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Banca de DEFESA: JORGE ANDRE PAULINO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JORGE ANDRE PAULINO DA SILVA
DATA: 25/09/2015
HORA: 15:00
LOCAL: SALA 337 PPGS - CCHL
TÍTULO:

''O QUE TÁ ACONTECENDO NO SANTA MARIA'':PERIFERIA, JUVENTUDES E SEGREGAÇÕES SOCIAIS


PALAVRAS-CHAVES:

Periferia – Juventudes – Segregações Urbanas


PÁGINAS: 157
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Este estudo trata de jovens de periferia e segregações urbanas. Objetivamos conhecer a condição juvenil no bairro Santa Maria a partir de narrativas dos seus jovens. Apresentamos o bairro e analisamos as segregações urbanas relativas à construção desse espaço urbano. Para fundamentar nossas reflexões, recorremos a autores como Portelli (2000), Khoury (2001), Lima (2004; 2005; 2010; 2013), Sousa (2012), Pais (1993), Abramo (1994), Oliveira (2014), Luz (2013), Silva (2005), Castro (2005), Reis (2004), Costa (2011), entre outros. Descobrimos que os limites do bairro foram alterados por lei, mas não parecem ter afetado as sociabilidades ou entendimento dos jovens sobre o local. O bairro surgiu a partir de ocupação urbana. Diante da ausência de políticas públicas, moradores do bairro resolveram mobilizar-se na busca de melhorias da comunidade. O bairro sofre com segregação espacial e social, refletindo processos de urbanização estruturados na Modernidade, reprodutora de assimetrias. Na área do Loteamento Santa Maria da Codipi, identificamos equipamentos sociais e de infraestrutura do local, a degradação ambiental promovida por empresas, trabalhos sociais, comércio como atividade econômica predominante, lazer em bares e casas de shows, posto de saúde, instituição de justiça, creche, escola, posto de policiamento, associação de moradores. Há também Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Os jovens do Santa Maria buscam se distanciar do estereótipo do bairro como lugar violento. Quanto ao trabalho, esbarram no oferecimento de trabalhos degradantes no bairro e entendem a educação formal como meio de inserção mais qualificada no mercado. Mas jornadas extenuantes, ou a educação oferecida, não os permitem alcançar esse objetivo. O Poder Público é responsabilizado pelo cenário do lazer, uma vez que não oferece oportunidades de ocupar o tempo livre da juventude de lá. A condição juvenil quanto à cultura nos permitiu identificar iniciativas de jovens para promover cultura, e conflitos com o Estado. Espaços de discussão e produção de cultura são entendidos como uma forma de estimular as produções, de forma mais crítica diante das realidades experienciadas.Quanto à polícia, os jovens a entendem enquanto política pública de segurança, mas evidenciam a pouca participação deles na construção dessas políticas. A abordagem policial para eles é seletiva, e os alvos potenciais são jovens negros e ex-detentos. Os excessos cometidos nas abordagens fazem os jovens pugnar para que os policiais realizem seu trabalho com respeito aos direitos humanos. Em síntese, o que os jovens do Santa Maria buscam é serem reconhecidos como cidadãos, como sujeitos de direitos, moradores de um lugar mais valorizado, que lhes ofereça moradia e condições de trabalho dignas, diversidade de espaços de lazer, incentivo às produções culturais da comunidade, além de um policiamento que de fato lhes ofereça segurança diante da violência no bairro e entornos, e não temor. Assim, destacamos a importância e o ganho teórico que o presente estudo oferece sobre as sociabilidades de jovens desse bairro da periferia de Teresina. Esperamos contribuir para as reflexões daqueles que elaboram políticas públicas no Estado do Piauí, para a Sociologia, e, especialmente, para os jovens daquele bairro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2174595 - LILA CRISTINA XAVIER LUZ
Interno - 423568 - FRANCINEIDE PIRES PEREIRA
Externo à Instituição - ARNALDO EUGENIO NETO DA SILVA - ICF
Notícia cadastrada em: 09/09/2015 17:03
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