Introdução: A adolescência é marcada por intensas transformações físicas, emocionais e sociais, permeada por fatores históricos e culturais que influenciam o desenvolvimento identitário. Nesse período, os jovens enfrentam conflitos internos, instabilidades emocionais, necessidade de pertencimento e questionamentos sobre normas sociais, tornando-se especialmente suscetíveis ao sofrimento psíquico. Entre os fatores de risco associados a esse sofrimento, destaca-se a depressão, frequentemente relacionada ao comportamento suicida. Considerando esse cenário, o Programa Saúde na Escola (PSE), em articulação com a Estratégia Saúde da Família (ESF), propõe ações intersetoriais voltadas à promoção da saúde e ao enfrentamento das vulnerabilidades que acometem os adolescentes. Nesse contexto, a escola configura-se como espaço privilegiado para identificação precoce e acolhimento de estudantes em sofrimento psíquico, tendo os professores papel central na prevenção do suicídio. Objetivo: Analisar os efeitos de uma intervenção educativa sobre comportamento suicida de adolescentes nas atitudes de educadores, no contexto escolar. Métodos: Trata-se de um estudo multi-método estruturado em duas etapas. A primeira envolve a adaptação e validação de questionário. A segunda, consiste em um estudo quase-experimental, com delineamento pré e pós-teste a ser realizado em uma escola pública pactuada por equipes da Estratégia Saúde da Família, no Programa Saúde na Escola, do município de Teresina, estado do Piauí. Amostra será censitária e constituída por todos os docentes, de adolescentes, com atuação no local de investigação, ou seja, n=38. Esta investigação está inserida no macroprojeto intitulado “Prevenção e pósvenção ao suicídio no contexto da escola: saberes, práticas, epidemiologia e tecnologias educativas-assistenciais”. Resultados esperados: Espera-se verificar se após a realização da intervenção educativa, houve mudanças nas atitudes dos educadores frente a adolescentes em risco de suicídio.