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Banca de QUALIFICAÇÃO: AUREA SOUZA AGUIAR SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AUREA SOUZA AGUIAR SANTOS
DATA: 29/11/2019
HORA: 15:10
LOCAL: Sala de Aula do Mestrado
TÍTULO: Infância e Sofrimento: é um Transtorno Sofrer na Contemporaneidade
PALAVRAS-CHAVES: nfâncias; Sofrimento; Contemporaneidade
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Na contemporaneidade é possível perceber os vários discursos que se têm acerca da infância e do sofrimento, e quando se trata do sofrimento na infância os caminhos parecem convergir para um processo de patologização do sofrer, pois numa sociedade marcada pela busca incessante de ser “feliz” (e esta condição está ligada ao consumo, ao sucesso), sofrer, pode parecer fracasso, e a criança que sofre pode sinalizar, então, o fracasso da família ou da instituição de ensino. Assim, é necessário explicar, medicar, interditar o sofrimento na infância, pois ela é “esperança”, o futuro da nação e precisa “dar certo”. Diante desse contexto, atentas às expectativas e explicações que lançam sobre a infância na contemporaneidade, temos pretensão de ouvir da própria criança o que é sofrimento. Será que o sentido de sofrimento para elas coincide com o “nosso” (instituições como família, escola, Psicologia e Medicina)? Como as crianças vivenciam suas experiências de sofrimento na contemporaneidade? Para isso será realizada uma pesquisa qualitativa, para compreender o sofrimento na infância contemporânea, a partir das narrativas das crianças. Especificamente, pretendemos discutir as questões emergentes acerca da infância contemporânea; refletir sobre os modos de lidar com o sofrimento na contemporaneidade; bem como conhecer o que é sofrimento para as crianças a partir de suas experiências, para identificar os modos como as crianças lidam com suas experiências de sofrimento. Pesquisar acerca dos processos de subjetivação da criança diante do sofrimento na contemporaneidade, nos convocou para uma pesquisa de abordagem qualitativa, com caráter exploratório, pois por meio de narrativas (auto)biográficas poderemos nos aproximar dos sentidos que as crianças atribuem às suas experiências de sofrimento, pois ao narrar elas partirão de suas subjetividades e do seu lugar no mundo, da sua percepção de si e concepção de mundo. Nesse tipo de pesquisa, somos convocadas como pesquisadoras a manter uma escuta sensível, responsável e ética para a história de vida narrada pelas crianças. Participarão desta pesquisa 06 (seis) crianças com idades de 07 (sete) a 10 (anos), sem distinção de gênero, que cursam o Ensino Fundamental, numa Escola particular no município de Parnaíba – Piauí. Como critério de exclusão estão crianças que estejam fora dessa faixa etária e/ou que os pais e/ou a escola não autorizem sua participação na pesquisa. Para a produção das informações será utilizado um questionário sóciodemográfico; um vídeo-estímulo com cenas do filme “Divertida Mente”, e após a sua apresentação partiremos para uma roda de conversa, norteada pelas seguintes questões: (1) O que aconteceu com a personagem (Riley)? (2) Conte para nós histórias da sua vida em que vocês lidaram com emoções parecidas com as da Riley. (3) O que você fez? As narrativas aí produzidas serão gravadas em áudio, transcritas e analisadas por meio de uma condensação de sentido, que será reduzido a uma análise temática para cada uma das narrativas, em seguida, será ordenada, com coerência, uma sistematização entre todas elas. Os questionários sociodemográficos complementarão as informações advindas das narrativas imanentes às crianças, que serão postas em diálogo com os aspectos exmanentes desteestudo.

 

Palavras-chaves: Infância; Sofrimento; Contemporaneidade.

 

Sofrimento, Infância e Contemporaneidade: compreensões de estudantes de Psicologia

 

Carlos Eduardo Soares Reis, mestrando.

Profª. Dra. Lana Veras de Carvalho, orientadora.

Profº. Dr. Antônio Vladimir Felix da Silva, leitor interno.

 

A graduação em Psicologia oferece aos seus alunos uma diversidade de perspectivas sobre a relação entre pessoa e mundo, inclusive, quando esse entrelaçamento acarreta diferentes modos de sofrer. A pluralidade do humano e a tentativa de sua compreensão faz a psicologia transitar por diferentes disciplinas fazendo emergir críticas quanto a formação do psicólogo principalmente no que concerne a um ensino que privilegia uma visão endógena de fenômeno psíquico, individualista e a-histórica, em detrimento das influências históricas, sociais, culturais e econômicas nas experiências de sofrimento. Instigado por essas discussões e somado à vivência profissional do autor, o projeto de pesquisa objetiva compreender as concepções de estudantes de psicologia sobre o sofrimento infantil contemporâneo. Para alcançarmos esse intuito discutiremos os aspectos que caracterizam a sociedade contemporânea; descreveremos as problematizações emergentes da infância atual; e analisaremos as concepções de psicólogos em formação sobre o sofrimentos das crianças. A escolha pela infância se justifica pelas discussões encontradas na literatura relacionadas aos atravessamentos que perpassam o corpo infantil como, por exemplo, as influências da publicidade, da cultura do consumo, dos campos de saberes especializados, da medicalização e patologização das crianças que tem como representante mais evidente a expansão do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a prescrição mais frequente do medicamento metilfenidato. Essas discussões estão contextualizadas em um momento histórico que é composto por um tecido social e cultural agenciado pelo capitalismo. Nesses termos, a contemporaneidade é caracterizada sobretudo por uma sociedade individualista que privilegia: o aparente e a imagem (a sociedade do espetáculo) o que esclarece o potente papel das mídias sociais e da publicidade; uma inclinação a valores que idolatram a performance produtiva que desagua no excesso de consumo e na recusa de sentimentos e emoções aflitivas e pesarosas; adjunto a isso, o excessivo consumo de psicotrópicos que auxiliam na manutenção ou na retomada do ritmo de uma sociedade acelerada induzida pela sofisticada captura, nas palavras de Suely Rolnik (2018), do inconsciente colonial capitalístico. Dessa forma, as crianças não estão alheias a esse prisma do cenário atual o que possibilita implicações no entendimento do modos de sofrer. Diante disso, surge o nosso problema de pesquisa: Como os estudantes de psicologia tem compreendido os sofrimentos nas infâncias contemporâneas? Em vista disso, elegeremos uma abordagem metodológica de cunho qualitativo e descritivo, utilizar-se-á como instrumento de coleta de dados a entrevista em profundidade a partir da seguinte pergunta disparadora: “O que você acha que faz as crianças sofrerem hoje?. Essa questão será direcionada aos discentes do último ano de graduação do curso de psicologia da Universidade Federal do Piauí/Campus Ministro Reis Velloso. Para analisar os dados aplicar-se-á Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin (2016). O presente trabalho está de acordo com a resolução 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde e aguarda parecer do Comitê de ética em pesquisa com seres humanos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALINE MARIA LOUREIRO MUNIZ MOITA - UFPI
Interno - 2231565 - ANTONIO VLADIMIR FELIX DA SILVA
Externo à Instituição - ERICA ATEM GONÇALVES DE ARAÚJO COSTA - UFC
Presidente - 2140896 - LANA VERAS DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 13/11/2019 16:24
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