PINHEIRO, AMANDA COSTA; MEDEIROS, LIS CARDOSO MARINHO. Perfil Epidemiológico da Mortalidade Neonatal no Piauí. Dissertação de Mestrado em Saúde da Mulher. Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI, 2020
RESUMO
Introdução A redução da mortalidade infantil é ainda um desafio para os serviços de saúde. Insere-se como meta dos objetivos de desenvolvimento sustentável e no compromisso do Brasil com a referida meta. Apesar do declínio observado no Brasil, a mortalidade infantil permanece como uma grande preocupação em saúde pública. No Piauí com a implantação da Rede Cegonha e do componente neonatal nos últimos anos pode-se perceber um declínio no índice de mortalidade materna, infantil e neonatal, mas ainda continua-se perdendo mães e bebês por causas evitáveis. Apesar dos avanços que o estado teve após a implantação da rede cegonha esse desenvolvimento não se deu por igual em todas as regiões de saúde, ficando a maior parte da assistência centralizada ainda na capital. Assim determinou-se como objetivo da pesquisa, avaliar o perfil epidemiológico da mortalidade neonatal no estado do Piauí confrontando os resultados obtidos com outras pesquisas realizadas a nível nacional e de outras regiões. Metodologia foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo, abordagem quantitativa, e os dados foram coletados de 2008 a 2017 no SISWEB, ferramenta de transparência aos ODS pelo método direto tendo como fonte SIM e SINASC. Após a coleta foram tabulados utilizando o TABWIN e TABNET. Resultados observou-se uma redução do número absoluto total de óbitos entre os anos 2008 a 2015, havendo um aumento entre os anos de 2015 e 2016 (gráfico 1). A mortalidade neonatal precoce compreendeu mais de 3/4 dos óbitos neonatais. Os achados revelaram as principais características dos óbitos neonatais no Piauí na série temporal (2008-2017). Observou-se também, uma diferença importante na mortalidade neonatal considerando os territórios de saúde do estado, com maior número para os territórios: Carnaubais, Entre Rios e Cocais com um número baixo para Planície Litorânea. Conclusão concluiu-se que o estudo evidenciou uma concentração do atendimento nas regiões mais populosas do estado, bem como um maior número de óbitos e que estratégias devem ser apresentadas para melhor atender recursos, capacitação dos profissionais do atendimento básico de maneira mais incisiva, educação da população alvo (gestantes) por toda equipe multiprofissional.