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DÉBORA THAIS SAMPAIO DA SILVA
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CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS, FUNCIONAIS E TOXICOLÓGICAS DO FRUTO E DA FARINHA DA MACAMBIRA (Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.)
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 04/12/2019
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SILVA, D. T. S. CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS, FUNCIONAIS E TOXICOLÓGICAS DO FRUTO E DA FARINHA DA MACAMBIRA (Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.) 2019. 64 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. Bromélia laciniosa Mart. ex Schult. também conhecida como macambira que pertence ao gênero Bromélias, é uma planta da família das Bromeliaceas. Frequentemente a macambira vive associada com o xiquexique e costuma ser aproveitada na alimentação dos animais e do homem, durante os períodos de estiagens. Com base na importância da avaliação toxicológica e características nutricionais para inserção e recomendação nutricional de alguns alimentos, objetivou –se avaliar as características nutritivas, funcionais e toxicológicas do fruto e da farinha da macambira. Foram realizadas análises de composição centesimal, fibras, compostos bioativos e atividade antioxidante e atividade de água das farinhas além do cálculo de seu rendimento. Em relação aos frutos in natura a porcentagem de umidade de polpa, casca e semente foi significativamente diferente (p ≤ 0,05), tendo a polpa maior teor (82,33 %). A casca apresentou o maior teor de cinzas (1,95%). Tanto para proteínas quanto para lipídios, os teores foram baixos, variaram de 0,20% a 0,60% para proteínas e 0,20% a 0,78% para lipídios. A maior concentração de carboidratos foi na semente e consequentemente maior VET. A casca apresentou os maiores teores de compostos fenólicos, flavonoides, carotenoides, vitamina C e atividade antioxidante. Em relação as farinhas, as de casca e polpa da macambira apresentam valores menores quando comparados ao da casca no período T0 e T1. No entanto, após 15 dias de armazenamento (T2), a farinha da casca de macambira apresentou valor de atividade de água maior que as demais farinhas no mesmo período de tempo. A porcentagem de umidade de polpa, casca e semente apresentaram diferença significativa (p ≤ 0,05) onde as farinhas de polpa e casca apresentaram umidade maior que a semente assim como o teor de cinzas. Para as proteínas, apenas a polpa apresentou valor maior que 1,0%, tendo as demais partes do fruto valor menor, bem como para lipidios que variaram de 0,20% até 0,97%. Em relação ao teor de fibras, a farinha da casca apresentou um teor de fibras alimentares totais de 84,53% (74 g/100 g) do total de carboidratos na farinha da casca , maior do que o verificado para a polpa. Para os compostos bioativos das farinhas, a casca apresentou maior teor dos mesmos e observou-se uma redução drástica no teor de carotenóides em relação ao fruto in natura. A atividade antioxidante foi maior na farinha da polpa. Para o teste de toxicidade frente Artemia Salina, todos os extratos testados apresentaram concentração letal mediana (CL50) nula tanto para o fruto inteiro quanto para as farinhas das partes do fruto. Concluiu-se quea as farinhas provenientes do fruto da macambira (Bromelia laciniosa) são uma opção nutritiva para como ingrediente para novos produtos alimentícios, alto teor de fibras alimentares em especial as insolúveis, além de elevada atividade antioxidante e apresentar -se segura para consumo humano.
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ANA RAQUEL SOARES DE OLIVEIRA
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ASSOCIAÇÃO ENTRE BIOMARCADORES DOS MINERAIS (MAGNÉSIO, SELÊNIO E ZINCO) E O SISTEMA DE DEFESA ANTIOXIDANTE EM MULHERES OBESAS
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 04/10/2019
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OLIVEIRA, A. R. S. Associação entre biomarcadores dos minerais (magnésio, selênio e zinco) e o sistema de defesa antioxidante em mulheres obesas. 2019. Tese - Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
INTRODUÇÃO: A literatura tem evidenciado deficiência em magnésio, selênio e zinco em indivíduos com obesidade, com prejuízo na realização de suas funções fisiológicas, o que parece comprometer o sistema de defesa antioxidante endógeno em organismos obesos. OBJETIVO: Avaliar a associação entre biomarcadores dos minerais (magnésio, selênio e zinco) e o sistema de defesa antioxidante em mulheres obesas. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 140 mulheres que foram distribuídas em: obesas, com índice de massa corpórea ≥ 35 kg/m² e mulheres eutróficas, com índice de massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m². Este estudo é um recorte do projeto “Impacto de minerais em distúrbios endócrino-metabólicos”. Foram conduzidas determinações de parâmetros do controle glicêmico e lipídios séricos. Os índices HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance) e HOMA-β foram calculados. As análises de cortisol sérico, leptina plasmática, concentrações plasmáticas de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), atividade das enzimas superóxido dismutase, glutationa peroxidase e catalase nos eritrócitos foram realizadas. A análise da ingestão de energia, macronutrientes, magnésio, selênio e zinco e a determinação das concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias destes minerais foram conduzidas. RESULTADOS: As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de magnésio, selênio e zinco reduzidas e valores de excreção urinária aumentados, quando comparadas ao grupo controle (p<0,05). As participantes obesas apresentaram concentrações plasmáticas elevadas de TBARS e atividade reduzida da enzima superóxido dismutase nos eritrócitos (p<0,05). O estudo revelou associação positiva entre as concentrações eritrocitárias de zinco e selênio e a atividade das enzimas glutationa peroxidase e superóxido dismutase eritrocitárias nas mulheres obesas (p < 0,05). Além disso, a análise de regressão identificou associação positiva entre a insulina sérica e a enzima glutationa peroxidase, sendo esta dependente do selênio dietético (p<0,05). CONCLUSÃO: As pacientes obesas apresentam deficiência em magnésio, selênio e zinco, o que parece influenciar a capacidade do sistema de defesa antioxidante e, consequentemente contribui para acentuar desordens metabólicas importantes nessas pacientes, a exemplo do estresse oxidativo.
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THAMARA MARTINS SILVA
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ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ESPESSURA DA CAMADA MÉDIO-INTIMAL DE CARÓTIDAS E MARCADORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM ADULTOS
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Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
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Data: 18/09/2019
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SILVA, T. M. Análise de relação entre espessura da camada médio-intimal de carótidas e marcadores de risco cardiometabólico em adultos. 2019. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina- PI. Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e seus fatores de risco aumentam as chances de intercorrer disfunção endotelial, aumentando a permeabilidade das células do endotélio, favorecendo o acúmulo de lipoproteínas no espaço subendotelial e facilitando o processo de oxidação. Objetivo: Relacionar o espessamento de camada médio-intimal de carótidas, percentual de gordura, pexoridação lipídica e índice aterogênico. Materiais e métodos: estudo transversal, analítico, com 33 indivíduos, com idade de 18 a 59 anos atendidos no Hospital Universitário da UFPI. Foram investigados dados socioeconômicos e do consumo alimentar, realizou-se avaliação antropométrica (peso, estatura e circunferência da cinura - CC), bioimpedância (percentual de gordura) e ultrassonografia das carótidas. Foram determinados perfil lipídico, proteína C-reativa (PCR), índice aterogênico plasmático (AIP), concentrações plasmáticas de malondialdeído e mieloperoxidase para identificação da presença do estresse oxidativo. Os dados foram analisados no programa software SPSS, com a aplicação de testes para avaliar associação e correlação entre as variáveis, sendo considerado estatisticamente significativo p <0,05. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI sob o CEP: Nº 659795516.0.0000.5214. Resultados: A amostra foi predominantemente feminina (81,8%), a média de idade foi de 48,4 anos e a maioria da população estudada estava com excesso de peso e com percentual de gordura elevado. Os valores de PCR encontraram-se elevados na maioria dos indivíduos, e a dislipidemia mais predominante foi HDL-c baixo. As concentrações encontradas de malondialdeído e mieloperoxidase foram elevadas, sugerindo presença de estresse oxidativo. Houve associação entre triglicerídeos e espessura médiointimal (EIMc) de carótidas (p= 0,04). Triglicerídeos, HDL, PCR e índice aterogênico apresentaram correlação com EIMc (p<0,05). Também houve correlação positiva entre AIP e peso, índice de massa corpórea e CC (p<0,05), em contrapartida, HDL-c apresentou correlação negativa com AIP. Conclusão: Diante da correlação entre AIP e EIMc, bem como EIMc e triglicerídeos, foi possível afirmar que o aumento das concentrações de triglicerídeos aumentam o risco de comprometimento das carótidas, causando o espessamento e que índice aterogênico aumenta a medida que a EIMc se eleva. Contudo, pode-se afirmar que todos os riscos cardiometabólicos avaliados neste estudo são gatilhos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principalmente, no que diz respeito à disfunção endotelial e aterosclerose.
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NARA VANESSA DOS ANJOS BARROS
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BIOACESSIBILIDADE IN VITRO, IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM GRÃOS CRUS E COZIDOS DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI BIOFORTIFICADAS
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 06/09/2019
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BARROS, N. V. A. Bioacessibilidade in vitro, identificação de compostos fenólicos e atividade antioxidante em grãos crus e cozidos de cultivares de feijão-caupi biofortificadas. 2019. 160 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI.
Os grãos de feijão-caupi contêm compostos bioativos dos quais se destacam os compostos fenólicos, que estão concentrados no tegumento da semente e têm o potencial de auxiliar na proteção do organismo contra doenças crônicas não transmissíveis. Pesquisas que avaliem as frações acessíveis à absorção pelo organismo dos compostos bioativos durante a digestão gastrointestinal in vitro de grãos de feijão-caupi são escassos. Assim, este estudo objetivou avaliar a bioacessibilidade in vitro dos compostos fenólicos e atividade antioxidante nos grãos de cultivares biofortificadas de feijão-caupi, antes e após a cocção. As cultivares BRS Aracê, BRS Tumucumaque e BRS Xiquexique foram analisadas em triplicata na forma de farinha, e após a cocção em panela de pressão doméstica por 13 minutos. Foram determinados os conteúdos de compostos fenólicos e flavonoides totais, proantocianidinas e atividade antioxidante pelo método de captura dos radicais livres DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazil), ABTS (ácido 2,2'-azino-bis (3-etilbenzotiazolino-6-sulfônico) e FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power), por meio da espectrofotometria, antes e após a cocção, e em todas as fases do processo digestivo (oral, gástrica, duodenal e colônica). Pesquisaram-se oito ácidos fenólicos, e a identificação e quantificação foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). O conteúdo de compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante foram reduzidos após a cocção, mas aumentaram com a digestão gastrointestinal simulada in vitro, devido à liberação de formas ligadas. Os ácidos fenólicos sofreram degradação sob condições gastrointestinais, entretanto, os grãos das três cultivares de feijão-caupi biofortificadas avaliadas mantiveram compostos com relevante bioatividade (grãos crus – ácidos gálico, cafeico e p-cumárico; grãos cozidos – ácidos gálico e cafeico) e atividade antioxidante, que podem auxiliar na proteção contra doenças crônicas não transmissíveis, tornando o feijão-caupi um alimento fonte de antioxidantes naturais, para inclusão na ingestão diária da população.
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KARINE ALEIXES BARBOSA DE OLIVEIRA
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COMPOSIÇÃO CENTESIMAL, TEOR DE MINERAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS DE LINHAGENS DE FEIJÃO AZUKI (Vigna angularis)
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Data: 30/08/2019
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OLIVEIRA, K. A. B. O. COMPOSIÇÃO CENTESIMAL, TEOR DE MINERAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS DE LINHAGENS DE FEIJÃO-AZUKI (Vigna angularis). 2019. 67f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. O objetivo deste estudo foi caracterizar linhagens de feijão-azuki quanto à composição centesimal (umidade, cinzas, lipídios, carboidratos e proteínas), ao valor energético total (VET), ao teor de minerais e aos compostos bioativos nos grãos. As 14 linhagens foram obtidas do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Feijão-caupi da Embrapa Meio-Norte e os grãos obtidos a partir de campo de multiplicação realizado no período de janeiro a junho de 2018 em telado no campo experimental da Embrapa Meio-Norte. Todas as análises foram desenvolvidas no período de junho de 2018 a abril de 2019. De cada linhagem foram obtidas farinhas para as análises. Determinaram-se os compostos bioativos das três linhagens com maior valor comercial, sendo analisados os compostos fenólicos e a atividade antioxidante. Todas as análises foram realizadas em triplicata e os resultados expressos como média ± desvio-padrão. Realizou-se a Análise de Variância e as médias foram comparadas com o teste de Scott-Knott (p≤0,05). Em relação aos compostos bioativos, o tempo decorrido entre a moagem e as análises foram 10 meses, onde as amostras foram mantidas em refrigerador doméstico a uma temperatura de 4ºC, em sacos de polietileno até o momento das análises. Assim, a linhagem BRA-00122305-6 se destacou apresentando os maiores conteúdos de compostos fenólicos = (552,38 mg GAE/100 g), de antocianinas (0,74 mg CE/100 g) e também de atividade antioxidante (77,9% de inibição). Conclui-se que as linhagens de feijão-azuki plantadas sob as condições do Nordeste brasileiro apresentam ótimas características nutricionais, minerais e funcionais, e, portanto, recomenda-se o seu consumo.
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MARA CRISTINA CARVALHO BATISTA
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EFEITO DO ISOTÔNICO À BASE DE CAJUÍNA NO DESEMPENHO E EM PARÂMETROS HIDROELETROLÍTICOS E HEMODINÂMICOS DE CORREDORES
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Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
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Data: 30/08/2019
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BATISTA, M. C. C. Efeito do isotônico à base de cajuína no desempenho e em parâmetros hidroeletrolíticos e hemodinâmicos de corredores. 2019. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. INTRODUÇÃO: O estado de hidratação adequado tem papel fundamental na manutenção das funções fisiológicas exigidas pelo exercício físico. Diferentes estratégias de hidratação têm sido utilizadas para minimizar as limitações associadas a desidratação como a utilização de repositores hidroeletrolíticos. OBJETIVO: Avaliar o efeito de isotônico à base de cajuína no desempenho e em parâmetros hidroeletrolíticos e hemodinâmicos em corredores amadores. METODOLOGIA: Ensaio clínico, randomizado, com delineamento crossover, envolvendo corredores amadores na faixa etária entre 18 e 40 anos de idade que foram submetidos a um protocolo composto de cinco estágios: 1) teste incremental em uma esteira ergométrica para determinar o consumo de oxigênio e adotar o valor para a carga usada nas demais etapas; 2) protocolo controle sem hidratação (PC); 3) protocolo experimental (PE) que consistia em três estágios distintos onde em cada estágio o voluntário fazia a ingestão de uma bebida diferente (Isotônico à base de cajuína, Gatorade® e água), de modo que todos consumiram as três bebidas. Os voluntários foram submetidos a um teste de exaustão em esteira a 70% do VO2PICO e 60 minutos de recuperação em repouso. A hidratação ocorreu antes, com ingestão prévia de 500 mL de água 2 horas antes do início do teste e durante, a cada 15 minutos, começando a contar a partir do 15º minuto de exercício até a conclusão, sendo a quantidade ingerida proporcional à massa corporal perdida no protocolo controle. Todos os estágios foram divididos em dois momentos, momento um (M1) e momento dois (M2), que correspondiam ao pré e pós teste físico, respectivamente. Nos momentos pré e pós do PE, os voluntários foram submetidos a avaliações: antropométricas (peso e estatura); composição corporal; sanguíneas (osmolalidade plasmática e quantificação de eletrólitos) e urinárias (osmolalidade, quantificação de eletrólitos e gravidade específica da urina – GEU). Também foram avaliados: consumo alimentar; taxa de sudorese; parâmetros hemodinâmicos (Pressão arterial sistólica e diastólica e frequência cardíaca); psicometria (Profile of Mood States - POMS); percepção subjetiva de esforço – PSE e desempenho físico. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: A ingestão dietética dos macronutrientes estava adequada. Entretanto, a ingestão de sódio e potássio estavam inadequados segundo as recomendações. Não houve diferença estatística nos valores da taxa de sudorese, na variação da massa corporal, desempenho físico, frequência cardíaca, osmolalidade plasmática e urinária, sódio e potássio plasmático e urinário, GEU, no estado de humor, na água intracelular, extracelular e água corporal total quando comparado a forma de suplementação. Nenhum voluntário apresentou o quadro de desidratação. CONCLUSÃO: A suplementação com isotônico à base de cajuína, Gatorade® e água promoveram os mesmos efeitos nas variáveis estudadas, não sendo observado diferenças entre os protocolos.
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MARIA MÁRCIA DANTAS DE SOUSA
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DESENVOLVIMENTO E CARATERIZAÇÃO DE PÃO TIPO FORMA COM FARINHA DE COTILÉDONES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.)
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Data: 30/08/2019
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O Brasil é um dos países que mais produzem e consomem feijão no mundo, porém nos últimos anos o consumo per capita de feijão vem diminuindo em decorrência das mudanças dos hábitos alimentares, em contrapartida o consumo per capita de pães e produtos panificados tem expectativa de crescimento principalmente em virtude de tendências alimentares por produtos com farinhas especiais ou integrais. Objetivou-se desenvolver e caracterizar um pão tipo forma com a adição de farinha de cotilédones de feijão-caupi. Para o desenvolvimento da formulação dos pães foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos (quatro níveis de substituição 0, 15%, 25% e 35%), e três repetições . Os pães foram analisados para parâmetros físicos: volume específico, cor, peso, pH e acidez; parâmetros químico:carboidratos, proteínas, lipídeos, umidade e cinzas; composição mineral e parâmetros sensoriais: intenção de compra e aceitação. Os resultados da análise sensorial e das análises físicas e químicas foram submetidos à análise de variância sendo as médias comparadas pelo Teste Tukey, a 5% de probabilidade. Para análise de volume específico, as formulações de 25% e 35% de FCFC apresentaram volumes menores quando comparados ao pão padrão, no entanto, em relação ao peso, apenas a formulação com 35% de FCFC apresentou redução em relação ao padrão.Para os parâmetros de umidade e proteínas, observou-se que apenas os pães com35% de farinha de cotilédones de feijão caupi (FCFC) diferem da formulação padrão. Entretanto, para as análises de cinzas, pH, acidez, lipídeos e carboidratos todas as formulações de pães (15%, 25% e 35% de FCFC)diferem estatísticamente da formulação padrão. A formulação de 35% de FCFC foi significativamente a mais rica em teor dos minerais como fósforo, potássio, zinco e manganês. A análise sensorial dos pães revelou uma boa aceitação nas três formulações, porém a formulação com a substituição de 15% foi a mais aceita, com média 6 na aceitação global, em escala hedônica de 9 pontos, referente a “gostei ligeiramente”, e a formulação com 25% de FCFC a menor aceitação com nota 5 corresponde a “não gostei e nem desgostei”. Os resultados demonstram que a farinha de feijão-caupi apresenta potencial para substituição da farinha de trigo na formulação de pães, permitindo a obtenção de um produto com aceitação sensorial e elevação no teor nutricional, como fonte de proteínas e minerais.
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ROSANA RODRIGUES DE SOUSA
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INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS NA PREDIÇÃO DA ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM ADULTOS
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Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
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Data: 26/08/2019
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SOUSA, R.R. Indicadores antropométricos na predição da elevação da pressão arterial em adultos. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição; Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI, 2019. INTRODUÇÃO: O presente trabalho objetivou avaliar a capacidade de indicadores antropométricos de gordura corporal em predizer elevação da pressão arterial em indivíduos adultos. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal domiciliar, cuja amostra foi composta por 784 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos, residentes nas cidades de Teresina e Picos-Piauí. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, de estilo de vida e de morbidade autorreferida. Aferiu-se a pressão arterial (PA), em duplicata, utilizando-se esfigmomanômetro aneroide. A avaliação antropométrica incluiu medidas de peso, estatura, circunferência da cintura e dobras cutâneas. Para a seleção dos indicadores antropométricos, realizou-se análises de correlação com a gordura corporal estimada pela densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA) em uma população americana de referência. Os indicadores antropométricos selecionados neste estudo foram o Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura-Altura (RCA) e a Soma das Dobras Cutâneas Tricipital e Subescapular (ΣPCT+PSE). A regressão linear foi utilizada para determinar a relação entre os parâmetros antropométricos e a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD). Curvas ROC foram construídas para determinar a acurácia dos indicadores antropométricos para predizer risco de elevação dos níveis pressóricos. RESULTADOS: Todos os indicadores antropométricos apresentaram diferença significativa com relação ao desfecho e se associaram com a PAS e PAD. Após os ajustes, os indicadores que apresentaram maior associação com a PA foram a CC e o IMC, quando comparados aos outros parâmetros antropométricos (RCA e Σ PCT+PSE), tanto com a PAS quanto a PAD. O IMC e CC se associaram mais fortemente e de forma semelhante à PA elevada e mostraram sensibilidade e especificidade aceitável para identificar o aumento da pressão arterial, apresentaram-se como melhores preditores do risco na população estudada, em ambos os sexos. CONCLUSÃO: Considerando-se os percentuais de área sob a curva, sensibilidade e especificidade aceitáveis, sugere-se o uso do IMC e CC como ferramentas de triagem na elevação da pressão arterial em adultos, os quais podem ser facilmente aplicados à prática clínica e pesquisas de saúde.
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ANA KARINE DE OLIVEIRA SOARES
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IDENTIFICAÇÃO E BIOACESSIBILIDADE DE COMPOSTOS FENÓLICOS, TEOR DE MINERAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE NO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener) DE DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 02/08/2019
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SOARES, A. K. O. IDENTIFICAÇÃO E BIOACESSIBILIDADE DE COMPOSTOS FENÓLICOS, TEOR DE MINERAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE NO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener) DE DIFERENTES SISTEMA DE CULTIVO. 2019. 114 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
O sistema de cultivo orgânico é caracterizado por utilizar técnicas específicas, que respeitam à integridade cultural das comunidades ruarais e que realizem a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos, com objetivo da sustentabilidade econômica e ecológica, da pontencialização dos benefícios sociais, e a redução da dependência de energia não-renovável. Dentre os frutos produzidos no sistema orgânico tem grande destaque o maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener), que é rico em minerais e vitaminas, especialmente ácido ascórbico, retinol, tiamina, riboflavina e niacina, é também uma boa fonte de carotenóides, fenólicos, antocianinas e alcaloides. Diante disso, visou-se no presente estudo, identificar os compostos fenólicos e avaliar a bioacessibilidade, determinar o teor de minerais e a atividade antioxidante no maracujá produzido nos sistemas de cultivo convencional e orgânico. Utilizou-se o teste de t de Student, Análise de Variânça e teste de Tukey. Os resultados foram expressos em médias e desvio-padrão e o nível de significância adotado foi de 5%. O maracujá orgânico apresentou maior teor de sólidos solúveis, com diferença significativa (p ≤ 0,05). Observou-se que os teores de umidade, proteínas e potássio foram maiores no fruto convencional, enquanto os teores de sólidos solúveis, lipídios, carboidratos, cálcio, ferro e sódio foram maiores nos frutos orgânicos. O teor de β-caroteno foi estatisticamente diferente entre os frutos, sendo o do sistema de cultivo convencional que apresentou maior teor. O teor de fenólicos totais e taninos condensados foi estatiscamente significativo maior no fruto orgânico. A fase gástrica apresentou teores maiores no fruto orgânico para os flavonoides totais e taninos condensados. Na fase colônica o teor de taninos condensados foi maior no convencional. O maracujá cultivado no sistema convencional apresentou elevada atividade antioxidante em todas as fases, com exceção da fase duodenal. No maracujá proveniente dos sistemas de cultivo convencional e orgânico foi identificado e quantificado os ácidos ferúlico, elágico e cafeico. Concluiu-se que maracujá convencional apresentou teor maior de proteínas, umidade, β-caroteno e o orgânico de carboidratos e lipídios, ambos demonstraram ser fontes de potássio e magnésio. O maracujá orgânico antes do processo digestivo simulado apresentou maior teor de compostos fenólicos totais e após a digestão, na fase gástrica, apresentou maiores teores também de flavonoides totais e taninos condensados. A atividade antioxidante foi maior na fase duodenal e colônica no maracujá convencional. No maracujá orgânico foi maior na fase oral e gástrica. Foram identificados os compostos fenólicos cafeico, ferúlico e elágico, antes e após a disgestão simulada, e o teor desses compostos aumentou no decorrer das fases do processo digestivo em ambos os sistemas de cultivo.
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ANA CLAUDIA CARVALHO MOURA
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O MERCADO PÚBLICO DE TERESINA: A LÓGICA DAS ESCOLHAS ALIMENTARES E SEUS DETERMINANTES NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
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Data: 08/07/2019
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INTRODUÇÃO: Os mercados públicos são ambientes culturais ainda pouco explorados no que diz respeito à culinária, às preparações servidas e às práticas alimentares dos comensais que os frequentam. Nesse contexto, o estudo dos determinantes da escolha alimentar permite maior conhecimento a respeito dos principais fatores que direcionam a conduta alimentar em tais locais. OBJETIVO: Analisar os determinantes associados à escolha alimentar por parte de indivíduos que frequentam os restaurantes do mercado público da Piçarra. METODOLOGIA: Pesquisa de natureza transversal, constituída por 198 adultos, de ambos os sexos, maiores de 19 anos de idade e comensal habitual no mercado público da Piçarra. As variáveis investigadas foram: sexo, idade, etnia, estado civil, escolaridade, renda familiar, profissão e procedência. As informações de saúde levantadas foram o diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis, sobre prática de atividade física, ingestão de bebidas alcóolicas, uso do tabaco e autopercepção sobre saúde. Os determinantes da escolha alimentar foram avaliados pelo Food Choice Questionnaire com ênfase no alimento e no indivíduo. RESULTADOS: A maioria das pessoas abordadas era do sexo masculino, com idade entre 30 e 39 anos, identificados como pardos, em convívio com companheiro, com ensino superior completo, renda mensal inferior a dois salários mínimos, residentes em Teresina. A maioria não apresentava doenças, praticava atividade física, não fumava, avaliou a sua saúde como boa, frequentava o mercado raramente e fazia refeições no mesmo restaurante, com companhia. O almoço era a principal refeição realizada e a panelada a preparação mais servida. O sabor dos alimentos foi o atributo mais valorizado. O preço, a qualidade das preparações, os aspectos higiênicos e os restaurantes foram avaliados como bons. Quanto aos determinantes da escolha alimentar, o apelo sensorial, o preço e a saúde foram considerados os mais importantes. CONCLUSÃO: O mercado público da Piçarra constitui-se em um espaço dotado de simbolismo e replicador da cultura local, fornece à população produtos e pratos típicos da região de valoração pelos comensais. Além disso, favorece socialização e comensalidade entre os usuários do serviço de alimentação, que dentre diversos atributos são atraídos principalmente pelo sabor das preparações servidas, pela praticidade em encontrar o alimento pronto para o consumo e pelo baixo custo das refeições.
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KYRIA JAYANNE CLÍMACO CRUZ
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ASSOCIAÇÃO ENTRE AS CONCENTRAÇÕES DE MINERAIS (MAGNÉSIO, ZINCO E SELÊNIO) E MARCADORES METABÓLICOS DOS FENÓTIPOS OBESIDADE METABOLICAMENTE SAUDÁVEL E OBESIDADE METABOLICAMENTE NÃO SAUDÁVEL
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 29/06/2019
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CRUZ, K. J. C. Associação entre as concentrações de minerais (magnésio, zinco e selênio) e marcadores metabólicos dos fenótipos obesidade metabolicamente saudável e obesidade metabolicamente não saudável. 2019. Tese - Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. INTRODUÇÃO: Estudos epidemiológicos têm identificado um subconjunto da população obesa com fenótipo metabólico benéfico, conhecido como obesidade metabolicamente saudável. Por outro lado, quando ocorre disfunção do tecido adiposo e acúmulo de gordura intra-abdominal, o indivíduo obeso apresenta fenótipo metabolicamente não saudável. Atualmente, pesquisadores têm mostrado interesse pela avaliação de micronutrientes nos dois tipos de fenótipos da obesidade. OBJETIVO: Avaliar a associação entre as concentrações de minerais (magnésio, zinco e selênio) e marcadores metabólicos dos fenótipos obesidade metabolicamente saudável e obesidade metabolicamente não saudável. MÉTODOS: Foi conduzido estudo transversal com 140 mulheres, que foram distribuídas em três grupos: grupo experimental I (obesas metabolicamente saudáveis, n=35), grupo experimental II (obesas metabolicamente não saudáveis, n=28) e grupo controle (mulheres saudáveis, n=77). Foram aferidos peso corporal, estatura e circunferências da cintura, do quadril e do pescoço. Índice de massa corpórea, relação cintura-quadril, relação cintura-estatura e índices de adiposidade foram calculados. As determinações das concentrações séricas de glicose e insulina de jejum foram realizadas pelos métodos enzimático colorimétrico e quimioluminescência, respectivamente. As análises das concentrações plasmáticas de hemoglobina glicada foram conduzidas por meio do método de cromatografia de troca iônica. Os lipídios séricos foram analisados segundo método enzimático colorimétrico. Os índices HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance), HOMA-β, índices de Castelli I e II foram calculados. A pressão arterial foi aferida. A avaliação das concentrações de cortisol sérico e leptina plasmática foi realizada pelo método de eletroquimioluminescência e radioimunoensaio, respectivamente. As concentrações plasmáticas de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) foram determinadas seguindo a metodologia descrita por Ohkawa, Ohishi e Yagi (1979), com adaptações. A atividade das enzimas superóxido dismutase eritrocitária e glutationa peroxidase eritrocitária foi avaliada em analisador bioquímico automático. As concentrações séricas dos hormônios TSH, T3 e T4 livres foram determinadas por quimioluminescência. A análise da ingestão de energia, macronutrientes magnésio, zinco e selênio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o software Nutwin, versão 1.5. As concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias dos minerais foram determinadas em espectrômetro de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. RESULTADOS: Os valores de insulina de jejum, HOMA-IR, HOMA-β, triglicerídeos, VLDL, HDL-colesterol, índice de Castelli I e pressão arterial sistólica foram semelhantes entre o grupo controle e as mulheres obesas metabolicamente saudáveis e estas ainda tinham valores reduzidos destes parâmetros em relação às obesas não saudáveis, com exceção do HDL-colesterol, que se encontrava elevado. Ambos os grupos dos fenótipos obesos possuiam valores elevados de TBARS e leptina e reduzidos da enzima superóxido dismutase, quando comparados ao grupo controle. No entanto, somente as obesas não saudáveis mostraram valores elevados da fração não-HDL-colesterol e do índice de Castelli II, em relação às participantes eutróficas. As pacientes obesas apresentaram concentrações plasmáticas e eritrocitárias reduzidas dos minerais e valores urinários elevados, em relação ao grupo controle, independente do fenótipo saudável ou não saudável. Houve correlação significativa entre as concentrações dos minerais e marcadores metabólicos dos fenótipos metabolicamente saudáveis e não saudáveis. CONCLUSÃO: O estudo revela a influência da deficiência nestes minerais em distúrbios metabólicos presentes na obesidade, a exemplo da resistência à insulina, dislipidemias, estresse oxidativo e alterações nos hormônios tireoidianos.
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LAYANNE CRISTINA DE CARVALHO LAVÔR
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ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE ADIPOSIDADE CORPORAL E A PRESENÇA DE HIPERTENSÃO E DIABETES EM ADULTOS
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Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
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Data: 28/06/2019
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LAVÔR, L.C.C. Associação entre indicadores antropométricos de adiposidade corporal e a presença de hipertensão e diabetes em adultos. 2019. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição; Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. Introdução: Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são responsáveis pela morte de 41 milhões de pessoas a cada ano o que equivale a 71% de todas as mortes globalmente. Dentre as DCNT de maior prevalência na população adulta, a Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus tipo 2 se sobressaem como as doenças corresponsáveis pelas principais causas de mortalidade e hospitalizações no país. Objetivo: verificar o poder preditivo e a associação de indicadores antropométricos tradicionais e novos com a presença de hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 na população adulta dos municípios de Teresina e Picos (PI). Metodologia: Estudo de natureza transversal, de base populacional, realizada com 1059 indivíduos adultos, com idade entre 20 a 59 anos, residentes em Teresina e Picos (PI). Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, de estilo de vida e de perfil de saúde obtidos mediante aplicação de questionários estruturados, adaptados de inquéritos utilizados em outros estudos populacionais. Também foram coletados dados antropométricos de altura, peso e circunferência da cintura (CC). O diagnóstico de hipertensão e diabetes foi obtido de forma autorreferida. Os indicadores utilizados neste estudo foram IMC, CC, CC/altura, CC2/altura e CC/altura2. As análises estatísticas foram realizadas por meio do programa Stata versão 13.0. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Em ambos os sexos, todos os indicadores antropométricos obtiveram capacidade preditória aceitável para detectar a presença de hipertensão e diabetes (AUC > 0,5), com destaque para os índices de CC/altura2 (AUC=0,75) em mulheres e de CC2/altura (AUC=0,73) em homens para a detecção de hipertensão. Quanto ao diabetes, o índice que apresentou melhor área abaixo da curva foi CC/altura2 tanto para mulheres (AUC=0,77) quanto para homens (AUC =0,67), porém sem diferença significativa entre as áreas abaixo da curva dos índices para o sexo masculino. Na análise bruta de Razão de Prevalência, todos os índices demonstraram associação significativa com a hipertensão para ambos os sexos. Quanto ao Diabetes, todos os índices demonstraram associação significativa com o desfecho para o sexo feminino, com exceção do IMC e CC para o sexo masculino. Após ajustes para variáveis sociodemográficas e de estilo de vida, a força de associação de todos os índices diminuiu, permanecendo significativa em ambos os sexos para hipertensão, porém não significativa para o sexo masculino com relação ao diabetes. Os índices que se associaram mais fortemente aos desfechos foram o CC/altura e a razão CC/altura2. Conclusão: Diante do exposto, observou-se que em relação à presença de hipertensão, os índices CC/altura2 e CC2/altura apresentaram melhor poder preditivo para o desfecho em ambos os sexos. Entretanto, o índice de CC/altura destacou-se como aquele mais associado à presença de hipertensão em ambos os sexos. Quanto ao Diabetes, o índice CC/altura2 foi apresentou melhor poder preditivo para o desfecho em mulheres, bem como associação mais forte com o desfecho para o sexo feminino, mesmo após ajustes.
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AMANDA FERRAZ BRAZ
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EFEITOS DA CAQUEXIA ASSOCIADA AO CÂNCER SOBRE O BALANÇO ENERGÉTICO
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Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
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Data: 27/06/2019
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BRAZ, A. F. Efeitos da caquexia associada ao câncer sobre o balanço energético. 2019. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí. Teresina – PI. A caquexia é definida como uma síndrome multifatorial resultante da perda contínua e involuntária de músculo, com ou sem depleção de gordura. Acomete 80% dos pacientes com câncer avançado e é a principal causa de morte em 30% desses indivíduos. A progressão da caquexia está associada a alterações metabólicas significativas, resultando em aumento do gasto energético, catabolismo e prejuízo na funcionalidade das células. A depleção de tecido adiposo branco (TAB) e sua concomitante mudança para tecido adiposo marrom (browning), representam uma má adaptação fisiológica, que agrava a perda de peso e a disfunção metabólica decorrentes da caquexia associada ao câncer. Apesar do crescente número de estudos focados na relação entre caquexia e desordens metabólicas, os mecanismos envolvidos permanecem complexos e pouco elucidados. Assim, investigou-se os efeitos deletérios da caquexia associada ao câncer sobre o balanço energético. A caquexia foi induzida pela inoculação intraperitoneal de células tumorais Yoshida AH-130 em ratos Wistar. Os animais do grupo controle receberam substância veículo. Peso corporal e consumo de ração foram avaliados diariamente durante sete dias de protocolo. A captura das imagens termográficas para determinação da temperatura do tecido adiposo marrom (TAM) ocorreu nos tempos 0, 4 e 7 dias. Tumor, TAB (epididimal, retroperitoneal e mesentérico), TAM e músculo gastrocnêmio foram coletados e pesados. Em seguida, procedeu-se a análise histológica das amostras de TAB epididimal e de TAM, bem como, avaliação da expressão de genes relacionados ao balanço energético no TAB epididimal. Foi observado progressão tumoral, redução do peso corporal, juntamente com o índice de caquexia, e depleção de gastrocnêmio nos animais do grupo tumor. A caquexia determinou redução do consumo de ração e da eficiência metabólica. No TAB epididimal houve incremento do peso e aumento do tamanho dos adipócitos, enquanto os depósitos retroperitoneal e mesentérico não foram alterados. Por outro lado, observamos redução do TAM. Os animais caquéticos também manifestaram aumento da expressão dos genes FAS e LPL no TAB epididimal e redução na temperatura do TAM ao final do protocolo. Logo, o modelo de caquexia associada ao câncer foi bem estabelecido e caracterizado. A caquexia promoveu expressiva redução no consumo alimentar e respostas heterogêneas entre os depósitos de tecido adiposo, evidenciado pelo tecido adiposo epididimal que apresentou incremento da lipogênese e pela depleção de tecido adiposo marrom.
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VANESSA PASSOS OLIVEIRA
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ERICA: História familiar de diabetes e de hipertensão e sua associação com resistência à insulina e diabetes em adolescentes
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Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
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Data: 13/06/2019
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RESUMO: OLIVEIRA, V.P. ERICA: História familiar de diabetes e de hipertensão e sua associação com resistência à insulina e diabetes em adolescentes. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí - UFPI, Teresina-PI, 2019.
INTRODUÇÃO: Portadores de diabetes mellitus e resistentes à insulina podem apresentar diversas doenças e distúrbios metabólicos associados. Assim, conhecer o impacto da história familiar de diabetes e de hipertensão no surgimento da resistência insulínica e do diabetes mellitus nos adolescentes permite controle metabólico precoce. OBJETIVO: Estimar a associação entre a história familiar de diabetes e de hipertensão e a presença de resistência à insulina e diabetes em adolescentes. METODOLOGIA: Utilizou-se dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, inquérito de base escolar que avaliou adolescentes de 12 a 17 anos, entre fevereiro de 2013 e novembro de 2014. Analisou-se a história familiar de diabetes e de hipertensão de adolescentes eutróficos e com excesso de peso, com e sem resistência à insulina (índice HOMA-IR) e diabetes mellitus (glicemia de jejum). Foi utilizado o software Stata 15.1 e regressão logística para estimar a razão de chance (OR), e Teste Qui-Quadrado de Pearson, considerando p<0,05. As associações foram ajustadas por sexo, estado de peso, tipo de escola e idade. Os participantes assinaram o Termo de Assentimento, e os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 37.892 adolescentes; 15,4% tinham história familiar de diabetes e 44,9% de hipertensão arterial. Adolescentes do sexo feminino apresentaram maiores médias de índice HOMA-IR. Entre os meninos foram observadas maiores medias nas concentrações plasmáticas de glicose. Médias mais elevadas de glicose plasmática e índice HOMA-IR foram encontradas nos adolescentes com excesso de peso. A história familiar de diabetes foi associada à presença de diabetes mellitus (ORbruto=2,57; ORajustado=2,36) nas adolescentes. Em adolescentes com excesso de peso, a história familiar de diabetes esteve associada com diabetes mellitus (ORbruto=3,20; ORajustado=3,29) e resistência à insulina (ORbruto=1,57; ORajustado=1,53). Da mesma forma, a história familiar de hipertensão se associou ao diabetes mellitus (ORajustado=1,64) e resistência à insulina (ORajustado=1,65). CONCLUSÃO: Adolescentes com historia familiar de diabetes mellitus e de hipertensão arterial em parentes de primeiro grau apresentam maior prevalência de resistência a insulina e diabetes mellitus.
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RAÍSA DE OLIVEIRA SANTOS
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EXERCÍCIO FÍSICO E SUPLEMENTAÇÃO DE GLUTAMINA MELHORAM A DISMOTILIDADE GÁSTRICA E INFLAMAÇÃO INTESTINAL DE RATOS COM COLITE ULCERATIVA: ENVOLVIMENTO DE IL-1β, IL-6, TNF-α E MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO.
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Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
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Data: 07/05/2019
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: A colite ulcerativa é caracterizada pela inflamação intestinal difusa e recorrente do cólon e
reto, acredita-se que as produções excessivas de espécies reativas de oxigênio e citocinas
pró-inflamatórias estejam relacionadas com a patologia. Ressalta-se o papel da
suplementação de glutamina que juntamente ao exercício físico promova a redução do
dano intestinal. O objetivo foi avaliar os efeitos dos exercícios físicos e da suplementação
de glutamina sobre parâmetros gastrintestinais de ratos com colite ulcerativa. Os ratos
machos Wistar (n=5 a 12/grupo), 250-300g, foram suplementados com 1g de glutamina/kg
p.c por 8 semanas, via oral. Outros grupos foram submetidos aos treinamentos, anaeróbio:
5 sessões por semana de saltos individuais, 4 séries de 10 saltos, com sobrecarga
progressiva (50-85% do p.c); aeróbio: sessões de natação, 5 x/semana, 60 min/ sessão,
durante 8 semanas. Após o treinamento físico e/ou a suplementação ocorreu a indução da
colite ulcerativa por sonda intra-colônica posicionada a 8 cm do ânus com 1 ml de ácido
acético a 4% em solução salina (pH 2.3), posteriormente avaliou-se: lesão macroscópica;
ganho de peso corporal, órgãos e tecidos; esvaziamento gástrico; análise histológica;
determinação dos níveis de nitrato/nitritos, malondialdeído, mieloperoxidase e atividade de
superóxido dismutase em tecidos colônicos; determinação das concentrações de citocinas
IL-1β, IL-6, TNF-α em tecidos colônicos. Observamos que a colite ulcerativa aumentou
significativamente a perda do ganho de p.c (∆) (24,50 ± 4,30 vs. 74,57 ± 4,20 g/dia); lesão
macroscópica colônica (6,66 ± 0,47 vs. 0,30 ± 0,15); peso do cólon (0,32 ± 0,02 vs. 0,19 ±
0,11 g), concentração de nitrato/nitritos (0,10 ± 0,004 vs. 0,07± 0,003 μM), malondialdeído
(130,4 ± 14,75 vs. 36,62 ± 5,37 nmol/g), mieloperoxidase (6,32 ± 0,83 vs. 1,90 ± 0,36
UI/mg) e diminuição da atividade de superóxido dismutase (0,90 ± 0,21 vs. 3,74 ± 0,38
UI/mgHb). Houve aumento significativo no grupo com colite ulcerativa de IL-1β: 16,99 ±
2,90 vs. ND pg/mg, IL-6: 7,52 ± 0,59 vs. 3,21 ± 0,90 pg/mg e TNF-α: 24,57 ± 4,71 vs. 0,57 ±
0,16 pg/mg, também ocasiona extensas lesões microscópicas, caracterizadas por danos
hemorrágicos, edema, perda de células epiteliais e processo inflamatório (p< 0,05). Em
relação ao esvaziamento gástrico, a colite aumentou (p< 0,05) a taxa de esvaziamento
(76,58 ± 4,91 vs. 47,61 ± 4,48 ug/ml). Ambos os exercícios físicos foram capazes de
reverter (p< 0,05) os efeitos da patologia de acordo com: lesão macroscópica (CU+ Ex
anaeróbio: 4,77 ± 0,46; CU+ Ex aeróbio: 4,28 ± 0,56 vs. CU: 6,66 ± 0,47), taxa de
esvaziamento gástrico (CU+ Ex anaeróbio: 70,58 ± 10,27; CU+ Ex aeróbio: 63,77 ± 3,5 vs.
CU: 76,58 ± 4,91 ug/ml), níveis teciduais de malondialdeído (CU+ Ex anaeróbio: 70,79 ±
4,01; CU+ Ex aeróbio: 70,84 ± 10,62 vs. CU: 181,0 ± 39,39 nmol/g), mieloperoxidase (CU+
Ex anaeróbio: 3,17 ± 0,65; CU+ Ex aeróbio: 3,25 ± 0,84 vs. CU: 6,32 ± 0,83 UI/mg),
atividade de superóxido (CU+ Ex anaeróbio: 6,09 ± 0,31; CU+ Ex aeróbio: 3,06 ± 0,39 vs.
CU: 0,90 ± 0,21 UI/mgHb), IL-1β (CU+ Ex anaeróbio: 5,82 ± 1,13; CU+ Ex aeróbio: 4,05 ±
2,27 vs.CU: 16,99 ± 2,90 ρg/mg), TNF-α (CU+ Ex anaeróbio: 5,67 ± 0,79; CU+ Ex aeróbio:
6,02 ± 0,45 vs. CU: 20,12 ± 3,69 ρg/mg) e danos microscópicos colônicos. A
suplementação previniu (p< 0,05) em relação: ganho de p.c (60 ± 4,80 vs. 24,50 ± 4,30
g/dia), lesão macroscópica (4,0 ± 0,65 vs. 6,66 ± 0,47), níveis teciduais de nitrato/nitritos
(0,08 ± 0,001 vs. 0,10 ± 0,004 μM), malondialdeído (72,93 ± 3,92 vs. 130,4 ± 14,75 nmol/g),
mieloperoxidase (2,40 ± 0,16 vs. 6,32 ± 0,83 UI/mg) e atividade de superóxido (3,96 ± 0,40
vs. 0,90 ± 0,21 UI/mgHb), IL-1β (4,10 ± 1,54 vs.16,99 ± 2,90 ρg/mg), IL-6 (3,11 ± 0,24 vs.
6,54 ± 1,08) e TNF-α (3,82 ± 0,57 vs. 24,57 ± 4,71 ρg/mg). Quanto ao efeito do exercício
físico aliado a suplementação foi protetor em relação: ganho de p.c (67,17 ± 5,08 vs. 24,50
± 4,30 g/dia), IL-1β (9,14 ± 1,50 vs. 16,99 ± 2,90 pg/mg), TNF-α (3,82 ± 0,57 vs. 24,57 ±
4,71 pg/mg). Concluímos que ambos os exercícios físicos melhoram a dismotilidade
gástrica e a inflamação intestinal induzida pela colite ulcerativa em ratos.
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ISLANNE LEAL MENDES
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PERFIL DE SELÊNIO E SUA RELAÇÃO COM OS MARCADORES DE DEFESA ANTIOXIDANTE EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
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Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
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Data: 02/05/2019
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Introdução: A doença renal crônica é uma doença multifatorial, que se manifesta
pela perda progressiva e irreversível da função renal, cuja evolução implica em
maior risco de comorbidades associadas e depleção nutricional. Objetivo: Avaliar o
perfil de selênio e sua relação com os marcadores de defesa antioxidante em
pacientes com doença renal crônica em terapia hemodialítica. Materiais e Métodos:
Estudo transversal envolvendo 82 participantes de ambos os sexos, idade superior a
18 anos, atendidos em Centros de Terapia Dialítica em Teresina (PI). Os
participantes foram alocados em grupos distintos: grupo constituído por indivíduos
com até 5 anos de hemodiálise, e o grupo composto por indivíduos com mais de 5
anos de hemodiálise. Esses grupos foram estratificados por faixa etária, levando em
consideração as alterações fisiológicas decorrentes da idade. Foram investigados
dados socioeconômicos, parâmetros antropométricos (peso, estatura,
circunferências e dobra) para diagnóstico nutricional e determinaram-se as
concentrações plasmáticas e eritrocitárias de selênio e das enzimas antioxidantes
superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx). Os dados foram
analisados no programa software SPSS, com a aplicação de testes para avaliar a
correlação entre as variáveis, sendo considerado estatisticamente significativo p
<0,05. Resultados: As concentrações plasmaticas e eritrocitárias de selênio
estavam baixas na amostra. A ingestão dietética de selênio estava acima da EAR.
As concentrações da enzima SOD estavam elevadas, e as concentrações de GPX
estavam normais. Estratificando-se por faixa etária (adulto e idoso) e por tempo de
duração de hemodiálise, os resultados mostraram que os participantes adultos com
tempo de duração de hemodiálise > de 5 anos apresentaram concentrações das
enzimas GPX (p=0,015) e SOD (p=0,004) estatisticamente inferiores (p<0,05) em
relação aos participantes com menos tempo de duração da hemodiálise.Não houve
correlação entre selênio plasmático e dietético com as enzimas antioxidantes
(p>0,05). Houve correlação significativa e positiva entre a concentração de selênio
eritrocitário com a enzima SOD em adultos e idosos, e entre a concentração de
selênio eritrocitário com a enzima GPx em adultos (p<0,05). Conclusão: Os
pacientes renais em terapia hemodialítica apresentam comprometimento no estado
nutricional relativo ao selênio, expresso pelas baixas concentrações eritrocitárias e
plasmáticas desse mineral, e comprovou-se a influencia do mineral na atividade de
SOD em adultos e idosos e da GPX em adultos, evidenciando a associação do
mesmo na melhora da defesa antioxidante, para assim reduzir o estresse causado
pela doença e tratamento.
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ELYNNE KRYSLLEN DO CARMO BARROS
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CARACTERIZAÇÃO E DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI COM BASE NOS TEORES DE PROTEÍNAS, FERRO E ZINCO E NA QUALIDADE DE COZIMENTO
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Data: 30/04/2019
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BARROS, E. K. do C. CARACTERIZAÇÃO E DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI COM BASE NOS TEORES DE PROTEÍNAS, FERRO E ZINCO E NA QUALIDADE DE COZIMENTO. 2019. 76 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina - PI. No melhoramento, a caracterização do germoplasma e os estudos de divergência genética são importantes por permitirem identificar parentais que quando cruzados gerem populações com variabilidade genética ampla e progênies superiores. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi caracterizar genótipos de feijão-caupi e a divergência genética para qualidade nutricional e de cozimento. Conduziu-se um ensaio em blocos ao acaso, com 24 tratamentos (linhagens e cultivares) e duas repetições, em condições de casa de vegetação, em Teresina PI, no ano agrícola 2018/2019. A partir de amostras de grãos dos genótipos, realizaram-se análises dos conteúdos de proteínas, ferro e zinco e da porcentagem de grãos cozidos, respectivamente, pelos métodos Kjeldahl; digestão nitro-perclórica e leitura em espectrofotômetro de absorção atômica; e cocção em panela de pressão elétrica e avaliação da porcentagem de grão cozidos via cozedor de Mattson. As médias foram agrupadas pelo teste de Tocher. A dissimilaridade genética foi avaliada por meio da distância generalizada de Mahalanobis e o agrupamento dos genótipos com base nos métodos da ligação média entre grupo - UPGMA e de otimização de Tocher. O teor médio de proteínas nos genótipos avaliados foi de 28,53 g 100g-1 de feijão-caupi, destacando-se três genótipos com valores variando de 31,78 a 32,23 g 100g-1. Os maiores teores de ferro e zinco obtidos foram de 6,82 e 6,41 mg por 100g de feijão-caupi, respectivamente, e todos os genótipos apresentaram altos teores para esses minerais. A porcentagem de grãos cozidos variou de 3 a 100%, com média de 63,21%, e a subclasse comercial Manteiga apresentou a melhor qualidade de cozimento. As médias foram agrupadas por meio do teste de Tocher. Para avaliação da divergência genética entre os genótipos foram estimadas as distâncias generalizadas de Mahalanobis (D²) e o agrupamento dos genótipos com base nas metodologias de ligação média entre grupo - UPGMA e de otimização de Tocher. O teste de Tocher evidenciou a existência de variabilidade para todos os caracteres, notadamente para a porcentagem de grãos cozidos. A porcentagem de grãos cozidos e o teor de proteínas foram os caracteres que mais contribuíram para a divergência genética entre os genótipos. Os genótipos BRS Novaera e MNC11-1019E-15 apresentaram a maior dissimilaridade genética, enquanto BRS Tumucumaque e TVU-167, a maior similaridade genética. Os métodos de otimização de Tocher e UPGMA possibilitaram a formação de seis grupos, havendo concordância entre os grupos formados pelos dois métodos e algumas coincidências de agrupamento por classe/subclasse comercial. Para o incremento do teor de proteínas, recomenda-se o cruzamento MNC00-595F-27 e MNC11-1019E-15. Os cruzamentos TVU-167 e MNC01-649F-2-11; e IT-829-889 e MNC11-1019E-15 favorecem ao aumento dos teores de ferro e zinco, respectivamente. Com relação à qualidade de cozimento, dentre as combinações que obtiveram maior divergência genética entre si, as melhores porcentagens de grãos cozidos foram obtidas pela combinação MNC00-595F-27 e MNC11-1019E-15. Essas combinações são promissoras para o desenvolvimento de cultivares de feijão-caupi biofortificadas em ferro, zinco e proteína e com melhor qualidade de cozimento.
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MICHELE ALVES DE LIMA
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BEBIDA FERMENTADA DO EXTRATO HIDROSSOLÚVEL DO ALBÚMEN DO COCO-VERDE SABORIZADA COM MORANGO
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Data: 15/04/2019
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Com a valorização do estilo de vida saudável e das necessidades e restrições
alimentares dos consumidores, a indústria de alimentos vem se preocupando em
inovar na elaboração de alimentos. Dessa forma, a utilização de extratos vegetais
surge como uma opção tanto para o públicointolerante à lactose, quanto ao público
que busca uma alimentação mais saudável. Objetivou-se elaborar uma bebida
fermentada de extrato hidrossolúvel de coco-verde (Cocos nucifera L.) saborizada
com calda de morango (Fragaria x ananassa). Foram elaboradas diferentes
formulações com combinações de fermento (X1) e calda de morango (X2) definidas
por meio do Delineamento Composto Central Rotacional 22. Obteve-se 11
experimentos, os quais foram submetidos a análise de pH, sólidos solúveis totais,
acidez, ratio, viscosidade, sinérese e Aw. Após análise do efeito sobre as respostas,
foram selecionadas 3 formulações para estudo da composição centesimal, valor
energético total, análises físico-químicas, tecnológicas, microbiológica e sensorial.
Todas as formulações apresentaram baixa umidade (21,89% a 24,42%), alto valor
energético total (321,36 a 337,06 kcal/100g), provavelmente devido ao conteúdo de
ácidos graxos do albúmen do coco-verde, além de um alto conteúdo de vitamina C
(27,52 mg/100g) para a formulação 2. Todas as formulações apresentaram
viscosidade característica de bebida fermentada, ausência de sinérese, Índice de
Aceitação acima de 70% na aceitação global e nenhuma apresentou contaminação
microbiológica. As bebidas desenvolvidas mostraram potencial tecnológico e
sensorial, sendo uma opção inovadora para um público mais saudável e exigente,
bem como para aqueles que apresentam alguma restrição a produtos lácteos.
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WANESSA SALES DE ALMEIDA
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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, ATIVIDADE ANTIBACTERIANA, ANTIFÚNGICA E ANTIAFLATOXIGÊNICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia lasiocalycina TERESINA, PI 2018
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Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
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Data: 25/02/2019
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ALMEIDA, W. S. Caracterização química, atividade antibacteriana, antifúngica e antiaflatoxigênica do óleo essencial de Lippia lasiocalycina. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí – UFPI, Teresina - PI, 2018. A contaminação de alimentos por espécies fúngicas produtoras de aflatoxinas geram enormes perdas econômicas e afetam diretamente a saúde dos consumidores. A busca por métodos de conservação mais naturais tem levantado interesse sobre o potencial de óleos essenciais como antifúngicos em alimentos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar quimicamente e avaliar a atividade antibacteriana, antifúngica e antiaflatoxigênica do óleo essencial de Lippia lasiocalycina. O óleo foi extraído por hidrodestilação e a análise dos constituintes químicos foi realizada por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas. A concentração inibitória mínima foi determinada pelo método de microdiluição contra cepas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Candida albicans e Aspergillus flavus. O potencial de inibição do crescimento fúngico e da produção de aflatoxina B1 foi testado por contato direto e por ação dos compostos voláteis. Foram identificados mais de 90% dos componentes presentes no óleo essencial e o óxido de piperitenona foi definido como o principal composto (57.55%) seguido por limoneno (20.69%). O óleo essencial de Lippia lasiocalycina apresentou atividade fungicida contra as cepas de C. albicans e A. flavus nas concentrações de 512 e 256 μg/mL-1, respectivamente, e não demonstrou atividade sobre as cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli. O óleo essencial de Lippia lasiocalycina inibiu em 94% o crescimento de Aspergillus flavus por contato direto enquanto os compostos voláteis potencializaram a produção de aflatoxina B1 e se mostrou aplicável no controle fúngico de cepas de Candida albicans e Aspergillus flavus. Ademais, o óleo essencial de Lippia lasiocalycina quando empregado por vaporização em cepas de A. flavus estimulou a produção de aflatoxina B1, favorecendo a sua aplicabilidade em pesquisas científicas.
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RAYSSA GABRIELA LIMA PORTO LUZ
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BIOACESSIBILIDADE, IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DO SUCO DE CAJU (ANACARDIUM OCCIDENTALE L.) CLARIFICADO (CAJUÍNA).
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 22/02/2019
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PORTO-LUZ, R. G. L. Bioacessibilidade, identificação de compostos fenólicos e atividade antioxidante in vitro do suco de caju (Anacardium occidantale L.) clarificado (cajuína) [tese] Universidade Federal do Piauí, Teresina- Piauí, 2019. O Caju (Anacardium occidentale L.), apresenta grande potencial de exploração devido às características sensoriais atrativas, elevado valor nutritivo e presença de substâncias bioativas. Por meio do processo de clarificação do suco, obtém-se a cajuína, bebida não diluída e não fermentada, advinda da parte comestível do pseudofruto. Pesquisas anteriores verificaram elevados teores de compostos fenólicos em caju e propriedades antioxidante e antimutagênica na cajuína. Este trabalho foi realizado com o objetivo de determinar a bioacessibilidade, identificação dos compostos fenólicos e atividade antioxidante total de duas marcas comerciais de suco de caju clarificado (cajuína) produzidos no Piauí. Utilizou-se método espectrofotométrico para determinação de fenólicos totais (reagente Folin-Ciocalteu), flavonoides totais e atividade antioxidante (métodos DPPH e ABTS). A identificação dos compostos fenólicos foi realizada por HPLC-UV, e a bioacessibilidade dos compostos por meio de digestão gastrointestinal simulada in vitro. As variáveis foram comparadas pelo teste t de Student, utilizando o programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão, 22. Como principais resultados, pode-se destacar o aumento no teor dos quatro compostos fenólicos identificados após a digestão simulada in vitro. O ácido elágico da Marca A foi o composto obtido em maior quantidade (1062,81 ± 5.70 antes e 1898,14 ± 31,42 μg.100g-1 após a digestão simulada) com uma fração bioacessível de 178,59 %, indicando a ocorrência de hidrólise durante o processo de digestão in vitro, liberando ácido elágico a partir dos elagitaninos. Foram identificados em menor quantidade em ordem decrescente pós digestão o ácido gálico (5,91 ± 2,95 μg.100g-1), epicatequina (3,23 ± 0,83 μg.100g-1), e p-cumárico (0,65 ± 0,1 μg.100g-1). Houve uma redução no teor de fenólicos totais, flavonoides totais e atividade antioxidante após a digestão simulada, mas todos mantiveram uma fração bioacessível acima de de 40%. A marca A foi a que apresentou os melhores resultados para todas as análises estando em conformidade com todos os parâmetros exigidos pela legislação brasileira. Sendo assim, pode-se concluir que a digestão simulada afetou positivamente a liberação dos compostos fenólicos identificados, além disso, esses compostos juntamente com o elevado teor de vitamina C, contribuem de forma positiva para a porcentagem bioacessível da atividade antioxidante total.
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LAYONNE DE SOUSA CARVALHO RODRIGUES
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ERICA: Associação entre a ingestão de macronutrientes e concentrações de lípides em adolescentes com excesso de peso
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Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
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Data: 14/02/2019
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CARVALHO, L.S. ERICA: Associação entre a ingestão de macronutrientes e
concentrações sanguíneas de lípides em adolescentes com excesso de peso.
Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí - UFPI,
Teresina-PI, 2018.
INTRODUÇÃO: O consumo excessivo de macronutrientes e o excesso ponderal vêm
desencadeando alterações no metabolismo lipídico de adolescentes. OBJETIVO:
Determinar a associação entre a ingestão de macronutrientes e as concentrações de
lípides plasmáticos em adolescentes com excesso de peso. METODOLOGIA: Utilizouse
dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, inquérito de base
escolar que avaliou 37.023 adolescentes de 12 a 17 anos, de fevereiro de 2013 a
novembro de 2014. Analisou-se o consumo de macronutrientes e perfil lipídico de
adolescentes eutróficos e com excesos de peso. Foi utilizado o software Stata 15.1 e
regressão logística para estimar a razão de chance (OR), e Teste Qui-Quadrado de
Pearson, considerando p<0,05. As associações foram ajustadas para idade e tipo de
escola. Os participantes assinaram o Termo de Assentimento, e os responsáveis
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Entre
adolescentes com excesso de peso, para as meninas, prevaleceu o consumo excessivo
de gorduras trans (p=0,025), já entre o sexo masculino, prevaleceu a excessiva
ingestão de gorduras saturadas (p=0,008). Em ambos os sexos, aqueles com excesso
de peso apresentaram maiores prevalências de CT, LDL-c, HDL-c e TGL não
desejáveis, em relação aos eutróficos (p<0,001). Entre meninas, encontraram-se
maiores médias de lípides plasmáticos; e entre meninos, encontraram-se maiores
prevalências de excesso de peso (p=0,007). O consumo excessivo de proteínas
associou-se às menores chances de hipertrigliceridemia entre meninas (ORajustado=0,59)
e entre eutróficos (ORbruto=0,31; ORajustado=0,31). Dieta hiperlipídica associou-se à maior
chance de hipercolesterolemia em meninas (ORbruto=1,20; ORajustado=1,18). O excesso
de lipídios associou-se à menor chance de HDL-c não desejável em meninos
(ORbruto=0,81; ORajustado=0,83). Já o excesso de gordura saturada associou-se à maior
chance de hipercolesterolemia em meninos e em eutróficos (ORbruto=1,29; ORbruto=1,23,
respectivamente). O excesso de gordura saturada associou-se também à maior chance
de HDL-c não desejável entre meninos (ORbruto=1,29); e menor chance desta alteração
entre eutróficos (ORbruto=1,23). O excesso de carboidratos foi associado à maior chance
de HDL-c não desejável entre meninos (ORbruto=1,47; ORajustado=1,51), e entre eutróficos
(ORajustado=1,21). Já o excesso de açúcares aumentou a chance de LDL-c não desejável
em ambos os sexos e entre eutróficos (ORbruto=1,87; ORajustado=1,81 e ORbruto=2,44;
ORajustado=2,15, respectivamente); e à menor chance de HDL-c não desejável entre
meninas e eutróficos (ORbruto=0,69; ORajustado=0,73 e ORbruto=0,79, respectivamente).
No excesso de peso, o excesso de lipídios e gorduras saturadas foi associado à menor
chance de hipertrigliceridemia (ORajustado=0,78 e ORajustado=0,81, respectivamente).
CONCLUSÃO: O estudo demonstrou forte associação entre o excesso de
macronutrientes e concentrações sanguíneas de lípides em adolescentes eutróficos e
com excesso de peso.
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STÉFANY RODRIGUES DE SOUSA MELO
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RELAÇÃO ENTRE AS CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE LEPTINA E BIOMARCADORES DO MAGNÉSIO EM MULHERES OBESAS
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 08/02/2019
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MELO, S. R. S. Relação entre as Concentrações Séricas de Leptina e Biomarcadores do Magnésio em Mulheres Obesas. 2019. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
INTRODUÇÃO: A secreção aumentada da leptina presente na obesidade tem sido apontada como um fator que contribui para alterações no metabolismo de nutrientes, dentre eles o magnésio, o que, consequentemente, compromete a atuação relevante desse mineral no organismo. Por isso, o objetivo desse estudo foi de investigar a existência de relação entre as concentrações séricas de leptina e biomarcadores do magnésio em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle envolvendo mulheres na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade que foram distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres obesas, n=52) e controle (mulheres eutróficas, n=56). Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura e cálculo do índice de massa corpórea. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos do mineral foram determinados segundo o método de espectrometria de emissão óptica. A análise das concentrações séricas de leptina foi conduzida utilizando o método de radioimunoensaio. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: As concentrações séricas de leptina apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Os valores médios do consumo de magnésio estavam abaixo das recomendações, sem diferença estatística significativa entre os grupos estudados (p>0,05). As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de magnésio reduzidas, e o grupo controle mostrou valores dentro dos padrões de normalidade (p<0,05). As concentrações de magnésio encontradas na urina das mulheres obesas estavam superiores ao grupo controle, com diferença estatística significativa (p<0,05). Não houve correlação entre a leptina sérica e os biomarcadores do magnésio avaliados (p>0,05). CONCLUSÃO: O estudo mostra que as mulheres obesas apresentam alterações no status de magnésio, com concentrações reduzidas no plasma e nos eritrócitos e elevadas na urina. Sendo que os valores da excreção urinária estão superiores ao padrão de normalidade. Além disso, os dados obtidos das análises de correlação não evidenciam a provável participação da leptina sobre os biomarcadores de magnésio avaliados.
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MARIA FABRÍCIA BESERRA GONÇALVES
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DESENVOLVIMENTO DE QUEIJO COM BAIXO TEOR DE LACTOSE UTILIZANDO LEITE DE CABRA E GRÃOS DE KEFIR
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 08/02/2019
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GONÇALVES, M. F.B. Desenvolvimento de queijo com baixo teor de lactose
utilizando leite de cabra e grãos de kefir. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado) –
Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do
Piauí, Teresina-PI.
Leite e seus derivados são importantes fontes de cálcio, proteínas e minerais, razão
pela qual a inclusão na dieta habitual de crianças, adolescentes e adultos, estando
relacionada a prevenção de osteoporose, no entanto, existem pessoas que sofrem
de intolerância a lactose que é o tipo mais comum de intolerância a carboidratos e
acomete cerca de 70% da população mundial adulta, sendo a utilização do Kefir
uma opção viável para redução do teor de lactose. Tanto o kefir quanto os produtos
elaborados a partir dos seus grãos tem sido objeto de estudo, principalmente em
função de suas propriedades benéficas a saúde. Dentre os alimentos que podem ser
produzidos com o kefir tem-se o queijo. Dessa forma, objetivou-se desenvolver
queijos utilizando leite de cabra e grãos de kefir. Foram desenvolvidos três tipos de
queijos: Queijo1 (Q1) leite de cabra e grãos de kefir, Queijo 2 (Q2) leite de cabra,
grãos de kefir e orégano e Queijo 3 (Q3) leite de cabra, grãos de kefir e manjericão.
A análise sensorial dos produtos foi realizada com 130 assessores não-treinados,
sendo que para verificar a aceitação foi utilizado o teste de escala hedônica de 9
pontos, para avaliação da intenção de compra foi aplicado um teste de intenção de
compra com escala de 5 pontos e para determinar o queijo preferido utilizou-se o
teste pareado de preferência. Nos queijos Q1 e Q3, que obtiveram maior
preferência, foi realizado a análise descritiva quantitativa (ADQ), acidez, pH, teor de
macronutrientes, minerais e análise microbiológica. No teste de escala hedônica
foram atribuídas notas acima de 6 (Gostei) às formulações Q1, Q2 e Q3 por 93,8,
54,6 e 89,2% dos assessores, respectivamente. Quanto à intenção de compra dos
produtos, a maioria dos assessores afirmou que compraria a formulação Q1 (86,8%)
e Q3 (84,6%). Os resultados mostraram que houve diferença significativa (p<0,05)
entre o Q1 e o Q3 em relação ao Q2, já entre o Q1 e o Q2 não houve diferença
estatisticamente significativa quanto a aceitação sensorial, intenção de compra e
preferência. Assim as duas formulações foram igualmente aceitas. Na análise
descritiva quantitativa os assessores treinados caracterizaram o queijo padrão como
aparência de “cream cheese”, cor “off white”, sabor próprio de queijo, aroma
característico de queijo e textura macia e cremosa. Semelhante ao Q1, o Q2 foi
caracterizado como aparência de “cream cheese” saborizado com ervas, cor “off
white” com ervas, sabor próprio de queijo levemente ácido, aroma característico de
queijo e textura macia e cremosa. Os queijos apresentaram teores de umidade
elevada, de cinzas e proteínas dentro do preconizado pela legislação, reduzido de
lactose, baixo de lipídios, carboidratos e valor energético total. A acidez variou de
1,28 a 1,32, pH de 4,65 a 4,75. Em relação a composição de minerais destacaram-
se os teores de cálcio, fósforo e potássio. Apresentaram-se dentro dos padrões
microbiológicos previsto pelo Regulamento Técnico para Alimentos. Assim a
utilização de leite de cabra e kefir no desenvolvimento de produtos se mostra como
uma boa opção, já que os queijos elaborados apresentaram ótima aceitação
sensorial e valor nutritivo.
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LOANNE ROCHA DOS SANTOS
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PARÂMETROS DE MAGNÉSIO E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES DO RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 07/02/2019
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SANTOS, L. R. Parâmetros de Magnésio e sua Relação com Marcadores do Risco Cardiovascular em Mulheres Obesas. 2019. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
INTRODUÇÃO: O excesso de tecido adiposo, característica da obesidade, tem sido associado às alterações endócrino-metabólicas que contribuem para a manifestação de dislipidemias, caracterizadas pelo aumento nas concentrações plasmáticas de triacilgliceróis, colesterol total e LDL-c e redução do HDL-c. Alguns nutrientes exercem funções importantes no metabolismo lipídico, a exemplo do magnésio, mineral que atua regulando a atividade das enzimas HMG-CoA redutase, lecitina-colesterol aciltransferase e a lipase de lipoproteína. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar as concentrações de magnésio e sua relação com marcadores do risco cardiovascular em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle, desenvolvido com mulheres, distribuídas em dois grupos: caso (obesas com índice de massa corpórea ≥35 kg/m²) e grupo controle (eutróficas com índice de massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m²), recrutadas a partir da demanda espontânea de ambulatórios da cidade de Teresina – PI. Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura, pescoço e do quadril conforme metodologia descrita pelo Ministério da Saúde. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.5. As concentrações de magnésio plasmático, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. As frações lipídicas foram analisadas segundo o método enzimático colorimétrico, utilizando um analisador bioquímico automático COBAS INTEGRA. RESULTADOS: Os valores médios do teor de magnésio encontrados nas dietas estavam inferiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias de magnésio plasmático e eritrocitário estavam reduzidas nas mulheres obesas em relação ao grupo controle (p<0,05). A excreção urinária deste mineral apresentou diferença significativa entre os grupos (p<0,05), sendo que as obesas excretavam quantidade superior de magnésio na urina. Sobre o risco cardiovascular, as mulheres obesas apresentaram parâmetros elevados quando comparadas ao grupo controle, segundo os valores encontrados para circunferência da cintura, circunferência do quadril, relação cintura-quadril, circunferência do pescoço, índice de conicidade, colesterol total, triacilglicerois, não-HDL, LDL-c, VLDL, HDL-c e índices de Castelli I e II (p<0,05). O estudo mostrou correlação negativa entre o magnésio dietético e o HDL-c, o magnésio urinário e a circunferência da cintura e do quadril (p<0,05). Além disso, os dados mostram correlação positiva entre o magnésio dietético e o Índice de Castelli I e II nas mulheres obesas (p<0,05). CONCLUSÃO: A partir dos dados deste estudo pode-se concluir que as mulheres obesas apresentam alterações na situação nutricional relativa ao magnésio, com concentrações reduzidas no plasma e eritrócitos e ainda elevadas na urina. Associado a isso, os resultados não sugerem a participação do magnésio na proteção contra o risco cardiovascular nas pacientes avaliadas.
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