Introdução: A morbimortalidade materna por doença hipertensiva representam um problema de saúde pública, haja vista que é responsável por altas taxas de mortalidade materna e neonatal (WHO,2014). Objetivos: Caracterizar gestantes com doença hipertensiva na Região de Saúde da Chapada das Mangabeiras, no Estado do Piauí. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido no hospital público de médio porte da Região de Saúde da Chapada das Mangabeiras. A população do estudo foi composta por gestantes. Os dados foram coletados por meio de um instrumento padronizado e obtidos após análise dos prontuários. A pesquisa foi submetida para apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: A população era predominantemente de mulheres adultas jovens e casadas, com escolaridade semelhante à média geral da população brasileira, tendo a raça parda como maioria. A atividade profissional majoritariamente foi a de lavradora, tendo como município de maior procedência Bom Jesus. Há um número expressivo de gestantes com doença hipertensiva na gestação, seja de forma leve a moderada com 67% ou na forma grave 33%. Em sua totalidade eram primíparas, contudo as que tiveram níveis pressóricos mais elevados eram multíparas com 66,7%. A maioria tiveram mais de 7 consultas de pré-natal, com relação ao tipo de parto, houve um predomínio de cesariana em relação ao parto normal. Com relação aos medicamentos prescritos para tratamento da hipertensão gestacional, (84,7%) foram tratadas com metildopa 500 mg, (47,8%) com nifedipino 20 mg, (34%) com hidralazina via endovenosa, (14,8%) com sulfato de magnésio e 8,6% não foi tratada com nenhum medicamento. Conclusão: a hipertensão gestacional está presente na realidade do território da chapada da mangabeiras e que precisa ser entendida tanto pela gestão como pelos profissionais que atuam diretamente para que medidas sejam adotadas, tendo como objetivo a redução da morbimortalidade materna por causas evitáveis.