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Banca de DEFESA: TACITO LEONN LOPES GALVAO DO AMARAL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TACITO LEONN LOPES GALVAO DO AMARAL
DATA: 19/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/knh-kwxg-dwa
TÍTULO: PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES CIGANAS EM UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Infecções Sexualmente Transmissíveis. IST. Prevalência. Mulheres ciganas.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
SUBÁREA: Saúde Materno-Infantil
RESUMO:

 

Introdução:O perfil epidemiológico atual das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mostra um aumento da incidência em mulheres, transmitidas por via heterossexual, acometendo as parcelas mais pobres da população, com maiores fatores de vulnerabilidade social. Objetivo: Avaliar a prevalência de IST e fatores associados em mulheres ciganas em um município na região nordeste do Brasil. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, transversal, analítico na população feminina cigana no município de Esperantina- Piauí, no ano de 2021. A amostra foi composta por 29 mulheres de origem cigana, com idade de 15 a 64 anos, sexualmente ativa e cadastradas no E-SUS APS. Foram excluídas as participantes que não se submeterem aos exames, ou se recusarem a participar do estudo. O meio de rastreamento se deu através dos exames sorológicos para HIV, Hepatites B e C, Sífilis (Testes rápidos e VDRL), sorologia para Clamídia, citopatológico cérvico-uterino e bacterioscopia de secreção vaginal. Os dados foram obtidos através de entrevistas e questionário semi-estruturado, com os exames coletados no laboratório municipal e Unidades Básicas de Saúde da região. Os dados formam inseridos na planilha do programa Excell® e as análises estatísticas realizadas por meio do softwareSPSS for Windows versão 21.0. Todos os modelos foram ajustados a partir da estatística de teste Wald. Resultados: A média de idade das participantes foi de 30,2 anos, 58,33% tinham 30 anos ou menos, 79,2% eram mães, sendo 50% multíparas, mas o aborto foi referido por 66,7% das ciganas. A maioria se autodeclarou parda (79,2%), com 91,7% tendo apenas o ensino fundamental, união estável (66,7%), católicas (87,5%) e viviam renda familiar mensal de menos de um salário-mínimo (54,2%), sendo que 70,9% eram tabagistas, 70,8% faziam uso de bebidas alcoólicas. A maioria teve sexarca antes dos 14 anos de idade (58,3%). O método contraceptivo mais utilizado pelas ciganas foi a laqueadura tubária (45,8%), mas 25% não usavam nenhum método e 87,5% não se consideravam do grupo de risco para IST, porém 62,5% relataram queixas ginecológicas, sendo que 54,2% tiveram mais de 5 parcerias sexuais na vida, mas 75,0% tinham parceiro fixo, ressaltando-se que 20,83% fizeram sexo por algum benefício pessoal. A prática sexual associada a bebidas alcóolicas e drogas ilícitas foi referida por 37,5% e 20,8% respectivamente, sendo que 62,5% dessas mulheres não usavam preservativos. Uma pequena minoria (4,2%) relatou procurar atividades preventivas, 20,8% nunca fez consulta ginecológica e 33,3% nunca o tinham feito exame de Papanicolau. Em relação às IST, 41,7% nunca tinha feito exames específicos para isso, mas 58,33% positivaram para pelo menos uma IST, ressaltando-se que 41,66% delas tiveram duas ou mais IST. A infecção mais prevalente foi a sífilis com 37,5%, seguida pela Tricomoníase com 12,5%. Não houve casos de HIV, Hepatite B e C na amostra estudada. Demonstraram resultados positivos duplamente para Candidíase e Vaginose em 29,2%. Em relação às lesões precursoras do câncer do colo do útero (NIC), 8,3% das participantes apresentaram lesão de baixo grau. Os fatores mais associados às IST (p<0,05) foram: “droga ilícita” e “tipo de procura”; da alteração da microbiota vaginal: “idade”, “dificuldade de acesso”, “tabagista” e “parceiro fixo”; das NIC: “tipo de procura”, “droga ilícita”, “dificuldade de acesso”, “escolaridade” e “usa preservativo”. Conclusão:Dentre as infecções sexualmente transmissíveis, as mulheres ciganas apresentam com mais frequência osde casos de sífilis e T. vaginalis e menos frequentemente a infecção por C. trachomatis, e N. gonorrhoeae, mas sem diferenças na alteração da microbiota vaginal em relação à Candidíase e Vaginose bacteriana, demonstrando uma vulnerabilidade às IST, pela associação aos fatores idade jovem, cor parda, baixa renda e escolaridade, dificuldades de acesso aos serviços públicos, uso de drogas ilícitas, multiplicidade de parceiros sexuais e não utilização de preservativos. Necessitando da implementação de políticas públicas direcionadas para essa comunidade, intensificando as medidas de prevenção e de controle, que vão desde a qualificação dos profissionais de saúde, a testagem rápida e educação em saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3447232 - ADRIANA MARIA VIANA NUNES
Presidente - 423584 - IONE MARIA RIBEIRO SOARES LOPES
Externo ao Programa - 3373256 - PEDRO VITOR LOPES COSTA
Notícia cadastrada em: 07/09/2022 11:31
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