INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan ocorreram os primeiros relatos da
síndrome respiratória aguda grave, cujo agente etiológico é o novo Coronavírus denominado Sars –
CoV-2. A mortalidade por COVID-19 é de 2,5% maior em homens em comparação com mulheres, isso
pode ser devido a diferenças comportamentais e biológicas entre os sexos. OBJETIVO: Analisar a
mortalidade e os fatores associados aos óbitos de mulheres por Sars-Cov-2. METODOLOGIA: É um
estudo epidemiológico, descritivo-analítico, transversal, de abordagem quantitativa. Os dados
relacionados a óbitos de mulheres por COVID-19, foram obtidos por meio de prontuários e registros no
Sistema de Mortalidade – SIM, ocorridos em um hospital de referência no Piauí. Foram utilizados os
testes McNemar e Wilcoxon utilizando-se o Software Statistical Package for the Social Sciences. Para
todas as análises, foram considerado nível de significância 5%. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê
de Ética da UFPI, CAAE: 51248721.3.0000.5214. RESULTADO E DISCUSSÃO: No período estudado
faleceram 244 mulheres por COVID-19. Houve predominância de mortalidade em mulheres idosas
(66,5%), parda (74,4%) e sem escolaridade (27,4%). Dentre as comorbidades mais prevalentes estão:
Hipertensão Arterial Sistêmica (66,10%), Diabetes Mellitus (44,91%) e a obesidade (18,22%). As
complicações observadas foram síndromes respiratória aguda grave (81,4%), anemia (62,3%),
insuficiência renal aguda (42,8%) e o choque séptico (34,7%). Os anti-hipertensivo e os antidiabéticos
orais, e antibióticos foram os mais relatados antes da internação. Já os antibióticos, corticoide, insulina e
anticoagulante, prevaleceram durante a internação. As alterações clínicas encontrada nos exames
avaliados foram a opacidade em vidro fosco, plaquetopenia e aumento da concentração de PCR.
CONCLUSÃO: A compreensão do comportamento da COVID-19 e fatores associados embasam a
formulação de políticas públicas de saúde com foco na evitabilidade da mortalidade de mulheres.