Áreas naturais protegidas são consideradas a principal ferramenta de proteção da diversidade biológica e têm se destacado como espaços apropriados para a promoção da Educação Ambiental (EA). Florestas secas tropicais estão entre os ecossistemas mais ameaçados do mundo, contudo, são raramente protegidas, e pouco se sabe sobre sua biodiversidade. Além disso, o uso de áreas naturais protegidas para a EA é ainda frequentemente ignorado. Assim, este estudo teve como objetivo verificar como a conversão de ecossistemas florestais afeta a estrutura de assembleias de borboletas e avaliar a percepção de professores sobre EA em áreas naturais protegidas. No estudo, a perturbação ambiental levou a um aumento da diversidade beta, formando comunidades altamente aninhadas, e afetando principalmente espécies especialistas. Além disso, foi demonstrado que sistemas agrícolas mantem comunidades relativamente similares ao longo do tempo, enquanto ecossistemas florestais apresentam alta substituição de espécies. A percepção dos professores sobre o uso de áreas naturais protegidas para EA foi, em geral, positiva. Contudo, demonstraram menor apoio à prática efetiva de EA nessas áreas. Os resultados sugerem que o nível de relacionamento dos professores com a natureza não foi forte o suficiente para promover atitudes ambientais significativas, o que pode estar refletindo na forma como os professores veem o uso de áreas naturais para o ensino. Assim, dado o valor de florestas secas para a conservação, é sugerido que mais e maiores reservas são necessárias para a proteção da biodiversidade. Além disso, diante da relevância da interação com a natureza, é imprescindível que as pessoas a vivenciem, a fim de criar laços emocionais e estilos de vida ambientalmente responsáveis.