A incontinência urinária é considerada um importante problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, podendo acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos. Pode afetar dramaticamente a qualidade de vida, onde o efeito psicossocial pode ser mais devastador do que as consequências sobre a saúde física, com múltiplos e abrangentes impactos que influenciam as atividades diárias, a interação social e a autopercepção do estado de saúde. Existem várias abordagens para o tratamento da IU, é importante que a mulher procure ajuda precocemente, pois muitas acreditam que a IU é uma condição normal e resultado do processo de envelhecimento e não uma doença. Por essa razão vemos um número crescente de casos que já chegam ao profissional num estágio avançado, com indicação cirúrgica. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi identificar a prevalência de mulheres com queixas de IU que buscam a assistência das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Parnaíba nos dias do atendimento de prevenção (útero e mama), verificar o impacto que essa doença traz na qualidade de vida dessas mulheres e avaliar o conhecimento por tratamento não cirúrgico (conservador) e a compreensão da existência de locais de tratamento gratuitos ofertados na cidade. Tratou-se de um estudo descritivo, comparativo, transversal e exploratório de cunho quantitativo. Os participantes da pesquisa foram 50 mulheres que frequentam duas unidades básicas de saúde (UBS), uma localizada na zona rural e outra na zona urbana, selecionadas pelo princípio da casualização. Para avaliar a qualidade de vida dessas mulheres, foi realizada uma entrevista semiestruturada utilizando perguntas orientadoras que abordaram questões relativas às queixas de experiência da perda urinária e comprometimento da qualidade de vida através de um questionário validado denominado: International Consultation on Questionnaire Short Form (ICIQ SF), (convertido para o português). O método utilizado para análise desse conteúdo foi através do teste Qui – Quadrado. Como resultado foi identificada uma alta prevalência de mulheres com queixas de IU nas duas UBS respectivamente, além de comprovar a falta de informação a respeito do conhecimento por outras opções de tratamento que não a cirúrgica. Verificou-se que a maioria das mulheres estavam com queixas que mostram um quadro inicial dos sintomas, ainda com pouca interferência nas atividades da vida diária, onde um diagnóstico precoce com orientação de opções de tratamento como abordagens conservadoras, seria o ideal nesses casos, porém essa informação não está chegando a essas mulheres.