As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são afecções causadas por mais de 30 agentes etiológicos sendo transmitidas, principalmente, por contato sexual e, de forma eventual, por via sanguínea. Todas as pessoas podem ser fontes de infecção, mas o cuidado com as profissionais do sexo deve ser maior, devido aos hábitos decorrentes da profissão. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de Infecções Sexualmente Transmissíveis em mulheres profissionais do sexo (MPS) no município de Cristino Castro-PI; Descrever o perfil socioeconômico, demográfico e sociocultural; Caracterizar os antecedentes patológicos, ginecológicos e obstétricos da população em estudo e, Identificar os entraves ao acesso à assistência à saúde. Os resultados apontaram que a população estudada era majoritariamente de mulheres adultas jovens e solteiras, com escolaridade semelhante à média geral da população brasileira. O tempo de atividade na profissão da grande maioria estava entre um mês e 5 anos. A renda mensal não ultrapassou 2 salários mínimos, sendo que esta inclui o recebimento do auxílio governamental “Bolsa Família”. Hábitos como tabagismo, uso de álcool e de drogas ilícitas, foram frequentes. A prevalência de IST nas MPS foi de 15,8% , sendo 10,5% para Tricomoníase e de 5,3% para Sífilis. Houve queixa de prurido e de verrugas vaginais em 9,5% delas, e ainda 52,4% de corrimento vaginal. Infecções por Hepatites B e C e HIV não foram detectadas. Porém a Sorologia para Clamídia revelou que 89,5% das MPS estavam com IgG Reagente e 100% com IgM não reagente, demonstrando que as mesmas tivessem pregressamente infecção por Clamídia. O resultado oncológico da citologia apresentava-se negativo para lesão intra epitelial ou malignidade em 94,74% das MPS e em 5,26% delas apresentou atipia de células glandulares endocervical. Pode-se concluir que a população estudada era majoritariamente de mulheres jovens, com escolaridade similar à média geral da população brasileira. Demonstrou-se alta prevalência da IST tricomoníase, vaginoses e sífilis. Hábitos como tabagismo, consumo de álcool e de drogas ilícitas foram frequentes. Em síntese a prevalência de IST no grupo estudado foi alta.