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Banca de QUALIFICAÇÃO: NAYANNA DA SILVA OLIVEIRA DE MELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYANNA DA SILVA OLIVEIRA DE MELO
DATA: 17/09/2019
HORA: 09:00
LOCAL: sala da prexc
TÍTULO: Mortalidade materna por sepse em maternidade de referência do Estado do Piauí
PALAVRAS-CHAVES: saude materna
PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
SUBÁREA: Saúde Materno-Infantil
RESUMO:

Introdução: Sepse em obstetrícia é uma disfunção de órgãos com risco de vida, causada por uma resposta do hospedeiro a uma infecção desregulada durante a gravidez, parto, pós-parto ou pós-aborto; e nestas condições, alterações fisiológicas, imunológicas e mecânicas podem obscurecer sinais e sintomas de infecção dificultando diagnóstico precoce. Objetivo: Avaliar a mortalidade materna por sepse em maternidade de referência do Estado do Piauí. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo de caráter documental com análise quantitativa dos dados, cuja população estudada foi de 46 gestantes, parturientes ou puérperas, até 42 dias pós-parto, que vieram a óbito por sepse ou choque séptico de janeiro de 2012 a dezembro de 2017. Foi elaborado um instrumento de coleta de dados baseada nas variáveis da declaração de óbito, ficha síntese de investigação. Resultados e Discussão: Os resultados obtidos apontam que durante o período estudado, 2012 à 2017, 46 (39,3%) pacientes morreram por sepse ou choque séptico. De acordo com o número de gestações, 21 (45,6%) das pacientes eram primigestas, 14 (30,4%) eram secundigestas e 11 (23,9%) engravidaram 3 ou mais vezes. A média da idade é igual a 25 anos, com desvio-padrão, aproximado, de 8 anos para mais e para menos. Com relação à procedência, 45,6% das pacientes são de municípios do interior do Piauí, 45,9% são solteiras e 70% são consideradas pardas. Quanto ao risco, 52,2% dos casos válidos são de pacientes de alto risco. Destas, as comorbidades associadas foram Hipertensão ou Pré-Eclâmpsia (28,3%), Infecção do Trato Urinário (ITU) (28,3%) e Anemia Grave (28,3%). Quanto à admissão, 39,1% foram admitidas na gravidez em curso, para tratamento clínico, 28,3% são de admissões no puerpério imediato ou tardio e 19,6% em situações de abortamento. Quanto ao local do parto, 69,4% das pacientes pariram na instituição estudada e o tipo de parto com maior frequência foi a cesariana, com 22 casos. Quanto aos tipos de sepse, 80,4% das pacientes evoluíram para choque séptico. O tipo de infecção mais frequente foi de origem obstétrica, com 60,9% das pacientes, e os principais focos infecciosos foram uterino e respiratório, respectivamente, com 65,2% e 30,4%. Nas culturas realizadas os agentes gram positivos mais isolados foram Staphilococcus aureus (57%), seguido de Staphilococcus hominis (29%); e para bactérias gram-negativas destacou-se Acinetobacter baumannii (56%) e Pseudomonas aeruginosa (44%). Para as complicações associadas ao quadros de sepse aponta-se que mais de 70% das pacientes evoluíram em algum momento com taquicardia, taquipnéia, hipotensão, insuficiência respiratória, febre, leucocitose, acidose, lactato aumentado e necessidade de ventilação mecânica e drogas vasoativas. Conclusão: Conclui-se que houve um decréscimo no óbito por sepse por internação porém se comparado ao número de óbitos gerais, o percentual é considerado alto. Com base nos achados sócio demográficos, obstétricos e infecciosos das pacientes foi elaborado protocolo clínico de condutas obstétricas para sepse materna. Espera-se que este possa intervir precocemente na doença para fins de redução da mortalidade materna.

 

 

 

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4332146 - JOSE ARIMATEA DOS SANTOS JUNIOR
Interno - 665.904.343-87 - LORENA CITO LOPES RESENDE SANTANA - UFPI
Interno - 423551 - RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 06/09/2019 11:55
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