Objetivou-se analisar o conhecimento objetivo e percebido sobre preservativos entre escolares de ensino médio. O estudo é transversal com 674 adolescentes matriculados no ensino médio de escolas públicas e privadas de Teresina-PI. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário com quatro afirmações para determinação do nível de conhecimento objetivo e escala de Likert para avaliação do nível de conhecimento percebido. Analisaram-se variáveis sociodemográficas, iniciação sexual e variáveis relacionadas ao conhecimento sobre preservativo. Mais da metade dos adolescentes apresentou baixo conhecimento objetivo (57,4%) e baixo conhecimento percebido (78,6%) sobre preservativos, tendo a afirmação sobre uso do preservativo em relações homossexuais apresentado o menor nível de conhecimento objetivo (57,6%), e também a menor média para conhecimento percebido (2,49). Na análise multivariada, os estudantes que tinham mães com maior escolaridade (p=0,044), cursavam a terceira série do ensino médio (p=0,002), com renda familiar maior que dois salários mínimos (p=0,013), que tinham iniciado a vida sexual (p=0,035) e receberam orientação dos pais sobre sexualidade (p=0,047) tinham mais chance de alto conhecimento objetivo. O alto conhecimento percebido foi associado à maior escolaridade da mãe (p=0,023), ao aluno cursar a terceira série do ensino médio (p=0,038), ter renda familiar maior que dois salários mínimos (p<0,001) e ter iniciado a vida sexual (p=0,029). Os fatores preditores de maior conhecimento apontam para a importância da participação da família na educação sexual dos filhos, bem como do acesso dessas famílias à escolaridade mais elevada e a melhor renda