Em 1987, Junj Ito considerado mestre do horror japonês escreve o mangá Tomie
como seu trabalho de estreia. A obra ao chegar no Brasil, foi publicada em duas
partes: Tomie v. 1, Tomie v. 2 (Ito, 2021). A pesquisa tem como questão
norteadora: “quais são os principais pontos de reflexão ou crítica que essa
narrativa levanta sobre a violência fatal contra mulheres?”, fundamentada na
teoria narratológica, dos estudos semióticos e de gênero com vistas compreender
as questões de gênero, com foco no feminicídio, produzidas por meio do mangá
Tomie. Os observáveis de pesquisa é composto por 12 imagens de Tomie, sendo a análise fundamentadas em Bal (2021), Reis e Lopes (1987), Moreira (2014), Romio (2019), Segato (2013). Os resultados parciais indicam que o corpo feminino, mesmo quando colocado em resistência – como na ressurreição simbólica da vítima – ainda permanece inserido em um contexto de violência contínua. Os temas abordados, relacionados à violência de gênero e ao feminicídio, continuam a demandar atenção urgente e intervenção, devido às suas consequências em nossas implicações socioculturais.