Introdução: Muitas são as mulheres que negligenciam as ações de prevenção do câncer do colo do úetro e não realizam exames de rastreamento de rotina, o que pode ser um contribuinte para o aumento de casos da doença. A utilização de tecnologias com conteúdo validado por profissionais de saúde para promover a prevenção se apresenta como uma ferramenta potencial para incentivar as mulheres nessa prática. Objetivo: Verificar a utilização de tecnologia com conteúdo válido, produzida para a promoção da prevenção do câncer de colo do útero, por meio do exame Papanicolau, de mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos que não realizam o exame. Método: Este estudo foi desenvolvido em duas etapas: delineamento metodológico, com amostra de 20 mulheres para análise semântica e 7 juízes para análise de conteúdo; e desenho comparativo-descritivo, com amostra de 246 mulheres de 25 a 64 anos. Foram utilizados instrumentos de caracterização e avaliação. Foram calculadas estatísticas uni e bivariadas, utilizando-se o software IBM® SPSS®, ao nível de significância de 5%. Resultados: Foi produzida a Agenda para Prevenção do Câncer do Colo do Útero, validada de conteúdo com 100% de concordância pelos juízes, a qual foi aplicada a 181 mulheres que atenderam aos critérios de inclusão do estudo. A média de idade foi de 47,2 anos. As maiores dificuldades relatadas pelas mulheres para a realização do exame foram: falta de interesse (34%), vergonha (24%) e medo do resultado (14%). Antes da intervenção educativa, 80,1% das mulheres haviam realizado o exame Papanicolau; destas, 66,3% realizaram novamente após a intervenção. Dentre as que nunca haviam realizado o exame (19,9%), 11,0% realizaram após a intervenção educativa. Antes da intervenção educativa, 51,4% das mulheres referiram a prevenção do câncer de colo do útero, 15,5% a prevenção de doenças e 7,2% indicaram a descoberta de doenças como finalidade do exame; 19,3% não souberam informar. Após a intervenção, o número de mulheres que referiram a prevenção do colo do útero aumentou em 47,5%. No que se refere à frequência de realização do exame, as principais respostas foram anualmente (58,0%) e semestralmente (20,4%). Depois da intervenção, mais 13,8% informaram a frequência anual e 28,2% responderam de 3 em 3 anos, caso dois resultados consecutivos negativos para câncer