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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO VICTOR DA COSTA RIOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO VICTOR DA COSTA RIOS
DATA: 29/09/2025
HORA: 16:00
LOCAL: Sala do Mestrado
TÍTULO: Piauí sob águias e armas: imprensa, nacionalismo e resistência na mira dos serviços de inteligência
PALAVRAS-CHAVES: História, Piauí, Nacionalismo, Aliança para o Progresso, Ditadura Civil-Militar
PÁGINAS: 170
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História Regional do Brasil
RESUMO:

O objetivo central dessa dissertação é analisar como se constituiu o papel ambivalente da imprensa, ora como articuladora de projetos nacionalistas, ora como alvo de controle e vigilância no contexto da Guerra Fria e da instauração da ditadura civil-militar no período de 1953 a 1967, com ênfase no Estado do Piauí. A metodologia emprega análise qualitativa de fontes primárias diversificadas, incluindo documentos desclassificados americanos da Brown Digital Repository e Freedom of Information Act, arquivos do Serviço Nacional de Informações ( SNI), inquéritos policiais-militares e jornais (O Dia, Estado do Piauí, O Semanário, Jornal do Comércio). Teoricamente, a pesquisa dialoga com autores como Domingos (2009) sobre nacionalismo, Ramsés (2015) sobre as Ligas Camponesas, Luca (2005) sobre a imprensa como campo de disputa ideológica e, fundamentalmente, Michel de Certeau (2009) sobre as "estratégias" do poder e as "táticas" de resistência. O conceito de "Governo Invisível" de Wise e Ross (1965) fundamenta a análise das denúncias contra interesses estadunidenses e a formação do SNI, enquanto Loureiro (2020), Roett (1972) e Oliveira (2020) contribuem para analisar o contexto interamericano. Dentre os resultados parciais, estão a compressão acerca da promoção do Jornal do Comércio e do O Semanário como protagonistas na proliferação do nacionalismo-reformista no Piauí, bem como a defesa desse território contra interesses imperialistas. A inteligência americana é destacada tanto na esfera da Aliança para o Progresso quanto na esfera pós-golpe de 1964, observando e registrando a política piauiense. A Revolta Piauiense de 1963 e o golpe de 1964 estão configurados como acontecimentos carregados de censura, monitoramento e resistência. Jornalistas piauienses, marcados pela inteligência brasileira, atuaram cercados por forças autoritárias, censórias e empresariais. Apesar de uma estrutura desfavorável a leituras críticas, o jornalismo piauiense registrou ações pragmáticas não condizentes com os atos da ditadura de 1964, especialmente no âmbito da comunicação radiofônica. Desse modo, essa pesquisa contribui tanto para compreender a imprensa e suas diversas relações de poder, como também ajuda a dimensionar ações de inteligência no território brasileiro tendo o Estado do Piauí como alvo central.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2335100 - CLAUDIA CRISTINA DA SILVA FONTINELES
Interno - 423663 - FRANCISCO ALCIDES DO NASCIMENTO
Interno - 1551249 - JOHNY SANTANA DE ARAUJO
Interno - 2060957 - PAMELA TORRES MICHELETTE
Notícia cadastrada em: 01/09/2025 08:57
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