O presente trabalho tem como objetivo analisar a participação das trabalhadoras bancárias no Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários no Estado do Piauí- SEEBF-PI, a partir das trajetórias de vida, experiências e lutas que possibilitaram a inserção dessas mulheres no movimento sindical bancário no período compreendido entre 1986 e 2007. Percebendo o sindicato como um universo quase sempre masculino, ou seja, resultado das relações de desigualdade entre classes e local de disparidades de poder entre homens e mulheres. Buscamos compreender como as relações de gênero se configuravam nessa instituição. Para tanto, utilizamos como fontes os documentos oficiais, os jornais e revistas produzidos pelo sindicato e os jornais de ampla circulação local. Contudo, privilegiamos o uso de entrevistas orais temáticas, que nos aproximaram das memórias construídas em torno das experiências femininas no Sindicato dos Bancários do Piauí. Como aporte teórico, Verena Alberti, Maria Izilda Matos, Paola Cappellin, Arlete Farge, Michel Foucault, Ângela de Castro Gomes, John Humprey, Michel Pollack, Silvia Salvatici, Margareth Rago, entre outros.