O trabalho analisou as representações discursivas produzidas, apropriadas e difundidas pelos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo a respeito da atuação da ditadura militar no estado do Piauí, em específico referente a política e ao desenvolvimento econômico. Como objetivos específicos, verificamos de que maneira as elites políticas piauienses aderiram e acomodaram-se a nova ordem imposta pelo regime militar. Pesquisamos como os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo representaram a violência e a repressão no estado do Piauí após golpe de 1964 no estado do Piauí e o crescimento de piauienses no cenário nacional como Petrônio Portella Nunes. Por fim, enfatizamos a construção da imagem do “Piauí Novo” em desenvolvimento, promovida pelos governadores estaduais em consonância com o “Brasil Potência” defendida pelo regime militar. A metodologia do trabalho foi de natureza: hemerográfica, bibliográfica, qualitativa e análise do discurso. Foram utilizados como principais fontes os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo. Como fontes auxiliares usamos as revistas O Cruzeiro, Realidade e Veja jornais piauienses Estado do Piauí, Jornal do Piauí, O Dia e O Estado. O recorte temporal foi 1964-1975, correspondendo a primeira década da ditadura militar. Tivemos como principais teóricos os seguintes pesquisadores: José D’Assunção Barros (2023), Maria Helena Holim Capelato (2015), Michel de Certeau (1998), Michel Foucault (1996) Michel Pollak (1989), Sandra Pesavento (2003), Serge Berstein (1998), Rodrigo Patto Sá Motta (2018 e 2021), Roger Chartier (2002) e Tania Regina Luca (2008). Utilizamos como historiografia os trabalhos dos historiadores: Carlos Fico (2024), Cláudia Cristina da Silva Fontineles (2015), Daniel Aarão Reis Filho (2014), Francisco Leandro de Araújo Castro (2022), Marylu Alves de Oliveira (2020), Maria do Amparo Carvalho (2006), Marcos Napolitano (2020), e Rodrigo Patto Sá Motta (2021).