As Doenças Determinadas Socialmente, são condições de saúde profundamente marcadas por determinantes sociais, econômicos e ambientais. É essencial desenvolver ferramentas tecnológicas para melhorar o cuidado em saúde, especialmente em doenças como hanseníase. No Brasil, o Ministério da Saúde busca apoiar iniciativas inovadoras de comunicação entre os usuários do sistema de saúde. Os chatbots, por exemplo, são agentes que podem otimizar a personalização do atendimento e ampliar o acesso dos usuários aos serviços. Diante disso, surgiu o seguinte problema de pesquisa: em que medida um agente autônomo de inteligência artificial (chatbot), concebido com base em evidências científicas e documentos oficiais do MS, é eficaz para promover o acesso à informação, apoiar o diagnóstico oportuno e favorecer o controle e tratamento da hanseníase na APS? Objetiva-se desenvolver um protótipo de chatbot para orientação clínica em hanseníase na Atenção Primária. Trata-se de uma Produção Técnico-Tecnológica conduzida com base na Design Science Research Methodology, organizada em seis etapas que estruturam a concepção, o desenvolvimento e a validação do artefato. O estudo será realizado em Teresina (PI), que servirá como cenário da pesquisa. Serão identificados os principais desafios dos profissionais no diagnóstico e manejo da hanseníase por meio de grupos focais e revisão narrativa da literatura. Com base nessas informações, será desenvolvido um protótipo de chatbot centrado no usuário e apoiado por tecnologias de processamento de linguagem natural. A versão beta integrará conteúdo técnico validado, fluxos clínicos e respostas automatizadas para apoiar o diagnóstico e a condução terapêutica. Esse projeto de pesquisa será desenvolvido conforme os requisitos propostos pelo Conselho Nacional de Saúde, no que se refere aos aspectos éticos e legais das pesquisas que envolvem seres humanos, conforme estabelecido nas resoluções 466/2012, 510/2016 e 580/2018. Assim, será garantido anonimato dos sujeitos e sigilo das informações declaradas pelos participantes. Após o desenvolvimento e a validação do agente autônomo de inteligência artificial (chatbot), espera-se que seja possível promover o acesso a informações baseadas em evidências relacionadas à prevenção, diagnóstico, controle e tratamento da hanseníase.