenho ambiental da produção de etanol de cana-de-açúcar
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Orientador : ELAINE APARECIDA DA SILVA
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Data: 19/05/2020
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A produção de etanol tem se apresentado como alternativa para substituição de combustíveis de origem fóssil, entretanto, a cadeia produtiva do biocombustível, por utilizar recursos naturais, como terra e água, gera debates acerca da sustentabilidade ambiental do produto. O Maranhão, apesar de possuir características naturais interessantes para a produção de etanol de cana-de-açúcar e demanda pelo produto, possui apenas 5 empreendimentos que o produz, atendendo pouco menos de 50% de sua necessidade. A partir da caracterização dos processos de produção de duas unidades produtivas maranhenses (UP1 e UP2), foi possível levantar dados do período de 2014 a 2018 da produção agrícola e industrial do etanol hidratado produzido na região e avaliar o desempenho ambiental para produção de 1 metro cúbico do combustível relativo ao uso da terra, de fertilizantes, de óleo diesel e herbicidas. Com base na legislação brasileira existente foi feito um estudo da aplicabilidade das leis à cadeia produtiva do etanol de cana-de-açúcar, de forma a verificar seu alinhamento com a produção sustentável. Em média, a UP1 precisou de 0,26 ha de terra para produção de um metro cúbico de etanol hidratado, enquanto a UP2 precisou de 0,19 ha, demonstrando ser mais eficiente que a primeira, porém, com possibilidade de melhoraria para as duas, se comparadas à outras UPs do Brasil. Com relação às emissões de NH3 pela aplicação de Nitrogênio, a UP1 emitiu em média 1,47 kg/m3 enquanto a UP2 emitiu 2,03 kg/m3de etanol hidratado produzido, entretanto, a UP1 apresentou adubação abaixo da necessidade das plantas e a UP2 aplicou N em excesso. Com relação às emissões de CO2 do óleo diesel utilizado, a média foi de 107,24 kg e 123,26 kg por m3 de etanol hidratado produzido pela UP1 e UP2 respectivamente, demonstrando que a primeira foi mais eficiente na utilização do combustível. A utilização de herbicidas foi de 0,74 kg e 0,78 kg por m3 de etanol hidratado produzido respectivamente pela UP1 e UP2, números próximos às médias nacionais verificadas. No que tange ao aspecto legal, foi verificado que o Código Florestal brasileiro (Lei 12.651/12) estabelece a preservação da biodiversidade das propriedades, enquanto a Lei 12.305/10 exige a gestão dos resíduos gerados pelos empreendedores para minimizar os impactos ambientais proporcionado por suas operações. Essas e outras leis garantem a produção de etanol de forma sustentável no Brasil. Os dados regionais levantados por essa pesquisa podem ser úteis para tomada de decisão pelos empreendedores, por entidades publicas e para outras pesquisas. Já o estudo jurídico relacionado à sustentabilidade da produção do etanol pode ser útil para elaboração de políticas públicas locais específicas, para municípios ou estados que já possuam ou que venham a ter empreendimentos deste segmento dentro de suas fronteiras.
Link da sala virtual: https://conferenciaweb.rnp.br/events/defesa-de-dissertacao-de-mestrado-ppg-desenvolvimento-e-meio-ambiente-ufpi-d80d0c7f-6e55-4a66-9555-f84a617f64f6
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ANA KAROLINA MARQUES DE LIMA
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ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM CÓRREGOS URBANOS DE TERESINA
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Orientador : PAULO ROBERTO RAMALHO SILVA
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Data: 18/05/2020
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O conhecimento da comunidade de macroinvertebrados bentônicos tem se destacado em estudos ecológicos e de biomonitoramento por apresentar uma caracterização ampla e integrada dos ecossistemas dulcícolas mediante as distintas variações ambientais. Neste sentido, objetivamos neste trabalho analisar a estrutura e distribuição da comunidade de macroinvertebrados bentônicos, em córregos localizados na área urbana da cidade de Teresina, Piauí, região Nordeste do Brasil. Para isso, foram realizadas doze coletas mensais para obter as variáveis bióticas e abióticas (uma coleta em cada riacho a cada mês, de Janeiro a Dezembro de 2019). Foram coletados um total de 6.611 organismos distribuídos em oito grandes grupos taxonômicos, com predomínio dos grupos Gastropoda e Insecta. O estudo demonstrou variações na riqueza e abundância dos organismos em relação aos pontos e aos meses de coleta, no entanto, não houve alterações significativas em relação à diversidade dos grupos encontrados. As variáveis limnológicas apresentaram importante influência sobre a distribuição e composição da comunidade. Na classificação dos grupos quanto à indicação da qualidade ambiental, houve o predomínio dos grupos considerados tolerantes e resistes à poluição, como por exemplo, a família Chironomidae, alguns táxons mais sensíveis foram muito raros (Calopterygidae). Em relação à avaliação da integridade do habitat, foi possível perceber uma forte influência das atividades antrópicas sobre os córregos, o que era esperado por estarem localizados em áreas urbanas. Estas atividades também parecem exercer importante papel, contribuindo para a estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos, encontrada.
Link de acesso à Sala: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/paulo-ramalho
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PÂMELLA BÁRBARA LUSTOSA
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Saneamento básico: uma regulação em construção
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Orientador : ELAINE APARECIDA DA SILVA
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Data: 12/05/2020
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O saneamento básico, por sua importância para a dignidade humana, saúde pública e meio ambiente, é um direito humano, cuja universalização é objetivo mundial, ao mesmo tempo em que é constituído por um grupo de serviços públicos, conforme a legislação brasileira: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos urbanos e manejo de águas pluviais e drenagem urbana. Esses serviços são de titularidade do município, que é responsável pelo planejamento, prestação, regulação e fiscalização, sendo apenas o planejamento indelegável. A regulação e fiscalização desses serviços é essencial e obrigatória, delegada pelos municípios à uma agência reguladora subnacional. O objetivo deste trabalho foi diagnosticar os desafios e perspectivas para a regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico em Teresina-PI e no Brasil, após mais de dez anos da aprovação da Política Nacional de Saneamento Básico. Para isso foram utilizadas a pesquisa documental; e a pesquisa de campo, na qual foram realizadas visitas à Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete), à Secretaria Municipal de Concessão e Parcerias (Semcop), e ao aterro municipal, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh). Durante as visitas, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com representantes da entidade e dos órgãos. Também, foram utilizados dados secundários do IBGE e do SNIS. Constatou-se que a atividade regulatória no setor de saneamento, existente há mais de vinte anos, ainda está em construção, com ausência de transparência, desconhecimento por parte da população e insuficiência de normativos mínimos, sendo a Arsete um exemplo dessa realidade. Com o aumento de parcerias público-privadas na prestação dos serviços de saneamento, a importância da atividade regulatória aumenta e novos desafios se apresentam, com novos serviços sendo regulados, como é o caso dos resíduos sólidos urbanos. É necessário que as decisões políticas priorizem o caráter técnico dessas instituições, fortalecendo-as desde sua instituição, especialmente quanto à suas atribuições determinadas em legislação e contratos de concessão, para que não apenas existam, mas sejam efetivas.
Link da Sala Virtual: https://conferenciaweb.rnp.br/events/defesa-de-dissertacao-de-mestrado-ppg-desenvolvimento-e-meio-ambiente-ufpi
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KEICYANE ALVES DE SOUSA
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Dinâmica espaço-temporal da clorofila-a nos reservatórios do semiárido piauiense
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Orientador : GIOVANA MIRA DE ESPINDOLA
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Data: 11/05/2020
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A água é bem essencial para a existência da vida no planeta. A região do semiárido, área que mais sofre com a escassez de água, tem utilizado a construção de açudes, barragens e reservatórios como forma de conviver com a seca que assola a região. Nesse tipo de estrutura hídrica é comum a afloração de algas, resultado do processo de eutrofização. Ambientes altamente eutrofizado, têm seu uso, inviabilizado. A clorofila-a é o principal componente na identificação do processo de eutrofização. Sua determinação é feita por metodologias tradicionais, que necessitam de coletas in situ em vários pontos amostrais. Esse processo é lento, caro e muitas vezes inviável de ser praticado em larga escala. Nessa conjuntura, o sensoriamento remoto pode auxiliar o monitoramento da qualidade da água, através do uso de imagens de satélites. O objetivo do presente trabalho é discutir a viabilidade do monitoramento da dinâmica espaço-temporal da clorofila-a nos reservatórios de água inseridos no semiárido piauiense por meio da utilização do sensoriamento remoto. Para isso, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: 1) Investigar de que modo a produção científica mundial tem retratado a temática. 2) Caracterizar os aspectos naturais e a interação da população local com os reservatórios. 3) Avaliar modelos de algoritmos de sensoriamento remoto já existentes na literatura, aplicando-os na área de estudo. 4) Desenvolver um algoritmo baseado em amostras in situ e no sensoriamento remoto para a região estudada; 5) Estudar sobre os impactos que a eutrofização causar na qualidade d’água. Os resultados permitiram conhecer como a temática é estudada em todo o mundo. As informações apresentadas, possibilitaram reconhecer, que a seca, fenômeno recorrente no semiárido piauiense e as condições ambientais locais, diminuem a capacidade volumétrica dos reservatórios, e, consequentemente, intensificam o processo de eutrofização. Além disso, foi possível verificar que a dinâmica temporal de atributos limnológicos, tem influência direta na qualidade da água. As amostragens in situ, mostraram que os reservatórios têm grande quantidade de clorofila-a. Tal percepção foi confirmada através dos algoritmos de estimativas de clorofila-a elaborados usando imagens de sensoriamento remoto. As imagens do satélite Sentinel-2 foram eficientes na espacialização dos resultados. Constatou-se o caráter cíclico do processo de eutrofização.
LINK DA SALA VIRTUAL: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/giovana-mira-de-espindola
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GIVANILSO CÂNDIDO LEAL
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Comunidade de oomicetos (Oomycota) e a eutrofização nos rios Parnaíba e Poti, Teresina, PI
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Orientador : JOSE DE RIBAMAR DE SOUSA ROCHA
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Data: 06/05/2020
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Os oomicetos (Oomycota) constituem um grupo de organismos zoospóricos com afinidade de características morfológicas e fisiológicas com os fungos, os quais pertenciam em classificações taxonômicas anteriores. Atuam como recicladores da matéria orgânica e parasitas de plantas, animais, fungos e outros oomicetos. No Brasil, são escassos os estudos desses organismos e pouco o conhecimento sobre como as populações se comportam nos ambientes. Contudo, estudos sobre oomicetos são bastante promissores, não apenas pela sua importância econômica podendo causar danos a diversas culturas agrícolas devido seu potencial de parasitismo, como também por apresentar potencial para uso na bioindicação, considerando sua sensibilidade às mudanças ambientais. O uso de organismos vivos como bioindicadores no auxílio a determinação da qualidade de ambientes aquáticos tem ganhado grande destaque com os avanços científicos e tecnológicos. Juntamente com as características físico-químicas verificadas a partir dos parâmetros adotados para análise da qualidade da água, o conhecimento do comportamento dos organismos que vivem nesses ambientes é de suma importância, pois é possível observar diretamente como os níveis de poluição podem impactar esses seres. Assim, foi realizado estudo das comunidades de oomicetos nos rios Parnaíba e Poti utilizando indicadores de Riqueza, sendo representada por 19 taxa distribuídos em oito gêneros, 13 taxa foram comuns nos dois rios. O rio Parnaíba obteve 17 taxa, com maior frequência para: Aphanomyces sp com 28%, Achlya sp. e Dictyuchus sp. com 11% cada e Pythiogeton uniforme com 10%. Achlya dubia (5%), A. proliferoides (1%), Brevilegnia megasperma (2%) e Pythiogeton utriforme (2%) foram exclusivos no rio Parnaíba. No rio Poti foram observados 15 taxa em seis gêneros, com maior frequência: Aphanomyces sp. (22%), Pythiogeton ramosum (19%) e Pg. uniforme (12%). Leptolegniella keratinophila e Plectospira myriandra foram exclusivas desse rio. Apesar da maior diversidade ter sido expressa no rio Parnaíba, grande parte dos seus isolados foram raros, com baixa frequência. Enquanto o rio Poti obteve mais espécies constantes durante as coletas. A caracterização nutricional dos isolados teve destaque na colonização de substratos orgânicos de origem celulósicos perfazendo um total de 71% e 69% nos rios Parnaíba e Poti respectivamente. Os substratos quitinosos não apresentaram colonização por oomicetos em ambos os rios. Dentre os exemplares isolados na pesquisa Achlya conspicua ganha destaque por ser a primeira citação para o Brasil e Brevilegnia megasperma como segunda citação para o país e primeira para o Piauí. Além disso, foi observado o nível de eutrofização dos rios nos pontos de coleta, dados de fósforo total e clorofila a em ambos os ambientes apresentaram valores superior ao preconizado na legislação do país. A partir desses dados foi determinado o Índice de Estado Trófico – IET desses ambientes, o rio Poti demonstrou maior índice, em pontos com intensa urbanização, chegando a ser classificado como supereutrófico. A correlação da riqueza dos oomicetos com as variáveis: temperatura, pH e IET não foram fatores limitantes na dinâmica dos oomicetos no rio Parnaíba; contudo, foi notória a interferência desses fatores como característica limitante da dinâmica dos oomicetos no rio Poti. Com isso, foi possível conhecer e entender a dinâmica dos oomicetos nesses ambientes, entender como o processo de eutrofização dos rios interferem nesses organismos e quão impactado esses ambientes estão devido a influência antrópica no meio.
Link de acesso à Sala: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/jose-de-ribamar-de-sousa-rocha
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BRENO FERNANDO CUNHA DE FREITAS SOUSA
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Captura e comércio ilegal de aves para fins de estimação em áreas no entorno de unidades de conservação no sul do Piauí
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Orientador : WEDSON DE MEDEIROS SILVA SOUTO
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Data: 30/04/2020
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A captura e comércio de animais silvestres é considerada uma das maiores ameaças a biodiversidade nos trópicos atualmente. O Brasil é um dos países que apresenta a maior riqueza de espécies exploradas e ameaçadas por usos diretos por humanos. No Piauí, estudos que abordam sobre a caça, captura e comercialização de aves silvestres são escassos e pouco é compreendido sobre direcionadores e a operacionalização das cadeias de comercialização. Este trabalho trata da exploração da avifauna no Sul do Estado do Piauí, em áreas no entorno de Unidades de Conservação de Proteção Integral (Parques Nacionais) nos municípios de São Raimundo Nonato e Caracol. Nossos objetivos foram: (I) Analisar a dinâmica de captura e comercialização da avifauna silvestre; (II) Identificar as espécies-alvo preferenciais e as técnicas de captura, como também uma verificação dos principais aspectos socioeconômicos que influenciam tal atividade; e (III) Realizar um levantamento bibliográfico de toda a produção científica sobre caça e captura de aves silvestres para fins de estimação nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Essa dissertação está organizada em dois capítulos: O primeiro, estruturado em formato de artigo, é intitulado “Revisão geral sobre o tráfico e comércio de aves silvestres no Norte e Nordeste do Brasil: Desafios para a conservação” e apresenta todos os trabalhos científicos de cunho etnoornitológico produzidos nas regiões Norte e Nordeste do país nos últimos 21 anos. O segundo capítulo “Olhando através de gaiolas: Aspectos gerais da captura e comércio de aves na região de duas Unidades de Conservação da Caatinga brasileira” trata da exploração da avifauna silvestre no sul do estado do Piauí em dois municípios localizados no entorno de dois parques nacionais. No capítulo I foram compilados 49 trabalhos etnoornitológicos com um repertório de 267 espécies de aves exploradas como pets nas regiões Norte e Nordeste. Nós observamos que os estudos sobre captura e comércio da avifauna sofrem influência de áreas densamente povoadas, principalmente próximos aos pólos de pesquisa, assim como da malha viária, em detrimento da proximidade de áreas naturais com rica diversidade da avifauna. No capítulo 2 entrevistamos um total de 59 caçadores e criadores de aves residentes nos municípios de São Raimundo Nonato e Caracol. Foram reportadas 99 espécies da avifauna, pertencentes a 30 famílias, que são capturadas e utilizadas como pets nos municípios supracitados. Observamos uma mudança no contexto geral da caça nos locais pesquisados, em que a prática de captura e comercialização da avifauna é motivada atualmente sobretudo por questões comerciais e econômicas. Uma parcela expressiva dos entrevistados estão inseridos no mercado de compra e venda de aves, sustentando o tráfico ilegal para atender criadores em cidades circunvizinhas e até de outros Estados. Nossos resultados incrementam o banco de informações produzidas por outros trabalhos científicos sobre as atividades cinegéticas no Nordeste do Brasil, além de contribuir para um melhor entendimento da realidade das comunidades pesquisadas no que concerne ao uso e comercialização de aves como pets, auxiliando dessa forma na implementação de estratégias de conservação e planos de manejo para as espécies-alvo, como também de políticas públicas voltadas a melhoria da situação socioeconômica vivenciada pelas populações estudadas.
Link de acesso a sala: https://conferenciaweb.rnp.br/conference/rooms/wedson-de-medeiros-silva-souto/invite
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JEFFERSON LUCAS MATIAS SOUSA
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DIVERSIDADE DA FLORA LENHOSA DAS RESTINGAS E DOS TABULEIROS DO NORDESTE: SEMELHANÇAS, USOS E AMEAÇAS
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Data: 30/04/2020
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A Região Nordeste do Brasil, possui um litoral com mais de três mil quilômetros de extensão. Ao longo desse litoral, encontram-se as restingas e os tabuleiros costeiros, formações vegetais datadas do Quaternário e Terciário, respectivamente. Não se conhece ao certo essas vegetações como um todo, no sentido de compartilhamento de espécies entre ambos os ecossistemas, bem como a origem dessas espécies, no que diz respeito aos Biomas. Portanto, o objetivo geral do presente estudo é comparar o grau de similaridade florística entre a flora lenhosa que ocorre nas restingas e nos tabuleiros costeiros da Região Nordeste e analisar a distribuição fitogeográfica das espécies encontradas, bem como analisar o histórico de pesquisas botânicas realizadas em tabuleiros no Brasil e verificar a evolução do uso dos solos no Distrito Irrigado Tabuleiros Litorâneos do Piauí. As metodologias utilizadas foram: pesquisa bibliográfica para obter o número de trabalhos científicos realizados nos tabuleiros do Brasil; análise do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada para verificar a evolução territorial do Distrito Irrigado Tabuleiros Litorâneos do Piauí; índice Jaccard e escalonamento multidimensional não-métrico para mensurar a similaridade florística entre as restingas e tabuleiros do Nordeste, esses dados foram obtidos através de prévio levantamento bibliográfico para a montagem de uma lista de espécies bem como consulta ao portal Flora do Brasil 2020 para obter dados de ocorrência dessas espécies em Biomas brasileiros. Nos 13 estados que apresentam os tabuleiros litorâneos, foram encontrados 23 estudos nas últimas duas décadas. Artigos científicos (65,2%) e capítulos de livros (21,7%) foram o principal meio utilizado pelos pesquisadores para divulgarem seus resultados, sendo que nenhuma publicação foi encontrada tendo Estados da Região Norte como área de pesquisa. Foi constatado que a área destinada a agricultura no Distrito Irrigado Tabuleiros litorâneos do Piauí vem crescendo ao longo do tempo, muito embora tenha tido alguns anos de crescimento zero, os dados demonstram ainda que além do incremento de tamanhão, o Distrito apresenta também aumento de produtividade. Foram identificados através de pesquisa bibliográfica 72 pontos amostrais onde foram encontradas 1254 espécies de plantas lenhosas nas restingas e tabuleiros do Nordeste, essas espécies estão divididas em 471 gêneros e 101 famílias botânicas, Fabaceae foi a famílias mais frequente, ocorrendo em 100 % dos 72 pontos amostrais, seguida por Anacardiaceae (83,33 %), Malpighiaceae (81,94 %) e Myrtaceae (81,94 %). Os quatro gêneros mais frequentes foram Byrsonima (81,84 %), Ouratea (70,93 %), Anacardium (68,05 %) e Myrcia (66,66 %). As quatro espécies mais frequentes foram Anacardium occidentale (68,5 %), Guettarda platypoda (44,44 %), Manilkara salzmannii (43,05 %) e Eugenia punicifolia (40,27 %). Os dados demonstraram que a maioria das espécies vem da Mata Atlântica que teve também o maior número de espécies endêmica, o segundo Bioma com maior número de espécies endêmicas foi a Amazônia, corroborando com hipóteses que afirmam que esses dois Biomas já estiveram unidos. O dendrograma e o diagrama resultante do escalonamento multidimensional não-métrico desmontaram ainda que as restingas e tabuleiros do Nordeste formam um complexo mosaico onde há grande compartilhamento de espécies.
Link da sala: https://conferenciaweb.rnp.br/events/defesa-de-dissertacao-para-obtencao-do-titulo-de-mestre-em-desenvolvimento-e-meio-ambiente
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ANA VALÉRIA COSTA DA CRUZ
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O Extrativismo em Populações de Macaúba no Maranhão, Nordeste do Brasil
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Orientador : CLARISSA GOMES REIS LOPES
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Data: 29/04/2020
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O extrativismo de recursos florestais não madeireiros (PFNM) é uma prática histórica realizada pelas populações humanas em todas as regiões e ecossistemas da Terra e reflete traços das culturas, ambientes e recursos presentes nestes locais. Os PFNM constituem-se por vezes recurso vital que proporciona segurança alimentar e renda para muitas comunidades extrativistas. No Brasil, a macaubeira (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.) é considerada uma das espécies de palmeiras mais notáveis, ocorrendo em diversos ecossistemas e possui diversas utilidades. Assim, a presente pesquisa buscou compreender a importância socioeconômica e cultural da macaúba para populações extrativistas que vivem numa região de Cerrado no Meio Norte do Brasil. O artigo 1 aborda a cadeia produtiva do azeite de macaúba, com enfoque para a caracterização desta atividade, assim como os desafios na comercialização deste fruto do Cerrado e suas potencialidades. O artigo 2 trata-se de um estudo etnobotânico com a comunidade extrativista quanto às áreas escolhidas para a colheita dos frutos, onde também foi avaliada duas populações da palmeira em ambiente florestal e não florestal a fim de identificar características que justificassem a preferência por estas áreas. A produção e comercialização do azeite de macaúba configura-se como uma alternativa de renda para essa parcela da população, apesar de ser “invisível” nas estatísticas municipais e estaduais e ser insuficiente para melhorar a condição socioeconômica local. Dessa forma, faz-se necessário a valorização do trabalho com a macaúba pelo poder público, a fim de criar meios para que os extrativistas ampliem seus produtos, acessem às tecnologias e melhorem as relações de comércio, aliados a conservação das palmeiras. Em relação às preferências de locais de coleta e aos critérios de extração, a predileção por áreas abertas em detrimento das florestais pode estar ligada unicamente à facilidade de acesso e não a características ecológicas das palmeiras e biológicas dos frutos.
Link de acesso a sala: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/clarissa-gomes-reis-lopes
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LUNA LANA XIMENES RODRIGUES
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Análise morfométrica e ambiental de uma microbacia urbana em Teresina-PI
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Orientador : CARLOS ERNANDO DA SILVA
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Data: 28/04/2020
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A urbanização rápida e desordenada sem o devido planejamento e desenvolvimento de uma infraestrutura adequada, especialmente a de saneamento, ocasiona consequências diretas ao espaço urbano, promovendo impactos negativos a qualidade dos recursos hídricos e a saúde da população. A Lei das Águas estabelece a bacia hidrográfica como unidade gestão dos recursos hídricos, visando o estudo de todos os aspectos qualitativos e quantitativos que interferem na sua dinâmica. Este trabalho objetivou realizar uma análise morfométrica e ambiental de uma microbacia urbana inserida na sub-bacia PE-09, na cidade de Teresina-PI. A microbacia foi delimitada e caracterizada quanto aos seus aspectos morfométricos, físicos, demográficos e de uso e ocupação das terras. A qualidade das águas da microbacia foi determinada com periodicidade mensal, em seis pontos de coleta, no período de dezembro de 2018 a novembro de 2019. Os resultados foram interpretados frente aos limites estabelecidos pela resolução CONAMA 357/2005 e ao Índice de Qualidade de Água - IQA (CETESB), observando a sazonalidade no período de estudo. A correlação entre a saúde pública e saneamento na microbacia foi realizada a partir da incidência de doenças de veiculação hídrica, que teve como base de dados as notificações de agravos disponibilizadas pela Fundação Municipal de Saúde da cidade. A caracterização da microbacia hidrográfica identificou uma área total de 184,76 ha, perímetro de 6.496 metros com densidade demográfica de 87,09 hab./há indicando uma região densamente ocupada e com baixa cobertura de rede de esgoto. Os aspectos morfométricos indicaram uma suscetibilidade da microbacia a eventos de enchentes e inundações. A qualidade da água revelou as variáveis E. coli, DBO, OD e fósforo total com a maior quantidade de valores em não conformidade com a legislação, tendo o ponto à montante da microbacia (P0) apresentado a maior degradação, devido este receber as águas de drenagem de uma área ausente de saneamento. O ponto de exutório da microbacia apresentou os melhores resultados de qualidade de água, demonstrando a capacidade de autodepuração do corpo hídrico. A análise do efeito da sazonalidade demonstrou melhoria da qualidade das águas durante a estação seca associada a redução dos valores de E. coli e DBO. Os aspectos de saúde na microbacia indicaram uma relação entre as condições ambientais e a incidência de doenças de veiculação hídrica, demonstrando uma vulnerabilidade da população residente na área quanto a essas doenças. Os resultados revelam que a incidência das arboviroses na microbacia decorre principalmente das condições de ocupação da área e para as doenças diarreicas agudas o fator determinante é a degradação da qualidade da água, que tem como fonte a carência de serviços de saneamento evidenciada na área. A região da microbacia demonstra necessidade de implantação de infraestrutura adequada com evolução dos serviços de saneamento, tendo em vista a melhoria da qualidade das águas e das condições ambientais da área.
Local: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/carlos-ernando-da-silva
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VICENTE DE PAULA SOUSA JUNIOR
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VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE PARQUES EÓLICOS E USINAS SOLARES NO PIAUÍ
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Orientador : FRANCISCO FRANCIELLE PINHEIRO DOS SANTOS
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Data: 03/03/2020
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O presente estudo aborda a necessidade de utilização de fontes de energia renováveis para diversificação da matriz energética em busca de melhores práticas para atingir o desenvolvimento sustentável. O Brasil apresenta um histórico regulatório que promoveu a utilização de fontes renováveis e limpas. Atualmente é crescente o uso das fontes de energia solar e eólica. O estado do Piauí chama atenção pelo seu potencial e direcionamento de projetos do setor. No que se refere aos impactos ocasionados por essas fontes de energia, temos que o uso e ocupação da terra, poluição sonora, visual e interferência em sinal digital e analógico são os principais e considerados de baixo impacto. Utilizando-se do Geoprocessamento na análise espacial de fatores determinantes, procurou-se determinar a viabilidade sob os aspectos ambiental, social, econômico e técnico para implantação de usinas solares e parques eólicos no estado, constatou-se que em grande parte do território piauiense é viável a implantação desses empreendimentos. Contudo, existe a necessidade de uma segurança regulatória e planejamento que vai além de políticas públicas de incentivo com isenção de impostos e que considere a necessidade energética do estado, bem-estar da população local e manutenção das áreas de proteção de interesse ambiental, social e histórico. Uma maior diversificação e planejamento na localização dos empreendimentos são necessários por questões técnicas de sazonalidade e para que não concentrem a maioria dos projetos desse setor na região do Sudeste Piauiense, tendo em vista que dos 262 empreendimentos listados, 111 encontram-se em áreas consideradas inapropriadas, ocasionando assim um desenvolvimento desbalanceado do estado, que às vezes está contido em interesses de terceiros ao invés do desenvolvimento sustentável do estado. Ao final, o estudo lista 80 municípios do Estado localizados em todas as regiões com potencial e áreas viáveis para implantação de parques eólicos e usinas solares.
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AIRTON JANES DA SILVA SIQUEIRA
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AVES MIGRATÓRIAS DOS ESTUÁRIOS CARDOSO E CAMURUPIM, PIAUÍ, BRASIL: RIQUEZA, ETNORNITOLOGIA E IMPACTO TURÍSTICO
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Orientador : ANDERSON GUZZI
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Data: 10/02/2020
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A migração de aves é um fenômeno sazonal que leva todos os anos milhares de indivíduos a realizarem longas movimentações em busca de recursos e locais favoráveis à sua sobrevivência. No entanto, os impactos decorrentes da ação antrópicos têm tornado o futuro deste comportamento cada vez mais imprevisível. Dessa forma, o conhecimento das áreas de invernada, assim como os impactos aos quais as aves estão vulneráveis nesses locais é de suma importância para a conservação das espécies. Diante disto, este estudo teve como objetivo levantar e caracterizar as espécies de aves migratórias que invernam nos estuários dos rios Cardoso e Camurupim; analisar os impactos das atividades turísticas sobre suas populações e registrar o conhecimento etnoornitológico dos pescadores da comunidade de Macapá, situada próxima aos estuários. O levantamento da avifauna se deu através de pontos de escuta distribuídos ao longo dos estuários. Os impactos ocasionados pelo turismo foram analisados através da alteração de comportamentos das aves provocados pelas atividades turísticas, sendo consideradas diferentes zonas de impactos. Os dados etnoornitológicos foram coletados por meio de diálogos informais e formulários semiestruturados. Foram levantadas 19 espécies de aves migratórias distribuídas em duas ordens e três famílias. As espécies mais abundantes foram Charadrius semipalmatus, Calidris pusilla, Numenius hudsonicus e Arenaria interpres. Considerando o conhecimento tradicional, foram citadas 14 espécies de aves migratórias que invernam nos estuários, sendo estas mais abundantes entre os meses de novembro a março. Também foi consenso entre a maioria dos pescadores que houve redução na população de aves migratórias nas ultimas décadas, sendo o aumento do fluxo de pessoas, a caça e a perda de hábitat apontados como as principais causas para este declínio. As atividades turísticas que mais impactam as aves na perspectiva dos entrevistados foram: a prática do kitesurf, o passeio de banana boat e o passeio de barco. De acordo com as observações em campo, os distúrbios sobre as aves são ocasionados principalmente pela aproximação de turistas caminhando (66%) e pela prática de kitesurf (30%). Apesar do maior número de distúrbios serem ocasionados por pedestre, as aves se mostraram mais sensíveis ao kitesurf, visto que as reações de fuga foram registradas sempre acima de 60 metros. A área de estudo apresenta uma rica diversidade de aves migratórias, o que significa que a região é um importante local de parada para muitas espécies que migram através da Rota Atlântica. No entanto, as espécies vêm enfrentando distúrbios ocasionados pelo turismo na região, se fazendo necessária a implementação de medidas mitigatórias para garantir um cenário adequado para o futuro das espécies que invernam nos estuários Cardoso e Camurupim.
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MARIA HORTENCIA BORGES DOS SANTOS
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MERCADOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PARNAÍBA COMO DIFUSORES ETNOBOTÂNICOS NO PIAUÍ
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Orientador : ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
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Data: 07/02/2020
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Os mercados são ambientes públicos designados para a comercialização de inúmeros produtos, entre eles as plantas, que devido às características associadas ao uso, como eficácia e baixo custo, resultam no extenso consumo de produtos à base de plantas. Objetivou-se analisar o conhecimento botânico tradicional de permissionários associados às espécies medicinais e ritualísticas em Mercados Públicos Municipais de Parnaíba, Piauí. Os dados foram coletados após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) sob o N° 2.975.850 e com o parecer do cadastro no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SISGEN), sob o N° ABB2F8B, e do Instituto Chico Mendes (ICMbio) N° 70722-9. Foram selecionados os mercados públicos Quarenta, Nossa Senhora de Fátima, Caramuru e Guarita. Nestes locais, entrevistaram-se todos os permissionários (n = 34) por meio de formulários semiestruturados. Para coleta das espécies vegetais, realizaram-se turnês-guiadas. As plantas foram coletadas, herborizadas e incorporadas ao Herbário Graziela Barroso (TEPB) da UFPI. Identificaram-se 89 espécies vegetais, pertencentes a 54 famílias, com maior representatividade para Fabaceae (22,91%), seguidas de Malvaceae/Rubiaceae com 6,25%, respectivamente. Os sistemas corporais que apresentaram maior alocação por plantas mencionadas foram: Sinais e sintomas gerais com (168 citações) e Doenças do aparelho respiratório (89). Verificou-se que tanto plantas nativas (54,24%), quanto exóticas (45,76%) são comercializadas. As formas de preparo mais citadas pelos permissionários foram: infusão (42,92%), garrafada (16,96%), decocção (16,96%), decocção/garrafada (12,99%) e in natura (10,17%). Os hábitos das plantas evidenciaram que as árvores foram as mais representativas (44,55%), seguidas de ervas (30,65%), arbustos (15,44%) e subarbustos/trepadeiras (4,68%, cada). As espécies vegetais encontradas com mais frequência foram: aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão.); jucá (Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz.) e jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne.). Os resultados revelaram 66 espécies medicinais e 23 ritualísticas, destas, 47 são nativas. As plantas usadas para tratar doenças respiratórias obtiveram destaque com 89 citações. Assim, nos Mercados Públicos de Parnaíba, Piauí, as espécies listadas contribuem na manutenção da cultura no uso de plantas para tratar enfermidades e na renda dos permissionários.
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