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Banca de DEFESA: RAFAELA MARTINS SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA MARTINS SILVA
DATA: 31/07/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do PPGHB
TÍTULO: (N)AÇÃO E REGIÃO: DESDOBRAMENTOS DO PROJETO POLÍTICO SANITÁRIO NACIONAL NO PIAUÍ (1910 – 1941)
PALAVRAS-CHAVES: História. Assistência Pública. Saúde Pública. Piauí.
PÁGINAS: 217
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:

O objetivo deste trabalho é analisar o modelo híbrido operado no campo da saúde pública piauiense entre 1910 e 1941. Parti do princípio de que o projeto político sanitário brasileiro, engendrado a partir da década de 1910, ressoou no Piauí e imprimiu mudanças no formato do atendimento na saúde local. Até então, o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Teresina promovia a assistência pública de saúde no Estado através de provimentos oriundos de doações caritativas e de subsídios estaduais. Porém, o início do século XX demarca um processo de conformação “tecno-assistencial” no campo da saúde pública, que foi viabilizado no Piauí por meio dos esforços advindos da sociedade civil, do Estado e da União. Este processo consistiu em um direcionamento de ações coletivas no campo da saúde piauiense e atuou de modo interseccionado entre 1920, período da criação dos Postos Sanitários, e 1941, quando a Santa Casa de Misericórdia fechou as portas e pôs fim ao formato misto em questão. Deste modo, a implantação dos Postos de Saneamento locais assinalou a interferência do poder federal nos estados brasileiros e buscou uma dimensão coletiva no campo da medicina, bem como, uma perspectiva centralizadora do ponto de vista político. Em termos práticos, o Departamento Nacional de Saúde Pública e o Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural foram os resultados institucionais do Movimento Sanitarista oriundo da década de 1910 no Brasil e começaram a atuar a partir de 1920. O movimento sanitarista tomou fôlego a partir das viagens científicas executadas pelo Instituto Oswaldo Cruz, que, posteriormente, resultaram na divulgação do mapeamento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Em tom de denúncia, diagnosticaram as condições das populações do interior do país, onde o analfabetismo, a falta de assistência médica e as doenças endêmicas constituíram a fórmula para justificar a debilidade dos habitantes dos lugares visitados pelos cientistas. O alerta apontava especificamente para a situação insalubre e improdutiva, as quais, segundo os excursionistas, favorecia a proliferação de doenças - sífilis, tuberculose, leishmaniose, impaludismo, entre outras. No Piauí, os desdobramentos práticos desta movimentação surgiram a partir da instalação dos Postos de Saneamento estaduais e, posteriormente da implantação do Serviço de Saneamento Rural no Estado, em 1924. Assim, a análise central deste trabalho consiste no esforço de compreender como este processo contribuiu para formação de um novo modelo de organização sanitária na saúde pública piauiense através da criação dos Postos Sanitários e do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural. Para tanto, foram analisados relatórios médicos e de governos locais, legislação nacional e estadual, jornais, memórias e teses médicas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2335100 - CLAUDIA CRISTINA DA SILVA FONTINELES
Presidente - 423663 - FRANCISCO ALCIDES DO NASCIMENTO
Interno - 677.***.***-04 - JOSEANNE ZINGLEARA SOARES MARINHO - UESPI
Externo à Instituição - 375.***.***-19 - LEONARDO DALLACQUA DE CARVALHO - UEMA
Externo à Instituição - 803.***.***-91 - MARCIA CASTELO BRANCO SANTANA - UESPI
Notícia cadastrada em: 18/07/2025 09:39
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