Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • MARTA SOCORRO VASCONCELOS CALDAS BRITO
  • PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA E SEUS CUIDADORES: INJUNÇÕES E INTERSECCIONALIDADES DAS RELAÇÕES DE CUIDADO EM UM CENTRO-DIA DE REFERÊNCIA.
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 29/08/2024
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  • Este trabalho objetiva apresentar a pesquisa etnográfica sobre as relações de cuidado vivenciadas entre os usuários e trabalhadores de um Centro-Dia de Referência para Pessoas com Deficiência Os Centros-Dia são instituições públicas tipificadas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que atendem a pessoas em situação de alta dependência de cuidados, sejam elas adultos ou crianças com deficiência e pessoas idosas. Para cada uma dessas modalidades – adultos com deficiência, crianças com deficiência ou idosos – existem Centros-Dia específicos que as assistem e apoiam seus familiares nas atividades de cuidar. Sendo serviços da rede SUAS, estão presentes em todo o território nacional, havendo pelo menos um equipamento de alguma modalidade em cada estado da federação. No âmbito das políticas públicas, o cuidado é definido como qualquer atividade realizada para a garantia da vida e para o bem-estar das pessoas, apresentem elas algum grau de dependência ou não. São um direito e uma necessidade inerente aos seres humanos, uma vez que todos demandam e ofertam cuidados ao longo da existência, particularmente em etapas ou condições específicas, como a infância, a velhice, o adoecimento ou a deficiência. Trata-se, assim, de um bem essencial para o funcionamento e sustentabilidade de qualquer grupo social. No entanto, inúmeros estudos apontam que as atividades de cuidado se dão transversalizadas por múltiplas injunções e interseccionalidades, uma vez que são, majoritariamente, exercidas por mulheres negras e economicamente desfavorecidas, além de se ordenarem num campo de vulnerabilidades propício à emergência de ambivalências, estigmas e violências. Com a implantação dos Centros-Dia há cerca de dez anos, o Estado brasileiro enfrentou, pela primeira vez, de forma consistente, a invisibilização das relações de cuidado, especialmente aquelas que se dão no seio das famílias, sendo, assim, um serviço merecedor de amplos olhares da antropologia e demais ciências sociais para seus sujeitos, sentidos, labores, linguagens e modos de existência. Partindo desse escopo, a pesquisa objetivou observar tais relações de forma participante, considerando também a premência, cada vez mais reconhecida, dos antropólogos em se ocuparem do desvelamento das políticas públicas, reconhecendo seu papel reflexivo das culturas e das dinâmicas sociais.

  • CARLOS CÉSAR SANTOS SILVA FILHO
  • PIAUILISMO: Moda, classe e distinção dentro dos bastidores de um desfile universitário de Teresina (PI).
  • Data: 11/04/2024
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  • A pesquisa analisa os marcadores de distinção nos bastidores do desfile Piauilismo em sua 9ª edição, que ocorreu na cidade de Teresina, no espaço de eventos do Teresina Shopping, em 2018. O objetivo é identificar as possíveis transformações para os participantes envolvidos no evento, seja no contexto de suas carreiras seja nas oportunidades no âmbito da moda local. O Piauilismo é um dos principais eventos de moda da cidade, desempenhando um papel significativo na celebração da conclusão dos alunos do curso de Moda, Design e Estilismo da UFPI, juntamente com seus trabalhos de conclusão de curso. Com base nos relatos de duas interlocutoras - uma associada às classes baixas e outra às classes altas - o estudo analisa o processo de elaboração do desfile o que inclui a concepção do briefing , organização do desfile e o período pós evento, quando ambas se inserem no mercado de trabalho. A metodologia empregada foi qualitativa, envolvendo entrevistas, conversas com os alunos da edição de 2018 e a análise de fotografias. Os resultados revelaram que o desfile de moda Piauilismo não apresenta um impacto qualitativo significativo nas carreiras dos alunos responsáveis, quando estes assim ingressam no mercado de trabalho. O evento de moda possui valor predominantemente acadêmico e não alcança relevância nas camadas mais privilegiadas da sociedade, onde estão os empresários do ramo da moda na cidade.

  • GLEICIANE DOS SANTOS SILVA
  • “MULHERES DO POTY”: CRIANDO COISAS, MEMÓRIAS, VIVÊNCIAS E ARTESANATO CERÂMICO NA COOPERATIVA DE ARTESANATO DO POTY VELHO (COOPERART-POTY).
  • Orientador : MARIANE DA SILVA PISANI
  • Data: 28/03/2024
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  • A Cooperativa de Artesanato do Poty Velho, criada em 2007, está localizada no bairro Poti Velho, zona norte de Teresina, capital do estado do Piauí, onde se encontra o Polo Cerâmico do Poty Velho. É neste espaço de criação e produção artesanal que esta pesquisa foi elaborada, a partir de conversas, entrevistas, fotografias e documentos cedidos pelas artesãs. Partindo deste material de pesquisa, o presente estudo propõe compreender como estas mulheres artesãs, a partir da criação da coleção “Mulheres do Poty” se apresentam para o mundo. Como suas trajetórias de vida e trabalho, suas experiências como trabalhadora soleiras, as suas práticas religiosas, as manifestações culturais que participam e vivenciam no bairro Poti Velho estão presentes nas cinco bonecas de mesa da coleção “Mulheres do Poty”. Estas peças carregam partes importantes das memórias dessas artesãs ceramistas e neste sentido vemos como coisas e pessoas se constroem mutualmente. O barro, matéria prima que moldado pelas mãos das artesãs narra as transformações e processos no artesanato local ao longo do tempo, revela como a entrada de mulheres na produção cerâmica contribuiu significativamente para o avanço desta atividade na região, gerando mais empregos, visibilidade e reconhecimento para toda a comunidade ceramista.

  • IGOR FILIPE DE SOUSA OLIVEIRA
  • “HOJE O SANTO TE PEGA”: EDUCAÇÃO NO ALDEIA DE CABOCLO."
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 26/03/2024
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  • Na presente dissertação, abordo o conceito de educação a partir de um sentido amplo, entendendo-a como um processo imanente à vida social, em constante fluxo de produção de conhecimentos, por meio de variados processos de aprendizagem, que se dão por meio de participação, em dinâmica com uma comunidade de praticantes, constituindo-se como um caminho de pedagogia e de política. Assim, objetivo identificar e analisar esses processos educacionais em um Terreiro de Umbanda localizado na zona sul de Teresina-PI, o Terreiro Aldeia de Caboclo, Senzala de Mãe Maria Conga e Pai Joaquim. Nesse sentido, percebo que o Terreiro de Umbanda é um importante espaço de vivências educacionais, pois a sua prática religiosa está assentada no movimento e centralizada no processo de baiar, o que depende de um aprendizado denominado desenvolvimento mediúnico, sendo, portanto, um envolvimento com a materialidade-espiritualidade umbandista que acontece por meio do cuidado e do movimento. Opto pela etnografia para esse estudo, uma vez que tal abordagem possibilita o estudo dos processos educacionais a partir de dentro e desde a perspectiva dos interlocutores e do pesquisador. Assim, percebo a Umbanda enquanto um espaço de vivência religiosa e educacional, tendo uma ecologia de saberes, o que colabora para a formação e desenvolvimento da pessoa umbandista, em um processo gradual que pode levar anos, semelhante ao ato religioso de “catar folhas”, sendo necessária a essa educação a constante reflexão de sua prática, posto que, por ser política, ela pode reproduzir ou contestar opressões da sociedade mais ampla.

2023
Descrição
  • JARDSON BARRINHA DOS SANTOS
  • Currículo e Contracolonialismo: tensões, conflitos e posicionalidades.
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 31/08/2023
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  • Um dos principais desafios do século XXI é pensar e construir projetos “outros” de sociedades pautados na superação de modelos hegemônicos reprodutores de desigualdades sociais e epistêmicas, que se sobrepõe a diversidade de saberes e fomentam processos de exclusão. A presente pesquisa teve como objetivo verificar se o currículo do curso de Licenciatura em Ciências Sociais da Universidade Federal do Piauí – UFPI, dialoga ou se propõe dialogar sobre o encontro e diálogo entre Ciências Sociais e Saberes Tradicionais. Os objetivos específicos da pesquisa foram: examinar o discurso e posicionalidade do Projeto Pedagógico do curso de graduação em ciências sociais da UFPI; mapear disciplinas, ementas, eventos, grupos de pesquisas, textos, livros e ou/ artigos das disciplinas e verificar suas proximidades com o debate de diversidades de saberes e modos de vidas; apontar marcadores de relações de poder no currículo de Licenciatura em Ciências Sociais UFPI e por fim, identificar no discurso dos discentes e egressos se o curso cumpriu com os princípios curriculares propostos no Projeto Pedagógico do Curso – PPC e planos de disciplinas, bem como um novo olhar sobre a diversidade de conhecimentos humanos e o diálogo entre as várias correntes teóricas que formam o curso. A pesquisa deu-se através de entrevistas dialogadas pela plataforma Google Meet com estudantes egressos e estudantes regulamente matriculados, análise de documentos, como o Projeto Pedagógico de Curso – PPC de 2019, da Licenciatura em Ciências Sociais – UFPI, mapeamento de disciplinas do curso, eventos de extensão e pesquisas, além da observação-participante na disciplina de Antropologia e Educação, através da experiencia do estágio docente supervisionado do mestrado. No total, foram 8 (oito) interlocutores (as), sendo 4 (quatro) egressos e 4 (quatro) discentes com matrículas ativas. A análise de dados foi um dos momentos cruciais para pesquisa, visto que, nesse momento os dados ganharam significados e não são apenas dados produzidos, mas questionamentos, fonte de renovação pois revelaram inquietações caras, ao processo de produção do conhecimento e as relações dos discentes com o currículo de 2019, por meio do ensino, pesquisa e extensão.

  • JUSSARINA ADRIANA DA SILVA CARVALHO
  • ENCANTADOS, ENTIDADES E SANTOS: AÇÕES RELIGIOSAS E ETNICIDADE DOS INDÍGENAS TABAJARA DE PIRIPIRI
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 31/08/2023
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  • O presente trabalho analisa a etnicidade dos indígenas Tabajara de Piripiri, privilegiando as manifestações religiosas e as práticas de cura realizadas pelo pajé Chicão, em que se destacam elementos definidos usualmente como pertencente à espiritualidade indígena, ao catolicismo e a Umbanda. Neste sentido, as ações religiosas agregram pessoas e favorecem a constituição da comunidade étnica religiosamente diversa. Partindo de um passado histórico para o presente etnográfico, através de uma escrita que privilegia a perspectiva dos indígenas, apresento a constituição da comunidade Tabajara por meio do movimento de emergência étnica empreendido no presente no contexto urbano de Piripiri, estado do Piauí. As atividades religiosas dos Tabajara, seus rituais e práticas de cura são problematizados na pesquisa a partir de conceitos tais como confluência, relação afroíndigena, ação comunitária e contrasincretismo que se evidenciaram na análise dos dados construidos no trabalho de campo. Para as discussões aqui propostas, usufruo das contribuições da História e da Antropologia, principalmente da Etnologia Indígena, Estudos de Etnicidade e da Religião. De recorte etnográfico, os dados apresentados são decorrentes de pesquisa constituída predominantemente de observação e vivências junto aos interlocutores, entrevistas, registros fotográficos, participação em atividades e eventos do movimento indígena e levantamento bibliográfico sobre as questões abordadas

  • MARIA GLEICIANE FONTENELE PEREIRA
  • CARTAS, CRENÇAS E ADIVINHAÇÕES: REFLEXÕES ANTROPOLÓGICAS SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA CARTOMANCIA A PARTIR DE DONA LUÍZA NA CIDADE DE CAMOCIM-CEA.
  • Data: 31/08/2023
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  • Esta dissertação de mestrado tem como objetivo principal estudar a produção do conhecimento por parte de uma cartomante na região Nordeste, investigando como ela realiza o processo de adivinhação e como isso contribui para a construção do conhecimento. Além disso, a cartomante em questão é um sujeito que transita na convergência entre dois campos religiosos. O ponto de análise foi o sistema ritual adivinhatório de Dona Luíza, que se baseia no uso das cartas de diversos baralhos/tarôs em seu contexto de residência no município de Camocim, no Ceará, litoral norte do Estado. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, com observação das "consultas" e conversas informativas com a cartomante, além de referências de autores como Geertz (1989), Durkheim (2000) e Amud (2013) que escrevem sobre cartomancia, religião, magia e conhecimentos intuitivos. O objeto teórico da pesquisa é a produção do conhecimento na cartomancia, buscando problematizar como a cartomante adquire, interpreta e aplica o conhecimento por meio das cartas. Foram analisados o conjunto de saberes, técnicas e métodos utilizados pela cartomante para realizar suas leituras e oferecer respostas aos clientes. O estudo tem o intuito de contribuir para o campo acadêmico, ampliando o conhecimento sobre a cartomancia e suas relações com a religião, a magia e a produção de conhecimento. Além disso, busca promover uma compreensão mais aprofundada das dinâmicas sociais e culturais envolvidas nessa prática esotérica e adivinhatória. A dissertação também aborda questões relevantes, como a relação entre a produção do conhecimento na cartomancia e as dimensões religiosas e mágicas envolvidas. Além disso, explora a influência da experiência pessoal e da intuição da cartomante na interpretação das cartas e na obtenção de informações sobre o futuro. A análise das cartomantes envolve uma compreensão de diferentes perspectivas, incluindo a visão cética, que argumenta que as previsões podem ser baseadas em técnicas de adivinhação e leitura fria ou quente, e a perspectiva cultural e psicológica, que vê nas cartomantes uma busca por orientação, consolo, reflexão e entretenimento, com possíveis efeitos terapêuticos, comparáveis ao trabalho dos psicólogos. Ao explorar a prática dessa cartomante, suas técnicas e crenças, a pesquisa busca compreender como o conhecimento é adquirido e aplicado durante o processo de adivinhação e como as dimensões religiosas e mágicas se relacionam com essa prática esotérica e adivinhatória.

  • VIDA MARILIA MIRANDA CRUZ
  • “COMIDA DA GENTE”: TRAJETÓRIAS E RELAÇÕES DE FAMÍLIAS NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO DO MERCADO DA PIÇARRA.
  • Orientador : CARLOS ROBERTO FILADELFO DE AQUINO
  • Data: 31/08/2023
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  • Por atravessamentos da trajetória da pesquisadora e outros dados apresentados em campo, essa pesquisa tem por objetivos apresentar através da intersecção entre família, alimentação e comida, um estudo sobre laços de parentesco e vizinhança a partir da Praça de Alimentação do Mercado da Piçarra, em Teresina, PI. Por meio de uma abordagem etnográfica produzida por revisitas afetivas, sinestésicas e a compreensão dessas interações sociais que destacam a importância da comida de mercado, emerge o termo comida da gente utilizado para descrever que essa forma de alimentação transcende as receitas da culinária regional e possui uma significância mais profunda para além de métodos culinários ou uma cultura atribuível. De fato, as famílias são grupos de pessoas com laços parentais diretos ou colaterais que administram os estabelecimentos onde esses alimentos são armazenados, processados e oferecidos para venda no referido mercado. Essas famílias desempenham um papel fundamental no início dessas múltiplas relações que transformam o alimento em “comida”.

  • ALISSON MATHEUS SOARES DE SOUSA CARVALHO
  • RATOS, FRANGOS E MONSTROS: CONSTRUÇÃO DAS CORPOREIDADES NAS ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO.
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 30/08/2023
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  • Misturados entre outros estabelecimentos do bairro Dirceu, as academias de musculação espalharam-se pela região competindo com farmácias e igrejas. Esta dissertação, enveredou pelos corredores de academias de musculação acompanhando os praticantes da modalidade e como eles se relacionam entre si e com o próprio espaço. O objetivo deste trabalho é investigar as corporalidades dos homens nas academias de musculação, além de observar as práticas e dinâmicas dentro desses espaços de socialização. Com isso, pretende-se entender como os corpos são tratados, como o corpo é transformado em instrumento manipulável e o meio pelo qual o homem se expressa. Nesse contexto, há discursos que permeiam esses espaços: o biomédico, o estético e a mercantilização dos serviços. É no corpo que todas as transformações ficam expostas e é nesse “objeto” que me apoiarei para observar as práticas das corporalidades nas academias de musculação.

  • FERNANDA DA SILVA ROCHA
  • LEZEIRA DE QUILOMBO: IDENTIDADES E RESILIÊNCIAS.
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 26/08/2023
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  • Esta dissertação tem como objetivo pesquisar as contribuições da Lezeira na construção, sustentação e (re) afirmação das identidades na Comunidade Quilombola Custaneira/Tronco. Para compor este cenário estão presentes algumas literaturas, entre elas, temas que versam sobre a memória (POLLAK, 1992); Etnicidade (BARTH, 1998); Ancestralidade (OLIVEIRA, 2003); e oralidade (BÂ, 1982). A pesquisa, tem como desígnio responder à pergunta: Quais as contribuições da Lezeira na construção, e afirmação das identidades na comunidade quilombola Custaneira/Tronco, município de Paquetá- PI? Para tanto a pesquisadora, em face dos atravessamentos de temas que também perpassam o campo de sua trajetória com a comunidade, marca o texto com a saudosa Evaristo (2007) através de uma escrita escrevivente de uma mulher negra e acadêmica. O texto adotado é uma etnografia do encontro da pesquisadora com o quilombo. Em observância a historicidade deste, considerou-se os elementos materiais e imateriais percorrendo possibilidades de processos identificatórios na Lezeira e na (re) a firmação das identidades quilombola. O texto leva em consideração as histórias contadas pelos agentes deste lugar, com os conteúdos que comunicam a obra. Esta dissertação desenvolveu-se por interações etnográficas com trabalho de campo constituído de observação do cotidiano e eventos; entrevistas e registro fotográfico.

  • ELIANE BRITO DA SILVA COUTO
  • Banho de Sangue: a manifestação de um corpo nos espaços urbanos de Teresina.
  • Data: 11/08/2023
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  • Esse trabalho de dissertação está situado no campo da Antropologia e se orienta pela perspectiva qualitativa de análise documental a partir da Antropologia digital e da imagem. Trata-se de um estudo realizado com entrevistas e captura de imagens do campo virtual. Tem como objetivo apontar como os espaços da cidade foram transformados em palco para disputas políticas e sociais. O “Banho de Sangue” teve como intenção, denunciar e problematizar violências sofridas por parte da população teresinense. Para tanto recorreu-se a leituras sobre performance, interseccionalidade e intervenção urbana afim de refletir sobre a necessidade da realização da performance nos espaços públicos da cidade, lócus para disputas políticas que envolvem as lutas por moradias, bem como lutas antirracistas e feministas. A performance abordada neste trabalho encontra-se entre o campo das artes e das ciências socias, buscando posicionamento atuante diante de situações de violência, e dessa forma, configurando-se na proposta do artivismo.

  • HERBERT COSTA LEVY
  • Comunidade Quilombola Ilha de São Vicente, Araguatins/Tocantins: perspectivas, mudanças e relações.
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 02/06/2023
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  • Essa dissertação é fruto do trabalho desenvolvido na e com a comunidade quilombola Ilha de São Vicente. Parte da comunidade vive nessa ilha localizada no Rio Araguaia, no município de Araguatins, norte do estado do Tocantins, na Microrregião do Bico do Papagaio. Atualmente a comunidade tem um pouco mais de 50 famílias, sendo que 12 vivem na ilha e os demais moram em outras zonas rurais e zona urbana de Araguatins, bem como em outros municípios do estado do Tocantins, Pará, Maranhão e mesmo fora do país. Os ancestrais da comunidade quilombola receberam a ilha como “doação” de seu antigo senhor em 1888, ano em que foi abolida a escravidão do país. Desde então, a ilha, que tem 2.502 ha, vem sendo ocupada por não quilombolas, de forma que hoje a comunidade ocupa apenas 32 ha, ou seja, está espremida em 1,3% da ilha. Essa ocupação por pessoas que não têm vínculos de parentesco com os fundadores ancestrais da comunidade é um dos fatores que fez com que boa parte das famílias quilombolas viesse a morar fora da ilha. Atualmente a comunidade tem lutado para garantir seu direito de fruir da ilha em sua totalidade, uma vez que o Estado já reconheceu através do INCRA que a ilha é território quilombola, faltando ainda à comunidade o título/contrato de concessão de uso em nome de sua associação. Foi sobre esse contexto fundiário que desenvolvi o que chamo de ciclo histórico territorial, que consiste em uma análise sobre o passado, o presente e o futuro da comunidade quilombola, desde a sua gênese, formas de ocupação, conflitos, relações ecológicas envolvendo humanos e não humanos, passando por discussões sobre os conceitos complexos de quilombo, quilombola, remanescente de escravizados e comunidade, além disso, abordo a ilha enquanto território associado a outras territorialidades, multiterritórios. Nesse contexto, ainda discorro sobre o atual processo de regularização do território no INCRA, a luta da comunidade não somente pelo território, mas por melhores condições de vida e sua expectativa de que em um futuro próximo possa gozar da ilha de forma plena.

  • ANTONIO ANDRESON DE OLIVEIRA SILVA
  • As representações do negro nos livros didáticos de História e Sociologia pós-lei 11.645/2008: uma análise antropológica.
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 22/03/2023
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  • As políticas de reconhecimento da diversidade cultural 11.645/2008 centraliza a importância de pensar a pluralidade étnica constituintes do nosso país. O papel desempenhado pela escola como agente da promoção e reconhecimento das culturas afro-brasileira, africana e indígena é notório para combate da discriminação racial e a representação que temos do negro em nossa cultura. A presente pesquisa visa compreender a representação do negro nos livros didáticos de história e sociologia buscando reconhecer como as políticas educacionais são aplicadas em instrumentos como livro didático, importantes para reapresentar imagens positiva a respeito desses grupos culturais e sua contribuição construção identitária do nosso país. Realizado em uma escola pública da cidade de Teresina-PI, como resultado do processo de inserção no campo entre antropologia e educação, o presente estudo busca demostrar como persiste a imagem do negro associada a violência, apagamento, segregação e discriminação racial, sendo necessário reaver debates para a ofertar de uma educação intercultural como horizonte dialógico de combate ao racismo e a reprodução de estigmas raciais em nossa cultura.

2022
Descrição
  • LORENA VERAS MENDES
  • Ensino Territoriado: as encantarias das minas e a educação quilombola na baixada ocidental maranhense”.
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 16/12/2022
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  • A pesquisa situa sobre educação quilombola, dando ênfase à observação das interações pedagógicas entre arte, religião, crianças e educadores tradicionais. Para tanto, a proposta apresenta o movimento das retomadas da educação quilombola, localizado na Baixada Ocidental Maranhense no Quilombo Imbiral Cabeça-Branca. Naquela realidade, diferente do que acontece em outras retomadas educacionais registradas pela literatura etnográfica, educadores tradicionais, encantados do tambor-de-mina, e as divindades dos ritos da festa e da religião, contribuem ao ensino territoriado valores éticos de um modo de vida. Diante disso, indaga-se como o tambor-de-mina em diálogo com as questões ambientais do território, conduzem as vivências didáticas experimentadas no cotidiano daquela realidade. E como são significadas pelas crianças através de um conhecimento corporificado na prática. Tais observações partem metodologicamente por uma “educação da atenção”, proposta por Tim Ingold, e aprendizagens corporificadas e situadas na prática, proposta por Jean Lave. Entretanto, percebe-se que o ensino territoriado naquela realidade educativa, é um projeto em construção, que se faz necessário diálogos com uma interculturalidade crítica para a valorização dos conhecimentos tradicionais na luta contra-hegemônica da educação e outros contextos conflitivos ambientais do território. Para isso, a pesquisa propicia diálogos entre Antropologia e Educação, Antropologia da Religião, e Ecologia Política.

  • CRISTHYAN KALINE SOARES DA SILVA
  • Entre “carreirinhos e pisagens”: uma etnografia da paisagem na comunidade Vão do Vico e no povoado Matas no sudoeste piauiense
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 16/12/2022
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  • LEUDIANE OLIVEIRA DE LIMA
  • A corporificação da docência no ensino superior: mulheres negras, sua participação, trajetórias e desafios.
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 12/12/2022
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  • Este trabalho se originou a partir de minhas inquietações sobre a presença de mulheres negras no exercício da docência no ensino superior durante a graduação. Diante disso, despertou em mim o interesse em estudar a seguinte temática: A corporificação da docência no ensino superior: mulheres negras, sua participação, trajetórias e desafios, tendo por objetivo de analisar o processo de inserção das mulheres negras na docência no ensino superior, bem como sua trajetória de vida e acadêmica e os desafios encontrados ao longo da profissão. Para esta investigação utilizei de uma abordagem etnográfica, no entanto a reconfiguração do contexto em que a pesquisa de campo se inseriu, faço uma etnografia no espaço virtual seguindo os fluxos cotidianos incorporados e corporificados na docência no ensino superior intermediada por diversas plataformas. Destaco metodologicamente a observação participante seguida de entrevistas com as professoras intentando identificar através de suas narrativas a dimensão dos obstáculos, mas também das superações que atravessam a trajetória dessas mulheres.

  • LORRANA SANTOS LIMA
  • OS NOVOS QUADROS NEGROS REVOLUCIONÁRIOS: dimensões discursivas, práticas e corporais em agrupamentos antirracistas em Teresina, Piauí.
  • Orientador : CARLOS ROBERTO FILADELFO DE AQUINO
  • Data: 28/11/2022
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  • ARTHUR FLÁVIO SILVA PINTO
  • Conflito, Política e Parentesco: aspectos da socialidade cigana em Coelho Neto-MA.
  • Orientador : CARLOS ROBERTO FILADELFO DE AQUINO
  • Data: 31/03/2022
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  • Esta dissertação é uma etnografia dos processos de “coletivização” (FILADELFO, 2014) dos ciganos na cidade de Coelho Neto-MA. Tem como principal objetivo compreender como esses sujeitos administram as similitudes e diferenças das ciganidades plurais resultantes das relações com a política partidária, conflitos e o parentesco. Esta pesquisa vale-se de um arcabouço teórico que compreende as relações sociais como formadoras de mundos (STRATHERN, 2017), levando em consideração que tais relações podem resultar em novos termos de ciganidade (antigos, desenvolvidos, segmentos ciganos, meio-cigano e cigano puro), parentesco( primos, parentes e próximos), política (tino, ajeitar pessoas e andanças) e formas de habitar o mundo vindas da própria “criatividade” (WAGNER,2017 ) de cada coletivo. Percebe-se que os ciganos “modulam” (PEREIRA, 2009) termos de parentesco assim como o nível de ciganidade, mostrando que “ser cigano” nunca é um fato dado, mas sim construído através de relações de parentesco e política. Com isso, entende-se que a ciganidade passa por um “devir- cigano” que está relacionado a como se constituem as relações de parentesco, sendo os casamentos uma instituição de alianças e possibilidade de associação da alteridade; os conflitos ou acerto de contas, entendidos aqui como “questão de ciganos”; e o envolvimento na política partidária como produção de áreas políticas (Bairro dos Quiabos, Bom Sucesso e Olho D’aguinha) que corroboram com as ciganidade diferentes refletidas no parentesco.

  • ABIMAEL GONÇALVES CARNEIRO
  • Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em Uma Escola de Ensino Fundamental do Município de Coelho Neto-MA
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 16/03/2022
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  • O ensino da “História e Cultura Afro-Brasileira” é proposto inicialmente pela Lei 10.639/2003. Uma medida que estabelece a obrigatoriedade da história e cultura afro-brasileira nos currículos de escolas públicas e privadas do país, nas etapas do ensino fundamental e médio. Considerando a importância de se produzir reflexões sobre a educação a partir da antropologia, proponho-me, no presente estudo, compreender como os conteúdos referentes ao ensino de História e Cultura Afro-brasileira são acionados e como são dinamizados em uma escola da rede municipal de Coelho Neto (MA). Diante das condições impostas pela pandemia do coronavírus, optei, no processo de coleta de dados, pela realização de entrevistas com diferentes agentes da instituição. Aponto que, apesar dos professores/as informarem que os conteúdos são trabalhados nas aulas durante o ano letivo, de acordo com a abordagem no livro didático e com as demandas que surgem, o momento mais específico em que se mobiliza elementos da história e cultura afro- brasileira, é no projeto em alusão ao dia da consciência negra. Isso indica que na escola também opera a lógica da “pedagogia do evento” na qual efetiva-se a lei 10.639/2003 mediante a realização de eventos.

  • TAMIRES EIDELWEIN
  • A Pachamama e o suma qamaña em Yumani – Isla del Sol (Bolívia): uma experiência etnográfica a partir do Constitucionalismo Andino.
  • Orientador : JOINA FREITAS BORGES
  • Data: 24/02/2022
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  • Trata-se de uma pesquisa de mestrado que busca compreender os princípios do constitucionalismo andino relacionados a cultura do respeito à Pachamama (Madre Tierra) e ao suma qamaña (buen vivir), a partir de uma experiência etnográfica junto à Comunidade Yumani – Isla del Sol (Bolívia). Nesse sentido, tem como propósito de investigação realizar uma aproximação do tema da cultura e investigar empiricamente as bases culturais do constitucionalismo andino, em especial a Constituição da Bolívia (2009), por meio de uma abordagem antropológica. Para tanto, busco aproximar Antropologia e Direito. De início relato a trajetória desta pesquisa, iniciando pelas minhas primeiras implicações ao realizar uma pesquisa etnográfica, realizo uma breve discussão antropológica sobre a Constituição boliviana e o percurso realizado desde os documentos jurídicos à etnografia. Em seguida, a partir da experiência etnográfica realizada, elaboro as principais reflexões relacionadas aos elementos simbólicos da cultura andina, ou seja, respeito a Pachamama e do suma qamaña ao cotidiano da comunidade Yumani. Discuto ainda a mobilização política dos mitos fundadores andinos no discurso e em documentos produzidos pelo governo de Evo Morales, dentre outros a constituição de 2009 e o Manifiesto de la Isla del Sol. Por fim, busco a compreensão da mobilização jurídica dos elementos simbólicos no Novo Constitucionalismo Latino-americano. Parti do pressuposto que a decolonialidade e descolonialidade afetam o constitucionalismo ideologicamente, ao passo que elaborei os fundamentos teóricos do comunitarismo e a teoria decolonial. Percebi, assim, que respeitar a Mãe Terra e o bem-viver, conforme consta na Constituição boliviana, são valores tradicionais andinos que extrapolam o texto constitucional. São mais do que isso, são valores vivos nas formas de vida comunitárias, as quais pude observar e das quais pude brevemente participar em trabalho de campo.

     

  • CÁSSIA FERREIRA DE OLIVEIRA
  • EDUCAÇÃO INTERCULTURAL COMO FERRAMENTA DE DIREITO PARA POVOS INDÍGENAS DO MARANHÃO: O ensino superior indígena na Universidade Estadual do Maranhão
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 14/02/2022
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  • Este trabalho tem como objetivo compreender as nuances da educação intercultural para povos indígenas do Maranhão envolvidos na primeira licenciatura intercultural do estado: a Licenciatura Intercultural para Educação Básica Indígena (LIEBI) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Para tanto, mobilizo os eventos que dizem respeito aos bastidores da concepção do curso, desde a formação de uma rede de articuladores composta por indígenas e parceiros da luta por políticas públicas para povos indígenas até à quotidianidade das experiências vividas no curso. O objetivo é tentar compreender o terreno aparentemente fértil e disputado que é a universidade, enquanto lugar de violência simbólica, mas também de luta política e epistemológica e como que os alunos e alunas indígenas envolvidos nesse espaço mobilizam um “devir ameríndio” capaz de dissolver, criar e transformar a forma como exergamos a realidade. Invisto nas noções de experiência, autoreflexão e autopercepção (GOLDMAN, 2006) enquanto percurso teórico-metodológico, pois sou produto e produtora dos acontecimentos que envolvem o ensino superior indígena da UEMA, bem como me debruço sobre dados que obtive em meu campo de pesquisa através do meu envolvimento enquanto apoio pedagógico e administrativo do curso da UEMA desde 2015 até os dias atuais.

2021
Descrição
  • ANA NEURIMAR OLIVEIRA MARQUES
  • Entre Direitos, Cuidados, Autoridade e Protagonismo – A Atuação de Doulas na Cidade de Teresina em Meio à Pandemia de Covid-19.
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 01/11/2021
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  • As doulas são profissionais treinadas que oferecem suporte físico e emocional durante o período de gestação, parto e puerpério. Para além desse suporte, as doulas também são fonte de informação e conhecimento sobre os eventos e as possibilidades desse período, bem como sobre os direitos da mulher que ela acompanha. A cidade de Teresina, capital do Piauí, possui um expressivo movimento em defesa da humanização do parto e nascimento e as doulas são parte fundamental desse movimento, mesmo que enfrentem algumas dificuldades no exercício da sua profissão, como as tensões entre elas e outros profissionais da assistência, principalmente da medicina e enfermagem, além das tensões existentes entre as próprias doulas. No último ano surgiu um novo obstáculo à atuação das doulas em hospitais e maternidades: a pandemia de Covid-19, que impôs uma nova ordem nos serviços de saúde do mundo inteiro. No Brasil, com a inclusão de gestantes, parturientes, puérperas e recém- nascidos no grupo de risco, a assistência se voltou para a redução dos riscos de contaminação e a presença das doulas passou a ser vista como um risco a mais no cenário dos partos durante a pandemia e, enquanto muitas desfizeram seus contratos e deram pausa na doulagem, outras se uniram em equipe, adotaram o sistema de plantão e adaptaram o seu serviço para a modalidade on-line e com foco na preparação pré-parto, conseguindo assim expandir a sua atuação e alcançar um público ainda maior. As doulas em Teresina acreditam que a doulagem aqui pode se manter e crescer em um regime de cooperação entre as profissionais, bem como através da formação de novas doulas, com consciência de classe e que vejam a doulagem como uma carreira profissional de valor.

  • JENNIFER MARIA GONÇALVES PEREIRA
  • Produções Multiespécies: Explorando Relações Entre Humanos, Plantas e Animais no Antropoceno.
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 29/10/2021
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  • Experienciamos as angústias de viver nas ruínas e nos destroços da modernidade. Uma serie de análises sobre as crises climáticas e as extinções em massa de plantas, animais e saberes cosmológicos proliferam nas produções acadêmicas e noticiários. Essa era catastrófica foi denominada, pela academia, de Antropoceno: a era dos humanos como agentes de transformações geológicas. Desse modo, este trabalho trata das relações de cuidado e afectos entre humanos e mais que humanos no Antropoceno. Mais precisamente a presente pesquisa, de caráter bibliográfico, busca por meio das produções multiespécies elencar a forma de como seres humanos, plantas e animais constroem histórias por meios de emaranhamentos e processos coevolutivos nos mais diferentes contextos cosmológicos.

  • MARCOS PAULO MAGALHÃES DE FIGUEIREDO
  • Conflitos produzindo mulheres, mulheres produzindo casas: conexões de gênero, família e trabalho em narrativas (auto)biográficas de mulheres prostitutas."
  • Orientador : CARLOS ROBERTO FILADELFO DE AQUINO
  • Data: 28/10/2021
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  • O presente estudo é uma etnografia realizada na região denominada “entorno da Rua Paissandu” com mulheres prostitutas cisgênero em Teresina – PI. Como complemento aos dados coletados foi realizado uma breve análise das autobiografias de três mulheres que atuaram como prostitutas e alcançaram certa fama no cenário nacional (Bruna Surfistinha – Raquel Pacheco; Gabriela Leite e Lola Benvenutti). Neste sentido a pesquisa ocorreu a partir de três frentes diferentes e conexas entre si: a) aplicação de quatro entrevistas semiestruturadas com mulheres (BEAUD & WEBER, 2014) e uma pesquisa de campo com duração de uma semana em outubro de 2017; b) incursão e pesquisa de campo de janeiro ao final de março de 2020 na região denominada como entorno da Paissandu. Tradicional zona do meretrício teresinense; c) breve análise antropológica das autobiografias supracitadas. A partir dessas três frentes foi construída uma etnografia que demonstra os enlaces entre família, gênero, trabalho e poder. Posterior ao momento de percepção de tais enlaces analiso como os múltiplos conflitos familiais e de poder produzem mulheres prostitutas, e, como estas, produzem casas de forma constante durante sua atuação no trabalho sexual. Em suma, foi feito um imbricamento entre narrativas de vida e pesquisa etnográfica conforme apregoa Kofes (2015) e Dias (2015). Como base teórica esta pesquisa utiliza autores do campo da antropologia pós-social: Marilyn Strathern (2017) e Roy Wagner (2017). Autores da Antropologia da Política: Edmund Leach (2014), Edward Evan-Evans Pritchard (2011) e Meyer Fortes (2001) dentre outros referenciais. Teóricas dos estudos de gênero e feminismos: Marilyn Strathern (2006), Raewyn Connell (2015;2016), Lélia Gonzalez (1985), Adriana Piscitelli (2005; 2008), Joan Scott (1995; 2012) dentre outras. No processo de feitura da dissertação realizei uma trilha que parte de uma construção modelos idealizados das noções de prostituição. A construção dos modelos foi realizada através do diálogo com Leach (2014) e pesquisas históricas. Tais modelos acabam sendo um ponto de referencial para os atores em suas relações sociais, mas também para o antropólogo. Em um segundo momento desvelo as falas e sociabilidades produzidas espontaneamente pelos sujeitos no entorno da Paissandu. Por fim, a pesquisa desemboca nas narrativas e biografias das mulheres entrevistadas. Essa trilha textual aponta como as interlocutoras produzem casas nos deslocamentos exercidos no trabalho prostitucional. As socialidades em que mulheres prostitutas estão inseridas produzem casas hierarquicamente porosas e flexíveis. Tais casas não são isoladas, mas sim, interconectadas mantendo comunicações entre si.

  • CAROLLINE ROCHA PARENTE DE PINHO
  • Estranhando Familiares: trajetória de (im)permanência da mulher na relação conjugal violenta
  • Data: 30/09/2021
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  • Esta dissertação se desdobra da compreensão de que os relacionamentos conjugais são sínteses formadas por cada casal, uma interação social que é resultado de câmbios de interpretações particulares de cada um dos envolvidos que a constitui. Rejeitando leituras homogeneizantes concentradas sobre o assunto das relações conflituosas e da violência conjugal, propõe-se uma pesquisa que pondere sobre as elaborações narrativas femininas em torno da forma como essas interações lhes cedem alternativas de (im)permanência. Por essa intenção, a pesquisa se pergunta como o universo feito de relações conjugais violentas é construído e manifestado. E como, diante desses enredos interativos, formam-se sínteses relacionais de permanência e impermanência dentro dessas relações. Por meio de relatos biográficos colhidos em encontros, entrevistas e observação de interações sociais familiares, a pesquisa pôs em experimento uma sensibilidade etnográfica em torno das relações entre mulheres e suas vivências que envolvem laços conjugais violentos. O estranhamento do familiar (ou do duplo familiar) foi feito do contato com interlocutoras que são as mulheres do meu próprio círculo familiar que permanecem ou que se mantiveram por algum período em um relacionamento marcado por conflitos e violências. A opção por essas interlocutoras advém da percepção de que o conhecimento íntimo do cotidiano familiar é todo ele forjado por notas morais e emocionais feitas de claros e escuros. Nesse sentido, nada no seu interior é completamente “familiar”.

  • DEANNY STACY SOUSA LEMOS
  • Terra Encantada: caminhos, mundos e conexões com o sagrado entre os akroá-gamella, Maranhão
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 31/08/2021
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  • A pesquisa foi realizada no território akroá-gamella, localizado na região da baixada maranhense, entre os municípios de Matinha, Penalva e Viana no Estado do Maranhão. Entre os anos de 2014 a 2017, o povo akroá-gamella passou por um processo de retomadas territoriais, na qual, as retomadas das relações foram um ponto imprescindível, principalmente no que se refere aos seres encantados. Sendo assim, esse trabalho se propõe a apresentar o território encantado akroá-gamella, bem como as relações que se constituem entre indígenas e os seres sagrados.

  • DANILO BARBOSA NEVES
  • QUE DIA VAI TER ITINERANTE? PODER, POLÍTICA E CIDADANIA NO JUDICIÁRIO PIAUIENSE
  • Orientador : CARLOS ROBERTO FILADELFO DE AQUINO
  • Data: 30/08/2021
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  • Existe uma entidade criada e disseminada em quase todo o território nacional, chamada de Justiça Itinerante. No estado do Piauí ela é vinculada ao Poder Judiciário local e possui, como um de seus lemas, o deslocamento do Judiciário às mais diversas localidades do estado. Com essa descentralização das atividades estatais haveria, em regra, a garantia de acesso rápido a serviços de diferentes naturezas e resolução efetiva de problemas que distanciam parte da população ao ideal sistematizado de cidadania. Então, partindo dessa ideia, proponho um estudo acerca da influência dessas atividades nos círculos da vida privada e em coletividade, de modo a analisar como esses serviços produzem cidadania, se é que produzem, e como eles podem ser desdobrados nas relações de política, poder e parentesco. Dessa forma, foi possível perceber que a Justiça Itinerante não cria núcleos familiares e políticos de onde emanam essa ideia de cidadania, ela funciona muito mais com um instrumento de modificação, a ponto de remodelar processos e estruturas previamente estabelecidos, para que, só assim, possa-se analisar a presença e o desdobramento daquela ideia de cidadania.

  • ADERVAL ALENCAR DA LUZ JÚNIOR
  • Eu me monto ou ela me monta? Uma etnografia da performance drag queen para a formação da identidade de gênero em Teresina-PI.
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 24/08/2021
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  • O presente estudo desempenha uma etnografia sobre a performance drag queen para a formação da identidade de gênero dos sujeitos que se montam em Teresina-PI. Ademais, busca analisar sobre as relações entre corpo, gênero, identidade e performance drag queen, bem como, compreender como estes sujeitos, através de sua estética, percebem seu gênero quando estão montados e desmontados, e investigar como acontece o processo de construção de identidade de gênero através da performance drag queen no cenário teresinense. A escolha por essa linha de pesquisa decorreu do interesse do pesquisador em compreender as experiências das drag queens de Teresina. Assim, para realizar esse intento, a pesquisa lançou mão de fontes teóricas, conceituais e documentais, fontes essas congregadas aos elementos coletados mediante um estudo de campo, com entrevistas, diálogos e fotografias que compõem essa dissertação.

  • FERNANDA DA SILVA COSTA SOARES
  • “Quem come quiabo não pega feitiço”: Transformação e multiplicidade nas comidas de santo do terreiro de candomblé Ilê Iroko Axé Opô Inle
  • Data: 03/08/2021
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  • A pesquisa de resultados parciais aqui comunicados seguiu as operações técnicas, os instantes rituais e os entes envolvidos nas transformações dos alimentos em ―comidas de santo‖; privilegiando as ―comidas secas‖, que são aquelas que não envolvem sacrifício ritual de animais no terreiro. Seu campo de desenvolvimento foi o contexto de fundação do Ilê Iroko Axé Opô Inle de tradição Ketu, terreiro da zona rural de Teresina, Piauí, liderado pelo babalorixá Paulo de Iroko. Daquela realidade, foram buscados os lugares estabelecidos às comidas de santo na consolidação de uma nova casa de culto candomblecista. Sob a guia dessa problemática, o avançar da pesquisa passou a colocar em perspectiva a hipótese de que aquilo que os alimentos transportavam consigo não era feito apenas das suas presenças substantivas ou das suas eficácias sutis. Pois, se os humanos e as divindades socializavam comunitariamente o banquete ritual, parecia ser razão prioritária da existência mesma dessas comidas, por sua vez, socializar a própria ―transformação‖. Dessa forma, os alimentos não são apenas passiva e tecnicamente ―modificados‖, eles também transformam aquilo que é ―unidade‖ (a comida) em ―múltiplo‖ (os corpos), permitindo-nos argumentar que onde há a transformação no candomblé, há comida de santo agindo nos seus fluxos. Assumindo tal premissa, passou-se a perceber que, para se consolidar, a nova comunidade de culto precisava provar para si mesma que sabia operar a transformação, daí a importância do apuro ostensivo da manipulação técnica e sutil dos banquetes rituais no seu interior. Tais observações foram produzidas e colocadas em experimento por um registro em estilo etnográfico das várias presenças das comidas de santo dentro do novo terreiro, que foi possibilitada pela efetiva participação da pesquisadora na produção das oferendas e no registro de conversas informais, entrevistas semiestruturadas e fotografias. Na sua orientação teórica, a proposta procurou se dispor entre e, por vezes, para além dos paradigmas do ―sistema‖ e da ―ação‖ dos símbolos rituais alimentares. Testando um olhar que se guiou pela escuta e pelo acompanhamento das multiplicidades dos entes, que, quando levados a sério em campo, abriram-se a uma comunicação franca de sentidos visuais, olfativos, palatáveis e lógicos com a pesquisadora.

  • PÂMELA LUCIA LEAL DA SILVA
  • Jovens indígenas na Universidade Federal do Piauí: invisibilidade e protagonismo juvenil no curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza, campus Teresina
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 30/03/2021
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  • Este trabalho apresenta uma análise da situação dos jovens indígenas no Curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza – LEDOC, da Universidade Federal do Piauí, campus Ministro Petrônio Portela, no Centro de Ciências da Educação – CCE. Falo sobre a população indígena no Piauí e emergência étnica, trazendo um pouco dos dados historiográficos, como também os dados dos Censos Demográfico de 1991, 2000 e 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. Apresento os jovens indígenas acadêmicos de Oiticica e Nazaré, falando sobre suas comunidades e do mito da “índia pega a dente de cachorro” que é compartilhada pelas duas comunidades. Busco refletir sobre a educação para os indígenas, evidenciando a presença destes e a invisibilidade no âmbito do LEDOC – UFPI. Apresento o curso de Licenciatura em Educação do Campo, os editais de entrada e sobre como os colega e professores no espaço acadêmico reagem ao se depararem com estes jovens que se auto declaram indígenas e sofrem preconceito. Evidencio a atuação destes jovens em suas comunidades, os conflitos de lideranças que se tornou evidente em um evento indígena. Abordo o clima de exclusão que alguns sentiam em relação ao Movimento Indígena e falo sobre a ocupação da reitoria pelos estudantes de Educação do Campo em 2017 e suas consequências. Os procedimentos da pesquisa foram observação, entrevistas e registro audiovisual das falas e episódios em que os referidos indígenas estavam presentes. A coleta de dados foi realizada na aldeia Nazaré e Oiticica e na UFPI, durante as etapas de formação acadêmica.

  • CARMECILIA FERREIRA DOS SANTOS
  • Tapuia/pimenteira: história e processo de territorialização dos Dias Marreca no município de caracol – Piauí
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 30/03/2021
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  • Este trabalho é uma análise da história e memória da família Dias Marreca, habitualmente conhecida como indígenas Pimenteira em Caracol, Estado do Piauí, através de uma perspectiva histórica-antropológica, caracterizada pelo diálogo com teóricos que são referência para a etnologia e história indígena tais como John Manuel Monteiro (2001), João Pacheco de Oliveira (2016), Manuela Carneiro da Cunha (1992), Roberto Cardoso de Oliveira (2005), Luiz Mott (1985), Odilon Nunes (2007), Monsenhor Chaves (2005) entre outros. A pesquisa realizada centrou-se, principalmente, nas comunidades assentamento Saco, Calaboca e “Alto dos caboclos”, situadas no referido município e habitadas por várias famílias, dentre elas a família Dias Marreca. Os dados coletados e examinados permitem afirmar que os Dias Marreca preservam a indianidade através da memória individual e social, fato que os coloca como reconhecidamente de origem indígena. Os procedimentos metodológicos da investigação adotados para coleta de dados etnográficos deste trabalho foram: observação, entrevistas semiestruturadas, registros audiovisuais e conversas informais com algumas pessoas durante o cotidiano. Após analisar identidade e a memória social do referido núcleo familiar e o processo de territorialização vivenciado, foi constatado que, no momento, a afirmação da identidade indígena não aponta para a constituição de um processo de emergência étnica, caracterizado pela adoção de padrão de indianidade e afirmação identitária acompanhada de reivindicação dos direitos indígenas.

2020
Descrição
  • WANDERSON CARLOS LIMA DA SILVA
  • RELAÇÕES SOCIAIS E CONFLITOS: AS DIMENSÕES DA ORGANIZAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DA CAPOEIRA EM TERESINA
  • Orientador : CELSO DE BRITO
  • Data: 20/12/2020
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  • O objeto de pesquisa desse trabalho são as relações estabelecidas entre os grupos de capoeira da cidade de Teresina, sobretudo, as relações construídas pelo Grupo Muzenza de Capoeira (GMC) e a Associação Cultural Movimentação Capoeira (ACMC). Ao adentrar na realidade desses grupos, em seus treinos, rodas e eventos de várias finalidades, realizados de maneira independente e/ou em parceria com outros grupos, tive a possibilidade de compreender que as relações contemporâneas entre os membros da “comunidade da capoeira de Teresina” se
    constitui de maneira processual, principalmente, em torno da gestão da violência e/ou do conflito. O primeiro capítulo tenciona demonstrar como se constituiu a delimitação do campo de pesquisa, a metodologia desenvolvendo uma categoria central para análise das relações entre os grupos, que é o conflito. Já o segundo, procura compreender a realidade histórica de constituição da capoeira de Teresina, demonstrando como as relações se constituíram e definem a organização social da capoeira dessa cidade. O terceiro capítulo foca na sistematização dos mecanismos organizacionais que organizam os grupos, tendo como ponto central o sistema de
    graduação, para em seguida demonstrar que as relações extrapolam os limites da normatização. O posicionamento metodológico, que teve como fio condutor a etnografia, foi construído ao longo da pesquisa com a minha participação ativa na realidade do GMC e da ACMC, o que me permitiu observar, participar e intervir em diversas “situações sociais”, e teve como objetivo compreender como as relações de conflito se estabelecem e como elas se regulam e são reguladas na “comunidade da capoeira de Teresina”.

  • MAIARA SÁ MAGALHÃES
  • Bênção do útero: A cura através do Sagrado feminino nos círculos de mulheres em Teresina-PI
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 18/12/2020
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  • A Bênção do Útero é um ritual de Sincronização que propõe a Cura através de trocas energéticas entre todas as mulheres do mundo. Ele foi idealizado pela britânica Miranda Gray, responsável pela canalização desta Energias, e é composto por quatro meditações: Meditação da Bênção do Útero, Meditação da Partilha, Meditação Earth-Yoni e Meditação dos Arquétipos. Argumento que deste ritual fazem parte processos de trocas energéticas que decorrem de experiências e sensações corporificadas das participantes, produzindo discursos relativos à Cura. Esta pesquisa baseia-se em autores que discutem rituais, noções de Cura, simbologias e úteros para abordar questões relativas as três categorias principais que se fazem presentes na Bênção do Útero: Energia, Corpo e Cura. Com a finalidade de realizar tais descobertas optei pela metodologia da observação participante, que me proporcionou acesso a muitos discursos e conhecimentos que pude notar e vivenciar no próprio campo. Visando preencher algumas lacunas acerca de conteúdos que não estavam tão nítidos em minha pesquisa de campo realizei quatro entrevistas semi-estruturadas com participantes da Bênção do Útero, sendo elas uma Moon Mother e uma facilitadora. Dessa forma, investigo como as trocas de Energia no ritual da Bênção do Útero através de experiências corporificadas contribuem para a formação de discuros de Cura nos círculos de mulheres do Instituto Xamânico Luz de Gaia e Spaço Soul em Teresina-PI.

  • LOURDINAN HÉVELLYN GOMES BARBOSA
  • EDUCAÇÃO ESCOLAR E DIVERSIDADE RELIGIOSA: NOTAS SOBRE O ENSINO RELIGIOSO EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE TIMON-MA
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 16/12/2020
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  • Esta pesquisa está centrada em uma análise sobre o Ensino Religioso em duas escolas públicas municipais da cidade de Timon – MA, numa perspectiva antropológica, a partir da imersão no cotidiano escolar. Foram alvo de investigação o ensino religioso nas Escolas Municipais Duque de Caxias e Luiz Miguel Budaruiche, por comportarem alunos de classes sociais e econômicas semelhantes, mas de crenças distintas, localizadas nas zonas central e periférica da cidade, respectivamente. Desse modo com o objetivo de compreender como o sistema municipal de ensino de Timon, Maranhão, tem conseguido lidar com a nova perspectiva de ensino religioso confessional, autorizado pelo STF, o trabalho está organizado em três capítulos em que o primeiro faço um percurso histórico do ensino religioso no Brasil, nos outros capítulos, duas etnografias das escolas. Para alcançar os resultados o estudo está baseado teoricamente em autores como Lévi-Strauss (1991), Geertz (1978), Peirano (1995), Magnani (2012) dentre outros. Como método de investigação foram utilizados a etnografia, por meio de observação direta das atividades escolares relacionadas as aulas de Ensino Religioso, entrevistas semiestruturadas com alunos, professores e funcionários das escolas, anotações em caderno de campo, registro fotográfico dos espaços escolares e das ações desenvolvidas nestes. Os resultados da pesquisa apontam para uma discrepância entre as práticas vivenciadas nas escolas e a proposição legal de laicidade e obrigatoriedade de participação na disciplina. A controvérsia acontece também entre os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal – STF quanto a compreensão a respeito do proselitismo do ensino religioso nas escolas públicas do país.

  • GEANE ALVES SOUSA
  • Memorial da Balaiada em Caxias, MA: Uma análise antropológica acerca da coleção de objetos
  • Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
  • Data: 29/09/2020
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  • Esta pesquisa está centrada em uma análise de caráter antropológico sobre a coleção de objetos do Memorial da Balaiada localizado na cidade de Caxias, MA. O espaço integra um museu que se apresenta constituído por uma coleção eclética de objetos de valor histórico e arqueológico com o tema a “Balaiada” dispostos de forma permanente. Tendo como objetivos: analisar os artefatos do Memorial numa perspectiva antropológica com o intuito de compreender a história narrada do ponto de vista dos balaios e a exposição dos objetos no espaço museológico; descrever e refletir sobre os espaços de memórias que abrangem o entorno do Memorial e apresentar as ações socioeducativas promovidas ao público visitante da instituição. Para alcançar os resultados foi utilizado como embasamento teórico: Abreu (2005, 2008, 2012), Geertz (2008), Gonçalves (2007, 2012), Le Goff (2003), entre outros. Vale ressaltar, ainda, Assunção (1998), Janotti (2005) e Dias (1996) que reescreveram a história dos balaios. Busquei problematizar a expografia dos artefatos no Museu, tendo em vista sua finalidade enquanto espaço de memória e de comunicação. A metodologia utilizada foi quali-quantitativa seguindo as etapas de observações, análise documental e bibliográfica, entrevistas estruturadas, análise de dados estatísticos os quais permitiram perceber a narrativa construída por meio da materialidade e tecer um novo olhar acerca dos símbolos e signos da cultura dos grupos representados no espaço. Os resultados da pesquisa apontaram valores significativos, suscitando ideias e propostas que possibilitam pensar uma dinamização e reconfiguração da disposição dos objetos no espaço, tendo em vista, novas leituras e a possibilidade do encontro entre homem e objeto, em um processo comunicativo, capaz de criar a fluidez entre o que é narrado e exposto.

  • FRANCISCA ALVES AVELINO
  • ESCOLA: ESPELHO DAS DIFERENÇAS, CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 14/09/2020
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  • Esta pesquisa aborda a relação educação escolar em articulação com a diversidade étnico-racial, religiosa e de gênero, na perspectiva antropológica. Tem como objetivo geral analisar a relação que a educação escolar estabelece com a diversidade étnico-racial, religiosa e de gênero em duas unidades escolares de ensino fundamental. Delineia os seguintes objetivos específicos: identificar as múltiplas identidades étnico-raciais, religiosas e de gênero presentes no cenário escolar da pesquisa; caracterizar marcadores de relação de poder nas práticas escolares; verificar se as práticas pedagógicas desenvolvidas contribuem para o reconhecimento de identidades dos(as) alunos(as) das escolas pesquisadas. Assume como anteparo teórico de base as temáticas: educação, antropologia e diversidade. Fundamenta-se teoricamente nas ideias de Gomes (1996), Gusmão (2011), Brandão (1986), Hall (2015), Oliveira e Lage (2016) e outros. Norteia-se pela teoria antropológica e pelos princípios da etnografia com Clifford (2003); Geertz (1998; 2001); Peirano (2014) e outros. Adota para seu desenvolvimento metodológico o estudo etnográfico, seguindo os princípios e orientações da Antropologia. Emprega os seguintes procedimentos de produção de dados: levantamento bibliográfico; observação e notas de campo; entrevista semiestruturada; grupo focal. Envolve como sujeitos de pesquisa, 10 alunas de duas escolas municipais loci de pesquisa e 6 professores das citadas escolas. Sua relevância, sobremaneira, se expressa na contribuição dos sinais de avanço em relação aos estudos que se desafiam pelos caminhos da Antropologia da Educação, colocando em realce a etnografia. Reafirma, ao lado de outros tantos resultados importantes, sobre a necessidade de que a escola reveja seu compromisso com pesquisas e com práticas pedagógicas que dêem visibilidade e concretude a estudos e atividades que identifiquem e valorizem as mencionadas diferenças socioculturais presentes no cenário escolar.

  • CHILDER NATANIEL PEREIRA SILVA
  • NOVOS ARRANJOS DA CAPOEIRA DE TERESINA: uma etnografia sobre os “coletivos” do Parque da Cidade e do espaço Viva Clínica Fisioterapia
  • Orientador : CELSO DE BRITO
  • Data: 30/06/2020
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  • O presente trabalho tem como objeto de estudo a constituição de duas práticas distintas originadas da desarticulação de um “coletivo” de Capoeira da cidade de Teresina, que fez uso, entre 2010 e 2018, do espaço público dos Parques da Cidade, Potycabana e Cidadania para prática da Capoeira Angola. É possível dizer que uma das práticas aqui pesquisadas faz uso do espaço público do Parque da Cidade para disseminar, através de oficinas, um saber tradicional representado pela musicalidade da Capoeira “Angola-Regional”, ao mesmo tempo em que a outra sobrepõe o saber terapêutico de técnicas como Pilates, RPG e Osteopatia ao saber capoeirístico, na formulação de um método em uma Clínica de Fisioterapia da cidade, espaço no qual ocorre a incorporação de outros valores à prática da Capoeira. O objetivo é compreender como tais práticas constituem arranjos sociais distintos e relacionados entre si em um contexto no qual a maioria dos agentes está vinculado a outros “grupos” de Capoeira da cidade. Para
    realizar esta análise, utiliza-se o método etnográfico e o acompanhamento de atividades nas redes sociais de dois dos agentes do fenômeno pesquisado. Conclui-se que a flexibilização identitária é um dos principais valores responsáveis pela constituição de ambas as práticas no espaço público e no espaço privado, ao mesmo tempo em que se configura como uma das características que as aproximam.

  • MAGDA RAIZA DA SILVA MOTA
  • “Meu conhecimento vai longe”: Memórias, narrativas e coisas de rezadeiras da cidade de Oeiras-PI.
  • Orientador : JOINA FREITAS BORGES
  • Data: 14/02/2020
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  • As rezadeiras, ou também conhecidas como benzedeiras, são marcadas pelos rituais de cura que praticam em um espaço de suas próprias casas, espaço que é construído a partir da relação entre lembranças, sonhos, e memória de quem habita, onde a vida cotidiana se faz dinâmica, onde essas mulheres se colocam como intermediárias do divino para a cura de males do corpo e do espírito. Concordo com Souza (2013) quando ele afirma que essas mulheres são elementos de extrema importância para a cultura popular, que compõem a partir de suas rezas e rituais, o catolicismo popular. Elas realizam rituais de curas católicos a partir de palavras cantadas e ditas, com o auxílio de objetos, que no momento da reza, deixam de ser apenas objetos cotidianos, como panos de cozinha, agulhas, garrafas, e são ressignificados de acordo com a utilidade destinada a eles na intervenção do ato da cura. A partir da atuação das rezadeiras esse trabalho busca compreender melhor o suporte das rezas: a memória. Pois é repetidas em suas memórias que a reza se torna natural a essas mulheres. Por fim, esse trabalho busca entender através das memórias e da etnografia como as rezadeiras da cidade de OEIRAS-PI evocam e perpetuam o ofício da reza.

  • MÁRCIA MARIA DA SILVA SOUSA
  • Da poeira do chão batido do terreiro à oca sagrada dos Pequenos Pajés: o lugar das crianças e os processos educativos à luz dos rituais da doutrina do amanhecer
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 01/02/2020
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  • A pesquisa com e sobre criança tem uma longa trajetória na antropologia. Apesar de já nos anos 1930, terem se iniciado os primeiros estudos sobre crianças e seus processos educativos, parece não ter havido um grande investimento nesse tipo de pesquisa nos anos seguintes. Porém, nos últimos anos, temos notado um acentuado crescimento de pesquisa antropológicas envolvendo crianças, sob as mais diversas abordagens e perspectivas. Ao pesquisar os processos educativos que envolvem as crianças e os adultos do templo Amançuy do amanhecer percebe-se que estes, estabelecem relações sociais e coadunam com a compreensão de educação como um processo social. Dessa maneira, essa dissertação tem por objetivo refletir sobre o lugar da criança na doutrina do amanhecer e os processos educativos que permeiam os rituais. Especificamente, no ritual dos pequenos pajés, sendo este, o espaço ritual das crianças. Esta reflexão se realiza através do diálogo entre Educação, Criança e o estudo dos rituais sob a ótica da Antropologia. Nesse ensejo, suas memórias, narrativas, brincadeiras, redações, sabores, cheiro de terra, o correr, fotos, vídeos, oficinas, rodas de conversa, grupos focais tornam-se importantes ferramentas de pesquisa, em complementaridade as técnicas clássicas, revelando uma perspectiva importante no estudo com crianças. A ativa participação das crianças nas atividades propostas por mim nessa pesquisa, mostrou-me novas possibilidades de compreensão do campo, assim como, as especificidades da pauta ética na relação adulto-crianças. Apresento nesse trabalho o resultado das vivências com crianças e adultos do templo do Amançuy do Amanhecer nesses anos de pesquisa. Enfatizando as crianças como protagonistas de suas histórias, indivíduos ativos político/socialmente, bem como produtoras de cultura.

2019
Descrição
  • ALICE MARIA ALMEIDA E SÁ
  • A Construção da Bailarina de Dança do Ventre em Teresina: entre os discursos e práticas.
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 30/08/2019
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  • O presente estudo se propõe a refletir sobre o processo de construção da bailarina de dança do ventre em Teresina, tendo em vista os elementos que se tornam importantes nesse percurso. Desta forma, o estudo versa, fundamentalmente, sobre a análise das práticas, discursos e representações na busca pela legitimidade na dança do ventre desenvolvida no Espaço Farah de Dança Árabe em referência aos grandes centros, a cidade de São Paulo no Brasil e o Egito. Nesse sentido, com o intuito de uma melhor compreensão dessa prática faz-se importante uma reflexão acerca do conjunto de princípios e referências nos quais as bailarinas se apoiam para legitimar a sua própria prática de dança do ventre como o "modo correto", em detrimento de outros modelos. A construção desse trabalho foi realizada a partir da observação das vivências e narrativas das minhas interlocutoras que me permitiram conhecer o cotidiano da dança do ventre. Assim, o foco etnográfico desta pesquisa está no processo de construção da bailarina de dança do ventre em Teresina, sobretudo no Espaço Farah de Dança Árabe lócus desta pesquisa, através das experiências dos sujeitos ocupantes desse espaço.

  • AMÉLIA RAQUEL LIMA SOLANO
  • Emergência étnica e medicina tradicional dos Tabajara Ypy do Canto da Várzea.
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 30/08/2019
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  • Essa dissertação tem o objetivo de refletir sobre a etnicidade e a medicina tradicional dos Tabajara Ypy do Canto da Várzea, localizados na zona rural do município de Piripiri - Piauí. Para esta finalidade foi realizado trabalho de campo e utilizados os procedimentos de observação, entrevistas e registro audiovisual. A memória e a historiografia indígena são abordadas e situadas no contexto da região Nordeste. Através do relato etnográfico é evidenciada a organização social e as relações de parentesco do grupo. A espiritualidade indígena é abordada em relação com os procedimentos terapêuticos, que revelam a categorização das enfermidades: doenças comuns e doenças misteriosas. A trajetória e as ações do pajé Vitorino Leite são analisadas, evidenciando a percepção que se tem da mediunidade e a diversidade de práticas de cura, que fazem uso de plantas medicinais e da interseção das entidades espirituais.

  • MAYANNE KELLY SILVA SOUSA
  • A atuação do movimento feminista na internet
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 30/08/2019
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  • A internet configura-se como uma ferramenta que permitiu a constituição de redes de organizações e ações políticas feministas no ciberespaço. Partindo do pressuposto de os blogs feministas tem funcionado como chamou de grupos de conscientização sobre feminismos que surgiram na Segunda Onda do movimento feminista esta, dissertação objetiva investigar sobre o compartilhamento de experiências das mulheres que escrevem no blog coletivo intitulado "Blogueiras Feministas” (https://blogueirasfeministas.com/), a partir da teoria feminista. Busca-se analisar como são representadas as experiências de vida das mulheres através das publicações marcadas pela tag machismo no período de meses de julho de 2017 a dezembro de 2018. Acredita-se que investigar experiências/publicações demanda refletir sobre estruturas sociais que antes de serem individuais, apresentam valores coletivos. Pode-se afirmar que elas mostram como a organização da sociedade ainda está ancorada em uma binaridade de gênero. Ao escolherem a plubicizar as experiências pessoais do seu cotidiano em um blog, as mulheres visam politizaro privado como estratégia política.

  • THAIS MAYARA PAES DE LIMA
  • Nas entranhas do sertão, nossa riqueza é nosso chão: um estudo sobre a mineração no Território Quilombola Lagoas.
  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 29/08/2019
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  • O presente estudo se propõe a refletir sobre o conflito socioambiental no Território Quilombola Lagoas ante a instalação da SRN Mineração, tendo em vista que, nos últimos dez anos, têm sido registradas atividades de mineração em São Raimundo Nonato, sobretudo na área que abrange para ações de empresas mineradoras, pois o Piauí é rico em minério de ferro em grande parte da sua extensão territorial, e tais empresas tem feito grandes investimentos com a finalidade de explorar esses recursos. Desta forma, o estudo versa, fundamentalmente, sobre a percepção da população do Quilombo Lagoas diante das ameaças advindas da atividade mineradora. A construção desse trabalho foi realizada a interlocutores que me permitiram conhecer os mineração, suas percepções sobre como desencadeou e de que forma eles foram ou serão impactados. Assim, o foco etnográfico desta pesquisa está nos impactos socioambientais das comunidades quilombolas atingidos diretamente pela mineração, sobretudo da Comunidade Xique-Xique - lócus desta pesquisa - e no processo de mobilização e enfrentamento desses atores.

  • RAFAEL GOMES DA SILVA CARNEIRO
  • A sereia do lago do Zé Feio: a trajetória de uma travesti na política no interior do Maranhão.
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 28/08/2019
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  • O presente trabalho tem por escopo apresentar a trajetória de Pamela Maranhão desde São Domingos, sua cidade natal, até sua recente migração para a cidade de São Luís, capital do Maranhão. Pamela constrói uma narrativa onde alguns elementos transpassam sua história de vida, e que dentro da pesquisa são privilegiados como conceito-chave para se observar sua trajetória, que são: gênero, política e migração. Objetiva-se assim observar como Pamela se construiu enquanto travesti dentro de um contexto social conservador e como a política foi um elemento libertador nessa descoberta. Assim, se cria uma linha, que não é necessariamente contínua, da história de vida observando as relações que se estabelecem por Pamela, enquanto agente ativo nessa construção, mas também como relações a formam. A política surge como um ponto ápice para a construção de Pamela Maranhão enquanto um mulher travesti e a partir disso, estabelecer a política também como uma forma de modificação social.

  • MARIA FERNANDA CARNEIRO PINHEIRO
  • O Ensino de Antropologia nos Cursos de Design de Moda da UFPI e IFPI em Teresina - PI
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 27/08/2019
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  • O ensino de Antropologia durante a formação acadêmica do designer de Moda pode ser visto como algo de extrema relevância para a apreensão deste campo a partir de uma perspectiva relativizadora, reflexiva e crítica. Isto porque, através do estudo da Antropologia no curso de graduação, pode-se analisar a Moda enquanto produção e veiculação de sentidos, instrumento de mediação das relações sociais e materiais e sistema de produção e transmissão de valores e significados. Compreender como este tipo de conteúdo é trabalhado durante o processo formativo dos designers pode elucidar aspectos do comportamento profissional dos egressos destas graduações, bem como desencadear nos professores e gestores acadêmicos ações que favoreçam mudanças e ajustes possivelmente necessários nos currículos dos cursos. Este trabalho se trata de uma pesquisa em andamento tendo como foco o Design de Moda e seus cursos de Graduação em Teresina, Piauí, e busca compreender como os conhecimentos antropológicos são trabalhados durante a formação destes profissionais.

  • MARIA-CLARA MENDES DE SOUSA
  • Corpo, gênero e nome: experiências identitárias de travestis e transexuais em Teresina-PI a partir do uso do nome social.
  • Orientador : MONICA DA SILVA ARAUJO
  • Data: 23/08/2019
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  • Apresento nesse trabalho uma discussão acerca da tríade corpo x gênero x nome nas experiências de travestis e transexuais em Teresina (PI) partir do uso do noe social. A etnografia que aqui se constitui tem como base a Antropologia do Nome e Nomeação, em particular, o trabalho de Gabrielle vom Bruck e Barbará Bodenhorn e fragmenta-se em três cenários diferentes para análise do nome social e da documentação desse nome nas vidas de pessoas travestis e transexuais em Teresina. O primeiro cenário analisado é o de Centro de Referência LGBTT “Raimundo Pereira”, aqui apresentado como um espaço de construção de identidades políticas e escolhido por ser o local onde se viabiliza a retirada da Carteira de Identificação do Nome Social. O segundo cenário constitui-se de uma vivência mais próxima de uma travesti “não-documentada” e seu processo para retirada de documentos. Por fim, o terceiro cenário, onde analisa-se o julgamento de um crime supostamente com cunho transfóbico ocorrido na cidade de Teresina e a dicotomia nome civil x nome social aí ressaltada dentro do âmbito jurídico.

  • LILIAN GABRIELLA CASTELO BRANCO ALVES DE SOUSA
  • Como “flores que brotam na terra”: uma etnografia das grandes assembleias Kaiowá e Guarani
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 29/03/2019
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  • O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma caminhada histórica de luta dos povos indígenas Kaiowá e Guarani do estado de Mato Grosso do Sul, que violados no tempo e no espaço sobrevivem a uma caótica condição nas reservas indígenas, ao qual foram submetidos após o esbulho territorial. Movidos pelo desejo de retorno aos terrotórios originários para reconstruir seu bom modo de viver (teko porã) constituído pelos ensinamentos milenares que se caracterizam como a chave para a Terra sem mal, os indígenas através do instrumento estratégico de luta, a Aty Guasu (Grande Assembléia), organização articulada a partir de 1970, mobilizam-se contra a dominação neocolonial e para reocupar o tekoha perdido. Sabendo que os Kaiowá e Guarani, enquanto um povo espiritualizado, guiados por divindades que assopram aos ouvidos dos líderes espirituais avançam em uma longa caminhada espiritual para fundir o passado e o futuro.

  • BRENNO FIDALGO DE PAIVA GOMES
  • Performance Ritual na Umbanda: Corpos dançantes saudando os ancestrais no terreiro Cantinho de Luz em Altos-PI
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 22/03/2019
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  • Na cidade de Altos, o Centro Espírita Umbandista Cantinho de Luz é um espaço de culto para as entidades espirituais transmitirem seus ensinamentos aos filhos de santo, médiuns e cambones. Uma das formas desses religiosos estabelecerem uma relação com suas divindades é realizando o movimento tradicional circular da dança ritual, como elemento performático nas práticas rituais do terreiro. A presente pesquisa busca na dança ritual, entender a simbologia que esta apresenta em sua performance, realizada pelo contato entre pai de santo, filhos de santo, tambozeiro e pelos visitantes desse espaço religioso. Essa dança é analisada a partir do processo de possessão do filho de santo com o seu guia espiritual, observando sua expressão gestual e o que ela transmite sobre a mitologia desses espíritos ancestrais. Essa dança é acompanhada dos instrumentos simbólicos canto e música, sendo uma construção integrativa imprescindível nos rituais da Umbanda local. Refletir sobre sua manifestação expressiva é entender que a dança não é um elemento secundário no contexto ritual, mas possui protagonismo na experiência corporal dos filhos de santo, saudando as entidades espirituais, a partir do movimento de seus corpos em comunhão coletiva, além de trazer o benefício da cura espiritual.

  • MARIA RAQUEL ALVES DA ROCHA
  • A Performance no Ritual das Masinas do Grupo Devlesa Avilan
  • Orientador : RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
  • Data: 21/03/2019
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  • O presente estudo tem por objetivo analisar a performance nos rituais do grupo Devlesa Avilan. Os processos rituais sempre foram elementos de estudo da antropologia. A construção etnográfica foi realizada inicialmente pela pesquisa bibliográfica com autores clássicos e contemporâneos da antropologia, explorando teorias da performance e ritual, além de pesquisas sobre simbolismo. Posteriormente parti para o trabalho de campo, fazendo constantes visitas as masinas e participando dos eventos rituais do grupo Devlesa Avilan. Analisando os eventos rituais, percebi como a performance ajuda no processo de construção e manutenção do grupo. A preparação do espaço propicia o surgimento da performance que se prolonga ao passo que a existência das etapas rituais institui uma organização nos eventos. Os objetos simbólicos presentes enriquecem a proposta ritual, assim como o vestuário e as cores. Os ciganos foram historicamente discriminados, entretanto grupos como o Devlesa Avilan estão em constante movimento e agregando novas configurações.

  • TAILINE RODRIGUES VALERIO DA SILVA
  • Buscando a indisciplina sensorial: reflexões antropológicas sobre o Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes
  • Orientador : JOINA FREITAS BORGES
  • Data: 20/03/2019
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  • Apresento neste trabalho a composição de uma pesquisa a partir de uma autorreflexão, ou seja, relato meu devir pesquisadora. Caminho entre teorias e experimentações próprias, buscando demostrar as sensações, afetações e atravessamentos vivenciados no Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes. Procurei problematizar se há, e como ocorrem, disciplinas e controles sensoriais na exposição de longa duração do Museu, quer dizer, procurei compreender se a instituição agencia processos disciplinares sobre corpos, coisas e tempos. Em meio a essa problematização me percebi não só como sujeito pesquisadora, mas principalmente como um corpo que sente, que percebe e vivencia atravessamentos e agenciamentos diversos, sendo assim, o meio que encontrei para falar sobre o Museu partiu das sensações e vivências que tive ali. Nesse processo de experimentação e vivência, compreendi que as disciplinas corporais e sensoriais presentes no Museu do Piauí se alinham a outros mecanismos disciplinares de nossas instituições sociais, como: a escola, o exército, o trabalho, a família, o hospital, que têm por objetivo a obtenção de corpos dóceis (FOLCAULT, 2014). Para além disso, também reflito sobre os processos maquínicos, geridos por uma máquina social capitalística (DELEUZE, GUATTARI, 2012ª; GUATTARI, ROLNIK, 1996) quer dizer, um sistema social que procura gerir, no status da modernidade ocidental, os processos de subjetivação dos corpos, procurando dessa forma uniformizar e homogeneizar as multiplicidades, diminuir suas potencias e seu poder de diferenciação. Por outro lado, identificar os mecanismos disciplinares e de controle foram fundamentais para perceber como ocorrem as indisciplinas, quer dizer, entender quais táticas são ativadas por aquelas que vivenciam o Museu e procuram construir outros modos de existir e habitar nesse espaço institucionalizado. Por fim, apresento uma intervenção com as condutoras e funerárias do Museu do Piauí, seguindo a perspectiva da análise institucional (LOURAU, 1993), onde procurei trabalhar com as sensibilidades, afetações, memórias e sensações, pois percebi que nesse produzir de afetações, podem surgir outros caminhos e relações mais potentes e felizes.

  • JOSÉ RICARDO FORTES SAMPAIO
  • PERDENDO A CABEÇA NA TONTURA: Reflexões etnográficas no campo da pegação homoerótica em Teresina-PI
  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 15/03/2019
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  • A pesquisa trata de relações homoeróticas, num espaço do centro da cidade. Este relato etnográfico se configura como uma aproximação e reflexão a respeito do conceito da festa, erotismo, performance e outros temas basilares para a análise da categoria nativa que a identificaTontura. Por isso, a proposta foca às investigações das práticas sexuais homoeróticas masculinas, costumaz e flagrante registrada nessa peculiar forma de interação socioespacial que a literatura individualiza de hábito como ‘pegação’. O trabalho foi facilitado por procedimentos metodológicos que incluíam revisão bibliográfica, trabalho de campo com observação participante, entrevistas semiestruturadas e visitas em loco com os informantes. Se conjectura, portanto, que o campo pode ser abordado a partir dos processos de construção das subjetividades dos homens participantes e sobre a apreensão do momento de efervescência em que os homens ritualizam uma vivência em estágio de superexitação atravês da festa - orgia coletiva.

2018
Descrição
  • SAMMARA JERICÓ ALVES FEITOSA
  • MEMÓRIA E MÍDIA: a produção memorial do jornal Diário do Povo do Piauí sobre Teresina
  • Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
  • Data: 13/12/2018
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  • O olhar principal deste trabalho foi para o Jornal Diário do Povo do Piauí e a memória construída sobre a cidade de Teresina por meio de suas matérias comemorativas de aniversário. Para alcançar as respostas, metodologicamente, foi feita uma pesquisa bibliográfica para mergulhar no mundo da memória e da mídia, tendo como alicerce autores, como Candau, Le Goff, Pollak, Halbwachs, além de investigadores brasileiros, como Bosi e Velho. Vale destacar os autores piauienses, como Rego, Araújo e outros, que trataram sobre a mídia e a cidade de Teresina. A análise das matérias sobre o aniversário da cidade foi com a Análise de Conteúdo no intuito de compreender essa construção memorial pela mídia. Percebe-se que o jornal reforçou o discurso político de uma cidade moderna, e apresentou uma memória oficial, de acordo com os interesses políticos da prefeitura Municipal de Teresina. A memória da cidade é, prioritariamente, com base naquilo que a prefeitura dizer à população, tanto que ela foi a fonte principal de todas as matérias alusivas ao aniversário da cidade. Outra questão é o jornal, por conta do aniversário, volta ao passado somente para confirmar o presente - de cidade moderna e desenvolvida. São os interesses do presente que justificam o retorno ao passado.

  • ODETE GUIMARÃES CAJUEIRO DA SILVA NETA
  • "Nem Sintética, Nem Natural": A etnografia de uma festa em Teresina
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 12/12/2018
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  • Este trabalho movimenta-se a partir dos objetivos de pesquisar e analisar as identidades sexuais ditas de "fronteiras" em que os sujeitos atualizam e deslocam através de performances sobre o ser para além da partição masculino/feminino. A partir de agosto de 2015 foi criada em Teresina a "Festa sintética", que constitui o contexto dessa pesquisa. Em tais espaços ocorrem as ações performáticas como shows, dublagens, som de DJ, em que analisarei a partir da teoria de gênero e performance de Judith Butler (2016), Richard Schechner (2006), Gilles Deleuze e Félix Guattari (2007), principalmente. A pesquisa de campo inicia em dezembro de 2016 quando conheci pessoas que despertaram minha curiosidade ao tema. Uma vez em campo centrei-me em três sujeitos pelas suas centralidades na festa e nas performances. João, Sam e Letícia foram meus colaboradores na pesquisa: contaram-me das festas, das suas performances, e da sua sexualidade. Desse modo a interpretação etnográfica concentra-se tanto nos discursos dos sujeitos quanto em suas performances nas festas. Essa pesquisa mostra um contexto social e posição sexual de estar e ser entre fronteiras. A festa na cidade é um espaço visto como "libertário" e "político" em que ampliam as possibilidades de ser dos sujeitos se constituírem para além do masculino e do feminino: "Não sou homem e nem sou mulher, quem sou?".

  • TÂMARA CAROLINE DA SILVA RAMOS COIMBRA
  • Vivendo e Sentindo: o sonho da casa própria
  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 29/06/2018
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  • O presente trabalho tem por objetivo compreender o significado da casa própria para um grupo de oito mulheres, com idades entre 25 e 63 anos, pertencentes a familias de baixa renda e que conseguiram realizar o sonho da casa própria ao ir morar no Residencial Cocais II, na cidade de Timon, no Maranhão através do Programa Minha Casa Minha Vida faixa 1, programa do Governo Federal, objetiva

  • ISMATÔNIO DE CASTRO SOUSA SARMENTO
  • Ta’p Cuhe mehe heta tetea’u my’ar, ze’engar, tentear cury: memórias do tempo da aldeia entre os Guajajara de Barra do Corda - MA
  • Orientador : JOINA FREITAS BORGES
  • Data: 18/05/2018
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  • A cidade de Barra do Corda compreende um dos principais núcleos de população indígena da região Norte-Nordeste do Brasil. A presente etnografia tem como pretensão refletir sobre o papel desenpenhado pelas memórias dos sujeitos da etnia Guajajara nos processos identitários, que se constroem sob o terreno das relações de contato interétnico, em um contexto urbano. Pensar como as representações cosmológicas do passado experienciado na aldeia influem, direta ou indiretamente, nas práticas culturais e, sobretudo, na afirmação social da identidade étnica dos indígenas Guajajara, moradores da cidade de Barra do Corda, é o objetivo ao qual se dirige este trabalho.

  • DANIELA PEREIRA DAMASCENO SANTOS
  • Rede Sociotécnica da Opala: Mediações entre atores na cadeia produtiva da opala de Pedro II-PI
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 29/03/2018
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  • A presente dissertação traz uma etnografia reflexiva sobre a rede sociotécnica da opala partindo da teoria ator rede trabalhada por Bruno Latour. São apresentados os contextos definidos para participar da cadeia produtiva joalheiro da cidade de Pedro II, interior do estado do Piauí, como o objetivo de fornecer um suporte acerca do conhecimento empírico trabalhado pelos "atores humanos" e "atores não humanos" observados. O texto é dividido em três partes significativas que objetivam situar o objeto de estudo e a forma como foi pesquisado, conceituar todos os atores dentro de suas respectivas dinâmicas e descrever sua vivência laboral em preparação para o Festival de Inverno de Pedro II, grande festa do interior do estado, que foi criado com o único objetivo de dar destaque á produção joalheira local.

  • LUCIANA DE LIMA LOPES LEITE
  • OCUPAR É REXISTIR! Práticas Artísticas como Tática de Resistência nas Ocupações do Coletivo OcupARTHE em Teresina (2014)
  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 28/03/2018
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  • Mais que um estudo, um atravessamento. A criação de conhecimento através de afetos, movimento, Arte e resistência. As análises e reflexões apresentadas na presente dissertação são resultado da pesquisa etnográfica construída sobre as práticas artísticas como tática de resistência nas ocupações realizações pelo coletivo OcupARTHE, em Teresina, no ano de 2014. A narrativa é desenvolvida a partir da experiência e [com]vivência em campo e dos relatos etnográficos apreendidos que possibilitam a compreensão dessas táticas na pós-modernidade, considerando o lugar da pesquisadora enquanto ocupante e ARTEvista. Um olhar sobre Teresina a partir das proposições realizadas nas ocupações coletivas de intervenção urbana que objetivam um diálogo com a cidade e as pessoas que a fazem por meio de um processo de ressignificação dos espaços, compreendidos como lugares praticados (CERTEAU, 2008).

  • GERLANE DANTAS DA SILVA
  • DO FOGO DA TERRA À COZINHA Uma etnografia sobre o campesinato quilombola
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 27/03/2018
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  • O presente estudo aborda as práticas e saberes do espaço de trabalho dos camponeses quilombolas do sertão piauiense, como o objetivo de compreender as transformações alimentares ao analisar a relação cultural entre a alimentação e a construção da identidade quilombola. A construção etnográfica foi realizada a partir de relações, vivências, conversas e observações com famílias de camponeses quilombolas. De maneira que a categoria "roça" torna-se significativa na construção e afirmação da identidade étnica desse grupo e constitui um espaço de trabalho, de relações familiares e marcas identitárias importantes à percepção sistêmica que eles têm da natureza. A relação homem/natureza são opostas ao mesmo tempo que se complementam no âmbito do trabalho e da reciprocidade existente entre ambos. Por isso, a dieta alimentar é determinada pelo trabalho na roça segundo a dinâmica com o meio ambiente e de acordo com a necessidade do corpo para desenvolver suas atividades. Para alcançar esse objetivo foi necessário a interpretação da lógica do sistema de trabalho na roça buscando compreender como os espaços se articulam contribuindo na produção e reprodução do modo de vida desse grupo.

  • LUANA ELAINY ROCHA MAGALHÃES
  • Entre o "escudo da morosidade" e as "oferendas aos deuses": um estudo sobre a lentidão dos processos do fórum cível de Teresina
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 26/03/2018
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  • A morosidade do Poder Judiciário é um problema conhecido por todos. Quando se pensa nessa problemática, se analisa em geral causas objetivas como a falta de estrutura e a relação entre o número de processos e a quantidade de servidores. Nesse trabalho, contudo, se busca compreender a morosidade a partir de uma perspectiva da antropologia do tempo, por entender a morosidade como uma faceta temporal da burocracia. Além disso, se propõe a pensar a morosidade como uma prática de poder. A proposta aqui é buscar uma compreensão do tempo do direito a partir da morosidade, considerando de forma primeira as experiências das partes e das advogadas entrevistadas. Este trabalho nos permite sentir que a morosidade é algo que não é intrínseca ao processo físico/eletrônico, mas permeia por toda a experiência vivida dentro do Judiciário e que o tempo, que é a grande questão, que é o que está em jogo, é a dádiva buscada por quem adentra o Judiciário pleiteando algum direito, podendo ser manipulado, sendo possível ainda notar que o tempo é uma questão de percepção, isto é, que servidores não o experimentam da mesma forma que as partes advogadas.

  • MÁRCIO DOUGLAS DE CARVALHO E SILVA
  • Promessas e milagres na dança de São Gonçalo: Etnografia de uma devoção
  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 09/03/2018
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  • A dança de São Gonçalo, muito presente na zona rural do município de Campo Maior-PI, apresenta-se como um ritual de pagamento de promessa realizado na forma de dança e cantos. O objetivo desse trabalho é analisar como se dá a relação entre devoto e santo, estabelecida a partir do contrato da promessa, pelo qual tanto o santo como o devoto ficam encarregados de cumprir obrigações específicas. Utilizarei como principais teóricos Mauss (2003), Durkheim (1996, Turner (2005), Turner (2013), Geertz (2015) e Brandão (1986). A metodologia adotada engloba a observação dos rituais de São Gonçalo, entrevistas com os devotos, coleta e uso de fotografias e análise dos versos das cantigas do ritual.

  • ILANA MAGALHÃES BARROSO
  • Emergência étnica indígena, territorialização, memória e identidade do grupo indígena Tabajara e Tapuio da aldeia Nazaré
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 23/02/2018
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  • Essa dissertação tem como objetivo refletir sobre o processo de emergência étnica vivenciado pelos indígenas Tabajaras Itamaraty e Tapuio da Comunidade Nazaré, localizada no município de Lagoa de São Francisco, estado do Piauí. O relato etnográfico é decorrente do trabalho de campo e do uso de procedimentos tais como: observação, entrevistas, registro audiovisual e participação em eventos e reuniões de interesse dos indígenas. Esta descrição e análise tem a pretensão de evidenciar o protagonismo dos sujeitos que compõem esta coletividade, a forma de organização social e estratégias políticas que estão sendo construídas em vista da afirmação e reconhecimento da identidade indígena. Para entender o processo de mobilização identitário em curso, descrevemos a composição da comunidade, dados historiográficos e a memória social do grupo. Abordamos as relações que se estabelecem entre os próprios indígenas e com os agentes externos tais como pesquisadores, representantes de secretarias e órgãos do poder público. Mostramos a relação que se estabelece entre a agência dos sujeitos e o contexto das interações efetivadas e como tudo isso integra a construção de etnicidade indígena.

2017
Descrição
  • CAIO BRUNO SILVA DO CARMO
  • Uma travessia da experiência alter.nativa em Terehell
  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 07/12/2017
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  • O presente trabalho é um experimento. E tem como objetivo etnografar a experiência e as diferenças dos sujeitos actantes da cena alternativa da cidade de Teresina. Usando a antropologia simétrica e o pós-estruturalismo como bases teóricas, a pesquisa se localiza dentro de um universo contemporâneo dos estudos urbanos em cidades modernas, onde as diferenças, os afetos, as singularidades e os processos de subjetivação (e dessubjetivação) são geracionais na constituição de qualquer que seja a manifestação social analisada. Como metodologia o trabalho se valerá do uso da própria posição do pesquisador que é também um observado e usará de recursos audiovisuais estéticos como ferramentas de produção de sensações.

  • ANTONIO VAGNER RIBEIRO LIMA
  • Santo Reis mandou dizer pra você me pagar: ritual do Reisado do Mutirão
  • Orientador : JOAO MIGUEL MANZOLILLO SAUTCHUK
  • Data: 26/09/2017
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    Esta pesquisa busca analisar o ritual da brincadeira do Reisado do Mutirão, em Demerval Lobão (PI). Para exame de qualificação separei o que será o primeiro capítulo da dissertação, após aprofundamentos dos pontos ressaltados: Como se constrói o ritual do Reisado do Mutirão, onde destaco primeiramente minha inserção no campo etnográfico e busco definição de categorias para estudos e percepções do que soa como mais significativo para os que fazem parte do ritual de devoção a Santos Reis. Nossa investigação no campo se deu por observação direta, construção de caderno de campo, conversa no cotidiano, entrevistas semi-estruturadas com gravação de áudio com brincantes, devotos, espectadores e mestres de reisados. Dentre os muitos autores que dialogamos com abordagem antropológica, destacamos mais aprofundadamente os estudos de Marcel Mauss, Clifford Geertz, Klaas Woortmann e Marshal Sahlins.


  • NAYRA JOSEANE E SILVA SOUSA
  • Por dentro do Teatro: Etnografia dos Públicos da Cultura no Complexo Cultural Teatro do Boi
  • Orientador : MARCIA LEILA DE CASTRO PEREIRA
  • Data: 19/09/2017
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  • Esta pesquisa analisa do ponto de vista etnográfico, os públicos da cultura no Complexo Cultural Teatro do Boi em Teresina (PI). Esta instituição pública de cultura atua através do fomento de práticas culturais promovidas no palco do Teatro, na biblioteca “Fontes Ibiapina” e nas diversas oficinas artístico-culturais que são ofertadas em sua programação. Dos três elementos que compõe o centro cultural, o estudo focou neste último, no propósito de compreender os sentidos atribuídos pelos públicos das oficinas às experiências vivenciadas por eles/elas na instituição. Assim, percorrendo o cotidiano das oficinas, reconheço que os comportamentos dos públicos são configurados pelo processo de mediação cultural que envolve a gestão da instituição e a atuação dos instrutores, os quais mobilizam estratégias que influenciam a relação daqueles com o universo da cultura. Não obstante, às narrativas dos/as interlocutores/as apresentam o reflexo do processo de “revitalização” que aconteceu recentemente no “Complexo Cultural”, sendo parte dos processos de intervenções urbanas globais que modificaram não somente a estrutura física do prédio, mas provocaram novas ressignificações sobre a apropriação do seu espaço, identificando assim, o fenômeno denominado de gentrification. O percurso etnográfico evidenciou as tensões e expectativas dos diversos agentes envolvidos na dinâmica sociocultural que configura a instituição. Neste feito, o estudo busca iluminar as lacunas referentes aos estudos de públicos culturais para que se pensem outras realidades possíveis neste campo.

  • EULALIANY KELLY PAIVA DE MORAIS
  • ENTRE O MUNDO FAMILIAR E O MUNDO DOS DESEJOS: QUAL LUGAR É POSSÍVEL PARA AS MULHERES HOMOSSEXUAIS NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA?
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 28/08/2017
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  • O presente trabalho pretende contribuir para análise da violência familiar a mulheres homossexuais a partir de uma reflexão etnográfica da trajetória de vida que consiste na exploração de significados atribuídos por quatro mulheres homossexuais, entre 18 e 38 anos, residentes na cidade de Teresina/PI, à vivência de violência familiar. Utiliza o recurso da entrevista, que foram tratadas como etnobiografias (Gonçalves, 2012) e como acréscimo o material de campo referente ao encontro etnográfico com as mulheres homossexuais. A importância deste trabalho repousa na consideração de que o repertório simbólico da vivência da sexualidade dentro do espaço familiar é um dos aspectos de relevância para o processo de constituição de subjetividade do sujeito com desdobramentos significativos nas identidades e interação social. 

  • LUCIANA SOARES DA CRUZ
  • "Eu disse! aqui é bonito demais!" : Ser Criança e ser quilombola na Comunidade Quilombola Olho D'Água dos Negros - Esperantina - PI
  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 25/08/2017
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  • O presente trabalho teve como objetivo analisar como as crianças do Quilombo Olho D’água dos Negros se apropriam dos espaços da Comunidade na qual vivem através de suas experiências e, desse modo, produzem e são produzidas por uma noção de identidade étnica e territorialidade. Reconhecendo as crianças como agentes participantes na formação do seu território, busquei compreender como meninas e meninos do Quilombo experienciam os espaços por onde transitam na comunidade transformando-os em lugares constituídos, por elas, através da afetividade e participação.  A pesquisa teve como referencial teórico os atuais estudos da Antropologia da infância e da criança e foi realizada a partir da etnografia. A utilização desenhos e fotografias nesse trabalho teve a finalidade de priorizar as falas das crianças, concedendo a estas um lugar central dentro da pesquisa. 

  • L'HOSANA CÉRES DE MIRANDA TAVARES
  • Roupa de Santo: marcadores identitários de religiões de matriz africana
  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 21/08/2017
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  • A presente pesquisa tem por objetivo averiguar se as roupas usadas pelos (as) filhos (as) de santo, como são chamados os seguidores das religiões de matriz africana, tanto as usadas nas cerimônias desses cultos como as utilizadas para os trabalhos ritualísticos dentro dos terreiros, são marcadores identitários dessas religiões, no caso, Umbanda e Candomblé. O trabalho foi desenvolvido nos terreiros Ilé Oyà Tade (Umbanda) e Ilé Asè Oloomi Wura (Candomblé), ambos na cidade de Teresina-Piauí. O estudo contempla a construção de caderno de campo, observação participante, escuta sensível, coleta de imagens fotográficas e fílmicas e a elaboração e apresentação de uma exposição de bonecas paramentadas com as vestes dos dezesseis orixás mais cultuados no Brasil, mais quatro bonecas caracterizadas de baiana, sacerdote, roupa de ração masculina e feminina. Os resultados alcançados apontam para a confirmação de que estas vestes são realmente marcadores da identidade dessas religiões, sendo observado que as mesmas também podem desencadear atitudes de intolerância religiosa e racismo. Fundamenta-se em teóricos, como Roger Bastide (1978), Pierre Verger (1987), Júlia Vidal (2014), Vasconcellos Maia (1978), Edison Carneiro (1991; 2005), Reginaldo Prandi (2001; 2004), Juana Elbein dos Santos (2012), Mircea Eliade (2010), Cliford Geertz (1926), Lévi-Strauss (1976), entre outros. 

  • SÉRGIO CÉSAR CORRÊA SOARES MUNIZ
  • EM BUSCA DA "TERRA LIBERADA": um estudo etnográfico da territorialidade em Santa Maria remanescente de quilombo no Maranhão
  • Orientador : CARMEN LUCIA SILVA LIMA
  • Data: 07/07/2017
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  • Esse trabalho é um resultado de um conjunto de encontros de múltiplas dimensões que envolveu disdintos agentes sociais, de forma direta e indireta, em uma empreitada de caráter analítico, mas também político, em torno da vida de Santa Maria, comunidade quilombola que vive no alto curso do rio Pericumã, conexão geográfica entre os municípios de Viana, Pedro do Rosário e Pinheiro, todos localizados na microrregião da Baixada Maranhense. Nesse sentido, buscou-se compreender a relação existente entre a memória social e coletiva deste grupo e as ações performativas de seu processo de territorialização no contexto de (in)definições de direitos territoriais pactuados e assentes na chamada Constituição Cidadã. Como referenciais teóricos utilizados para a construção da análise apresentada, considerando a situação do Quilombo Santa Maria, as noções de "territorialização" e "aquilombamento" possuíram importância explicativa central, sobretudo para compreender a relação entre a reestruturação de padrões culturais, o acionamento das memórias e a luta pela permanência no território. Dos caminhos metodológicos escolhidos para a tarefa antropológica de compreender a vida dos outros me situei diante de três instrumentos de compreensão da realidade social construídos dentro do pensamento antropológico: a reflexividade pós-moderna, a hermenêutica semiótica da descrição densa e a multisituacionalidade/relacionalidade da etnografia multilocalizada.

  • JORDANA MARIA LOPES DA CUNHA
  • Arquivo Público do Piauí e patrimônio: uma análise antropológica
  • Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
  • Data: 05/07/2017
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  • Esta pesquisa visa apresentar um estudo em Antropologia quando o campo é o patrimônio. O objeto patrimonializado é a Casa Anísio Brito, mais conhecida como Arquivo Público do Piauí, que resguarda um conjunto de documentos entendidos como patrimônio do Estado. A noção de patrimônio concebida em nossa sociedade é resultado de uma série de invenções - no sentido proposto por Hobsbawn (2012) - empreendidas pelo Estado, seus interesses e pela noção de tempo que a sociedade Ocidental adota. Dessa forma, surgem instituições gerenciadas pelo aparelho estatal que resguardam objetos, no caso dos museus e documentos, no caso dos Arquivos. Os Arquivos por sua vez, entremeados pela noção patrimonial que lhes motivou o surgimento, seguem uma lógica própria de organização, acesso e difusão documental. Portanto, esta pesquisa tem por foco, revelar que noção de patrimônio é colocada pelo Arquivo Público do Piauí à sociedade piauiense. Para o alcance desse objetivo geral, foi realizada a leitura de obras que versassem sobre teoria arquivística, abordagem contemplada inicialmente neste trabalho. Posteriormente, a bibliografia em torno das discussões sobre patrimônio se fizeram necessárias para a compreensão e importância dada a este fenômeno na sociedade moderna. O método etnográfico baseado na observação participante e na descrição densa proposta por Geertz (1989) foi utilizado a fim de esclarecer sobre o patrimônio emanado do Arquivo Público do Piauí, além da realização de conversas com funcionários do local, que ajudou a revelar características do local. Durante o trajeto da pesquisa, foi realizada anotações de campo além de documentação fotográfica. Este trabalho espera contribuir para as discussões envolvendo patrimônio, promovendo uma maior visibilidade para o Arquivo Público do Piauí.

  • MARCUS VINÍCIUS MARTINS BARBOSA
  • Imagens e narrativas de sertão em Cipriano: uma etnografia fílmica
  • Orientador : MARIA DIONE CARVALHO DE MORAIS
  • Data: 01/07/2017
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  • Este trabalho percorre alguma trilhas e veredas de sertão, busca dialogar com os seus enredos, signos e símbolos no sentido de desvendar alguns de nossos marcadores identitários a partir de nossos mitos de origem, com o auxílio da narrativa cinematográfica. Partindo do pressuposto de que nascemos como "pátria piauíense", pensada a partir da colonização portuguesa, dos caminhos do gado, desbravados pela aventura bandeirante, e temos elementos suficientes para pensar nossas identidades à luz da categoria sertão, resolvi trabalhar especificamente com o filme Cipriano, de Douglas Machado, produzido no Piauí e lançado em 2001. Tomar este filme como objetivo de análise apresenta-se como possibilidade de apreender imagens e narrativas de sertão construídas com a contribuição de pessoas que atuam como formadoras de opinião - a exemplo de diretores e roteiristas de cinema, os quais, por seu turno, sintetizam, interpretam, representam elementos do imaginário de sertão. Nesta direção, a ideia é buscar compreender como mitos de origem são manuseados e se manifestam no discurso fílmico em tempos pós-modernos. Objetivo da pesquisa é identificar, em Cipriano, signos e símbolos ativos no imaginário de sertão que interpelam subjetividades e produzem sentidos para a "nação piauiense".

  • IANNE PAULO MACÊDO
  • A VIVÊNCIA DO CÂNCER E A PRODUÇÃO DE SEUS SIGNIFICADOS EM TERESINA: Cuidados Paliativos, religiosidade, espiritualidade e emoções
  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 14/06/2017
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  • A pesquisa em tela problematiza a produção de significados, no que diz respeito à espiritualidade e os recursos terapêuticos denominados cuidados paliativos experimentados, vivenciados, por pessoas adoecidas de câncer e entre elas, as classificadas como Fora de Possibilidade Terapêutica de Cura. O objetivo principal deste estudo é compreender o significado da religiosidade, da espiritualidade, quando acionadas no enfrentamento do câncer, enquanto recurso terapêutico de cura, ou paliativo para os sujeitos oncológicos e seus cuidadores, familiares. E como objetivos específicos mapear os espaços de cuidados para pessoas adoecidas com câncer em Teresina, particularmente, a Associação Esperança e Vida, e conhecer a cultura emotiva desenvolvida por sujeitos adoecidos e cuidadores, familiares que frequentam a referida Associação; identificar quais são as religiões e práticas espirituais, conhecer os cuidados paliativos, notadamente aqueles que envolvem a dimensão da espiritualidade, a visão sobre a morte e o morrer para esses sujeitos. Para tanto, utilizar-se-á o referencial teórico-metodológico de cunho etnográfico contando com técnicas de entrevistas semiestruturadas com os sujeitos oncológicos e seus cuidadores, e com observação participante, no Hospital São Marcos e na Associação Esperança e Vida, de apoio à portadores de câncer e, em atividades científicas que discutiram os cuidados paliativos, a morte e o morrer. Os autores com quem é feito o diálogo empírico são: E. Durkheim, Marcel Mauss, Norbert Elias, Phelippe Ariès, Edgar Morin, Clifford Geertz, David Le Breton, Raquel Menezes, José Guilherme Magnani, Francisca Verônica Cavalcante, Mauro Koury, dentre outros. Esse estudo apresenta a possibilidade de uma interpretação que aponta para: o fato dos cuidados paliativos enquanto política pública ser quase inexistente em Teresina, os sujeitos pesquisados, em sua maioria, lança mão de outras experiências espirituais das quais anteriormente não praticavam. Isto parece evidenciar a preocupação com a iminência da morte e uma das maneiras como estes sujeitos engendram o processo de morrer.

  • IGOR DREIDY DE SOUSA MORAES
  • "Que Pode Uma Imagem? Por Uma Antropologia Das Imagens Virtuais"
  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 02/05/2017
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  • O presente trabalho se propõe pensar, teórica e metodologicamente, elementos para uma Antropologia das Imagens Virtuais, imagens produzidas, inscritas, informadas a partir de dispositivos digitais, enquanto constructos que escapam aos limites da representação e por sua vez vacila frente à um supostos realismo etnográfico das imagens. A partir da produção imagética no ambiente cibercultural, mais precisamente na rede social virtual Instagram, refletimos sobre uma semiótica não-linguageira, não-interpretativa, não-relativa de tal imageria virtual. Em síntese, como fuga da ordem da imagem-representação, tensionamos construir uma superfície das imagens virtuais como “mapas de intensidades” – Imago e Socius. Nesta proposta, engendramos possibilidades para uma etnografia que leve em conta outras semióticas - heterogêneas, disjuntivas, potenciais - ressaltando a operatio ou ainda os modos de “inscrição” de tais imagens; menos como imagens - em sentido lato - e mais como objetos ou coisas, como dizia Duchamp sobre o objeto estético. Imageria nômade que perfura, escapa, escorrega frente aos dispositivos de enunciação-representação e por sua vez constituem-se como cadeias sígnicas que atravessam e são atravessadas por toda sorte de agenciamentos e fluxos - éticos, estéticos e ontológicos. Toda uma política da imagem, toda uma política do etnografar. Assim aventamos constituir elementos teóricos-metodológicas para, diante da alteridade potencial dessa imageité, pensarmos uma antropologia visual das imagens virtuais em seus potenciais agenciamentos semióticos e maquínicos – não imagens justas, justo imagens.

2016
Descrição
  • IGOR DREIDY DE SOUSA MORAES
  • Que pode uma imagem? Esboços para uma possível antropologia das imagens virtuais

  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 30/09/2016
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  • O presente trabalho se propõe pensar, teórica e metodologicamente, elementos para uma Antropologia das Imagens Virtuais, imagens produzidas, inscritas, informadas a partir de dispositivos digitais, enquanto constructos que escapam aos limites da representação e por sua vez vacila frente à um suposto realismo etnográfico das imagens. A partir da produção imagética no ambiente cibercultural, mais precisamente na rede social virtual Instagram, refletimos sobre uma semiótica não-linguageira, não-interpretativa, não-relativa de tal imageria virtual. Em síntese, como fuga da ordem da imagem-representação, tensionamos construir uma superfície das imagens virtuais como "mapas de intensidades" - Imago e Socius. Nesta proposta, engradamos possibilidades para uma etnografia que leve em conta outras semióticas - heterogêneas, disjuntivas, potenciais - ressaltando a operatio ou ainda os modos de "inscrição" de tais imagens; menos como imagens - em sentido lato - e mais como objetos ou coisas, como dizia Duchamp sobre o objeto estético. Imageria nômade que perfura, escapa, escorrega frente aos dispositivos de enunciação-representação e por sua vez constituem-se como cadeias sígnicas que atravessam e são atravessadas por toda sorte de agenciamentos e fluxos - éticos, estéticos e ontológicos. Toda uma política da imagem, toda uma política do etnografar. Assim aventamos constituir elementos teóricos-metodológicas para, diante da alteridade potencial dessa imageité, pensarmos uma antropologia visual das imagens virtuais e seus potenciais agenciamentos semióticos e maquínicos - não imagens justas, justo imagens.

  • AVELAR AMORIM LIMA
  • Aquenda, mona!: Travessia etnográfica pelas experiências de drag queen em Teresina-PI

  • Orientador : ERIOSVALDO LIMA BARBOSA
  • Data: 10/06/2016
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  • Este trabalho discute as práticas performáticas do universo da Drag queen a partir da técnica da etnografia realizada na cidade de Teresina-Piauí, atenta ao dinamismo da mutação instantânea desse devir feminino misterioso e híbrido. Dentro dessa perspectiva, "aquendar" é um, entre vários termos utilizados pelas drags e traduz também um sentido de estarmos atentos a elas ou com elas. O despertar para a produção desse trabalho surgiu pela necessidade de se mapear os territórios de sociabilidades das práticas performáticas desses sujeitos, haja vista o crescimento do movimento drag nessa cidade nos últimos anos desde sua formação. Na travessia dessas experiências performáticas, tive além da observação participante o apoio de drags interlocutoras que me auxiliaram na contrução de uma reflexão flexível sobre discurso de gênero, sexualidade e corporalidade desses sujeitos de forma que a mesma não se determina em sua conclusão amarrada, mas destravada e aberta a novas resignações.

  • MÔNICA MARIA SANTANA E SILVA
  • MUSEU DO PIAUÍ 'CASA ODILON NUNES' EM TERESINA - PIAUÍ: um estudo antropológico sobre Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial.

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 03/05/2016
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  • A presente pesquisa tem como objetivo principal entender como se dá a compreensão das categorias Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial por visitantes e funcionários do Museu do Piauí ―Casa de Odilon Nunes‖, localizado na Praça Marechal Deodoro, S/N – Centro, em Teresina. A pesquisa respalda-se na tentativa de dar maior visibilidade à fruição do museu e a sua importância histórica e cultural. A análise terá como objetivos específicos o levantamento sobre as características e peculiaridades do acervo do museu; Mapear as ações educativas desenvolvidas no museu para a sua promoção como patrimônio cultural e agente de educação patrimonial no período compreendido entre 2010 e 2015; Fazer uma analise dos conflitos existentes entre o museu e a paisagem do entorno. Como referencial teórico metodológico serão considerados trabalhos etnográficos sobre o tema e utilizados elementos da Educação Patrimonial como os elaborados por Grunberg (2007). Também será de grande contribuição a correlação que Funari & Golçalves (2008) e Silveira & Bezerra (2007) fazem entre Educação Patrimonial e Arqueologia Pública. As concepções de Mauss (2003) sobre as trocas simbólicas e fatos sociais totais também serão consideradas. Outros diálogos relevantes para este estudo serão com Gonçalves (1996, 2005), Abreu (2004, 2007) e Fernandes (2010) para a discussão sobre Patrimônio Cultural. Autores como Abreu (1996) e Gonçalves (2005) direcionam as abordagens sobre Antropologia dos Objetos e Museus. Silveira (2009) será de extrema importância na analise sobre a paisagem. O método etnográfico e a observação participante servirão como suporte para a realização da pesquisa. Serão realizadas, ainda, anotações no caderno de campo, entrevistas e documentação fotográfica. A pesquisa visa contribuir para o alargamento do discurso sobre patrimônio cultural e educação patrimonial para a sociedade piauiense, notadamente no Museu do Piauí Casa de Odilon Nunes. 

  • SÂMARA VANESSA NASCIMENTO COSTA
  • "Emoções e espiritualidade rastafari nas bandas de reggae em Teresina-PI"

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 14/03/2016
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  • A espiritualidade rastafári e o estilo musical reggae presentes na vivência de algumas bandas em Teresina, chamam atenção para o diálogo entre espiritualidade e música. A antropologia da música concebe esta para além da estética, a música é uma forma de linguagem que possui seus próprios códigos, assim como a espiritualidade. Nessa pesquisa o olhar antropológico é direcionado à importância da relação da música como influência e até ascensão de uma espiritualidade. A presente dissertação está pautada em uma análise etnográfica sobre bandas de reggae locais que possuem de alguma forma relação com a espiritualidade rastafári. O motivo da escolha desse tema deve-se ao interesse de buscar conhecimento sobre as expressões culturais de um povo, de um estilo de vida, incluindo músicas de protesto e rituais relacionados, como o uso de dreadlocks e ervas. O objetivo principal é compreender a relação existente entre a espiritualidade rastafári e o estilo musical reggae dos integrantes das bandas de reggae de Teresina-PI. Estas são Jah Une, Regaplanta e o rasta Ed Ras. A metodologia desta pesquisa contempla observação participante, caderno de campo, recolhimento de imagens fotográficas e fílmicas, entrevistas não-diretivas coletivas e individuais. Percebe-se que nem todos os aspectos transmitidos através da música são vivenciados no dia-a-dia dos músicos. O referencial teórico do estudo é composto dos seguintes apostes teóricos: Mauss, Durkheim, Le Breton, Geertz, Aldo Natale Terrin, dentre outros para tratar das temáticas da espiritualidade e do campo da antropologia das emoções e dos autores Oliveira Pinto, Lundberg, Carvalho, Ilari, Menezes Bastos, Caldas, Brooks, Blacking, Eyerman e Jamison para tratar do campo da etnomusicologia. Para tratar da questão da sociabilidade Simmel, para tratar da questão da identidade Souza e Da Matta. O movimento rastafári enlaça-se com a antropologia das emoções, ao avaliarmos por exemplo a função da música nesse espaço. Além do reggae ser visto como uma música espiritual, o que elevaria o patamar das emoções, a própria música em si é carregada de sentimentos e emoções. Como disse Pinto ( 2001), a música traz à tona fenômenos diversos e não necessariamente acústicos. Além da música, o corpo, característica fundamental na espiritualidade rastafári, é também carregado de emoções, sendo este social e cultural. O corpo, para Mauss( 2003), seria o próprio e primeiro instrumento, seria através das atividades corporais que a estrutura social imprime sua marca nos indivíduos. Para Le Breton (2006) em todas as sociedades o corpo é considerado objeto de ritualização.

  • ORNELA FORTES DE MELO
  • O Periperi e a implantação de hidrelétricas no rio Parnaíba - PI: etnografia de um conflito socioambiental.

  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 18/01/2016
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  • Apresenta-se para a apreciação da banca de qualificação do mestrado em Antropologia os dois primeiros capítulos da dissertação intitulada “O QUILOMBO PERIPERI E A IMPLANTAÇÃO DE HIDRELÉTRICAS NO RIO PARNAÍBA-PIAUÍ: uma aproximação antropológica à prática antropológica”. Definiu-se como tema da presente pesquisa a rede sociotécnica formada em torno da comunidade quilombola de Periperi a partir da aproximação efetuada pela pesquisadora ao ser anunciada a implantação das Hidrelétricas de Castelhano e Estreito, a primeira à jusante do rio Parnaíba e a segunda a montante. Ao delimitar este objeto de pesquisa cercamos um espaço de relações que ultrapassa os limites espaciais do marco geográfico da referida comunidade quilombola, se estendendo por uma ampla rede que articula diversos atores, instituições, conhecimentos, política, direitos, rios, riachos, árvores, enfim, aspectos locais e globais; abstratos e empíricos; institucionais e individuais. Assim, no primeiro capítulo, denominado provisoriamente de “montando um laboratório antropológico”, é feita a descrição do arcabouço teórico e metodológico utilizados para o enfrentamento do problema da presente pesquisa. No segundo capítulo, realizamos a genealogia de um problema de pesquisa em que resgato a construção do meu problema de pesquisa desde a seleção do mestrado até a formulação mais atual deste, pretende-se, assim, alcançar alguns conceitos utilizados pela a antropologia, como “território”, “territorialidade”, “desterritorialização”, “hidrelétricas”, “quilombos”. Duas perguntas centrais animam este capítulo, são elas: Como a antropologia enfrenta estes conceitos? Como estes conceitos enfrentam a realidade?

2015
Descrição
  • GILMARA CANTANHÊDE GOMES
  • Sobre o saber, o fazer e o trançar: arte, técnica e recorrência do Trançado de fibras do Estado do Piauí

  • Orientador : FLAVIO RIZZI CALIPPO
  • Data: 10/11/2015
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  • Desde a antiguidade, o trançado de fibras persiste ultrapassando as barreiras do tempo, e pode ser observado nos lugares, saberes, fazeres e usos das populações indígenas, também tradicionais urbanas e rurais, perpetuado através das memórias, e quando possível, dos elementos culturais específicos que impregnam os grupos aos quais pertencem. A partir de tais considerações a presente pesquisa tem por objetivo identificar como se processa a cadeia operatória do jacá, do quibano e da peneira, produzidos por artesãos da cidade de Altos/PI através de parâmetros como a tecnologia, a técnica de execução, matéria-prima, forma, função entre outros aspectos. A problemática consiste em entender quais escolhas tecnológicas influenciam na elaboração destes tipos de trançados, buscando identificar as singularidades e regularidades presentes nas tradicionais e atuais. As pesquisas de campo realizaram-se mais efetivamente a partir de novembro de 2014, reiniciando em janeiro de 2015 até a segunda quinzena de outubro de 2015, semanalmente ou quinzenalmente, na cidade de Altos e por três vezes no mercado central, que proporcionou a observação dos modos de saber, fazer e usos dos trançados presentes no cotidiano desses grupos. O embasamento teórico- metodológico está relacionado à discussão sobre patrimônio, etnoarqueologia e conceitos, características e análises sobre o trançado de fibras, sob a perspectiva lançada por Ribeiro (1985) e Silva (2000) além de outros aspectos antropológicos, culturais, arqueológicos que possam enriquecer estas discussões. Sobre o Patrimônio, o objetivo é ressaltar a importância do trançado de fibras como indicador cultural de grupos humanos tanto em sepultamentos indígenas quanto em trançados produzidos por grupos tradicionais urbanos e rurais como os artesãos de Altos/PI e que deve ser valorizado por ainda estar presente no cotidiano de diversas sociedades. A etnoarqueologia surge como uma “ponte” que permite analogias etnográficas como suporte para a interpretação de dados provenientes de contextos arqueológicos através dos estudos dos padrões, das relações sociais, da utilização do espaço de forma hierarquizada, entre outros. Neste caso, os dados arqueológicos estão presentes na revisão bibliográfica realizada para identificar trançados de fibras presentes em sítios arqueológicos do Nordeste do Brasil, sendo que estes são identificados desde a pré-história em sepultamentos, seja através da cultura material, seja através de dados etnográficos, presentes em relatos de cronistas. A justificativa principal é que o trabalho pretende dar a devida valoração e valorização ao trançado de fibras do Estado do Piauí.

  • THERESA JAYNNA DE SOUSA FEIJÃO
  • GIRA GIRA CRIANCINHA: aprendizado da religião Santo Daime por crianças frequentadoras do espaço "Céu de Todos os Santos" em Teresina-Piauí-Brasil.

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 29/10/2015
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  • A problematização da presente pesquisa é em torno do consumo da ayahuasca por crianças, o problema é compreender como se dá o aprendizado da doutrina do santo daime para as crianças participantes do espaço “Céu de Todos os Santos” – “CTS” em Teresina – PI - Brasil. O objetivo geral é compreender como uma criança torna-se daimista. Como objetivos específicos investigo como se dá a inserção da criança na doutrina do Santo Daime no CTS; como aprendem a ser daimistas; e como as crianças representam-se a si mesmas e à sua religião, numa interface entre Antropologia da Religião e Antropologia da Criança. Entendemos que não há uma cisão do universo adulto com o universo infantil, portanto minha análise leva em consideração a interação adulto/criança. Desenhos, histórias de vida e vivências são ferramentas de pesquisa, juntamente com técnicas clássicas, que nos revelam nova perspectivas do fazer antropológico. 

  • CIDIANNA EMANUELLY MELO DO NASCIMENTO
  • NO COMPASSO DA TERCEIRA IDADE: idosas no ptia PRODUZINDO SENTIDOS PARA A VELHICE
  • Orientador : MARY ALVES MENDES
  • Data: 29/10/2015
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  • O crescimento da longevidade no nosso país traz a tona o envelhecimento como dimensão importante da realidade social a se compreender, sobretudo, na contemporaneidade em que há uma supervalorização da juventude e da busca pelo corpo ideal. Considera-se idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade, o que significa uma experiência singular, heterogênea, sujeita às influencias socioculturais, econômicas e políticas que podem interferir de forma positiva e/ou negativa na vivência da velhice. As transformações demográficas ocorridas nos últimos anos mostram uma tendência ao envelhecimento da população brasileira, na qual se destaca o elevado número de mulheres, sendo este fenômeno denominado por alguns estudiosos de feminização da velhice. O presente trabalho objetiva analisar como se processa a vivência da velhice e os significados atribuídos a ela pelas idosas que participam do Programa da Terceira Idade em Ação-PTIA, da Universidade Federal do Piauí, no que se refere aos espaços de sociabilidades, a família, e o corpo, a fim de compreender os sentidos elencados à condição de idosas no tocante a esses aspectos que se considera importantes. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que enfatiza a dimensão simbólica e a produção de sentidos das falas desses sujeitos, considerando o envelhecimento como um fenômeno sociocultural. As informações de campo foram coletadas através das técnicas de observação participante e entrevistas. O tratamento analítico dos dados foi realizado através da análise de discursos. O lócus de pesquisa foi o PTIA, localizado na UFPI, Campus Ministro Petrônio Portela, em Teresina, e contou com a participação de mulheres idosas desse Programa e alunas da disciplina “Sociabilidade, Família e Envelhecimento”. Na fundamentação teórica tomou-se como categorias analíticas o envelhecimento, família/gênero, corpo e grupos de sociabilidade, abordando suas contribuições antropológicas clássicas e contemporâneas sobre a temática em foco.  Através das falas e das dinâmicas aplicadas em sala de aula, se pode evidenciar que as percepções delas sobre a velhice mostrou-se ampliada, indo para além do estereótipo de velhice como inatividade e doença, estendendo-se a sentimentos e manifestações de empoderamento e ressignificação de suas vidas, evidenciando o processo de envelhecimento e os modos de vivê-lo e representa-lo como uma construção social e cultural de caráter multidimensional.

  • POLIANA MARQUES MATON
  • "CAPOEIRA DE QUILOMBO": gingando corpos e tradição cultural

  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 28/10/2015
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  • Uma territorialidade quilombola não é um lugar de refugiados ou remanescentes, mas sim um lugar onde as relações sociais acionam identidades étnicas. Nessa dissertação é abordada parte dos acontecimentos daComunidade Olho D’água dos Negros, considerando a constituição da territorialidade quilombola, a inserção da “Capoeira de Quilombo” enquanto marcador de identidades étnicas e como prática cultural e política dacomunidade. Valorizando os significados atribuídos à prática da capoeira pelos praticantes e moradores dacomunidade, demonstro os caminhos trilhados para a constituição do território da comunidade, para o processo de titulação da terra e o fortalecimento das identidades étnicas do grupo. A proposta central é entender como a “Capoeira de Quilombo” se relaciona com as pessoas da Comunidade Olho D’água dos Negros e como os ensinamentos da capoeira atravessam a noção de corpo a partir da prática da “Capoeira de Quilombo”.

  • KLEB LEITE DA SILVA
  • NÓIS É ÍNDIO, MAS NÓIS É MANSO, afirmação étnica de indígenas participantes da associação Itacoatiara em Piripiri-PI

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 28/10/2015
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  • JOHN WEDSON DOS SANTOS SILVA
  • Ttss, Ttsss... Pichando a capital: O empreendimento e a aventura dos jovens na cidade de Teresina-PI.

  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 26/10/2015
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  • A pichação é uma prática urbana realizada por jovens. Desde meados da década de 1980, observamos a recorrência na formação de grupos juvenis que se debruçavam  em praticá-la. Os primeiros deles apareceram inscrevendo frases legíveis ao anônimo e, a partir dos anos iniciais da década de 1990, o caráter do que se inscrevia passava a ser restrito. Era a pichação na modalidade do xarpi que se iniciava em Teresina, cidade que teve contribuição para que os jovens se iniciarem como pichadores. O xarpi assume uma comformação estética que o distingue de outras modalidades de pichação. O estudo, que ora se resume, observou que a mudança estética que o xarpi sofreu divide a prática em duas fases. A metodologia que viabilizou essa e outras constatações conforma-se na entrevista, na coleta e registro de imagens e na visita ao arquivo público de jornais de circulação diária da imprensa oficial. Um dado sobressalente: a pesquisa que segue foi aprovada pelo Comitê de Etica da UFPI, sob o número CAAE: 30313114.3.0000.5214, conforme comprova documentação anexada.

  • PÂMELA LAURENTINA SAMPAIO REIS
  • ENTRE REDES: Mulheres, afetos e desejos.

  • Orientador : FABIANO DE SOUZA GONTIJO
  • Data: 11/09/2015
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  • Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a conformação e os movimentos de redes de relações envolvendo mulheres na faixa de 28/46 anos que se relacionam afetivo-sexualmente com outras mulheres, pertencem às camadas médias e residem na cidade de Teresina. Trata-se especificamente de pensar o lugar dos afetos e desejos nas dinâmicas de interação e trajetórias de vida, incidindo o foco na produção e negociação de moralidades como meios de acesso a uma micropolítica particular a partir da qual, essas mulheres apresentam uma imagem de si, que são criadas, construídas e reformuladas em situações específicas. Para potencializar essa analise situacional procuramos observar, registrar, analisar e discutir como os marcadores sociais da diferença como gênero, sexualidade, raça, geração e classe definem espaços de agencia e campos de possibilidades.

  • ARIANY MARIA FARIAS DE SOUZA
  • ENTRE PRÁTICAS E RITUAIS: uma experiência do 'dar-receber-retribuir' na Tenda Espírita Umbandista de Santa Bárbara em Teresina - PI

  • Orientador : ROBSON ROGERIO CRUZ
  • Data: 02/07/2015
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  • Esse é um trabalho que procura entender como os sujeitos da Tenda Espírita Umbandista de Santa Bárbara em Teresina – PI significam os rituais e práticas desenvolvidas neste espaço baseados em uma invisibilidade religiosa como marcador de sua identidade social, buscando apreender sentidos produzidos e compartilhados sobre a religiosidade umbandista que é capaz de muitas vezes guiar vidas, trajetórias e imaginários. Portanto, o estudo tem por objetivo compreender e contextualizar os principais rituais desenvolvidos pela tenda e como esta lança mão de práticas do “trabalho social” em consonância com o conceito de “caridade” para exercer uma estratégia de legitimação social em frente a outros terreiros e à comunidade envolvente. É possível ainda entender como as práticas de caridade promovidas pela tenda são interpretadas a partir da perspectiva de dádiva de Marcel Mauss (1974). E por último identificar o que as pessoas buscam na tenda e verificar se as mesmas possuem relação com o que a tenda acredita obter delas. A metodologia desta pesquisa é constituída por um campo etnográfico formado por entrevistados pertencentes a três grupos identificados na tenda: as filhas de santo; os buscadores da religião e os buscadores da caridade. Com o método antropológico da observação participante, (Malinowski, 1978), utilizo os seguintes procedimentos: registro de diário de campo, aplicação de questionário e entrevista semiestruturada, com captação de imagens e gravação de áudio. O referencial teórico é constituído de autores que discutem religiosidades, umbanda, rituais e reciprocidade, como: Durkheim (2003); Turner (2005); Peirano (1990); Geertz (2008); Giumbelli (1995; 1997; 2008); Maggie (1992; 2001); Brown (1985); Birman (1983; 2003); Martins(2005;2008); Caillé (2002). O estudo aponta que os sujeitos dos grupos identificados na tenda compõem sua identidade social à medida que atribuem significados diversos para relação de busca que estabelecem com este espaço religioso. Esta identidade é ainda complementada com as diferentes estratégias utilizadas para exercer uma invisibilização da religiosidade umbandista.

  • CINTHYA VALÉRIA NUNES MOTTA KÓS
  • ETNIA, FLUXOS E FRONTEIRAS, PROCESSO DE EMERGÊNCIA ÉTNICA DOS CARIRI NO PIAUÍ

  • Orientador : MAY WADDINGTON TELLES RIBEIRO
  • Data: 19/06/2015
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  • A presença indígena no Piauí foi invisibilizada por um longo tempo período pelos meios de produção de conhecimento local, onde se dá grande peso à produção historiográfica. O estado foi um dos últimos do Brasil a reconhecer e admitir a existência de uma história indígena e a considerar o ressurgimento de um cultura aotóctone. A resistência a este reconhecimento se baseia na ideia de extermínio total desses grupos, replicada nos registros oficiais. Os grupos que tem reivindicado recentemente o reconhecimento enquanto grupos indígenas passam por diferentes tipos de desconfiança, pelos diferentes setores da sociedade piauiense, que suspeitam, na maioria dos casos, de uma "repentina" autodeclaração, baseada em critérios que consideram "fictícios" visto não apresentarem, os indivíduos e grupos reivindicantes, uma distintividade cultural e fenótipa que os caracterizem como indígenas, baseadas numa representação da idealização do protótipo vinculado a etnia Cariri, demanda reconhecimento pelos órgãos competentes. A localização geográfica em que esse grupo se encontra denuncia tal vinculação - em uma região fronteiriça entre os estados do Piauí, Pernambuco e da Bahia, área de ocorrência desse grupo. No mesmo local há também outros grupos étnicos como; grupos quilombolas que detêm um amplo reconhecimento nos movimentos sociais por sua organização política. Também encontramos, nesta região de fronteiras, um grande fluxo de ciganos e grupos de brancos que se casam entre si e são denominados de "coelhos". Este trabalho tem como objetivo investigar as condições locais que favorecem esta ocorrência de "etnogênese", analisando o papel das relações intersocietárias (com grupos quilombolas) na formação de uma identidade étnica, considerando a peculiaridade do espaço geográfico onde estas se desenrolam e os limites físicos e simbólicos (fronteiras físicas e étnicas) no qual estão inseridos.

  • MARIA DE FÁTIMA DOS SANTOS FONTELES
  • Ervas medicinais como patrimônio no Mercado Central São José em Teresina

  • Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
  • Data: 24/04/2015
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  • Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar as ervas medicinais como patrimônio cultural do Mercado Público Central São José localizado em Teresina, inserido na paisagem cultural (arquitetônica histórica) do centro da cidade. E como objetivos específicos analisar o mercado como um espaço de manifestação do saber e fazer, que se mobilizam em decorrência das atividades realizadas pelos vendedores e fregueses das ervas medicinais do mercado, observando a dinâmica das vendas, preparação, manipulação e indicação dos produtos; Revolucionar o uso das ervas medicinais com a percepção de saúde, doença, religiosidade, cura e o saber e fazer narrados pelos sujeitos entrevistados; Abordar à ordem racional de compra e venda das ervas medicinais e as redes de sociabilidades entre vendedor e freguês; também serão alvos desse estudo os elementos simbólicos como reciprocidade, honra e obrigação, além de redes de parentescos , rituais e crenças. A partir desse recorte é possível olhar o Mercado Central São José como um espaço agregador de fortes elementos que representam toda a materialidade e imaterialidade cultural. Os aportes teóricos da Antropologia e Historia constituíram-se em fontes relevantes para o presente trabalho. Muitos são os autores que contribuem para um diálogo com o campo de estudo, Geertz (1990) com sua obra interpretação das culturas. Autores como Abreu (2009) e Arantes (1984) que direcionam os estudos sobre o conceito de patrimônio e paisagens. Gonçalves (2003) sobre o patrimônio como categoria de pensamento. Mauss (1974) com práticas simbólicas. Levi-Strauss (1967) a eficácia simbólica. Le Breton (2011) Antropologia do corpo. Laplatine (2004) sobre antropologia da doença. Cavalcante (2009) com sua obra Os Tribalistas da Nova Era, que faz referência à utilização das ervas medicinais envolvendo espiritualidade e cura. Espinheira (2005) Os limites do indivíduo, sobre medicina e religião. Halbwachs (1990) Memória coletiva. Ribeiro (2004) sobre o uso da Antropologia Visual. Entre outros que tem a mesma relevância para o presente estudo. O método etnográfico, a observação participante permitiu fazermos uma imersão no cotidiano e nas praticas sociais, culturais, subjetivas e objetivas dos vendedores e fregueses das ervas medicinais do mercado, possibilitando uma convivência com os sujeitos entrevistados e com o dia a dia do mercado como um todo.

2014
Descrição
  • ROBERT WAGNER OLIVEIRA DA SILVA
  • A Magia da Natureza

  • Orientador : ROBSON ROGERIO CRUZ
  • Data: 05/12/2014
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  • Esta presente qualificação tem o objetivo de trabalhar a questão da natureza de modo simbólico e material, a partir da concepção de mundo das religiões de matriz africanas no Brasil. Para a realização desse estudo foi trabalhado um caso específico de casa de culto pertencente as religiões afrobrasileiras, na cidade de Parnaíba, no estado do Piauí. Tendo como fundamento objetivo essa casa, a dissertação explora ao máximo os aspectos espaciais do território desse templo além dos aspectos cognitivos dos crentes que participam desse espaço. Suas histórias de vida se misturam com a história oficial local e com a realidade cósmica dessas religiões a partir de seus mitos sagrados. Os sentimentos e os afetos dos atores em campo também são abordados de modo intenso na escrita etnográfica, afim de revelar o modo como é concebido, na ética e estética dessas religiões, a relação entre homem e natureza, ou cultura e natureza. Rituais importantes de feitiçaria e também religiosos são descritos densamente para contribuir com a lógica e a prática religiosa diante da ideia de natureza. A natureza é apresentada numa visão totalizada, sugerindo uma relação com os homens, proporcional e cooperativa. As imagens da natureza, ou seus recursos naturais, para esse trabalho, se apresentam como forças manifestas e fundamentais para se entender a cosmovisão desse grupo religioso. O esforço dessa pesquisa é dar vias para se compreender a organização do cosmos religioso diante do homem e da natureza.

  • LAILA IBIAPINA CADDAH
  • Tradições e invenções no reisado de Raimundo Branquinho, na comunidade Boquinha, zona rural sudeste de Teresina.

  • Orientador : JOAO MIGUEL MANZOLILLO SAUTCHUK
  • Data: 09/10/2014
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  • AMALLE CATARINA RIBEIRO PEREIRA
  • A dádiva e as palavras no cantar dos repentistas: etnografia do repente em Teresina - PI

  • Orientador : JOAO MIGUEL MANZOLILLO SAUTCHUK
  • Data: 08/10/2014
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  • LAIZ MARA MENESES MACÊDO
  • Música Popular Piauiense.

  • Orientador : JOAO MIGUEL MANZOLILLO SAUTCHUK
  • Data: 07/10/2014
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  • PEDRO HENRIQUE SANTOS GASPAR
  • Estudo dos Processos Formativos do Sambaqui da Baía - PI

  • Orientador : FLAVIO RIZZI CALIPPO
  • Data: 30/09/2014
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  • O sambaqui da baía localizado no município de Cajueiro da Praia no litoral do Piauí é um das dezenas de sítios arqueológicos costeiros localizados em um intenso campo de dunas que se estende por praticamente todo o litoral desse estado. Devido à integridade de suas camadas estratigráficas (que praticamente não se preservaram em outros sítios) foi escolhido pelo projeto “Mapeamento e Caracterização dos Sítios Arqueológicos Costeiros do Litoral do Piauí” para dar início ao estudo dos processos formativos dos sítios costeiros dessa região. Com base na análise de vestígios zooarqueológicos e de sedimentos coletados a partir de intervenções (elaboração de perfis e sondagens) realizadas desde 2011, estão sendo discutidos, sob a perspectiva das Arqueologias marítima e ambiental, a percepção ecológica, a relação com os ambientes aquáticos e as estratégias de captação de recursos desenvolvidas pelas populações humanas que habitaram a região. Com base nessas amostras também está sendo desenvolvida uma cronologia inicial para a ocupação humana antiga dessa porção do litoral, a qual se iniciou na pré-história e se estendeu até o período colonial.

  • HELANE KAROLINE TAVARES GOMES
  • Tecnologia lítica: análise do material lítico do sítio arqueológico Pedra do Letreiro, Antônio Almeida, Piauí.

  • Orientador : JACIONIRA COELHO SILVA
  • Data: 14/08/2014
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  • A presente pesquisa surgiu no âmbito do Projeto de Estudos, Salvamento e Resgate Arqueológico do Entorno do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, contemplando trechos dos municípios dos Estados do Sudoeste do Piauí e Sudeste do Maranhão, dos quais foram cadastrados 15 sítios arqueológicos, 19 ocorrências. A partir dessa abordagem, o foco deste trabalho tem por objetivo inferir sobre as escolhas e estratégias envolvidas nas etapas de confecção do material lítico associado ao sítio arqueológico Pedra do Letreiro sobre a perspectiva tecnológica. Utilizando o conceito de cadeias operatórias, compreendido como o encadeamento de operações mentais e gestos técnicos que constituem uma resposta a uma necessidade social (BALFET, 1991a), É considerada a análise das sequências e esquemas operatórios, estratégias de redução de instrumentos líticos e a elucidação dos aspectos tafonômicos. Indaga-se, ainda, sobre a possibilidade de identificação de um padrão característico a coleção analisada. Admite-se, que o limite mais significativo da pesquisa, respalda-se na possibilidade do conjunto lítico apresentar a mistura de entidades cronológicas distintas. Deve-se reconhecer que a pesquisa contribui, sobretudo, no desenvolvimento dos estudos relacionados a esse tipo de caso, pouco explorado, devido à ausência de estratigrafia e carência de princípios metodológicos concernentes à análise de sítios a céu aberto e/ou sem contexto estratigráfico. O presente trabalho corrobora, portanto, com o amadurecimento de metodologias aplicadas aos casos mencionados, de forma que os resultados sejam significativos no avanço das pesquisas regionais.

  • MARIA DO AMPARO LOPES RIBEIRO
  • ÔH, QUE CAMINHO TÃO LONGE, QUASE QUE EU NÃO VINHA!: análise do trinômio doença-religiosidade-saúde na Umbanda de Teresina-Piauí, no trabalho de cura com Caboclos

  • Orientador : ROBSON ROGERIO CRUZ
  • Data: 07/07/2014
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  • A Umbanda configura-se como um sistema de crenças que reúne elementos do catolicismo, kardecismo e das tradições brasileiras afro-ameríndias e de religiões de matriz africana, demonstrando seu potencial no âmbito da diversidade religiosa e dos diversos diálogos que o imaginário que compõe a sua cosmovisão, possibilita a quem a procura e para seus adeptos, numa interseção entre o sincretismo e hibridização de suas práticas. Com isso, a condição plural dos terreiros os leva a se apresentarem como espaços de socialização entre vários universos de manifestação do que seus integrantes aceitam como o contato com o sagrado e sua espiritualidade, assim como é possível observar durante seus rituais de cura (no caso dessa pesquisa, os trabalhos de cura com Caboclos), o que para seus adeptos se configura como práticas terapêutico religiosas para o restabelecimento da saúde tanto dos próprios filhos(as) de santo como dos indivíduos que procuram tais espaços. Do que observamos, tais práticas são consideradas em termos do acolhimento e assistência prestados a quem procura essa religião, demonstrando com isso seu grande potencial de complementariedade com os tratamentos e/ou diagnósticos iniciados no sistema de saúde oficial, além de também atenderem as diretrizes de políticas públicas de saúde que possam ser trabalhadas nos espaços e público dos terreiros. Para tanto, o objetivo desta pesquisa foi o de analisar as construções narrativas presentes nos trabalhos de cura com Caboclos da Umbanda teresinense, procurando pensar sobre o trinômio doença-religiosidade-saúde nesta religião, considerando sua cosmologia e as práticas dos atores envolvidos em termos do que os discursos e narrativas que permeiam essa religiosidade possam construir, acerca dos sentidos sobre o adoecer e o restabelecimento do equilíbrio da saúde dos atores envolvidos. Para isso, o estudo se deu, inicialmente, por meio de pesquisa de caráter etnográfico, observação participante e entrevistas semi-estruturadas, com os adeptos e com um guia espiritual, dirigente de um trabalho de cura, em um dos 02 (dois) terreiros da zona norte de Teresina, pesquisados. Espera-se analisar as representações advindas das práticas terapêuticas religiosas nos terreiros umbandistas, aplicadas às experiências e vivências no trato com o sagrado e com o espiritual.

  • AMANDA CAROLINE CARVALHO DE SIQUEIRA
  • Complexo arqueológico Palmeira de Baixo em São Miguel do Tapuio - Piauí

  • Orientador : ANA CLELIA BARRADAS CORREIA
  • Data: 30/06/2014
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  • O “Complexo Arqueológico Palmeira de Baixo”, localizado no município de São miguel do Tapuio, abrange três sítios, Lagoa de Cima, Lagoa de Cima 2 e Lagoa do Meio. Estes apresentando respectivamente representações pintadas em policromia (vermelho, amarelo, laranja, branco e preto), gravuras em todas as técnicas de confecção, recorrências de motivos e restos esqueletais na superfície. Por ser pioneiro na região, primeiramente houve a necessidade de realizar o levantamento mais completo dos sítios, de seus vestígios, inclusive das sobreposições, traçar relações entre as pinturas e gravuras, analisar as tonalidades das cores, e por fim estabelecer contrastes e similaridades nos aspectos técnico-gráficos.

  • DINOELLY SOARES ALVES
  • CACOS, DUNAS E GENTE: Arqueologia pública em Cajueiro da Praia-PI

  • Orientador : FLAVIO RIZZI CALIPPO
  • Data: 27/06/2014
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  • A presente pesquisa desenvolvida no município de Cajueiro da Praia, litoral do Piauí, apresenta, reflexões sobre a importância da arqueologia pública junto a comunidades tradicionais, visando o diálogo e a participação ativa dessas pessoas nos trabalhos de arqueologia e no processo de construção do conhecimento. Além do levantamento etno-arqueológico e das pesquisas já realizadas na região, este estudo teve como principal objetivo identificar as relações entre a comunidade local e os sítios arqueológicos. Para tanto, foram realizadas entrevistas e ações de arqueologia pública com estudantes e pescadores tradicionais, que através da memória e de suas experiências foram fundamentais para o desenvolvimento e conclusão desse trabalho.

     

  • ANA FLÁVIA SOUSA SILVA
  • Complexo Arqueológico Serra do Morcego, Caxingó (PI): proteção, conservação e manejo de sítios arqueológicos de registros rupestres

  • Orientador : MARIA CONCEICAO SOARES MENESES LAGE
  • Data: 22/05/2014
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  • O presente trabalho tem como proposta central a indicação de parâmetros para o estabelecimento de um futuro programa de proteção, conservação e manejo do Complexo Arqueológico Serra do Morcego, localizado no município Caxingó, Piauí, Brasil. A pesquisa é pautada nos processos de conservação de sítios arqueológicos e nas atribuições da gestão de Unidades de Conservação. Os objetivos específicos concentram – se na identificação e avaliação do estado atual dos problemas de conservação dos sítios arqueológicos; na avaliação do impacto que atividades recreativas, educacionais e turísticas podem causar aos registros arqueológicos; e no estabelecimento de critérios para assegurar a proteção dos registros a partir da criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Morcego. A metodologia adotada é pertinente ao caráter exploratório – descritivo da pesquisa e é dividida entre pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de campo.

  • POLIANA DE SOUSA NASCIMENTO
  • O TERRITÓRIO MÍSTICO DE NAZARÉ DO BRUNO: Um estudo etnográfico sobre a dinâmica territorial e religiosa de uma comunidade maranhense

  • Orientador : MAY WADDINGTON TELLES RIBEIRO
  • Data: 19/05/2014
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  • Nazaré do Bruno, uma comunidade localizada no 2º Distrito da cidade de Caxias- MA se configurou a partir de um curandeiro que comprou as terras em 1937. Esse curandeiro se chamava José Bruno de Morais e nasceu no Piauí, na cidade de Valença. Durante seu percurso, migrou para Barcelona (uma comunidade próxima a Nazaré) e depois para o Piquizeiro até chegar o local da pesquisa onde José Bruno comprou a terra que se chamaria Nazaré do Bruno. Sua fama de curandeiro se espalhou principalmente pelo Ceará, Piauí e Maranhão. Atraindo ao local, várias famílias em busca de cura. Suas enfermidades, em geral, eram relacionadas às problemas psíquicos, sendo  a terra, hoje, caracterizada pelos próprios moradores como terra de curar doido. Criou-se uma narrativa mítica de origem do lugar que contribuiu para legitimar o local como lugar de cura e Nazaré do Bruno teve seu território totalmente resignificadona medida em que outros sentidos foram sendo atribuídos aos elementos naturais presentes na comunidade. Os morros são considerados sagrados, as nascentes protegidas por encantados e a própria ocupação do território se dá em função de permissões que não são necessariamente físicas, mas atribuídas a forças espirituais. O que me proponho a entender é justamente a dinâmica territorial e religiosa vivida pela comunidade de Nazaré do Bruno baseada em processos contínuos de adaptação e transformação, que se refletiu em uma morfologia social e uma organização social compondo uma identidade claramente diferenciada. 

  • GABRIEL FRECHIANI DE OLIVEIRA
  • As Pinturas Rupestres dos Sítios Arqueológicos Toca do Martiliano, Toca da Boca do Sapo e Toca da Invenção, no Parque Nacional Serra da Capivara-PI: um estudo de caso

  • Orientador : ANA CLELIA BARRADAS CORREIA
  • Data: 17/02/2014
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2013
Descrição
  • SIMONE DE OLIVEIRA MATOS
  • POVOS DE LAGOAS-PI  NA CONSTRUÇÃO DA TERRITORIALIDADE QUILOMBOLA: UMA ETNOGRAFIA

  • Orientador : MARIA DIONE CARVALHO DE MORAIS
  • Data: 25/09/2013
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  • No âmbito da política nacional de reconhecimento de  territorialidades quilombolas que resulta de um longo processo de organização e luta política, povos negros rurais lutam pela moral do reconhecimento. Múltiplos sentidos são agenciados na perspectiva de afirmação de identidades e reconhecimento de territorialidades, com garantia constitucional nem sempre efetivada. A pesquisa etnografa o território Lagoas, no Estado do Piauí, constituído por cerca de 118 localidades, e com uma população  em torno de 1.498 famílias e de 5.128 habitantes, a qual se  encontra às voltas com um processo de reconhecimento, em andamento, e cujo laudo antropológico foi realizado em 2010.  Na reinvindicação  do reconhecimento público de si este  povo que se auto-reconhece quilombola aciona o trabalho da memória: oral; de lugares físicos relacionados ao “tempo do cativeiro”; da linguagem de parentesco; das “terras de herança”; da religiosidade que reúne tradições de matriz africana e do catolicismo popular; de modos de cultivar  a terra, criar animais, e sobreviver de outras estratégias, como campesinato. Assim, promove, inclusive, o preenchimento de lacunas historiográficas, ressignificando o não-reconhecimento histórico como cidadãos e cidadãs, e trazendo à tona imperativos consuetudinários que orientam a vida em comunidade, nem sempre nos marcos jurídicos do Estado. A quebra do silêncio de anciãos e anciãs, após décadas de resguardo – pela “vergonha e dor” presentes na história de antepassado/as –  faz emergirem memórias dos tempos do cativeiro sobre o qual, para muito/as, ainda é preferível silenciar. Nesta relação de negação/afirmação ante desafios a serem superados, sentidos e (re)sentidos são acionados no enfrentamento dos diversos entraves enfrentados com o apoio do Movimento Quilombola; da Cáritas Diocesana de São Raimundo Nonato; com a organização de uma Associação do Território Lagoas; e com a emergência do Movimento Capoeira de Quilombo que interpela, em especial, a jovens e crianças. A pesquisa flagra o momento atual desse processo – sem perder a perspectiva diacrônica – registrando a interação dos povos das diversas localidades em um ambiente social, cultural, físico, e simbólico; a produção de novos sentidos de territorialidade; o processo de mobilização política, em curso, com base na história e na memória. No campo de forças onde se insere a trajetória da construção desta territorialidade, questões internas relacionadas à forma jurídica da propriedade da terra, negociações entre múltiplas identidades presentes no território, a ameaça de interesses externos de empresas mineradoras e carvoeiras, na região, compõem o quadro atual, tensionado pela desaceleração do processo de titulação, o qual encontra-se “parado” no Incra, sem que o passo de notificação das famílias seja dado por esta instituição. Situação esta que gera incertezas entre lagoano/as e que pode ser vista como um campo potencial tanto  para que conflitos latentes venham à tona, quanto para que se gerem novos, desafiando, ainda mais, o capital político dos povos lagoanos.

  • ULISSES DE ANDRADE LIMA
  • APLURIATIVIDADE: UMA ESTRATÉGIA PARA A REPRODUÇÃO SOCIAL DOS PESCADORES ARTESANAIS DE BARRA GRANDE, CAJUEIRO DA PRAIA – PIAUÍ

  • Orientador : ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
  • Data: 25/09/2013
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  • Por conta de uma tendência ao enfraquecimento e consequente desorganização da pesca artesanal marítima no litoral do Brasil, colocam-se argumentos que falam da expansão imobiliária como uma das principais causas.A construção de grandes empreendimentos vem contribuindo com o afastamento dos pescadores artesanais para locais mais distantes dos seus territórios de pesca. O impacto decorrente desses empreendimentos tem suscitado discussões e debates no meio acadêmico, pela supervalorização desses territórios antes isolados, intocáveis, hoje objeto de cobiça e especulação. Há também um discurso sobre o número crescente de pescadores artesanais que tendem a desistir da pesca, atraídos por outras oportunidades de trabalho surgidas com o turismo. Tudo isso me levou a investigar se a pluriatividade é uma prática intrínseca ao atual estágio que passam esses pescadores em especial em Barra Grande. Assim, o objetivo desta pesquisa é perceber se as transformações ali ocorridas, configuram-se como efeito de um processo de modernização urbana em que a pesca artesanal tende a desaparecer e a adoção da pluriatividade por sua vez, se torne uma estratégia que asseguraria a subsistência das unidades familiares de pescadores a partir das oportunidades de trabalho criadas pelas novas configurações urbanas, em que a reprodução social dos pescadores artesanais estariam garantidas através do equilíbrio entre trabalho, produção e consumo. Como resultado, espera-se identificar o papel da pluriatividade na manutenção e reprodução social nas unidadesfamiliars dos pescadores artesanais de Barra Grande.

  • JUCILAINE MARIA DE CARVALHO
  • Exaltação do profano na festa da sagrado em Santa Cruz dos Milagres - PI

  • Orientador : ROBSON ROGERIO CRUZ
  • Data: 25/09/2013
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  • Esta pesquisa tem como objetivo descrever e analisar a relação dinâmica entre o sagrado e o profano na cidade de Santa Cruz dos Milagres – PI, em tempo de festa associada à romaria a partir da relação sacrificial entre o romeiro e a Santa. Nessa pretensa abordagem, foram enfocadas a lógica sacrificial do romeiro, na qual o consumo se insere como um dos elementos principais no fortalecimento do vínculo entre deuses e homens na obtenção da graça. Em tal perspectiva, o mercado formado em tempo de festa e romaria, se insere como parte da rota ritual dos romeiros, em que a compra de bens e serviços são transformados em atos religiosos. Para discutir a construção do espaço sagrado nos rituais e festas de santos apoiei-me em Durkheim, Fernandes e Sanchis; no que concerne à rota do romeiro como espaço ritual de trocas de bens e serviços que circulam como objetos da vida social e cósmica na forma de dons e contra-dons utilizei os pressupostos de Malinowski; sobre a lógica sacrificial presentes no universo das trocas simbólicas entre homens e deuses em tempo de romaria e festa subsidiaram-me de Bataille, Mauss e Lévi-Strauss.  O método de pesquisa foi o etnográfico, como técnica, a observação participante, entrevistas semi-estruturadas, registro em diário de campo, além de conversas cotidianas com os sujeitos da pesquisa. Dentre as principais questões observadas, destaco o surgimento de outras lógicas em concomitância com lógica sacrificial do romeiro, como a lógica do cliente defendida pelo prestador de serviço, e a lógica rotinizante na qual a igreja está inserida. As lógicas sustentadas por esses sujeitos constroem um campo de conflitos e tensão, mas alinham-se em prol das práticas sacrificiais do romeiro.  Dessa forma é possível perceber no tempo da festa, principalmente, da festa de exaltação, dois sentidos vivenciados pelo romeiro: a compra, como sacrifício e o profano, como forma de ressaltar o sagrado.

  • SARAH ARAÚJO TEIXEIRA E SILVA
  • Para Além do Silêncio: os discursos femininos sobre as marcas da violência conjugal

  • Orientador : MARY ALVES MENDES
  • Data: 25/09/2013
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  • A violência de gênero é um problema social grave que comporta múltiplas dimensões, se constitui como questão de saúde pública e direitos humanos. Presente nas mais variadas classes sociais, raças, etnias, idades e nível de escolaridade, se apresentando sob as mais diversas formas e com grandes repercussões para as mulheres, suas famílias e sociedade, em geral, obstáculo ao desenvolvimento de um país. Visando compreender os reflexos dessa violência no que se refere a dimensão moral, da saúde e da sexualidade. O objetivo desse trabalho é analisar as marcas deixadas pela violência conjugal na vida de mulheres que denunciaram seus companheiros ou maridos em uma Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher – DEAM, em Teresina.   Para tal tomou-se gênero como categoria analítica, concebendo essas relações como construídas socialmente e as práticas de violência como indicativos de relações desiguais entre os sexos e reflexos de uma sociedade machista e patriarcal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja coleta de informações se deu através de entrevistas semi-estruturadas com a intenção de entender os discursos femininos como produção de sentidos da violência inscrita nos seus corpos e para além desses. O tratamento dos dados deu-se através da análise de conteúdo. Os resultados encontrados revelaram que a violência sofrida pelas mulheres que fizeram parte da pesquisa deixaram marcas profundas e amplas em suas vidas.O comprometimento em relação á saúde é visível,parte das mulheres entrevistadas indicam estarem em tratamento de depressão, fazendo uso de ansiolíticos e antidepressivos.Algumas sofrem de insônia, hipertensão, distúrbios alimentares, estresse e enxaquecas, sintomas associados ao processo da trajetória da violência sofrida. Quanto à moralidade o medo aparece fortemente em seus discursos. A combinação medo, ameaça, isolamento, culpa e impotência gera baixa autoestima nessas mulheres. No que se refere à sexualidade as mulheres relatam sentimento de nojo diante das relações sexuais, sentem-se frias, não desejadas por seus parceiros, feias e gordas. Também foi possível encontrar estratégias de defesa, sobrevivência e resistência nesse contexto de violência por parte das mulheres. Ouvi-las no espaço da DEAM já se constitui uma forma de enfrentamento a violência, pois mesmo que algumas mulheres que ali estejam não desejem ver seus companheiros presos, como traz o relato de Jitirana “eu não queria que ele fosse preso, só que acabasse com tanta violência” elas querem cessar a violência conjugal. De investimentos nas concepções sociais de gênero e violência, a partir de um projeto educacional e de saúde que considerem a historicidade dos conceitos. É pouco pensar em políticas sociais, jurídicas, de saúde e outras para o combate ao fenômeno da violência, o processo de construção e prevenção para uma sociedade mais igualitária faz parte de um longo caminho que abarca para além da reparação do que se viveu novas vivências baseadas em papéis reconstruídos sócio e culturalmente. È preciso olhar para os sujeitos além da relação causa e efeito, agressor e vítima. È importante ver pela lente do habitus as forças que envolvem o fenômeno, e compreendê-lo dentro de um movimento específico e em construção.

  • FLÁVIO ANDRÉ GONÇALVES DA SILVA
  • Sítios Até Ver 1 e 2: A incógnita por trás de um córrego - Miracema - Tocantins Brasil

  • Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
  • Data: 09/09/2013
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  • Este trabalho teve como objeto principal o estudo a indústria cerâmica pré-histórica proveniente dos sítios Até Ver 1 e 2, localizados no curso médio do rio Tocantins. Durante o prosseguimento da pesquisa, procurou-se verificar as relações entre os sítios e a paisagem do cerrado estabelecendo uma interação entre a arqueologia preventiva e acadêmica. Na tentativa de solucionar os problemas levantados, fez-se uso de várias possibilidades de diferentes escolas de pensamento do estudo da produção ceramista foram consideradas. Isso resultou em um diálogo entre as algumas teorias e abordagens do estudo dos vestígios cerâmico justificando o prosseguimento da pesquisa.

  • WELINGTON LAGE
  • AS GRAVURAS DO SÍTIO BEBIDINHA, BURITI DOS MONTES - PIAUÍ: DOCUMENTAÇÃO, ANÁLISE PRELIMINAR DA LINGUAGEM VISUAL E LEVANTAMENTO SOBRE O ESTADO GERAL DE CONSERVAÇÃO

  • Orientador : ANA CLELIA BARRADAS CORREIA
  • Data: 19/07/2013
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  • O presente trabalho objetivou estudar os registros gráficos do sítio arqueológico Bebidinha, localizado no cânion do rio Poti, no município de Buriti dos Montes, centro-norte do Estado do Piauí. Os registros se caracterizam exclusivamente por gravuras alojadas no suporte rochoso existente às margens do rio, indicam a passagem de antigos grupos humanos. A sequência operacional teve início com um estudo para determinar a caracterização do ambiente no qual o sítio está inserido; análise dos principais agentes de degradação dos registros para elaboração de um pré-diagnóstico de consservação; em gabinete os conjuntos de gravuras foram analizadas utilizando-se um sistema de leitura visual, a partir dos princípios propostos pela Teoria da Gestalt. Os resultados são apresentados e discutidos embasados metodologicamente por uma bibliografia específica sobre análise e conservação de arte rupestre e a Teoria da Gestalt.

  • AUGUSTO FERREIRA DANTAS JÚNIOR
  • A moda e o corpo: um estudo sobre a constituição de significados nos espaços de criação e consumo de modo em Teresina/Piauí

  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 25/06/2013
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  • Este trabalho, realizado entre os estilistas piauienses nos espaços de moda em Teresina - PI, busca compreender a moda e o corpo na constituição de significações entre os sujeitos nos espaços de criação, consumo e vivência de moda, realizando um estudo das práticas existentes nas diversas situações nas quais estes sujeitos – produtores – significam a moda por eles produzida. Para isso, utilizei como metodologia a realização de entrevistas e observações participantes, cujos textos originados nesses encontros etnográficos são analisados à luz da teoria antropológica. A partir desses diálogos realizados com cinco estilistas, entre maio de 2012 e abril de 2013 (sendo gravadas e transcritas as entrevistas com eles realizadas) e de observações efetuadas predominantemente no segundo semestre de 2012, emergiram como questões significativas o contato do pesquisador com os sujeitos, as suas trajetórias, as relações significadas nos espaços de vivência, a compreensão acerca do trabalho que realizam e do diálogo entre moda e corpo. A análise desse material me permitiu estabelecer uma compreensão acerca da moda local, no período entre o início da década de 2000 até os dias atuais, por meio da qual elaboro uma discussão sobre a maneira como está sendo estruturado este campo no qual realizei a pesquisa, e como os sujeitos que nele obtiveram destaque se posicionam e obtêm reconhecimento na sociedade.

     

  • CARLOS HENRIQUE DE ARAGÃO NETO
  • Os aspectos socioantropológicos que contribuem para a tentativa de suicídio em Teresina-PI

  • Orientador : FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
  • Data: 19/06/2013
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  • O suicídio é tratado como problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O presente trabalho de natureza qualitativa, buscou analisar os aspectos socioantropológicos que motivaram habitantes da cidade de Teresina - PI a tentar o suicídio. Objetivou também, apreender os significados dos atos suicidas. Foram entrevistadas cinco pessoas, quatro mulheres e um homem, com idade entre dezessete e cinquenta anos. A etnografia foi o caminho metodológico adotado com posterior análise dos resultados encontrados em campo. Os sujeitos foram encontrados através do cadastro do Hospital de Urgências de Teresina, levantamento feito do período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Entretanto, ocorreram indicações de pessoas de fora desse cadastro. As categorias eleitas como objeto de análise são: solidão, angústia e desespero; relações afetivas; o pai; abuso sexual; saúde mental; espiritualidade. Um tema de tamanha complexidade como o suicídio deve ser abordado de forma plural, evitando-se perspectivas reducionistas. Este trabalho visou ressaltar o lugar de destaque que as ciências sociais devem ocupar nessa discussão, privilegiando o discurso subjetivo dos sujeitos sem esquecer do contexto em que vivem.

  • PAULA LAYANE PEREIRA DE SOUSA
  • "Balanceando com a brincadeira de bumba-meu-boi: o ritual do grupo imperador da ilha"

  • Orientador : JOAO MIGUEL MANZOLILLO SAUTCHUK
  • Data: 06/06/2013
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  • Esse trabalho consiste em um estudo de caso do ritual ralizado na associação de bum-meu-boi Imperador da Ilha, da cidade de Teresina, Piauí, e teve como intuito contribuir para as reflexões antropológicas sobre rituais. A associação de boi, foco da pesquisa, se constitui como grupo a mais de 70 anos, e é formado por pessoas que possuem uma ligação de vizinhança e parentesco. Na realização da brincadeira, denominação dada por quem participa, há a realização de um ritual que é dividido nas etapas de preparação e produção do material e ensaios, batizado do boi, apresentações, fugida do boi, morte do boi e a festa de confraternização, culminando com o jantar aos brincantes na noite após a etapa da morte. Nesse contexto, foi que se buscou como objetivos de pesquisa realizar a análise de um ritual, através de um estudo de caso do ritual realizado no grupo Imperador da Ilha, por meio de uma perspectiva antropológica. Como objetivos específicos, buscou-se demonstrar como é feita a aprendizagem da brincadeira, principalmente nos momentos de seu preparo; as concepções que os brincantes têm do bumba-meu-boi; e as emoções e sentimentos produzidos por esses brincantes a partir desse ritual. Para alcance destes objetivos , foram utilizados, como principais métodos a etnografia e observação participante, que permitiu a aproximação e observação do ritual. Através do trabalho de campo foi possível identificar os dramas sociais e os acontecimentos imprevistos que foram sendo ritualizados como a brincadeira realizado no Imperador da Ilha, o que possibilitou constatar com a realização do ritual,como o grupo se cosntitui e realiza a brincadeira de boi, o fortalecimento de laços, o sentimento de pertencimento a um grupo família, e a intensidade com os sujeitos participam dessa prática.

  • MARCOS VINICIUS PEREIRA OLIVEIRA
  • Algodões I: um drama social (povos e territórios do Açude/Barragens Algodões I, em Cocal, no Piauí: processos, atores, narrativas)

     
  • Orientador : MARIA DIONE CARVALHO DE MORAIS
  • Data: 26/04/2013
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  • Esta dissertação trata do processo de des-reterritorialização em Cocal-PI, pensado como drama social na perspectiva teórica de Vitor Turner, envolvendo povos locais, sobretudo, camponeses, na relação com o Açude/Barragem Algodões I. Nesta pesquisa, busquei apreender os sentidos construídos por tais populações com o Açude/Barragem, enfatizando seu colapso, em 2009, até a situação atual. O Açude/Barragem Algodões I rompeu no dia 27 de maio de 2009 ocasionando a morte de pessoas, perdas materiais e imateriais, e o deslocamento de várias famílias entre os municípios de Cocal e Buriti dos Lopes. No trabalho de campo, busquei ver, ouvir, registrar e interpretar, através de observação direta, participante, conversas no cotidiano, entrevistas semi-estruturadas, produção de imagens fotográficas, e indexação em diário de campo. Trata-se de uma etnografia que resulta da relação dialógica entre pesquisador e pesquisado/as, na procura de atentar às vozes das subjetividades acionadas. Busquei, assim, identificar as origens históricas de constituição do campesinato local, além de investigar seus modos e meios de vida; mapear povoados e assentamentos na região do Açude/Barragem Algodões I; identificar moradores/as do seu entorno que resistem em suas terras mesmo após o desastre; identificar antigo/as moradores/as da região próxima ao açude/barragem, que vivem, hoje, em assentamentos, e apreender como esses povos significam a presença material e simbólica de um empreendimento estatal que veio a colapso. Como resultado, pude ver que sentidos da relação entre os povos locais e o Açude/Barragem Algodões dão-se em tempos e espaços diversos. O sistema de relações sociais construídos historicamente em Algodões I, desde a construção do Açude na região, apontou para uma territorialidade construída pela relação seca/água/açude/barragem. Em 2009, o açude “estourou”, representando uma ruptura na estrutura social, um processo de des-reterritorialização que implicou em profundas transformações na vida dos povos atingidos: desestruturação de modos de vida, deslocamento territorial. Esse momento é aqui caracterizado, como extraordinário, de crise. Entretanto, famílias ainda resistem nos povoados mesmo com dificuldades de várias ordens, reinventando a relação com a água, agora escassa, e com a terra, agora, danificada. Além disso, procuram reinventar modos de vida. A tragédia pode também ser compreendida como a concretização de um risco fabricado, como produção social e territorial da modernidade. Assim, o Açude/Barragem Algodões I seria uma expressão da “modernidade”, e no caso em estudo, uma modernidade rasurada, incompleta. Nessa direção, a mesma condição desterritorializante que implicou na desestruturação dos modos de vida locais, permitiu a participação dos atores locais em redes de defesa e valorização de seus territórios através da Associação das Vítimas e Amigos das Vítimas da Barragem Algodões – AVABA. Uma identidade comum de atingido/as se processa na articulação da própria AVABA com outros movimentos regionais e nacionais. Dessa forma, indícios de regeneração e reintegração podem ser visualizados em uma nova estrutura que se processa.

  • ALINE GONÇALVES DOS SANTOS
  • Sítios Litorâneos da Lagoa do Portinho, PI - Brasil: tecnologia cerâmica

  • Orientador : JACIONIRA COELHO SILVA
  • Data: 19/04/2013
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  • Este trabalho aborda o estudo da tecnologia dos habitantes pré-históricos dos sítios Seu Bode, Dunas I, Dunas II e Lagoa do Portinho localizados nos municípios de Luis Correia e Parnaíba, no Estado do Piauí. Estes sítios são de relevância para o estudo da cultura material pré-histórica do litoral deste Estado, uma vez que apresentam uma variedade de vestígios, cerâmicos, líticos e malacológicos que podem ajudar no entendimento dos habitantes do local e suas vizinhanças em tempos pretéritos. Tem como objetivos principais a definição das características tecnológicas de grupos de pescadores-coletores-caçadores-ceramistas a partir destes sítios, a caracterização dos recursos naturais disponíveis e a identificação de instrumentos de atividades especializadas. Espera-se como resultados a identificação de possíveis distinções tecnológicas entre os ocupantes dest local.

  • LUIZ CARLOS MEDEIROS DA ROCHA
  • TECNOLOGIA DA PEDRA POLIDA: estudo dos materiais líticos polidos das coleções arqueológicas do Rio Grande do Norte

  • Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
  • Data: 26/03/2013
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  • A presente pesquisa tem como objetivo uma primeira caracterização da indústria lítica polida presente em sete coleções arqueológicas no Estado do Rio Grande do Norte, coleções essas depositadas em museus públicos e em residência de colecionadores, sendo que na grande maioria são desprovidas de dados sobre os contextos arqueológicos. Assim, foram revisadas as principais referências bibliográficas acerca dos líticos polidos tanto no âmbito internacional quanto no brasileiro e também no Rio Grande do Norte. Não obstante, se julgou necessário ainda uma  discussão que problematizasse os temas que envolvem as coleções trabalhadas nessa dissertação, tais como: coleções; colecionismo; colecionadores e coleções na arqueologia. Porpôs-se uma maior padronização nas análises e terminologias para os materiais líticos polidos estudados no país sobre o viés da antropologia da tecnologia e da análise tecnológica, para assim, apresentar os resultados obtidos com as coleções pesquisadas, buscando o entendimento geral da reconstituição da cadeia operatória dos líticos polidos.

  • PATRICIA CARVALHO MOREIRA
  • A VIDA CONTINUA...: uma antropologia sobre morte e luto em cartas psicografadas em centros espíritas de Teresina

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 25/03/2013
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  • "A VIDA CONTINUA...: uma antropologia sobre morte e luto em cartas psicografadas em centros espíritas de Teresina" é uma disser5tação desenvolvida no PPGAARq/UFPI (2011-2013) que problematiza o significado de cartas psicografadas para a vivência do processo de luto, para enlutados que buscam este serviço e para médius que psicigrafam as mensagens. Portanto, o estudo tem por objetivo compreender o significado das cartas piscografadas para a vivência do processo de luto experiência em Centros Espíritas de Teresina. Tem como objetivos específicos: apresentar as práticas do Espiritismo kardecista nos espaços espíritas: Lar Espírita Casa do Samaritano, Sociedade Espírita João nunes Maia, Sociedade Espírita Casa da Oração e Caridade Luz de Nazaré; conhecer o significado da morte e do luto para os médius pisicógrafos e enlutados, antes e depois de receber as mensagens piscografadas e analisar a experiência da seesão pública de cartas psicografadas para a vivência do processo de luto. A metodologia desta pesquisa é constituída: por um campo estnográfico formado por participantes de três centros espíritas  (médius e enlutados que procuram os serviços de cartas psicografadas e demais membros que compõem estes centros espíritas). Com o método antropológico da observação participante (Malinowski, 1978), utilizo os seguintes procedimentos: registro em diário de campo, aplicação de questionário e entrevista semi-estruturada, com captação de imagens, gravação de áudio e escaneamento das carta psicografadas. O referencial teórico é constituído por autores que discutem morte, luto, emoções e religiosidade como: Durkheim, 1971; Weber, 1971; Le Goff, 1993; Geertz, 2008,1999; Turner, 2004; sobre antropologia da experiência ( Van Gennep, 2010; Ariés, 1977, 1990; Thomas, 1983; Elias, 2001; Reis, 1991; Morin, 1988; Rodrigues, 1983, Koury, 2004;obras espíritas de Allan Kardec dentre outros. A morte tem sido parte integral da existência humana, em épocas antigas, o homem parece ter se preocupado sobre a sua finitude. A consciência de que tudo que é vivo irá morrer é vista por diversos pesquisadores como uma característica universal da humanidade e por esta razão, é um assunto que traz profunda preocupação para alguns seres humanos que se debruçam sobre a experiência do luto ou da morte e do morrer. O estudo apontapara uma percepção de que a morte terá seu significado de acordo com a cultura em que o incivíduo está inserido, particularmente, a cultura religiosa é norteadora de uma "geografia do além". Portanto, para uns a morte é o fim de tudo, mas para outros, dentre eles os espíritas, a morte é o limiar de uma vida melhor. Parece ser no Kardecismo que a emoção da experiência do luto (enlutados) ou da comunicação com quem morreu (médiuns) que o sofrimento encontra um "espaço" e um "tempo" para ser vividopublicamente e socialmetne de forma diferenciada.

     

  • DAIANY CAROLINE SANTOS SILVA
  • Significações a respeito da masculinidade entre jovens gays na cidade de Teresina: fatores reguladores da sexualidade

  • Orientador : FABIANO DE SOUZA GONTIJO
  • Data: 25/03/2013
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  • Este trabalho objetiva captar algumas das significações da masculinidade entre jovens gays na cidade de Teresina para Conhecer melhor os meios reguladores da sexualidade nesse contexto. É assumido aqui que as noções sobre a masculinidade já são um poder fortemente regulador (GUASH-ANDREU, 2000). De acordo com as experiências dos sujeitos pesquisados são abordados temas como poder aquisitivo, agrupamentos juvenis, conquista de parceiros sexuais, virilidade, entre outros. Foram ouvidas, gravadas e transcritas as trajetórias de cinco interlocutores, durante o primeiro semestre de 2012. Outras duas experiências foram escutadas informalmente parao alargamento da discussão. Os diálogos foram guiados por tópicos sobre conceitos e características da masculinidade. Uma alta compreensão dos padrões heteronormativos se faz presente nas falas. O conceito de masculinidade hegemômica (ALMEIDA, 1995) se sobressai para fazer ver algumas masculinidades entendidas como subalternas. Estas masculinidades hegemônicas cristalizam as características do masculino em oposição ao feminino, as produções corporais, as classificações mediante a prática sexual e ao gênero. A heteronormatividade é tida como um dispositiovo (FOUCALT, 1979) criado historicamente para atender ao uma demanda num dado contexto social. Tenta-se mais uma vez desnaturalizar (SCOTT, 1995) as performaces de gênero (BUTLER, 2006) para uma abordagem cultural das masculinidades e para a demosntração de que as vivências gays são plurais e não excluem incorporações de práticas reiteradas como masculinas. Por fim, os sujeitos apresentam as estratégias para lidar como algumas sanções que a heteronorma pressupõem, não revolucionando-a, mais utilizando-se, por exemplo, do revelar/não-revelar a sua homossexualidade (SEDGWICK, 2007) - embora ela seja grande parte das vezes presumida. Assim, se torna possível que os sujeitos adentrem a novas classificações, e sejam reconhecidos por meio de outros marcadores de hierarquias sociais que não apenas o sexo/gênero.

  • ANA KELMA CUNHA GALLAS
  • Redes de Sociabilidades Gays em Teresina: Lógicas e Estratégias de pertencimento

  • Orientador : FABIANO DE SOUZA GONTIJO
  • Data: 25/03/2013
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  • Esta dissertação trata sobre a constituição das redes de sociabilidaes gays em Teresina, com o objetivo de investigar as diferentes articulaçãoes e estratégias utilizadas pelos indivíduos homossexuais em Teresina, na disputa de posições nos grupos socias elegidos. Subordinado a esse objetivo geral, apresentam-se dois objetivos secundários: investigar os dispositivos acionados pelos sujeitos  - tanto os de "dentro" como os de "fora" -, para identificar os candidatos adequados a fazer parte deste ou daquele grupo; identificar quais as estratégias utilizadas pelos indivíduos que estão desencaixados ou situados em um plano à mar5gem, para penetrar nos "territórios interditados". O trabalho de campo foi realizado foi realizado nos locais de socialização de pessoas nãohetressexuais, designação que remete a outras composições sociossexuais que se situam às margens das convenções heteronormativas. op material da pesquisa foi constituído por meio de depoimentos, no estilo "história de vida", reunindo experiências  de cerca de 20 homens, moradores da cidade de Teresina (PI), com idades variáveis, entre 20 a 50 anos. A partir dessa pesquisa, problematizam-se as práticas de classificação, desclassificação e reclassificação utilizadas no sentido  de estabelecer uma determinada  ordem no campo social, a aprtir de marcadores da diferença social. Nesse sentido, foram identificados fatores como classe, cor, origem geográfica, como partes do sistema de classificação de pertencimento ou não a um grupo.

  • FILIPE RIBEIRO CARDOSO PORTO
  • Entre as rochas e o rio: a ocupação dos platôs e a materialidade dos artefatos de Antônio Almeida, Piauí

  • Orientador : JACIONIRA COELHO SILVA
  • Data: 21/03/2013
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  • O presente trabalho visa estudar de forma sistemática os sítios arqueológicos Pedra do Letreiro, Toca do Adão, ambos de arte rupestre, e os sítios Clareira da Paca e Riacho do Acampamento, estes últimos sítios de material lítico, todos estes situados no município de Antônio Almeida, sudoeste do estado piauienese. Apresentam registros gravados no suporte rochoso indicando a passagem de grupos humanos antigos, fato que traz orgulho a população local, mas que carece de informações mais detalhadas sobre o local e época em que viveram, como viveram, quais eram seus costumes. O objetivo principal deste trabalho é a evidenciação por meio da organização espacial dos sítios arqueológicos na paisagem, das antigas formas de uso e de ocupação dos espaços que os homens pré-históricos. As marcas humanas na paisagem, como os sítios de arte rupestre, sua visibilidade, as oficinas líticas, os materiais utilizados na confeção dos artefatos, bem como as potencialidades do uso dos recursos naturais disponíveis no cerrado, enfim, toda a complexa relação humana com o ambiente caracteriza o uso do espaço, o qual é fruto da construção e resignificação humana, logo, um artefato por excelência.

2012
Descrição
  • JOYCE KELLY DA SILVA OLIVEIRA
  • Fazenda Santa Clara: Encontros e desencontros entre camponeses/parceiros e a Brasil Ecodiesel em um assentamento rural privado no sul do Piauí

  • Orientador : MAY WADDINGTON TELLES RIBEIRO
  • Data: 31/08/2012
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  • O trabalho apresenta uma etnografia dos encontros e desencontros entre camponeses, empresa e Estado em um Assentamento Rural Privado, sob responsabilidade da Brasil Ecodiesel. Com o objetivo de cultivar mamona para produção de biodiesel e com base no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), 610 famílias de pequenos agricultores piauienses foram deslocadas para um local cedido pelo Governo do Estado para a implantação do empreendimento, fundamentado numa matriz produtiva de alta tecnologia e inovação. Esse processo resultou em desacordos generalizados entre os atores supracitados, a sociedade local, ambientalistas e a imprensa. A pesquisa busca compreender os conflitos de expectativas decorrentes desse processo, em que convergem interesses relativos a iniciativa privada, reforma agrária, campesinato e Estado.

  • DANIEL OLIVEIRA DA SILVA
  • ARTE SANTEIRA DO PIAUÍ E A TRANSMISSÃO DO SABER FAZER: sujeitos e objetos na constituição do campo social

  • Orientador : FABIANO DE SOUZA GONTIJO
  • Data: 30/08/2012
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  • Nesta dissertação, empreende-se uma análise sobre a constituição do campo da arte santeira do Piauí. Privilegiou-se refletir sobre a dinâmica das formações discursivas, principalmente os efeitos da patrimonialização, operando no campo social. Tratou-se, por conseguinte, de analisar as trajetóriasde vida dos santeiros em função de perceber as relações intergeracionais, na transmissão do saber-fazer permeadas pelo padrão mestre-aprendiz. Através das narrativas dos santeiros, identifiou-se um fluxo de discurso que reivindica a posse de uma arte e de um saber fazer. Este é o capital cultural de que são detentores, para atuar no jogo político que vem sendo ampliado. Conclui-se que, na cosmologia da arte santeira do Piauí coube refletir sobre as redes materiais e simbólicas instituídas entre sujeitos e objetos na construção do ofício de santeiros. Assim sendo, a proposta desta pequisas etnográfica é a de colaborar para uma compreensão mais complexa e atual sobre o campo social da arte santeira do Piauí.

  • THAIS IBIAPINA MARTINS
  • PALHEIROS/AS DA CARNAÚBA EM CAMPO MAIOR-PI: UMA ETNOGRAFIA
  • Orientador : MARIA DIONE CARVALHO DE MORAIS
  • Data: 01/06/2012
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  • Trata-se de uma etnografia realizada junto a um grupo de trabalhadores da zona rural de Campo Maior que extraem a palha da carnaúba para a comercialização.

  • ANDRE ARAUJO DE OLIVEIRA
  • "Santa de Casa ‘obra’ Milagre, Santo da Rua Também": Devoções e práticas rituais aos santos não canônicos Santa Maria Alves e Motorista Gregório.

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 23/04/2012
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  • O presente estudo apresenta a devoção e as práticas rituais dos devotos dos santos não canônicos: Maria Alves (Pedro II/PI) e Motorista Gregório (Teresina/Piauí). A pesquisa de campo, baseada na observação direta e participante, foi realizada com a contribuição das pesquisas antropológicas sobre religião – catolicismo popular – e atenta aos desafios teóricos e metodológicos da pesquisa sobre essas temáticas no Brasil. A história destes santos foi reconstruída na interlocução entre fontes orais, escritas e as narrativas dos devotos. Essas narrativas estão em simbiose entre a trajetória de vida dos devotos e dos santos. A relação de proximidade e intimidade é central, os devotos acreditam que, por terem vivido as mesmas situações, os santos são sensíveis a sua dor. Essa relação é mantida por um contrato, o devoto pede e quando é atendido agradece publicamente ao santo. Os santos aqui estudados não atendem um único tipo de pedido – especialidade – são santos espaciais. A devoção se restringe às próprias cidades tornando os santos particulares ou locais. A dimensão de gênero, presente nestas devoções, interfere no relacionamento dos devotos com os santos e na produção dos ex-votos (materialização do contrato). O ex-voto apresenta uma dimensão subjetiva do devoto e carrega implicações quanto ao sexo e às condições de morte do santo.

  • CLARISSA SOUSA DE CARVALHO
  • O "Bicho-mãe" no ciberespaço: Gênero e Maternidade no blog mamíferas.

  • Orientador : MARY ALVES MENDES
  • Data: 20/04/2012
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  • A  maternidade,  como  construto  histórico  e  cultural,  é  significada  de  formas  diversas  em
    diferentes  culturas  e  épocas.  Nessa  pesquisa,  objetiva-se  compreender  a  construção  da
    maternidade na contemporaneidade, sob uma perspectiva de gênero, buscando os sentidos e
    significações dados a um modelo específico de maternidade - a maternidade mamífera - que
    privilegia a relação mãe-filho  em detrimento  da relação pai-filho. Busca-se, assim, entender
    de que maneiras as práticas relacionadas a esse modo de viver a maternidade se inserem nas
    relações  de  gênero,  e  como  as  mulheres/mães  do  blog  Mamífer as
    (www.blogmamiferas.com.br) se utilizam de categorias historicamente ligadas à submissão da
    mulher para construir o empoderamento feminino. Através da análise de posts e comentários,
    bem como entrevistas com blogueiras e frequentadoras do ref erido blog, procura-se etnografar
    essa  comunidade  virtual,  em  busca  das  estruturas  de  significação  que  sustentam  tal
    experiência  de  maternidade.  Pode-se  afirmar  que,  ao  optar  por  partos  naturais,  sem
    intervenção médica, essas mulheres retomam o controle de seus corpos, subvertendo a ordem
    patriarcal,  escapando  das  amarras  da  tecnologização  e  medicalização  de  seus  corpos.  Ao
    escolherem a publicização de pr áticas tradicionalmente femininas em um blog, as informantes
    estreitam  as  fronteiras  entre  público  e  privado,  desafiando  a  separação  ideológica  que
    historicamente  define  lugares  masculinos  e  femininos.  Assim,  o  ciberespaço  configura-se
    como lócus de construção identitária e facilitação do empoderamento feminino, ao permitir a
    criação de laços, o compartilhamento de experiências e a visibilidade dessas experiências;

  • CARLANGE LOBÃO CASTRO
  • ENTRE DISCURSOS E PRÁTICAS, O LUGAR DO AMOR NAS MULHERES CONTEMPORÂNEAS

  • Orientador : MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
  • Data: 30/03/2012
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  • O presente trabalho tem como foco de pesquisa o amor e suas práticas amorosas dentre mulheres do segmento médio urbano teresinense. Nesse sentido, meu interesse foi apresentar e discutir dados etnográficos acerca do amor, suas concepções e práticas para a mulher dos segmentos médios urbanos teresinenses, propondo uma análise cultural das relações amorosas, bem como investigar de que maneira amor está presente na vida das mulheres nesta sociedade, abordando as experiências amorosas por elas desempenhadas no contexto de suas concepções e práticas culturais. Esse trabalho teve por base as teorias antropológicas sobre o tema. Os discursos e as práticas amorosas dessas mulheres me permitiram perceber suas concepções, seus desejos, suas escolhas e conciliações frente ao amor.

  • MARCELA NOGUEIRA DE ANDRADE
  • Conservação Integrada do Patrimônio Arqueológico: uma alternativa para o Parque Estadual Monte Alegre - Pará -  Brasil.

  • Data: 30/03/2012
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  • O patrimônio arqueológico brasileiro está a cada dia sendo descoberto, estudado, conhecido e visitado. É considerado como importante fonte de conhecimento das origens do homem e a divulgação desse conhecimento é de extremo valor social. Os sítios arqueológicos são expostos a várias alterações de ordem natural e/ou antrópica, tornando-se vulneráveis a um processo de degradação. Devido a sua relevância científica, social, patrimonial e histórica, o patrimônio arqueológico precisa ser conservado. No município de Monte Alegre, existem vários sítios arqueológicos expostos a diversos problemas de conservação, desde os que afetam diretamente o patrimônio arqueológico até os relacionados às políticas públicas e à vivência da comunidade com os mesmos. É com este intuito que se desenvolve o presente trabalho, o qual objetiva identificar, compreender e analisar a conservação integrada
    de seis sítios de arte rupestre localizados no Parque Estadual Monte Alegre: Pedra do Mirante, Serra da Lua, Gruta do Pilão, Painel do Pilão, Pedra do Pilão e Gruta Itatupaoca.

  • JULIMAR QUARESMA MENDES JÚNIOR
  • Os Ocupantes da Lagoa do Portinho, Piauí, Brasil: os artefatos em ambiente dunar

  • Orientador : JACIONIRA COELHO SILVA
  • Data: 29/03/2012
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  • Este estudo foi realizado no âmbito das recentes pesquisas que se desenvolvem no litoral piauiense, revelando que os vestígios arqueológicos do entorno da Lagoa do Portinho, pertencentes a grupos humanos com marcadores culturais particularizantes. Os sítios estudados são Dunas I, Dunas II e Lagoa do Portinho I inseridos no contexto arqueológico da região costeira, mantendo-se, assim, um diálogo com outros sítios litorâneos já estudados no Piauí e no Nordeste, limitados aos que apresentam ambiente dunar. 

    Os objetivos buscaram responder a indagações sobre as ocupações arcaicas da área, como técnicas utilizadas na fabricação dos artefatos e costumes alimentares, relações intra-sítios, inter-sítios e inter-áreas, bem coma a transferência e transformação artefatuais e traços comuns ou não na dieta alimentar dos grupos de pescadores-coletores-caçadores em estudo. Os vestígios arqueológicos mais abundantes são os fragmentos cerâmicos, mas existem evidências líticas lascadas e polidas e os restos de moluscos, representados pelas conchas. 

    Procedimentos de macro e micro-análises ofereceram informações sobre técnicas de fabricação particularizantes que diferenciam os conjuntos de artefatos entre si, especialmente os cerâmicos. Exemplares cerâmicos foram enviados a laboratórios físico-químicos a UFMG e UFPE, a fim de se obter informações complementares sobre as técnicas adotadas pelos grupos em estudo. Os estudos de observação e análise arqueométrica foram realizados no laboratório do Núcleo de Antropologia Pré-Histórica da Universidade Federal do Piauí. Dos objetos cerâmicos, fragmentados, alguns apresentaram possibilidade de uma remontagem suficiente para oferecer importantes dados como dimensões e forma, e a partir daí sobre a função.

    Enfim, pôde-se perceber que a Lagoa do Portinho, formada pelo encontro dos riachos Portinho e Brandão, com a oclusão do primeiro por cordão litorâneo e depois pelo avanço das dunas que se deslocam de leste para oeste, movimentadas pelas correntes aéreas que lhe dão a forma de barcanas, dunas semicirculares, comstituiu excelente habitat para as populações pretéritas, sobre as quais se credita atividades sazonais de mariscagem, coleta, pesca e caça, aproveitando os ambientes marinho, lacustre, fluvial, estuarino e de mata, que se encontra próxima. Os dados obtidos sobre os povos costeiros no Piauí indicam grupos com características culturais que os diferenciam entre si e de outros grupos litorâneos no Nordeste.

    Em suma, os estudos realizados levam ao entendimento de que o entorno da Lagoa do Portinho teria sido ocupado continuamente por populações autoras dos materiais encontrados, com características que apontam para mais de um grupo elaborando diferenciadamente seus instrumentos e utensílios, expressando assim uma perspectiva diferente sobre um mesmo ambiente.

  • DANIELA CARUZA GONÇALVES FERREIRA
  • A Invenção de Barra Grande: construção, transformação e conflito de um destino turístico no litoral do Piauí

  • Orientador : ROBSON ROGERIO CRUZ
  • Data: 23/03/2012
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  • A constante criação de novos destinos é uma das principais características do mercado turístico mundial. O processo de transformação de um lugar em destino turístico acarreta mudanças sociais provocadas pela intersecção de sistemas sociais diferentes em um determinado ambiente. Devido às diferentes lógicas, valores e práticas compartilhadas pelos múltiplos atores que entram em convívio nesse processo resultam situações de conflito, rivalidades e disputas simbólicas, mas também de associação e cooperação. No caso específico de Barra Grande, quatro grupos principais estão envolvidos nesse processo: setores que discutem o turismo e o desenvolvimento em Barra Grande, como o Estado e ONGs; empresários do turismo, proprietários dos grandes estabelecimentos; turistas; e moradores locais. A proposta central deste trabalho é entender como esses grupos se relacionam entre si e com o espaço no contexto de construção de Barra Grande como um destino turístico.

2011
Descrição
  • ADILSON MATOS CHAGAS FILHO
  • NÃO FEZ A OBRIGAÇÃO PEDE AGÔ E VA EMBORA: O (DES) CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES E O ENCAMINHAMENTO DO TRANSE DE POSSESSÃO NO CONTEXTO DO TERREIRO DE SÃO BENEDITO E VOVÓ QUITÉRIA EM PARNAIBA-PI

  • Orientador : FRANCISCA VERONICA CAVALCANTE
  • Data: 28/03/2011
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  • NÃO FEZ A OBRIGAÇÃO PEDE AGÔ E VA EMBORA: O (DES) CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES E O ENCAMINHAMENTO DO TRANSE DE POSSESSÃO NO CONTEXTO DO TERREIRO DE SÃO BENEDITO E VOVÓ QUITÉRIA EM PARNAIBA-PI

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