Este trabalho tem como objetivo investigar a inserção de experimentos de baixo custo como
instrumentos didáticos facilitadores no processo de ensino-aprendizagem da Cinemática, ramo
fundamental da Física. A proposta surge da constatação das dificuldades enfrentadas nas
escolas públicas, tais como a escassez de professores de Física, a reduzida carga horária da
disciplina, a falta de laboratórios adequados e o desinteresse dos alunos. Embora a
experimentação seja apontada como uma estratégia eficaz para tornar o ensino mais atrativo e
significativo, muitos docentes ainda resistem à sua implementação devido à sobrecarga de
trabalho e à falta de preparo técnico. Diante desse cenário, propõe-se o uso de materiais
simples e acessíveis, como carrinhos de brinquedo, rampas improvisadas e cronômetros, a fim
de tornar o ensino da Cinemática mais concreto e envolvente. A metodologia contempla a
realização de experimentos práticos, análises comparativas entre dados experimentais e
resultados teóricos, bem como a aplicação de questionários e entrevistas com os alunos para
avaliar o impacto da prática no processo de aprendizagem. A fundamentação teórica baseia-se
nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que incentivam o uso de atividades experimentais
contextualizadas e a valorização da aprendizagem significativa, ancorada no conhecimento
Prévio dos alunos. Estudos de autores como David Ausubel, Antonio Moreira e Valéria Alves
reforçam a importância da experimentação como meio de promover o raciocínio científico e o
protagonismo estudantil. Com esta pesquisa, espera-se contribuir para a democratização do
ensino de Física, oferecendo alternativas viáveis e eficazes para o ensino da Cinemática em
contextos com poucos recursos. A adoção de experimentos de baixo custo poderá transformar
a dinâmica das aulas, promovendo maior interesse, motivação e compreensão dos conteúdos
por parte dos alunos.