Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • IRAILDO FRANCISCO SOARES
  • Desenvolvimento e Otimização de Kombucha de Chá Verde (Camellia sinensis L.)
  • Data: 05/09/2024
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  • A kombucha é uma bebida funcional produzida pela fermentação do chá verde ou preto,
    adicionados de carboidratos e uma cultura simbiótica de microrganismos. Reconhecida no
    mercado de alimentos saudáveis por sua composição rica em compostos bioativos, ácidos
    orgânicos, vitaminas e micronutrientes, a kombucha ganha destaque pelos benefícios
    potenciais à saúde, como a melhoria da microbiota intestinal, fortalecimento do sistema
    imunológico e propriedades antioxidantes. No entanto, as variações nos processos de
    produção da bebida exigem pesquisas para padronizar suas características e assegurar a
    consistência na qualidade e nos efeitos fisiológicos oferecidos aos consumidores. Este estudo
    teve como objetivo otimizar o processo de produção da kombucha, considerando dados da
    literatura, sua composição fenólica e atividade antioxidante. Utilizando um Delineamento
    Composto Central Rotacional, foram investigadas 11 condições de fermentação, variando o
    tempo (3 a 15 dias) e a quantidade de carboidrato (50 a 110 gramas). Os resultados do
    processo de otimização demonstraram impacto significativo nas variáveis indiretas acidez
    volátil (34,63 a 107,39), sólidos solúveis totais (5,0 a 10,2), ratio (0,11 a 0,37) e teor alcoólico
    (0,0 a 1,8), identificando três condições promissoras para investigação adicional. A
    composição centesimal das três kombuchas analisadas revelou teores adequados de umidade
    (87,86 a 90,17%) e quantidades mínimas de cinzas (0,04 a 0,05%), proteínas (0,01 a 0,05%) e
    lipídios (0,03 a 0,06%), com baixa concentração de carboidratos (9,67 a 12,05%) e baixo
    valor energético total (39,39 a 48,46 kcal/100 mL). Foram identificados quatro compostos
    fenólicos nas bebidas, incluindo ácido clorogênico, cafeína, rutina e ácido cinâmico,
    associados a benefícios como atividade antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória. O
    estudo sobre o estresse oxidativo e nível de atividade antioxidante das bebidas indicou
    ausência de toxicidade e atividade pró-oxidante e antioxidante nas kombuchas. Estas
    descobertas contribuem significativamente para a comunidade científica ao expandir o
    conhecimento sobre a kombucha, assim como para a indústria alimentícia, fornecendo
    informações práticas para uma produção otimizada, com potencial de mercado para a garantia
    de uma fabricação uniforme e segura.

  • KALINE ELISA DOS SANTOS
  • OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE BRANQUEAMENTO DO FEIJÃO-VERDE [Vigna unguiculata (L.) Walp.] PARA CONGELAMENTO
  • Data: 31/08/2024
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  • O feijão-verde é o grão de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] obtido de vagens colhidas próximo do ponto de maturação fisiológica, momento que ocorre o máximo acúmulo de nutrientes nos grãos. A forma de comercialização dessa iguaria típica da região Nordeste tem evoluído de maço de vagens-verde, para forma a granel e mais recentemente na forma de grãos minimamente processada envasada em embalagens de PEBD e mantidas sob refrigeração, esta última, apesar de possuir vida-de-prateleira maior, não ultrapassa os 3 dias, pois o metabolismo continua, podendo iniciar o processo de germinação, escurecimento enzimático e / ou deterioração microbiana. Em cultivos tradicionais não irrigados, a produção do feijão-verde é sazonal, pois depende dos períodos de chuva, havendo excedentes numa época do ano, ocasionando a diminuição do valor comercial do produto. Os vegetais congelados agregam mais tecnologias de conservação e são mais seguros, do ponto de vista microbiológico, além disso, estende o prazo de validade sendo capaz de chegar até 30 meses. Para um vegetal é indispensável o dimensionamento apropriado de tempo e temperatura de branqueamento para obtenção de um produto congelado de qualidade, para que não seja em demasia, e prejudique a consistência dos grãos, e nem insuficiente para inativação de enzimas deteriorativas. Este estudo teve como objetivo otimizar o processo de branqueamento do feijão-verde com a finalidade de beneficiar a comercialização desse produto em locais distantes da produção das vagens, bem como em períodos de escassez ou entressafra, além de preservar a qualidade nutricional desse alimento para os consumidores. Trata-se de um estudo que avaliou quatro cultivares: Vagem Roxa–THE, BRS 17 Gurguéia, BRS Exuberante e Bajão. Foi realizado o branqueamento em diferentes tempo e temperatura, além disso: análise enzimática, colorimetria, ganho de massa, composição centesimal com determinação da umidade, cinzas, lipídeos, proteínas, carboidratos totais e valor energético, realizadas em triplicata. Utilizou-se o software RStudio versão 4.2.3 para análise de dados onde foram submetidos a análise de variância (teste F), foi aplicado o teste de Tukey e Scott-Knott para avaliar as diferenças das médias e análise paramétrica com normaldade de Shapiro-Wilk, com intervalo de confiança de 95% e significância de 5% (p < 0,05). Utilizou-se ainda a Metodologia de Superfície Resposta (MSR) para analisar os efeitos das variáveis independentes (X1 e X2) nas variáveis respostas, baseado nisso, utilizou-se a função de desejabilidade para cada resposta assumindo valores de intervalo [0,1]. Foi evidenciado que houve diminuição significativa da atividade da enzima peroxidase nas temperaturas mais elevadas após o branqueamento (p < 0,05), nas cultivares estudadas na primeira fase, Vagem Roxa–THE, BRS 17 Gurguéia, BRS Exuberante e na segunda fase, cultivar Bajão. Entretanto, na segunda fase, valores mais brandos de tempo/temperatura favoreceram as características físicas e nutricionais dos grãos de feijão-verde após o processamento, observou-se também menores impactos nas cores, apresentando menores alterações. A técnica de desejabilidade e a superfície de resposta possibilitou apontar, a partir das respostas ótimas dadas simultaneamente para o branqueamento que visava o beneficiamento do feijão-verde congelado: temperatura e tempo de branqueamento a 95,47 °C por 1, 76 min, a AER (1%), o ganho de massa (0,80%), o índice de cor a* (18,9), a ΔE* (2,5), o h° (34,5), o C* (33,8) e as cinzas (1,27%). Esse método, portanto, pode ser uma alternativa para aplicação por parte dos produtores que visam a melhor conservação e manutenção das características físicas e nutricionais desse alimento.

     

  • NEUSA CAMILLA CAVALCANTE DE ANDRADE OLIVEIRA
  • Suplementação com vitamina D, atividade antioxidante e função hepática em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 22/08/2024
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  • O Diabetes Mellitus é caracterizado por hiperglicemia devido a problemas na secreção ou ação da insulina. No tratamento do diabetes tipo 2 (DM2), são usados hipoglicemiantes orais e mudanças no estilo de vida. A vitamina D, como suplemento, tem sido amplamente estudada para prevenção e controle do DM2. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com vitamina D sobre a atividade antioxidante e função hepática em modelo experimental de diabetes mellitus. Foram utilizados 28 ratos machos da linhagem Wistar para indução de DM2 por meio da oferta de dieta hiperlipídica e normoprotéica durante 35 dias e administração de estreptozotocina (STZ) 30 mg/kg em tampão citrato pH 4,5 por via intraperitoneal no 36° dia. Um grupo de 7 animais foi designado como controle normal (CN), recebendo ração Nuvilab durante todo o experimento, e tampão citrato no dia de administração de STZ. A confirmação do diabetes ocorreu 72 horas após injeção de STZ por medida de glicemia capilar de jejum (12 horas de jejum), utilizando como critério para determinar a presença de diabetes valores de glicemia de jejum ≥ 250 mg/dL. Os animais diabéticos foram divididos em grupos (n=7/grupo) tratados durante 28 dias: controle diabético (CD), diabéticos tratados com metformina 150 mg/kg (MET), e diabéticos suplementados com vitamina D nas doses de 0,25 µg/kg/dia (VitD 0,25) e 0,50 µg/kg/dia (VitD 0,50). Os grupos tratados com vitamina D apresentaram médias de glicemia de jejum significativamente menores (p<0,05) quando comparados a CD, sem diferença na porcentagem de hemoglobina glicada. Além disso, a suplementação com vitamina D resultou em aumento da atividade da enzima antioxidante Superóxido Dismutase (SOD) no fígado e maiores concentrações de Grupos Sulfidrílicos Não Proteicos (GSHNP) no fígado, sem diferenças entre os grupos na atividade da catalase. Quanto ao conteúdo de lipídios, o grupo VitD 0,50 apresentou menor (p<0,05) conteúdo de colesterol total em relação a CD, sem diferenças nos valores de triglicerídeos e no peso relativo do fígado (g/100 g de peso corporal). No que diz respeito às enzimas de citólise hepática, os valores de TGO (transaminase oxalacética) foram significativamente menores (p<0,05) no grupo VIT D 0,50 µg/kg em relação ao grupo CD, mas não houve diferença nos valores de TGP (transaminase pirúvica). Os aspectos histológicos nos grupos que receberam suplementação de vitamina D foram considerados normais, enquanto nos animais do grupo CD houve presença de esteatose e de hepatócitos em degeneração, além de sinusóides dilatados e com células de defesa perivasculares ao redor da veia central. Ademais, nos grupos tratados com vitamina D células binucleadas estavam presentes, indicando divisão celular, sinal de possível regeneração celular hepática. A suplementação com vitamina D durante 4 semanas, nas doses utilizadas, em modelo experimental de diabetes melhorou a glicemia de jejum, aumentou a atividade da enzima antioxidante SOD e teve efeito hepatoprotetor, evidenciado pela redução de TGO e pela presença de células binucleadas. Esses achados sugerem o potencial da vitamina D na proteção e regeneração do fígado no DM2, além de indicar um efeito antioxidante.

  • MÁRCIA LUIZA DOS SANTOS BESERRA PESSOA
  • Aplicações biotecnológicas do epicarpo do buriti (Mauritia flexuosa L.f.)
  • Orientador : STELLA REGINA ARCANJO MEDEIROS
  • Data: 19/08/2024
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  • Introdução: O buriti (Mauritia flexuosa L.f.), uma palmeira nativa das regiões tropicais da América do Sul, possui grande importância ecológica e econômica. O fruto é rico em substâncias bioativas com alto potencial tecnológico e funcional. A polpa contém ácidos oleico, palmítico, linoléico, araquidônico, palmitoleico e esteárico, com destaque para o óleo extraído, rico em ácidos graxos oleico, palmitoleico e tocoferóis. O epicarpo, a camada externa do fruto, atrai pesquisadores devido ao alto conteúdo de compostos bioativos com diversas aplicações biotecnológicas. Estudos têm investigado suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e nutritivas, visando desenvolver novos produtos que possam beneficiar a saúde e o bem-estar das pessoas. Objetivo: Investigar a constituição química, o potencial dos compostos bioativos e as aplicações biotecnológicas dos coprodutos do epicarpo do buriti. Metodologia: A pesquisa foi estruturada em cinco etapas e capítulos, no Capítulo 1 foi realizado o processo de obtenção dos coprodutos do epicarpo. No capítulo 2 foi realizada a caracterização e quantificação dos compostos presentes nos coprodutos por CG-EM, no capítulo 3 avaliou-se o efeito dos fitoesteróis e fitoestanóis na prevenção das dislipidemias por meio de evidências experimentais e clínicas, no capítulo 4 foi realizado a obtenção de bioformulações contendo os coprodutos do epicarpo do buriti e por fim no capítulo 5 realizou-se a aplicação experimenal em peixe-zebra para avaliar toxicidade e parâmetros bioquímicos após indução de hiperglicemia. E a avaliação da capacidade antioxidante e citotoxicidade in vitro dos coprodutos. Resultados: Os produtos desta tese encontram-se apresentados em cinco capítulos. O capítulo 1 descreve uma Patente relacionada ao processo de obtenção dos coprodutos do epicarpo, por meio de processos de maceração, saponificação e metilação, foram obtidos um extrato oleoso e uma fração apolar. No capítulo 2 obteve-se um apanhado de dados oriundos da caracterização e quantificação dos compostos presentes nos coprodutos do epicarpo da Mauritia flexuosa por CG-EM. O extrato contém ácidos graxos monoinsaturados e saturados, fitosteróis e tocoferóis e a fração apolar é rica em fitoesteróis, tocoferóis, terpenos e terpenóides. No capítulo 3 traz uma revisão integrativa sobre o efeito dos fitoesteróis e fitoestanóis na prevenção das dislipidemias, no capítulo 4 foi descrito uma patente relacionada à obtenção de bioformulações contendo os coprodutos e por fim no capítulo 5 obteve-se dados, por meio de um estudo experimental com peixe-zebra para avaliar toxicidade e parâmetros bioquímicos após indução de hiperglicemia. E a avaliação da capacidade antioxidante e citotoxicidade in vitro dos coprodutos. Ambos os coprodutos foram analisados quanto à capacidade antioxidante e toxicidade in vivo, definindo as melhores concentrações para bioformulações. As bioformulações, testadas em peixezebra, destacaram-se por suas atividades antioxidantes, hipolipemiantes, hipoglicemiantes, cardioprotetoras e quimiopreventivas. Conclusão: A pesquisa destacou o grande potencial tecnológico e funcional dos coprodutos extraídos do 26 epicarpo do buriti. Em cinco capítulos, a investigação revelou descobertas significativas sobre a constituição química e as aplicações biotecnológicas dos compostos bioativos do epicarpo, como ácidos graxos, fitosteróis, tocoferóis, terpenos e terpenóides. Estudos experimentais e clínicos demonstraram os benefícios dos fitoesteróis e fitoestanóis na prevenção de dislipidemias, e as bioformulações desenvolvidas mostraram-se promissoras, com atividades antioxidantes, hipolipemiantes, hipoglicemiantes, cardioprotetoras e quimiopreventivas. A aplicação em peixe-zebra confirmou a segurança e eficácia dos coprodutos, indicando um grande potencial para futuras aplicações biotecnológicas e desenvolvimento de novos produtos, e reforçando a importância ecológica e econômica do buriti.

  • LAYANNE CRISTINA DE CARVALHO LAVÔR
  • Associação entre o consumo de bebidas e de adoçantes não nutritivos com a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e status inadequado de vitamina D em adultos e idosos: um estudo de base populacional.
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 26/06/2024
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  • As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de

    morbimortalidade em todo o mundo, sendo responsáveis por um grande ônus econômico e

    social. Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças destaca-se

    a qualidade da dieta, de modo que o consumo de bebidas per se pode representar um

    importante contribuinte neste quesito. Ademais, estudos têm demonstrado que o consumo de

    adoçantes não nutritivos (ANN), frequentemente utilizados em bebidas, pode contribuir para

    aumento do risco de desenvolvimento de DCNT. Por outro lado, o status adequado de

    vitamina D vem sendo associado à prevenção de inúmeras DCNT, sendo importante

    investigar os fatores dietéticos que possam contribuir para a sua deficiência. Assim, o estudo

    teve como objetivo investigar a associação entre o consumo de bebidas com a prevalência de

    DCNT e o consumo de ANN com o status inadequado de vitamina D em adultos e idosos. A

    tese é composta por três estudos de corte transversal, recortes da pesquisa de base

    populacional “Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí” (ISAD-PI). A amostragem da pesquisa

    foi probabilística complexa por conglomerados. No capítulo 1 e 2, utilizaram-se dados

    sociodemográficos, de estilo de vida, antropométricos, de diagnóstico de DCNT, de uso de

    medicamentos/suplementos e de consumo alimentar de 1.162 indivíduos adultos e de 489

    indivíduos adultos e idosos, de ambos os sexos, respectivamente. No capítulo 3, utilizaram-se

    adicionalmente dados sobre consumo alimentar (ANN, cálcio e vitamina D), bem como sobre

    concentrações plasmáticas de vitamina D de 228 indivíduos adultos e idosos, de ambos os

    sexos. Realizaram-se análises de regressão de Poisson com variância robusta. Quanto aos

    resultados, no capítulo 1, os indivíduos com maior adesão ao padrão de bebidas

    ultraprocessadas apresentaram 3,75 vezes maior prevalência de câncer (RP: 3,75; IC95%:

    1,56-9,01). A maior adesão ao padrão de bebidas alcoólicas foi associada a uma maior

    prevalência de obesidade (RP: 1,88; IC95%: 1,14-3,09). Em contraste, os indivíduos no

    segundo tercil de adesão ao padrão de bebidas saudáveis apresentaram 39% menor

    prevalência de hipercolesterolemia (RP: 0,61; IC95%: 0,41-0,93), e os indivíduos no terceiro

    tercil apresentaram 10% menor prevalência de obesidade abdominal estimada pela relação

    cintura/altura (RP: 0,90; IC95%: 0,82-0,98). No capítulo 2, verificou-se que o consumo de

    bebidas adoçadas em geral (com açúcar ou adoçantes) em uma frequência semanal de 6 a 7

    dias, assim como o consumo de bebidas adoçadas artificialmente em pelo menos 1 dia por

    semana esteve associado à 1,92 vezes (RP: 1,92; IC95%: 1,12-3,28) maior prevalência de

    Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e à 3,36 vezes maior prevalência de HAS (RP: 3,36;

    IC95%: 1,26-8,97) em mulheres, respectivamente. No capítulo 3, verificou-se que os

    indivíduos consumidores de adoçantes artificiais apresentaram 78% (RP: 1,78; IC95%: 1,24-

    2,56) e 50% (RP: 1,50; IC95%: 1,04-2,16) maior prevalência de status inadequado de

    vitamina D, nos modelos de ajuste 1 e 2, respectivamente. Desta forma, o consumo de bebidas

    esteve associado à prevalência de DCNT e o consumo de adoçantes artificiais poderia

    contribuir para o status inadequado de vitamina D plasmática, independentemente de fatores

    de confundimento importantes.

  • NILMARA CUNHA DA SILVA
  • Biomarcadores do Cobre e sua Relação com Parâmetros da Resistência à Insulina em Mulheres com Obesidade
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 24/06/2024
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  • SILVA, N. C. Biomarcadores do Cobre e sua Relação com Parâmetros da Resistência à

     

    Insulina em Mulheres com Obesidade. 2024. 76 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-

    Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI.

     

    INTRODUÇÃO: A disfunção do tecido adiposo na obesidade contribui para a manifestação

    de desordens metabólicas, a exemplo da resistência à insulina e alteração no metabolismo de

    nutrientes, como o cobre. A ação pró-oxidante do cobre tem sido apontada como fator

    contribuinte para alteração da via de sinalização da insulina, no entanto, ainda com resultados

    inconclusivos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional relativo ao cobre

    e sua relação com parâmetros do controle glicêmico em mulheres com obesidade.

    METODOLOGIA: Trata-se de um estudo clínico observacional, do tipo caso-controle, com

    mulheres na faixa etária entre os 20 a 50 anos de idade, as quais foram distribuídas em dois

    grupos: controle (mulheres eutróficas = 119) e caso (mulheres com obesidade = 84). Foram

    realizadas as aferições de peso corporal, estatura, circunferências da cintura, quadril e pescoço

    e a determinação da relação cintura-quadril, cintura-estatura e índice de conicidade. A avaliação

    do consumo alimentar foi obtida a partir do registro de alimentos de três dias e analisados

    utilizando-se o programa Nutwin versão 1.5. A análise do cobre no plasma e nos eritrócitos foi

    realizada por espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente e a

    atividade da ceruloplasmina foi determinada em espectrofotômetro. Para análise dos

    parâmetros do controle glicêmico, a glicemia de jejum, hemoglobina glicada e insulina de jejum

    foram analisados segundo os métodos enzimático calorimétrico, cromatografia de troca iônica

    e quimioluminescência, respectivamente. O índice HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment

    of Insulin Resistance) foi determinado por meio de cálculo matemático. Os dados foram

    analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 22.0. RESULTADOS: Na

    avaliação do consumo alimentar, pôde-se verificar que não houve diferença estatística

    significativa entre os grupos (p>0,05), em relação ao consumo de energia, macronutrientes e

    cobre. Na avaliação dos parâmetros bioquímicos referentes ao cobre, as mulheres com

    obesidade apresentaram concentrações de cobre superiores no plasma (114,33 ± 6,13 μg/dL) e

    inferiores nos eritrócitos (54,99 ± 5,69 μg/dL) quando comparado ao grupo controle, porém

    dentro do padrão de normalidade. A análise dos parâmetros de controle glicêmico revelou

    diferença estatística significativa para glicemia de jejum (p<0,05) entre os grupos. O estudo

    identificou uma correlação fraca positiva significativa entre o cobre plasmático e os valores de

    insulina de jejum (r = 0,329; p = 0,003) e índice de HOMA-IR (r = 0,341; p = 0,002).

    CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo demostram que as mulheres com obesidade

    apresentam concentrações de cobre elevadas no plasma e inferiores nos eritrócitos. Além disso,

    a correlação positiva significativa entre o cobre plasmáticos e a insulina de jejum e índice de

    HOMA-IR sugere influência desse mineral nos parâmetros de controle glicêmico nas mulheres

    com obesidade.

  • LYANDRA DIAS DA SILVA
  • Biomarcadores de cobre e sua relação com as dislipidemias em mulheres com obesidade.
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 14/06/2024
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  • SILVA, L.D. Impacto do cobre sobre dislipidemias em mulheres com obesidade. 2024.

    Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição,

    Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo

    de tecido adiposo, o que favorece a manifestação de desordens metabólicas, a exemplo das

    dislipidemias. Nesse sentido, tem havido interesse em identificar a possível influência do

    cobre no desenvolvimento dessa desordem metabólica. OBJETIVO: Investigar a relação

    entre parâmetros do cobre e marcadores do perfil lipídico em mulheres com obesidade.

    MÉTODOS: Estudo observacional transversal do tipo caso-controle, envolvendo mulheres

    na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade, sendo divididas em dois grupos: grupo caso

    (IMC≥35kg/m2) (n=84) e grupo controle (IMC entre 18,5 e 24,9kg/m2) (n=119). Foram

    aferidas medidas antropométricas, sendo elas o peso, estatura e circunferências corporais

    (cintura, quadril e pescoço), bem como realizado o cálculo do índice de massa corpórea, razão cintura-quadril, relação cintura-estatura e índice de conicidade. O consumo alimentar foi obtido a partir do registro de alimentos de três dias e analisado utilizando-se o programa

    Nutwin. A análise do cobre no plasma e nos eritrócitos foi realizada por espectrometria de

    emissão óptica com plasma acoplado indutivamente, além disso a atividade da ceruloplasmina foi determinada por meio de espectrofotometria. As frações lipídicas foram analisadas segundo o método enzimático colorimétrico, utilizando analisador bioquímico automático (COBAS INTEGRA). RESULTADOS: Na avaliação do consumo alimentar, pôde-se

    verificar que não houve diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05) em relação ao consumo de energia, macronutrientes e cobre. Sobre a avaliação dos parâmetros

    bioquímicos referentes ao cobre, foi observado que as mulheres com obesidade apresentaram concentrações elevadas no plasma e reduzidas nos eritrócitos quando comparada ao grupo controle, sendo que ambos os grupos tinham concentrações de cobre nesses compartimentos sanguíneos dentro do padrão de referência. As concentrações de ceruloplasmina sérica não apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05). A análise das frações lipídicas revelou valores mais elevados de triacilgliceróis, VLDL-c, LDL-c e colesterol não- HDL, bem como concentrações reduzidas de HDL-c nas mulheres com obesidade em comparação com o grupo controle (p<0,05). Na análise de correlação, não se observou correlações significativas entre os parâmetros de avaliação do estado nutricional relativo ao cobre e as frações lipídicas nas mulheres com obesidade. CONCLUSÃO: As mulheres com obesidade avaliadas nesse estudo possuem consumo de cobre adequado e concentrações do mineral elevadas no plasma e reduzidas nos eritrócitos quando comparado ao grupo controle. No entanto, a pesquisa não identifica correlação entre parâmetros do cobre e as concentrações séricas das frações lipídicas, o que não permite inferir a participação do cobre na manifestação das dislipidemias na obesidade.

  • JORDDAM ALMONDES MARTINS
  • Restrição calórica aumenta a atividade antitumoral da quimioterapia e induz uma resposta diferencial ao estresse no modelo de sarcoma-180”
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 25/04/2024
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  • A restrição calórica (RC) melhora os marcadores de saúde, estende a expectativa de vida e reduz  a carcinogênese em diversos tipos de câncer. Sua combinação com a quimioterapia promove  maior eficácia no tratamento, com o aumento da inibição do crescimento tumoral do Sarcoma 180 e reduz os efeitos adversos contra células saudáveis, oferecendo assim caminhos  promissores para melhorar o tratamento do câncer. Este estudo avaliou como a RC associada à  quimioterapia influencia mecanismos relacionados à atividade antitumoral, estresse oxidativo, ação  antioxidante, regulação do perfil lipídico e função hepática. Utilizando um modelo de camundongo  sarcoma-180, comparamos como a restrição calórica aumenta a eficiência e a seletividade do  tratamento quimioterápico contra o crescimento tumoral. A RC associada à quimioterapia revelou  melhora da atividade antitumoral, redução de efeitos adversos, como hematotoxicidade e  imunotoxicidade, e marcadores de estresse oxidativo. Além de promover o controle da invasão  celular, apoptose e resposta imune. Nossos resultados destacam a restrição calórica como uma  janela de oportunidade que retarda o crescimento tumoral, otimiza a eficácia da quimioterapia e  protege células saudáveis. A combinação aumenta a expectativa de vida em 80%, otimizando todo  o processo de tratamento e apoiam o potencial da RC como uma abordagem abrangente para o  tratamento do câncer, garantindo uma investigação mais aprofundada para o uso clínico.

  • RAYANA RODRIGUES DA SILVA
  • RISCO CARDIOVASCULAR E SUA ASSOCIAÇÃO COM ADESÃO A DIETA MEDITERRÂNEA, MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO E DE INFLAMAÇÃO EM PACIENTES EM TERAPIA HEMODIALÍTICA
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 09/04/2024
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  • Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) constitui-se uma questão de saúde pública, em
    razão de sua incidência e prevalência em evidente ascensão, tendo como mecanismos
    envolvidos um estado de inflamação crônica e o estresse oxidativo, que se não forem
    adequadamente regulados, podem iniciar uma sequência de efeitos deletérios. A dieta
    mediterrânea (DM) rica em frutas e vegetais é recomendada para prevenção primária e
    secundária de doenças crônicas, correlacionando-se com menor incidência de Doença
    cardiovasculares (DCV), DRC e de complicações. Objetivo: Associar o risco cardiovascular com
    adesão a dieta mediterrânea, marcadores de estresse oxidativo e de inflamação em
    pacientes em terapia hemodialítica. Métodos: Estudo transversal envolvendo 95
    participantes de ambos os sexos, com idade ≥ 20 e ≤ 59 anos, atendidos em clínicas de
    hemodiálise em Teresina (PI). Os participantes foram alocados em dois grupos, segundo a
    presença de RCV. Foram investigados dados socioeconômicos, de estilo de vida,
    antropométricos (peso, estatura, índice de massacorporal (IMC), circunferência da cintura
    (CC), circunferência do quadril (CQ), razão cintura-quadril (RCQ), razão cintura-estatura
    (RCEst), circunferência do pescoço (CP) e índice de conicidade (IC), metabólicos (lipidograma
    e pressão arterial), marcadores do estresse oxidativo (MDA e MPO), citocinas inflamatórias
    (IL-6, IL-8, IL-1β, TNF-α, IL-12p70 e IL-10) e consumo alimentar pela aplicação de 2
    Recordatório 24h. Utilizou-se o software Stata® (Statacorp, College Station, Texas, USA),
    versão 14, para a organização e análise dos dados. As variáveis categóricas foram
    apresentadas na forma de número relativo e absoluto, para variáveis contínuas na forma de
    médias, intervalo de confiança de 95%, mediana e intervalo interquartílico (IQR). Para
    variáveis categóricas foi utilizado o teste do qui-quadrado de Pearson para avaliar a
    associação entre o risco cardiovascular e as variáveis independente do estudo. A razão de

    prevalência (RP) com intervalo de confiança de 95% (IC 95%) foi estimada pela regressão de
    Poisson com variância robusta para medir a força de associação entre a variável dependente
    (risco cardiovascular: não e sim) e variáveis independentes. Para variáveis contínuas,
    primeiro foi aplicado o teste de Shapiro Wilk para verificar a normalidade dos dados.
    Posteriormente foi aplicado o teste de Wilcoxon (Mann-Whitney) para verificar a diferença
    de médias entre categorias do risco cardiovascular. O nível de significância adotado foi de
    p<0,05. Resultados: A prevalência de RCV foi de 60%. Os resultados apontaram valores
    médios de IMC, CC, RCQ, RCE, CT e TG significativamente superiores no grupo com RCV. Não
    foi observada associação significativa entre adesão à DM em pacientes com DRC e RCV,
    entretanto, os mesmos apresentaram média a baixa adesão a DM. Houve maior prevalência
    de excesso de peso (73,3%) em indivíduos com DRC com RCV. Não houve associação
    significativa entre os marcadores do estresse oxidativo, citocinas inflamatórias, antiin
    flamatorias e RCV. Conclusão: Houve alta prevalência de RCV entre os participantes com DRC,
    com valores significativamente elevados de IMC, CC, RCQ, RCE, CT e TG no grupo com RCV,
    sugerindo um possivel aumento de RCV entre os portadores de DRC.

  • MAYARA STOREL BESERRA DE MOURA
  • Relação da vitaina D e potencial inflamatório da dieta com a composição corporal, marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e expressão gênica do receptor da vitamina D nas doenças inflamatórias intestinais
  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 14/03/2024
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  • Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DII), doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU) são caracterizadas por inflamação crônica do trato gastrointestinal. Fatores como deficiência de vitamina D e o potencial inflamatório da dieta (PID) podem influenciar o quadro clínico desses pacientes, com alterações na composição corporal, nos marcadores inflamatórios, no estresse oxidativo e na expressão gênica do receptor da vitamina D. Objetivo: Este estudo investigou a relação entre as concentrações séricas da vitamina D e o PID com a composição corporal, marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e a expressão gênica do VDR em pacientes com DII. Metodologia: Estudo transversal envolvendo 62 pacientes com DII e 24 controles saudáveis. A composição corporal foi realizada por bioimpedância elétrica e o consumo alimentar avaliado por três recordatórios alimentares. O PID foi realizado conforme proporção e peso para cada grupo alimentar. As concentrações séricas da vitamina D e a expressão gênica do receptor da vitamina D foram realizadas por eletroquimioluminescência e por amplificação por reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (qrt-PCR), respectivamente. Os marcadores de estresse oxidativo, superóxido dismutase (SOD), glutationa (GSH), malondialdeído (MDA), mieloperoxidase (MPO) e nitrito foram avaliados por espectrofotometria. Os marcadores inflamatórios PCR, VHS e RDW foram obtidos dos prontuários médicos dos pacientes. Resultados: O estágio de remissão da doença foi prevalente, com 82,76% na DC e 59,26% na RCU. O estado nutricional variou entre eutrofia e sobrepeso, com alterações nos parâmetros de composição corporal dos pacientes com DII, como área de gordura visceral, percentual de gordura corporal e massa magra em relação aos controles (p<0,05). Os pacientes com RCU mostraram maior PID relação aos controles (p=0,044). As concentrações séricas da vitamina D estavam mais altas na DC em relação aos controles (p = 0,005). Não houve diferenças significativas nos marcadores inflamatórios entre DC e RCU (p>0,05) e na expressão gênica do VDR entre DC e CTL (p=0,092). Com relação aos marcadores do estresse oxidativo, os pacientes com DII apresentaram maior atividade da GSH, e menor concentração de MDA, em relação ao grupo controle (p<0,05). Pacientes com RCU apresentaram correlações negativas entre vitamina D e IMC (r=-0,799, p<0,05), percentual de gordura corporal (r=-0,578, p>0,05), AGV (r=-0,655, p<0,05) e circunferência da cintura (r=-0,657, p<0,05). Houve associação positiva entre vitamina D e expressão gênica do VDR (r=0,502, p=0,028). Não houve correlações entre o PID e marcadores inflamatórios ou de estresse oxidativo. Conclusão: Pacientes com DII, em estágio de remissão da doença, têm concentrações adequadas de vitamina D e expressão gênica do VDR semelhante aos controles, bem como perfil inflamatório e do estresse oxidativo sem alterações. No estágio de remissão, os pacientes tendem a reduzir o medo de comer, fato que pode ter contribuído para uma dieta com potencial anti-inflamatório. A relação entre vitamina D e parâmetros de composição corporal em pacientes com RCU sugere uma possível influência dessa vitamina na saúde metabólica desses pacientes.  Nesse contexto, enfatiza-se a importância da manutenção do estágio de remissão da doença, assegurando melhores condições clínica e nutricional dos pacientes.

  • KAIO GERMANO SOUSA DA SILVA
  • Desenvolvimento e caracterização sensorial e nutricional de snacks elaborados a partir de farinha integral de feijão-mungo verde (Vigna radiata (L.) R. Wilczek)
  • Data: 11/03/2024
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  • O feijão mungo-verde (Vigna radiata (L.) R. Wilcsek) é uma pulse
    de grande importância nos páises asiáticos e o seu cultivo vem crescendo no Brasil nos últimos
    anos devido ao seu curto ciclo, grande potencial para exportação e alto valor nutricional do seu
    grão. É rico em macro e micronutrientes, desempenhando papel relevante na prevenção,
    recuperação e promoção da saúde dos indivíduos, sendo também um alimento popular, de fácil
    acesso e sabor desejável à culinária brasileira. Diante disso, o objetivo do trabalho foi desenvolver
    e caracterizar do ponto de vista sensorial e nutricional, snacks elaborados a partir de farinha
    integral de feijão-mungo verde (FIFM). Utilizou-se uma amostra de grãos da cultivar de feijão-
    mungo BRS Esperança cedida pelo Programa de Melhoramento Genético do feijão-mungo da
    Embrapa Meio-Norte, em Teresina/PI. As análises foram realizadas no Laboratório de
    Desenvolvimento de Produtos do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí –
    UFPI e no Laboratório de Bromatologia e Bioquímica da Embrapa Meio-Norte, ambos em
    Teresina/PI. Após padronizações da receita, duas formulações de snack [S30: 30% de FIFM+farinha
    de trigo+orégano+páprica; S50: 50% de FIFM+farinha de trigo+orégano+pimenta calabresa) foram
    elaboradas e avaliadas sensorialmente, com a participação de 102 avaliadores não treinados. O
    snack com melhor aceitação foi analisado em termos de sua composição centesimal (umidade,
    cinzas, lipídios, proteínas e carboidratos), valor energético total (VET); amido; fibra alimentar total
    (FAT); minerais: cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio, fósforo (P), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês
    (Mn) e cobre (Cu), bem como análises microbiológicas para detecção de enterobactérias totais,
    Salmonella spp., bolores e leveduras. Os dados foram submetidos a análises de variância e os
    resultados foram apresentados como média±desvio-padrão. A FIFM apresentou a seguinte
    composição química: umidade = 5,06 g 100g-1; cinzas = 3,34 g 100g-1; lipídios = 0,96 g 100g-1;
    proteínas = 29,01 g 100g-1; carboidratos = 61,60 g 100g-1; VET = 371,19 kcal 100g-1; Ca = 108,6 g
    100g-1; Mg = 142,0 g 100g-1; K = 1579,6 g 100g-1; p = 403,0 g 100g-1; Fe = 6,84 mg 100 g-1; Zn = 2,77mg 100 g-1; Mn = 1,44 mg 100g-1 ; e Cu = 0,42 mg 100g-1e Cu. Quanto aos parâmetros
    organolépticos, os snacks receberam avaliações medianas de aprovação, variando entre 6 a 7. Os
    resultados das análises sensoriais dos dois snacks (S30 e S50) evidenciaram que o S50 obteve
    índices de aceitação superiores em todos os aspectos: cor (94%); aroma (92%); sabor (93%); textura
    (95%) e aceitação global (97%). O snack S50 apresentou a seguinte composição química: umidade
    = 11,53 g 100g-1; cinzas = 2,63 g 100g-1; lipídios = 15,43 g 100g-1; proteínas = 16,95 g 100g-1;
    carboidratos = 53,54 g 100g-1; VET = 420,50 kcal 100g-1; amido = 39,33 g 100g-1; FAT = 25, 08 g 100
    g-1; Ca = 95,66 g 100g-1; Mg = 66,33 g 100g-1; K = 585,33 g 100g-1; P = 434,00 g 100g-1; Fe = 8,44 mg
    100 g-1; Zn = 3,41 mg 100 g-1; Mn = 0,012 mg 100g-1; e Cu = 0,66 mg 100 g-1. As análises
    microbiológicas evidenciaram uma qualidade favorável ao produto formulado, estando em
    conformidade com os parâmetros estabelecidos pela legislação vigente, apontando boas
    condições. O snack elaborado com 50% da FIFM, cultivar BRS Esperança, apresenta características
    sensoriais, nutricionais e funcionais favoráveis ao consumo, podendo desempenhar um papel
    relevante como um alimento promotor da saúde da população.

  • THAYANNE TORRES COSTA
  • Qualidade nutricional e de cozimento dos grãos de cultivares de feijão-mungo verde (Vigna radiata (L.) R. Wilczek)
  • Data: 08/03/2024
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  • O feijão-mungo verde (Vigna radiata (L.) R. Wilczek) é uma pulse rica em proteínas, com um  percentual médio em torno de 20 a 24%, além de vitaminas e minerais. O objetivo deste estudo  foi avaliar a qualidade nutricional e de cozimento dos grãos de cultivares de feijão- mungo  verde. Foram determinados nos grãos crus e cozidos das cultivares BRS Esperança (Embrapa),  Ouro Verde MG-2 (EPAMIG), BRSMG Camaleão (EPAMIG e Embrapa), IAC-VR211 (IAC)  e Mungo Chin (AVRDC) de feijão-mungo verde a composição centesimal (umidade, cinzas,  lipídeos, proteínas, amido e fibras alimentares totais (FAT), o valor energético total (VET) e os  teores dos minerais ferro (Fe) e zinco (Zn), além dos seus tempos de cozimento. A umidade foi determinada por gravimetria em estufa a 105 °C. As análises de cinzas foram feitas por  incineração em mufla a 550 ºC. Os lipídeos foram determinados pelo método de Soxhlet. O teor  de proteínas foi analisado pelo método de macro Kjeldahl. O amido foi determinado pelo  método ISI 27-1e com adaptações. O teor de fibras alimentares totais foi determinado de forma  indireta por diferença, assim como o teor de carboidratos. O VET foi obtido através da soma  das calorias multiplicados pelos fatores de conversão de Atwater. Os teores de Fe e Zn foram  determinados por digestão nitro-perclórica e leitura em espectrofotômetro de absorção atômica  de chama. O tempo de cozimento foi determinado utilizando-se o cozedor de Mattson, obtido  como o valor médio do tempo de perfuração da 1ª, 7ª e 13ª haste. Todas as análises foram  realizadas em triplicata. Os resultados obtidos foram expressos em base seca, como média ±  desvio-padrão. As médias entre cultivares e entre grãos cru e cozido foram comparadas pelos testes de Tukey e t de Student (p<0,05), respectivamente. Após a cocção, observou-se aumento  nos teores de umidade, lipídeos, proteínas, amido e VET, bem como diminuição nos teores de  cinzas, carboidratos, FAT, Fe e Zn. As cultivares apresentaram as seguintes médias gerais nos  grãos crus e cozidos, respectivamente: umidade: 3,65 e 5,64 g 100 g-1; cinzas: 3,56 e 1,98 g 100 g-1; lipídeos: 0,52 e 1,37 g 100 g-1; proteínas: 22,42 e 22,59 g 100 g-1; carboidratos: 69,84 e  68,40 g 100 g-1; amido: 39,65 e 63,38 g 100 g-1; FAT: 23,97 e 9,79 g 100 g-1; VET: 373,76 e  376,36 Kcal 100 g-1; Fe: 5,34 e 4,49 mg 100 g-1; e Zn: 4,19 e 3,85 mg 100 g-1. A cultivar BRS  Esperanças apresentou o menor tempo de cozimento, seguida da Ouro Verde MG-2. Apesar  do processamento térmico provocar reduções em alguns nutrientes, as cultivares ainda  mantiveram teores satisfatórios de macro e micronutrientes nos grãos cozidos. A cultivar Ouro  Verde MG-2 apresentou a melhor qualidade nutricional antes e após a cocção. Essas cultivares  podem ser utilizadas pela população para consumo na forma cozida, em preparações ou como  ingrediente no enriquecimento de produtos alimentícios.

  • STÉFANY RODRIGUES DE SOUSA MELO
  • Concentrações de leptina, hipomagnesemia e sua relação com o estresse oxidativo, resistência à insulina e inflamação em mulheres com obesidade
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 08/03/2024
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  • A disfunção do tecido adiposo caracterizada pela hiperplasia e

    hipertrofia dos adipócitos altera o padrão de secreção e atividade de diversos hormônios, a

    exemplo da leptina. As concentrações elevadas desse hormônio podem comprometer a

    homeostase de micronutrientes, como o magnésio, o que, por sua vez, pode acentuar o estresse oxidativo, a resistência à insulina e a inflamação crônica de baixo grau em indivíduos com obesidade. Assim, esta tese teve como objetivos: 1) Atualizar aspectos constantes na literatura sobre a participação do magnésio no metabolismo da insulina, as repercussões no

    desenvolvimento do estresse oxidativo e inflamação crônica de baixo grau, bem como apresentar a influência de intervenções dietéticas; 2) Verificar as concentrações de leptina e magnésio e sua relação com o estresse oxidativo, a resistência à insulina e inflamação crônica de baixo grau em mulheres com obesidade. No primeiro estudo, foi conduzida busca nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, sendo incluídos artigos que apresentavam os mecanismos de participação resultantes da hipomagnesemia associada à resistência à insulina. O segundo estudo clínico observacional, do tipo caso-controle, envolvendo 147 mulheres que foram distribuídas em dois grupos: mulheres com obesidade (n=75) e grupo controle (n=72). Nesse estudo foram avaliadas as concentrações séricas de leptina, concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias de magnésio, creatinina urinária, pressão arterial, marcadores do controle glicêmico, atividade das enzimas SOD e catalase, concentrações plasmáticas de TBARs e citocinas IL-6 e IL-8. As mulherecom obesidade apresentaram concentrações aumentadas de leptina sérica, concentrações reduzidas de magnésio no eritrócito e plasma, bem como aumento da excreção urinária desse mineral. Houve diferença significativa das concentrações de leptina, magnésio eritrocitário, plasmático, urinário entre os grupos, bem como creatinina urinária, SOD, TBARs e IL-6. A análise de correlação linear simples evidenciou que houve correlação positiva entre leptina e parâmetros

    de adiposidade nas mulheres com obesidade e correlação negativa entre leptina e atividade da SOD no grupo controle. Houve correlação negativa entre magnésio eritrocitário e IL-6 no grupo controle. As mulheres com obesidade avaliadas neste estudo apresentam concentrações elevadas de leptina e valores reduzidos de creatinina na urina, sugerindo que a hiperleptinemia não favorece lesão renal nessas participantes. Além disso, apresentam deficiência em magnésio, concentrações elevadas de TBARS, reduzida atividade da SOD, bem como valores elevados de IL-6, o que reflete a presença do estresse oxidativo e da inflamação crônica nesse grupo populacional. A partir dos dados desse estudo, também pode-se concluir que a deficiência em magnésio parece não influenciar parâmetros do estresse oxidativo, da resistência à insulina e da inflamação crônica de baixo grau em mulheres com obesidade.

  • LOANNE ROCHA DOS SANTOS
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE MINERAIS (MAGNÉSIO, SELÊNIO E CÁLCIO) E MARCADORES DO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM MULHERES COM OBESIDADE
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 07/03/2024
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  • SANTOS, L.R. Associação entre as concentrações dos minerais

    (magnésio, selênio e cálcio) e o risco cardiometabólico em mulheres

    com obesidade. 2024. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação

    em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

     

    A distribuição desproporcional do tecido adiposo no organismo tem

    sido associada ao desenvolvimento de diversas comorbidades, sendo a

    disfunção de tal tecido caracterizada pela hipertrofia de adipócitos,

    redução da angiogênese, inflamação crônica de baixo grau, resistência

    à insulina e dislipidemias, fatores de risco cardiometabólico

    importantes. Na perspectiva da obtenção de conhecimentos acerca da

    influência da nutrição na proteção cardiometabólica, pesquisas têm

    investigado a participação de minerais, em particular magnésio, selênio

    e cálcio, no controle de desordens presentes em indivíduos com

    obesidade. Assim, esta tese teve como objetivo: 1) Esclarecer e

    aprofundar conhecimentos a acerca do papel do magnésio na proteção

    contra alterações cardiometabólicas presentes na obesidade; 2)

    Verificar a associação entre parâmetros de minerais (magnésio, selênio

    e cálcio) e marcadores do risco cardiometabólico em mulheres com

    obesidade. No primeiro estudo, foi conduzida busca nas bases de dados

    Pubmed, SciELO, and Science Direct, sendo incluídos artigos que

    apresentavam foco na elucidação dos mecanismos envolvidos entre

    fatores de risco cardiometabólico e indivíduos com obesidade e no

    papel do magnésio na proteção contra tais fatores. O segundo estudo de

    natureza observacional, analítico, do tipo caso-controle, envolveu 130

    mulheres com idade entre 18 e 50 anos, que foram distribuídas em

    grupos de acordo com o IMC: mulheres com obesidade (n=69) e grupo

    controle (n=61). Nesse estudo foram avaliadas as concentrações

    plasmáticas, eritrocitárias e urinárias dos minerais (magnésio, selênio e

    cálcio), as concentrações séricas de marcadores do perfil lipídico

    (colesterol total, triacilgliceróis, HDL-c, LDL-c, não-HDL-c), perfil

    glicêmico (glicemia em jejum, insulina, HbA1c, HOMA-IR) e

    inflamatórios (interleucina 6 e interleucina 8). Os resultados revelaram

    alterações na homeostase dos minerais magnésio, selênio e cálcio, com

    aumento de suas excreções na urina nas mulheres com obesidade, bem

    como parâmetros do risco cardiometabólico elevados. Houve uma

    correlação positiva entre os biomarcadores do estado nutricional

    relativo aos minerais e os parâmetros antropométricos avaliados. Os

    resultados sugerem que o excesso de adiposidade contribui para a

    manifestação da deficiência verificada nos minerais analisados, bem

    como o impacto de tal deficiência na acentuação do risco

    cardiometabólico na população avaliada. Essa pesquisa permite inferir

    a associação da deficiência nos minerais (magnésio, selênio e cálcio)

    com o aumento do risco cardiometabólico nas mulheres com obesidade.

  • RAYSSA MARIA DE SOUSA SILVA
  • Nutricheck: desenvolvimento de um aplicativo móvel para auxiliar no planejamento e monitoramento da alimentação escolar
  • Orientador : AMANDA DE CASTRO AMORIM SERPA BRANDAO
  • Data: 06/03/2024
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  • Os programas de alimentação devem oferecer refeições nutricionalmente balanceadas que contribuem para o desenvolvimento de comportamentos alimentares saudáveis entre os estudantes. O adequado planejamento da alimentação escolar está diretamente ligada à qualidade do cardápio, aos índice de aceitação e o diagnóstico do perfil nutricional dos estudantes atendidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com o avanço da tecnologia, melhores métodos de inserção de dados por meio de aplicativos podem tornar a coleta de informações nutricionais mais precisas. Como resultado, um aplicativo móvel completo e integrado pode aprimorar o monitoramento e acompanhamento da gestão da alimentação escolar. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um aplicativo para auxiliar no monitoramento da qualidade e aceitabilidade da alimentação escolar e diagnóstico nutricional dos estudantes da rede pública de ensino. No intuito de estabelecer uma fundamentação teórica para concepção do aplicativo, realizou-se uma revisão de literatura, além de uma busca de anterioridade no site do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para verificar a existência de registros de softwares na área da alimentação escolar. Para o desenvolvimento do aplicativo Nutricheck utilizou-se o framework Flutter que usa a linguagem Dart. No recurso Cardápio utilizou-se como referência para a análise da composição dos alimentos a tabela de composição de alimentos da ferramenta planejamento de cardápio, o PLAN PNAE, também utilizou-se a pontuação do Índice de Qualidade da Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional (IQCosan) para obter a classificação do cardápio. Dessa forma, os alimentos constantes na tabela de composição de alimentos foram organizados conforme as categorias preconizadas pelo próprio IQcosan. Além disso, definiu-se que a aceitação da alimentação escolar seria realizada com base no método de escala hedônica e as funcionalidades dos métodos de classificação do recurso Avaliação do Estado Nutricional, utilizando as tabelas de IMC por Idade do OMS e a classificação do estado nutricional para adultos do SISVAN. Foi desenvolvido o aplicativo para dispositivos móveis com sistema Android, intitulado “NutriCheck” que se apresenta como uma ferramenta especializada no contexto da alimentação escolar. O aplicativo visa proporcionar aos usuários uma abordagem prática e abrangente para gerenciar o planejamento dos cardápios da alimentação escolar, incluindo a análise da composição nutricional, da qualidade e da aceitabilidade das refeições escolares e a avaliação do estado nutricional dos estudantes.

  • DAYANE DAYSE DE MELO COSTA
  • ROTULAGEM DE ALIMENTOS INFANTIS E IMPACTO DAS DESIGNAÇÕES FRONTAIS NA DECISÃO DE COMPRA DOS PAIS
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 05/03/2024
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  • COSTA, Dayane Dayse de Melo. ROTULAGEM DE ALIMENTOS INFANTIS E
    IMPACTO DAS DESIGNAÇÕES FRONTAIS NA DECISÃO DE COMPRA DOS PAIS.
    2024. 159 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição,
    Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    É importante o conhecimento sobre os rótulos dos alimentos, uma vez que, os mesmos
    beneficiam a saúde do indivíduo e coletivo, sendo essencial que sejam interpretados os dados
    contidos. Poucos estudos investigam sobre as decisões dos pais ao comprarem alimentos
    infantis com alegações de nutriente. Desta forma, realizou-se este estudo visando analisar o
    impacto sobre a decisão de compra dos pais em relação as alegações de nutrientes. O projeto
    foi aprovado pelo comitê de Ética da UFPI sobre parecer no 6.101.451. A pesquisa é um recorte
    do projeto intitulado “Criação de um Banco Brasileiro de Rótulos de Alimentos”, coordenado
    por docentes da UNIFESP e localmente pela orientadora. Em Teresina foram coletados dados
    em supermercados de grande porte. Os dados dos produtos foram coletados a partir do segundo
    semestre de 2023, por meio da Plataforma Otus Solutions e as informações referentes a
    obtenção de dados descritivos dos consumidores foram realizadas por meio de aplicação de
    questionário validado. Inicialmente, foram coletadas informações referentes as alegações
    presentes nos alimentos infantis, as coletas de dados ocorreram por meio da Plataforma Otus.
    Posteriormente, foi aplicado questionários nos supermercados com os pais, o tamanho amostral
    foi de 329 voluntários. Foram analisados 179 rótulos de alimentos destinados para crianças,
    subdivididos em 9 grupos (salgadinhos, preparados sólidos para refrescos, pó para preparo de
    bebidas, laticínios, cereais matinais, cereais para preparo de mingau, biscoitos, bebidas e
    achocolatado em pó). As alegações mais frequentes foram de vitaminas e minerais. Referente
    as alegações para ingredientes críticos, apenas dois rótulos estavam condizentes com a
    legislação. Com a aplicação do questionário, verificou-se que as informações mais procuradas
    pelos pais nos rótulos são, teor de açúcar com o maior quantitativo (139), seguido de validade
    (105), quantidade de sódio (100), teor de gordura (72), ingredientes (45), calorias (42) e
    conservantes (41) e os alimentos que costumam verificar o rótulo são, iogurte (165), biscoitos
    (158), leite (103), sucos de garrafa (45), achocolatados (37), cereais para preparo de mingais
    (35) e suco de caixinha (31). 62,0% (204) dos participantes eram os responsáveis pela aquisição
    de gêneros alimentícios para crianças e faziam a leitura do rótulo frontal no ato da compra. 207
    pais (62,9%) consideram o rótulo importante e confiam nas informações expostas. A maior
    parcela da população estudada afirmou que já fez compras de produtos por conter alegações
    frontais (55,6%). 274 (83,3%) participantes relataram que as alegações interferem nas suas
    escolhas no ato da compra. 238 (72,3%) pais responderam que deixaram de adquirir algum
    produto por conterem alegações no rótulo frontal. Concluiu-se que as alegações frontais
    presentes nos rótulos de alimentos infantis interferem na decisão de compra dos pais,
    independentemente se for uma alegação que contenha informações favoráveis ou desfavoráveis.
    Das alegações de ingredientes críticos o maior percentual dos rótulos não estava condizente
    com a legislação para alimentos embalados, sendo justificável pelo aumento do prazo para
    adequação dos rótulos.

  • ENNYA CRISTINA PEREIRA DOS SANTOS DUARTE
  • Caracterização nutricional, funcional e digestibilidade proteica dos grãos crus e cozidos de diferentes classes comerciais de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.)
  • Data: 20/02/2024
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  • O feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) possui considerável valor nutritivo, e é uma importante fonte de ferro, zinco e proteína, e reserva de carboidratos, além de fibras e compostos bioativos, que são importantes para a nutrição e saúde. Porém também possuem fatores antinutricionais que podem interferir na biodisponibilidade de minerais e na digestibilidade de proteínas. Este trabalho objetivou determinar a qualidade nutricional e de cozimento de grãos cru e cozido e a digestibilidade proteica de diferentes classes comerciais de feijão-caupi. Foram determinados a composição centesimal, valor energético total (VET), minerais ferro (Fe), zinco (Zn) e selênio (Se), ácido fítico, qualidade de cozimento e o índice de qualidade nutricional e de cozimento de 10 genótipos de feijão-caupi de diferentes classes comerciais (BRS Tumucumaque, Pretinho, IT-97K-1042-3, BR2 Bragança, BRS Verdejante, BRS Inhuma, BRS Exuberante, MNC11-1019E-15, BRS Imponente e BRS Olhonegro) e a seleção simultânea com base nos principais atributos dos melhores genótipos, via índice de qualidade nutricional e de cozimento (IQNC). As cultivares selecionadas com base no IQNC (BRS Tumucumaque, BRS Imponente e BRS Olhonegro) foram avaliadas quanto aos teores de fenólicos totais, fibra alimentar, atividade antioxidante e digestibilidade proteica em vitro. Os resultados demostraram que houve diferenças significativas (p<0,05) entre os genótipos para todas as características estudadas, com exceção do teor de carboidratos nos grãos crus. O teor de proteínas aumentou significativamente após o cozimento para o IT97KD-1042 e BRS Olhonegro. O cozimento reduziu o Fe e aumentou o Zn, não havendo diferenças significativas para Se, e reduziu o ácido fítico de 10,43 a 30,64 g 100g-1 . A qualidade de cozimento foi superior a 52% para todos os genótipos. O teor de compostos fenólicos  variou de 137,9 a 253,85 mg GAE 100 g-1 e 65,8 a 65,8 mg GAE 100 g-1  ; a atividade antioxidante de  285,81 a 321,62 μmol TEAC 100 g-1 e de 25,56 a 87,54 μmol TEAC 100 g-1  ; e o teor de fibras  alimentares totais de 12,02 a 26,57 g 100g-1 e de 21,60 a 27,31 g 100g-1  , para os grãos cru e cozido,  respectivamente. As cultivares BRS Tumucumaque, BRS Imponente e BRS Olhonegro sobressaíram- se em qualidade nutricional, funcional e de cozimento. Sobre a digestibilidade proteica, esta variou  de 79,38 a 82,48% no grão cru e de 77,38 a 83,48 % no grão cozido. Os resultados deste estudo evidenciaram que as cultivares de feijão-caupi BRS Tumucumaque, BRS Imponente e BRS Olhonegro apresentaram grãos com alto valor nutricional, funcional e de cozimento, além de boa digestibilidade proteica, e ratificaram o importante aporte de nutrientes e compostos bioativos que o feijão-caupi pode possibilitar quando inserido em uma alimentação equilibrada.

     

  • LEANDRA CALINE DOS SANTOS
  • Desenvolvimento, composição centesimal e análise físico-química de um suplemento alimentar em gel à base de rapadura
  • Orientador : AMANDA DE CASTRO AMORIM SERPA BRANDAO
  • Data: 08/02/2024
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  • Por se tratar de um carboidrato simples, de concentração elevada, o suplemento
    alimentar em gel pode ser indicado para indivíduos que pratiquem exercício físico por
    períodos superiores à uma hora. Sua principal vantagem é determinada pela rápida
    absorção e liberação de energia, resguardando a intensidade do treino e prevenindo contra
    possíveis intercorrências que possam atrapalhar o rendimento. Diante disso, o objetivo do
    trabalho foi desenvolver um suplemento alimentar em gel à base de rapadura para
    reposição energética de atletas. O produto foi desenvolvido de acordo com as normativas da
    Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, como a RDC no 243/2018, RDC no
    331/2019, RDC no 18/2010, IN no 28/2018 e a IN no 60/2019. Para avaliação da
    composição centesimal, o produto foi submetido, em triplicata, às seguintes análises:
    umidade, cinzas, lipídeos, proteínas e carboidratos. O Valor Energético Total (VET) em
    kcal/100 g foi calculado segundo os valores de conversão de Atwater. Para avaliação dos
    aspectos físico-químicos, o produto foi submetido, em triplicata, às análises de acidez total
    titulável, pH e atividade de água. Foram realizadas análises microbiológicas para
    determinação de enterobactérias totais, Salmonella spp., bolores e leveduras. A análise
    sensorial foi realizada com 105 assessores não treinados (corredores e ciclistas) que
    consumiam ou já tinham consumido suplementos de carboidratos na forma de gel. Os
    resultados estão apresentados através de tabelas, gráficos e suas respectivas médias e
    desvios-padrão. O percentual de umidade de ambos os suplementos variou entre 22,25 ±
    0,01a (R) e 25,16 ± 0,08b (Z). O teor de cinzas das amostras formuladas apresentou-se em
    1,44 ± 0,01a, enquanto que do suplemento comercial foi de 0,92 ± 0,00b.
    No que se refere ao percentual lipídico e proteico, o suplemento alimentar em gel à base de
    rapadura apontou uma média de 0,47 ± 0,00a e 1,20 ± 0,06a, respectivamente. A
    porcentagem de carboidratos do suplemento desenvolvido à base rapadura apresentou uma
    quantidade superior (74,65g), em comparação ao suplemento comercial (72,77g). Para o VET,
    o suplemento “R” apresentou 307,59 Kcal, para 296,13 Kcal do suplemento “Z”. O pH das
    amostras analisadas do suplemento alimentar em gel à base de rapadura e do suplemento
    alimentar em gel comercial apresentou-se entre 6,46 ± 0,00a e 6,04 ± 0,00b,
    respectivamente. Para determinação da acidez total titulável, os valores em mL de NaOH
    0,1N gasto foi de 1,50 ± 0,00a para o suplemento alimentar em gel desenvolvido (R) e 2,00
    ± 0,00b para o suplemento alimentar em gel comercial. A atividade água das amostras R e
    Z foram de 0,79 ± 0,00a e 0,87 ± 0,00b , respectivamente. Os resultados microbiológicos
    obtidos demonstram que o produto analisado encontra-se dentro dos padrões preconizados
    pela legislação vigente. Dentre os 105 provadores que participaram do teste de
    aceitabilidade, 50,5% afirmaram gostar muitíssimo e 60% afirmaram que certamente
    comprariam o produto. Portanto, a composição do suplemento alimentar em gel à base de
    rapadura apresenta a quantidade de carboidratos recomendada para atender as
    necessidades energéticas e de recuperação muscular após exercícios de resistência, além de
    auxiliar na reposição de eletrólitos.

2023
Descrição
  • JANMYLLA GOMES RIBEIRO
  • CARACTERIZAÇÃO DO MEL DE ABELHA (MELIPONA COMPRESSIPES) PRODUZIDO NO PIAUÍ: UM ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS, QUALIDADE MICROBIOLÓGICA, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E FENÓLICOS TOTAIS.
  • Data: 02/10/2023
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  • O presente trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar mel de Tiúba
    (Melipona compressipes) quanto às características físico-químicas, microbiológicas, teor de
    compostos fenólicos e atividade antioxidante. Para tanto analisou-se os indicadores
    umidade, acidez livre, pH, açúcares redutores, sacarose aparente e cor de mel de Tiúba
    (Melipona compressipes) de diferentes localidades do Piauí (Teresina, Piripiri, Batalha,
    Murici dos Portelas), determinou-se o teor de compostos fenólicos totais e atividade
    antioxidante dos méis coletados e realizou-se testes para contagem de coliformes totais,
    Escherichia coli, bolores e leveduras. Entre as localidades analisadas o teor de umidade dos
    méis variou de 17,96 ± 0,25% a 25,66 ± 1,08%. A amostra de Piripiri foi a única que se
    apresentou umidade dentro do padrão especificado para mel segundo a legislação. A
    acidez dos méis entre os municípios estudados variou de 33,45 ± 1,45 a 57,05 ± 0,33
    mEq/kg. O pH teve menor variabilidade neste estudo. Entre os municípios estudados houve
    uma variação de 3,60 ± 0,06 a 3,72 ± 0,01. A variação de açúcares redutores entre os
    municípios foi de 35,13 ± 5,73 a 48,10 ± 3,47 g/100g. A variação no teor de sacarose
    aparente entre os municípios foi de 3,17 ± 4,73 a 4,58 ± 0,45g/100g. A variação no teor
    de cor entre os municípios estudados foi de 12,52 ± 0,28nm a 52,25 ± 1,14nm. Das 27
    amostras analisadas, as absorbâncias lidas apresentaram-se entre 5 e 77nm onde as cores
    extra branco e âmbar claro foram predominantes em 29,63% das amostras,
    respectivamente, seguidas do branco (18,52%), extra âmbar claro (14,81%) e branco
    d’água em 7,41% das amostras. As amostras provenientes do município de Batalha
    apresentaram os méis mais claros, enquanto Murici dos Portelas apresentou as amostras
    de coloração mais escura. O teor de compostos fenólicos medido nos 27 extratos de mel
    variou de 37,38 a 148,61 mg GAE/100g. Os resultados obtidos confirmam que o mel de
    abelhas sem ferrão contém compostos fenólicos totais. A atividade antioxidante dos méis
    analisados foi baixa, demonstrando que os méis analisados tem atividade sequestradora de
    radicais catiônicos (ABTS) e capacidade redutora de íon férrico a íon ferroso (FRAP). Os
    méis que apresentaram coloração mais escura também apresentaram maior atividade
    antioxidante tanto pelo método FRAP (162,14 ± 5,10 μmol Trolox/100g ) como pelo
    método ABTS (93,65 ± 4,63 μmol Fe(II)/100g). Segundo a IN n° 161/22, 7 amostras
    apresentaram-se fora do padrão para bolores e leveduras.

  • LARISSE MONTELES NASCIMENTO
  • CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E ASSOCIAÇÃO COM CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE VITAMINA D, COMPOSIÇÃO CORPORAL E RISCO CARDIOVASCULAR EM ADULTOS E IDOSOS: UM ESTUDO DOMICILIAR E DE BASE POPULACIONAL
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 31/08/2023
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  • O objetivo desta tese foi verificar a associação entre o consumo de AUP com a deficiência de
    vitamina D, composição corporal e risco cardiovascular em adultos e idosos. A tese compreende
    três capítulos em formatos de artigos científicos, todos com delineamento transversal, utilizando
    dados da pesquisa de base populacional ―Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí. O capítulo 1
    mostrou uma associação entre o consumo de AUP com deficiência de vitamina D, no qual utilizou-
    se dados sociodemográficos, de estilo de vida, antropométricos, vitamina D sérica e consumo
    alimentar de 229 indivíduos (≥20 anos), de ambos os sexos. O capítulo 2 mostrou a associação
    entre o consumo de AUP com indicadores antropométricos, compreendendo uma amostra de 490
    indivíduos (≥20 anos) utilizando-se dados sociodemográficos, estilo de vida, antropométricos e
    consumo alimentar. A associação entre o consumo de AUP e as DCV e os índices de
    aterogenicidade foi analisada no capítulo 3, no qual foram utilizados dados sociodemográficos,
    estilo de vida, antropométricos, bioquímicos e consumo alimentar de 490 indivíduos (≥20 anos).
    Os resultados do capítulo 1 mostram que a maioria dos indivíduos de 20 a 39 anos apresentava
    deficiência de vitamina D (52,1%). Ademais, os AUP contribuíram com 19,9% da ingestão calórica
    da dieta, sendo essa contribuição maior para os indivíduos com deficiência de vitamina D (22,5%).
    O maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários foi
    associado a deficiência de vitaminia D (OR: 0.45, IC:0.21/0.96). Além disso, alta ingestão de AUP
    foi associada ao dobro do risco de deficiência de vitamina D em comparação com o baixo consumo
    de AUP (OR: 2,05; IC: 1,06/4,50). Nos resultados do capítulo 2 foram observados que indivíduos
    de 20 a 35 anos apresentaram associação positiva entre consumo de AUP e prega cutânea triciptal
    (ß: 0,04; IC: 0,03/0,09), demonstrando aumento desse marcador de gordura corporal subcutânea
    com maior consumo de AUP. Ademais, em participantes de 36 a 59 anos, observou-se associação
    inversa entre consumo de AUP com circunferência do braço (ß: - 0,02; IC: -0,03/-0,01). A área
    muscular do braço também foi associada inversamente a esse grupo de alimentos (ß: -0.02; IC: -
    0.03/-0.00), assim como a área muscular do braço corrigida (ß: -0,07; IC: -0,12/-0,02), indicando
    menor massa muscular naqueles indivíduos com elevado consumo de AUP. No capítulo 3, o
    consumo de AUP apresentou maior contribuição calórica para aqueles com diagnóstico de doença
    cardiovascular (DCV) e também foi observada associação entre a prevalência de DCV e maior
    consumo de AUP (RP: 2,71; IC: 1,31/5,60). O elevado consumo de AUP também esteve associado
    ao índice aterogênico plasmático (ß: 0.10; IC: 0.003/0.20), bem como ao coeficiente aterogênico (ß:
    0,20; IC: 0,01/0,39) e a relação TG/HDL-c (RP: 1,47; IC: 1,06/2,05). Portanto, a partir dos
    resultados obtidos é possível concluir que os AUP estão associados à deficiência de vitamina D,
    redução de massa muscular, aumento de massa gorda e elevado de risco cardiovascular, tendo o
    potencial de influenciar negativamente a saúde humana.

  • MARCOS SERRA LUZ
  • QUALIDADE NUTRICIONAL E TECNOLÓGICA DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO- CAUPI (Vigna unguiculata L. Walp.) DE GRÃOS PRETOS ANTES E PÓS- COZIMENTO
  • Data: 28/08/2023
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  • O feijão-caupi, além de ser uma importante fonte de proteína, é rico em outros nutrientes como carboidratos e minerais. Nos últimos anos, diversos estudos têm sido conduzidos visando o desenvolvimento de cultivares mais produtivas e com melhor qualidade nutricional e de cozimento. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade nutricional e tecnológica de genótipos de feijão-caupi da classe comercial preto antes e pós-cozimento. A metodologia consistiu na avaliação da qualidade nutricional (proteínas, umidade, cinzas, lipídeos, carboidratos, Valor Energético Total - VET, microminerais ferro e zinco) e tecnológica (qualidade de cozimento) de 15 genótipos de feijão-caupi da classe comercial preto, sendo 12 linhagens elite e 3 cultivares comerciais (Pretinho, BRS Tapahium e BRS Guirá). As análises foram realizadas em triplicata nos grãos crus e após o cozimento. Os teores dos microminerais ferro e zinco foram determinados por digestão nitro-perclórica e leitura em espectrofotômetro de absorção atômica de chama. A qualidade de cozimento foi determinada com base no percentual de grãos cozidos, utilizando-se panela de pressão elétrica, com o auxílio do cozedor de Mattson. O Índice de Qualidade Nutricional e de Cozimento (IQNC) foi utilizado para identificar os genótipos com alta qualidade nutricional e de cozimento. Os resultados foram expressos em base seca, como média ± desvio-padrão, com as médias comparadas estatisticamente pelo teste t de Student e agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). Após a cocção, percebeu-se aumento nos teores de umidade, lipídeos, proteínas e VET. Houve redução nos teores de cinzas, carboidratos totais, ferro e zinco. Os genótipos apresentaram as seguintes médias gerais na composição centesimal: umidade: 5,23 g 100g-1  (grãos crus) e 5,85 g 100g- 1  (grãos cozidos); cinzas: 4,03 g 100g-1  (grãos crus) e 2,61 g 100g-1  (grãos cozidos); lipídeos:  1,53 g 100g-1  (grãos crus) e 2,75 g 100g-1  (grãos cozidos); teores de proteínas: 27,42 g 100g-1  (grãos crus) e 29,15 g 100g-1  (grãos cozidos); carboidratos: 61,79 g 100g-1 (grãos crus) e 59,64  g 100g-1 (grãos cozidos); VET: 370,61 Kcal 100g-1  (grãos crus) e 379,64 Kcal 100g-1 (grãos cozidos). Quanto aos teores de microminerais ferro e zinco, os genótipos apresentaram as seguintes médias: ferro: 5,13 mg 100g-1  (grãos crus) e 3,65 mg 100g-1 (grãos cozidos); zinco:  5,60 mg 100g-1  (grãos crus) e 4,41 mg 100g-1 (grãos cozidos). Os genótipos MNC10-982-3-7, Pretinho e MNC09-988B-20 apresentaram a melhor qualidade de cozimento, com 87, 86 e 85% de grãos cozidos, respectivamente. Esses genótipos também apresentaram maiores valores de IQNC e, portanto, cozimento rápido, alta qualidade nutricional e maior retenção pós-cozimento. O cozimento, embora tenha reduzido os teores de alguns nutrientes, não foi capaz de provocar perdas relevantes. Os genótipos MNC09-988B-20, Pretinho e MNC09-988B-3 apresentam melhor qualidade nutricional e de cozimento e maior retenção de nutrientes pós-cozimento. Esses genótipos podem ser utilizados como genitores em cruzamentos ou recomendados diretamente como cultivares comerciais, atendendo as necessidades do consumidor e constituindo-se em excelentes opções para o mercado de feijão-caupi de grãos pretos.

  • CLENIO OLIVEIRA BARRENSE
  • Intervenções Dietéticas Restritivas na Tumorigênese do Câncer de Próstata: Revisão Sistemática e Meta-análise de Estudos Pré-clínicos, Clínicos e Perspectiva Translacional
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 11/07/2023
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  • O câncer de próstata é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Identificar intervenções dietéticas eficazes para complementar os tratamentos convencionais é crucial para o controle da doença. Este estudo tem como objetivo avaliar a eficácia de intervenções dietéticas na modulação de mecanismos de metabolismo tumoral e marcadores relacionados ao início, progressão e metástase do câncer de próstata. Buscamos na PubMed, Scopus e Web of Science no período de março e julho de 2021 e uma atualização em março de 2023. Incluímos estudos sobre intervenções dietéticas para modelos in vivo de câncer de próstata e pacientes (≥19 anos) com placebo ou comparador de controle. Das 1725 publicações, 73 foram incluídas na revisão: 10 estudos clínicos e 63 estudos pré-clínicos. A restrição calórica, a restrição de carboidratos e as dietas cetogênicas reduziram a incidência, progressão e metástase do tumor, enquanto as dietas ricas em gordura aumentaram esses parâmetros. Os estudos pré-clínicos se concentraram principalmente na restrição calórica e nas dietas ricas em gordura, enquanto os estudos clínicos se concentraram principalmente na restrição calórica. A restrição calórica e outras intervenções dietéticas apresentaram resultados positivos na redução da incidência, progressão e metástase do câncer de próstata. Em contrapartida, a dieta hiperlipídica teve efeitos deletérios sobre esses mesmos parâmetros. A restrição de calorias e carboidratos pode impactar positivamente o desenvolvimento e a progressão do câncer de próstata. Mais pesquisas são necessárias para padronizar a duração da intervenção e refinar os biomarcadores que predizem a resposta a medidas preventivas ou terapêuticas. O refinamento de biomarcadores histopatológicos na próstata continua sendo crucial. Em resumo, as intervenções dietéticas podem complementar os tratamentos convencionais no tratamento do câncer de próstata. A restrição de calorias e carboidratos são intervenções promissoras que precisam de mais investigação para otimizar sua eficácia.

  • MARIA FABRÍCIA BESERRA GONÇALVES
  • CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS, NUTRITIVAS E FUNCIONAIS DE BARRA DE CEREAL ADICIONADA DE FARINHA INTEGRAL DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna Unguiculata (L.) Walp) E MEL DE ABELHA (Apis Melífera)
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 30/06/2023
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  • O objetivo da Tese foi avaliar características sensoriais, nutritivas e funcionais de uma barra
    de cereal adicionada de farinha integral de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) e mel
    de abelha (Apis melífera). As análises foram realizadas em dois momentos, no tempo zero e
    após trinta dias: microbiológica, atividade de água, pH, acidez, textura, composição
    centesimal, compostos bioativos, atividade antioxidante. A análise sensorial e a identificação
    de compostos fenólicos, foram realizadas uma única vez. A barra estudada foi aceita
    sensorialmente, obteve ótima intenção de compra, apresentou estabilidade microbiológica e
    boas condições higiênico-sanitárias e de consumo, estando dentro dos limites previstos pela
    Legislação vigente. A atividade de água determinada na barra encontrava-se dentro do teor
    esperado (0,51 ± 0,00), ratificando a estabilidade microbiológica da mesma. Em relação aos
    parâmetros de textura houve diferença significativa (p ≤0,05) em todos os parâmetros
    analisados, observando aumento da dureza após trinta dias em armazenamento sob
    temperatura ambiente. A textura é um fator importante na qualidade e aceitação dos
    alimentos, o uso de farinha de feijão-caupi mostrou-se viável no desenvolvimento de barra de
    cereal, pois se manteve em condições adequadas para consumo. A barra de cereal pesquisada
    é um alimento com alto teor de fibras alimentares conforme a legislação vigente, pois exibiu
    níveis muito elevados de fibras alimentares (19,67 ± 1,15), podendo afirmar que a
    incorporação da farinha de feijão-caupi possibilitou um incremento de 6,5 vezes a mais de
    fibras alimentares em relação a barra comercial. Apresentou teores de fenólicos totais (51.04
    ± 5.96), flavonóides totais (38.99 ± 0.63), taninos condensados (131.86 ± 2.37) e atividade
    antioxidante (124.29 ± 3.40). Foram identificados alguns compostos fenólicos, como o ácido
    gálico (1991.96 ±4.59), ferúlico (1.86 ±0.23) e p-cumárico (0.85 ±0.073). O ácido gálico foi o
    composto fenólico mais abundante e o p-cumárico o menos abundante. A utilização da farinha
    de feijão-caupi, cultivar BRS Tumucumaque, promoveu um aumento no valor nutritivo do
    produto desenvolvido, proteínas e fribras, mostrando que o uso dessa matéria-prima regional
    na produção de barras de cereais é uma ótima escolha no aporte de nutrientes, compostos
    bioativos e atividade antioxidante, podendo auxiliar na prevenção de doenças e manutenção
    da saúde.

  • MARIA LÍCIA LOPES MORAIS ARAÚJO
  • Desenvolvimento de Barra de Cereal adicionada com polpa da Jaca (Artocorpus heterophyllus), amêndoas de chichá (Sterculia striata Naud) e mel (Apis mellifera)
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 19/06/2023
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  • O presente trabalho teve como objetivos elaborar uma barra de cereal adicionada de polpa de jaca (Antocorpus heterophyllus), farinha de amêndoas de chichá (Sterculia striata Naud) e mel (Apis mellifera), avaliar a aceitação e composição química. Foram desenvolvidas para pré-teste quatro formulações: B1, B2, B3 e B4. Os atributos sensoriais foram avaliados por assessores treinados. Após esse pré-teste, duas formulações, B3 e B4 foram analisados por 122 assessores não treinados em uma faculdade particular de Teresina, Piauí. As análises físico-químicas nos laboratórios do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí. Para a análise sensorial aplicou-se o teste de comparação pareada que mostrou não haver diferença estatisticamente significativa entre as médias das formulações B3 e B4 (7,32 e 7,30, respectivamente). No teste de preferência entre as duas barras, observou-se que houve diferença (p ≤ 0,05). Quanto ao teste de intenção de compra a barra B3 obteve 50% e a barra B4 obteve 47%. Quanto à aceitação foi igual(93%). Portanto, para a seleção da melhor barra verificou-se à rejeição. A que teve maior rejeição foi a B4 (10%). Já a B3 foi apenas 8%. A intenção de compra foi maior para a B3. Concluiu-se então, que a barra B3 é a melhor formulação porpossuir maior porcentual de farinha de chichá e menor de mel, o que pode ter contribuído para uma maior crocância. A caracterização físico-química da barra revelou que o produto apresenta elevado teor de carboidratos (77,97%), baixo teor de lipídios (5,05%) e 373,6 calorias em 100g do produto. Apresentou ainda atividade de água (Aw) de 0,55%e textura com adesividade, mastigabilidade e elasticidade similares barra de cereal comercial. Concluiu-se que a barra de cereal desenvolvida pode ser uma boa opção para suplementação nutricional e grande potencial de consumo, uma vez que o produto apresentou teor de nutrientes adequado para o mercado.

  • GLEYSON MOURA DOS SANTOS
  • ASSOCIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL COM DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS, ESTILO DE VIDA, METABÓLICOS, NUTRICIONAIS E POLIMORFISMOS GENÉTICOS NA PESSOA IDOSA
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 13/06/2023
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  • A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela presença de lesões estruturais ou perda da
    função dos rins, responsável por gerar complicações sérias à saúde, destacando-se atualmente
    como um grave problema de saúde pública. Distúrbios nos processos metabólicos são fatores
    patogênicos chave para a DRC e vice-versa. No entanto, a compreensão detalhada da
    patogênese da DRC ainda permanece obscura e incompleta, principalmente na população idosa.
    Desta forma, este estudo teve como objetivo associar a função renal com dados
    sociodemográficos, estilo de vida, metabólicos, nutricionais e polimorfismos genéticos na
    pessoa idosa. Estudo transversal realizado com idosos atendidos pela Estratégia Saúde da
    Família da cidade Teresina/Piauí, cuja caracterização sociodemográfica e estilo de vida ocorreu
    por entrevista. Para o diagnóstico de síndrome metabólica utilizou os critérios da National
    Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III - NCEP/ATP III. Como critério para
    DRC, foi adotada a classificação do Kidney Disease: Improving Global Outcomes. A 25-
    hidroxivitamina D [25(OH)D] foi dosada por quimiluminescência e a vitamina D dietética foi
    avaliada pelo questionário de frequência alimentar semiquantitativo. Os idosos foram
    classificados como hipertensos, segundo o diagnóstico médico e uso de drogas antihipertensivas.
    A genotipagem do INDEL da ECA ocorreu por reação em cadeia da polimerase
    convencional e as outras variações genéticas, pela técnica do polimorfismo de comprimento de
    fragmentos de restrição. Os resultados demonstraram que os idosos deste estudo eram
    predominantemente do sexo feminino, com idade superior a 70 anos, com companheiro, baixa
    escolaridade, renda de dois salários-mínimos, sedentários, não etilistas e não tabagistas. Os
    idosos ainda apresentaram inadequação nutricional e um alto risco para doenças
    cardiometabólicas segundo a circunferência da cintura. Quanto ao perfil lipídico, apresentaram

    níveis elevados de colesterol, LDL-c e triglicerídeos. A hipovitaminose D foi prevalente, além
    disso, os idosos não consumiam alimentos fontes de vitamina D na quantidade recomendada e
    não tomavam banho de sol. Um terço da amostra apresentou função renal comprometida e a
    prevalência de síndrome metabólica foi de 53,7% entre os idosos que apresentaram tal
    comprometimento. A análise dos quatro polimorfismos revelou que todos estavam em
    equilíbrio de Hardy-Weinberg, indicando que os sujeitos da pesquisa eram representativos no
    campo de estudo. As análises estatísticas demonstraram que o comprometimento da função
    renal não foi associado à síndrome metabólica, hipertensão e status de vitamina D. Entretanto,
    se associou significativamente com sexo feminino, sedentarismo, não se expor ao sol, presença
    de mais de três componentes da síndrome metabólica, destacando-se os triglicerídeos, colesterol
    e LDL-c elevados, e HDL-c reduzido, além dos polimorfismos INDEL da ECA, CYP11B2-
    C344T e FokI, nos idosos que apresentaram genótipo II, CC e ff respectivamente. Como
    conclusão nossos dados apontam a necessidade da identificação precoce de fatores de risco
    metabólicos e variantes genéticas que possam ter influência no comprometimento da função
    renal, de modo que auxilie no planejamento de ações que possam retardar o desenvolvimento
    da DRC na população idosa.

  • LAYONNE DE SOUSA CARVALHO RODRIGUES
  • Conhecimentos e práticas de profissionais de saúde no enfrentamento da obesidade em adolescentes no contexto da Atenção Primária em Saúde no Piauí
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 09/06/2023
  • Mostrar Resumo
  • Objetivo:Avaliar conhecimentos e práticas de profissionais no enfrentamento da obesidade em adolescentes no contexto da atenção primária à saúde no Piauí. Métodos:Foram desenvolvidos dois estudos, sendo o primeiro, evolução temporal da obesidade em adolescentes no Estado do Piauí, com dados secundários do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Para tanto, estabeleceram-se os critérios de busca: indivíduos adolescentes, Índice de Massa Corporal por idade, sexo e anos de referência de 2015 a 2019. Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0, e teste Qui-Quadrado, considerando-se nível de significância de 5%. Análise de tendência temporal foi realizada no softwareJoinpoint Regression Program, versão 4.8.0.1, considerando-se p<0,05; o segundo estudo, avaliação do conhecimento sobre nutrição e práticas de profissionais da saúde no enfrentamento da obesidade em adolescentes atendidos na Atenção Primária em Saúde do Estado. Foram respondidos dois questionários, sobre o conhecimento em nutrição e as ações realizadas em âmbito individual, em grupo e comunitário, monitoramento e adesão ações ofertadas. Utilizou-se o programa Stata versão 14. Para verificar diferenças entre grupos de nutricionistas e outros profissionais de saúde foram aplicados o teste t deStudenteMann Whitney U. Foi aplicado o teste Qui-Quadrado dePearson para as associações eOdds Ratio(OR) e seus respectivos IC95% na análise de regressão, considerando-sep<0,05.OsparticipantesassinaramoTermodeConsentimentoLivree Esclarecido. Resultados: O primeiro estudo revelou aumento na prevalência de adolescentes piauienses com excesso de peso, de 19,0% em 2015 para 22,5% em 2019. Notou-se tendência ascendente significativa de excesso de peso na população total e ambos os sexos no período. O segundo estudo mostrou que, do total de participantes, 59,02% apresentaram conhecimento sobre nutrição classificado como bom e muito bom. Observou-se maior entendimento pelos nutricionistas acerca do conhecimento geral sobre nutrição de adolescentes com obesidade (p=0,000) e por temáticas como consumo de frutas e vegetais(p=0,010),consumo de gordura (p=0,000),e manejo nutricional de adolescentes obesos (p=0,000). Verificou-se que as ações mais prevalentes, no cuidado em grupo, foram as de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (33,88%) e as orientações alimentares (31,15%); e no cuidado comunitário, as ações de vigilância nutricional (39,89%). Maiores percentuais de adesão insatisfatória foram relativas às ações individuais (51,28%) e em grupo (53,57%). A adesão satisfatória foi mais prevalente no cuidado comunitário (81,58%). Não foi encontrada associação entre as ações ofertadas e a sua adesão. Somente 35,52% dos profissionais realizaram monitoramento das ações em grupo e 25,68% ações no cuidado comunitário. Os que realizam o monitoramento das ações em grupo possuem 4,55 mais chances de obterem adesão satisfatória de adolescentes com obesidade (p=0,021). Conclusões: os estudos mostraram aumento na prevalência de adolescentes piauienses com excesso de peso e problema de adesão dos mesmos às ações realizadas na APS. Nesse sentido, propõe-se a conscientização dos profissionais acerca da importância da capacitação na temática e a implementação de estratégias de prevenção e controle da obesidade a nível de grupos terapêuticos e na comunidade.

  • FHANUEL SILVA ANDRADE
  • Avaliação de toxicidade e caracterização nutricional e físico-química do pó da torta da amêndoa do babaçu (Orbignya speciosa Mart.)
  • Orientador : STELLA REGINA ARCANJO MEDEIROS
  • Data: 02/06/2023
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  • O Babaçu (Orbignya speciosa Mart.) apresenta-se como importante alimento no aproveitamento de suas partes em regiões do Brasil. Os resíduos gerados pelo fruto são poucos estudados quanto a composição nutricional para consumo humano. Na extração do azeite das amêndoas com método a frio o resíduo gerado é a torta, com alto valor proteico. Como forma de elucidar uma futura aplicabilidade da torta do babaçu para fins alimentícios e consumo humano, este estudo objetivou realizar a avaliação da toxicidade e caracterização nutricional e físico-química do pó da torta da amêndoa do coco babaçu (Orbignya speciosa) resultante da torrefação por condução. Foram realizados os testes de toxicidade e citotoxicidade in vitro utilizando o bioindicador Allium cepa. Parâmetros físico-químicos e composição centesimal: pH, acidez titulável total, umidade, cinzas, lipídeos, proteínas, carboidratos totais, VET, açúcares, ácidos orgânicos. Também foi avaliado o perfil de ácidos graxos e de aminoácidos, bem como a quantificação de fibras dietéticas: alimentar, solúvel e insolúvel. Estudo quantitativo dos compostos bioativos existentes e da atividade antioxidante. Caracterização físico química (Difração de Raios X; Espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier; Análise termogravimétrica). Nas avaliações de toxicidade os resultados foram positivos para a ausência ou fraca atividade de toxicidade. Na análise de citotoxicidade in vitro o extrato apresentou fraca atividade citotóxica. Os resultados obtidos através da composição centesimal caracterizam-se pela alta densidade energética e de nutrientes, principalmente carboidratos (41,69%), lipídeos (35,06%) e proteína (20,26%), os ácidos graxos que obtiveram resultados de maior expressividade foram os saturados, destaque para os ácidos láurico (36,66%) e mirístico (19,30%). É um material fonte de fibras suprindo as necessidades recomendadas para um individuo adulto, o destaque fica para fibra dietética insolúvel (55,31g/100g). A amostra é uma fonte de aminoácidos vegetal destaque para leucina (1,11g). Dos compostos bioativos encontrados destaque para a Procianidina B2 (3,05mg/100g). Já na atividade antioxidante o radical ABTS+ (0,55 μmol Trolox / 100g) obteve maior valor, quando comparado aos radicais DDPH e FRAP. Na análise térmica constatou- se que há uma preservação dos componentes nutricionais até a temperatura de 180ºC. O presente estudo é pioneiro no que se trata da caracterização do pó da torta de babaçu como fonte de alimento para o homem. Todavia, estudos futuros serão necessários para aplicação e desenvolvimento de produtos, buscando assim um alimento alternativo de grande importância nutricional e com destaque no nível proteico.

  • MARILLYA OLIVEIRA SOUSA
  • EXCESSO DE PESO E OBESIDADE ABDOMINAL EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM USO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL E SUA RELAÇÃO COM PADRÕES ALIMENTARES
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 30/05/2023
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  • O excesso de peso e a obesidade vem aumentando em pessoas com HIV/Aids desde a introdução
    da terapia antirretroviral (TARV), tornando-se fundamental avaliar a dieta nesse contexto. O
    objetivo deste estudo foi investigar o excesso de peso e obesidade abdominal em pessoas vivendo
    com HIV/Aids em uso de TARV e sua relação com padrões alimentares. Trata-se de um estudo
    com abordagem quantitativa, transversal, correspondendo ao baseline de um ensaio clínico
    randomizado, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí
    (CEP/UFPI), com parecer de número 2.100.110. Entre os participantes (n= 217) foram analisadas
    as informações socioeconômicas, demográficas, antropométricas (Índice de Massa Corporal –
    IMC, circunferência da cintura - CC e circunferência do pescoço- CP) e clínicas. O consumo
    alimentar foi obtido por meio de recordatório de 24h e os padrões alimentares identificados pelo
    método de Análise Fatorial por Componentes Principais. Houve predominância de indivíduos
    solteiros (71,90%), de cor não branca (76,90%), não fumantes (83,87%) e que não faziam uso de
    bebida alcoólica (56,60%), predominando pessoas na Classe E -“baixa” (63,59%). O tempo de
    doença em 64,25% dos participantes era maior que 36 meses e 47,47%, estavam no estágio
    precoce da doença, com carga viral indetectável em 59,91% das pessoas e 29,96% faziam uso do
    esquema “DTF/3TC/EFV”. Apresentaram excesso de peso (pelo IMC) e obesidade abdominal,
    esta última identificada por meio da CC e CP, 41,47%, 38,25% e 29,49%, respectivamente.
    Quanto à CC, identificou-se maior prevalência de obesidade abdominal em pessoas do sexo
    feminino (57,83%, p &lt;0,001), não fumantes (90,36%, p = 0,041), com tempo de doença &gt;36 meses
    (73,42%, p = 0,031) e com tempo de TARV &gt; 36 meses (57,34%, p = 0,023). Já em relação à CP,

    ppgan@ufpi.edu.br
    https://ppgan.ufpi.edu.br

    não foram observadas diferenças nas proporções de obesidade abdominal com nenhuma das
    variáveis. Identificou-se quatro padrões alimentares: “Café da manhã”, “Tradicional”, “Ocidental”
    e “Saudável”. Embora após os ajustes as razões de prevalências não apresentaram valores
    significativos para a amostra estudada, Embora a composição nutricional da dieta seja importante
    para manutenção da saúde o estudo avaliou que o excesso de peso e obesidade abdominal das
    pessoas com HIV/Aids, no presente estudo, possa ter maior influência da terapia utilizada e do
    tempo de doença e não dos padrões alimentares.

  • LARISSA LAYANA CARDOSO DE SOUSA
  • Perfil de selênio e sua relação com parâmetros de avaliação de sarcopenia em mulheres com câncer de mama
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 29/05/2023
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  • INTRODUÇÃO: A deficiência de selênio contribui para ocorrência da sarcopenia, que está
    associada à pior prognóstico em pacientes com câncer de mama. Portanto, o objetivo do estudo foi
    investigar a relação entre o perfil de selênio com parâmetros de avaliação de sarcopenia em mulheres
    com câncer de mama. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com 40 mulheres com
    câncer de mama e 40 mulheres sem câncer. Foi determinado o peso corporal, estatura, circunferência
    da cintura e o índice de massa corporal. A avaliação do consumo alimentar foi realizada por meio
    de dois recordatórios de 24h, utilizando programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos
    do selênio foram determinados segundo método de espectrometria de emissão óptica. O risco de
    sarcopenia foi avaliado utilizando o Escore SARC-CalF e para o diagnóstico da sarcopenia foram
    avaliados o índice de músculo esquelético e a força de preensão palmar. Os dados foram organizados
    em planilhas do Excel e exportados para o programa SPSS for Windows®, versão 25.0, para análise
    estatística. RESULTADOS: O grupo com câncer apresentou consumo significativamente inferior
    de energia, carboidrato, lipídio e selênio, quando comparado ao grupo sem câncer. As mulheres com
    câncer apresentaram parâmetros bioquímicos de selênio abaixo do valor de referência, com
    concentrações eritrocitárias significativamente inferiores. Nenhuma participante teve diagnóstico de
    sarcopenia, todavia a baixa força muscular e baixo índice de músculo esquelético foram
    identificados nessas participantes. CONCLUSÃO: Apesar das mulheres com câncer de mama
    terem apresentado concentrações plasmáticas reduzidas e concentrações eritrocitárias
    significativamente inferiores em relação as mulheres sem câncer de mama, não foi constatada
    relação entre tais parâmetros e os parâmetros de avaliação de sarcopenia.

  • PAULO VÍCTOR DE LIMA SOUSA
  • STATUS DA VITAMINA D E SUA RELAÇÃO COM AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES, HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS: INQUÉRITO DE SAÚDE DOMICILIAR NO PIAUÍ (ISAD-PI)
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 04/04/2023
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  • A vitamina D (VitD) compreende o grupo de moléculas secosteroides lipossolúveis que está
    relacionada a diversas funções orgânicas. Além da sua função no metabolismo ósseo, a VitD também
    está envolvida na modulação do sistema cardiovascular e do sistema nervoso central, sugerindo
    assim o seu papel na fisiopatologia das doenças cardiovasculares (DVC) e nas desordens mentais.
    O objetivo da tese foi demonstrar a relação das concentrações sanguíneas de VitD com as DCV,
    hipertensão arterial sistêmica (HAS) e transtornos mentais comuns (TMC), bem como avaliar a
    deficiência de VitD como fator de risco para estas patologias. A tese é composta por três capítulos
    que compreende uma revisão sistemática e dois estudos de corte transversal a partir da pesquisa de
    base populacional “Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí” (ISAD-PI). O capítulo 1 é uma revisão
    sistemática de estudos observacionais sobre os efeitos das concentrações sanguíneas de VitD nas
    DCV que utilizou artigos das bases de dados PubMed, Scopus, Science Direct e Web of Science. A
    qualidade da evidência dos artigos foi avaliada pela escala Newcastle-Ottawa e seguiu-se as
    recomendações do PRISMA. O capítulo 2 utilizou dados sociodemográficos, de estilo de vida,
    antropométricos, HAS, VitD e consumo alimentar de 228 indivíduos (≥20 anos), de ambos os sexos,
    associadas a presença ou ausência de HAS. O capítulo 3 utilizou dados sociodemográficos, estilo de
    vida, antropométricos e TMC de 262 indivíduos (≥20 anos), de ambos os sexos, associados a
    presença ou ausência de TMC. Nos resultados do capítulo 1, os estudos elegíveis demonstraram que
    as baixas concentrações sanguíneas de VitD estavam associados com aumento do risco de eventos
    cardiovasculares e de morte por DCV. No capítulo 2, a HAS foi mais prevalente no sexo feminino
    (77,1%), idade ≥60 anos (55,7%), ensino fundamental (50,0%), obesidade (55,7%), com risco
    cardiometabólico pela circunferência da cintura (88,6%) e pela razão cintura-estatura (98,6%).

    Houve associação apenas para os indivíduos que não possuíam HAS com relação ao status da VitD,
    nos quais a deficiência de VitD foi mais prevalente na faixa etária de 20 a 34 anos (55,6%), sem
    companheiro(a) (57,1%), que consumiam álcool (61,9%) e com menor consumo de alimentos do
    grupo in natura e minimamente (620,2 kcal) e maior consumo de ultraprocessados (243,8 kcal). Os
    indivíduos com deficiência de VitD apresentaram uma razão de prevalência para a HAS de 1,25 (IC
    95%: 1,01-1,54, p=0,04). No capítulo 3, verificou-se menor concentração sanguínea de VitD em
    indivíduos com TMC (24,3 ng/mL), em ambos os sexos, faixa etária de 20 a 59 anos (23,9 ng/mL),
    com companheiro(a) (21,6 ng/mL), ensino fundamental completo (22,1 ng/mL), renda familiar <2
    salários-mínimos (25,0 ng/mL), cor de pele preto (18,9 ng/mL), que praticavam atividade física
    (23,3 ng/mL), com risco cardiovascular pela circunferência da cintura (25,6 ng/mL) e quem
    consumia álcool (16,9 ng/mL). A deficiência de VitD foi um fator de risco para TMC (RP:1,67;
    IC95%: 1,14-2,44), principalmente no sexo feminino e em idosos. Com isso, observou-se uma
    relação inversa entre as concentrações sanguíneas de VitD e a presença de eventos cardiovasculares,
    HAS e TMC.

  • FERNANDA DE OLIVEIRA GOMES
  • Potencial tecnológico, nutricional e funcional de genótipos de feijão-caupi para o consumo como grãos imaturos
  • Data: 04/04/2023
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi é considerado uma das culturas alimentares mais importantes das regiões Norte
    e Nordeste do Brasil, devido a sua qualidade nutricional, que fornece substâncias como

    proteínas, minerais, fibras e vitaminas, além de ser um gerador de emprego e renda.

    Objetivou-se, por meio deste estudo, avaliar a qualidade nutricional e funcional e a

    conservação pós-colheita de genótipos de feijão-caupi imaturos acondicionados em dois tipos

    de embalagens. Esta tese está dividida em três capítulos. Primeiramente, foram realizadas

    análises de composição centesimal e de minerais em quatro genótipos de feijão-caupi

    imaturos crus e cozidos com o objetivo de avaliar as perdas pós cocção. Posteriormente uma

    linhagem foi selecionada pelos seus atributos químicos e de minerais e uma cultivar comercial

    como testemunha para realização do branqueamento e posterior congelamento, realizando-se

    análises de composição centesimal e de minerais nesses genótipos. Em um terceiro momento

    foram realizadas análises de compostos bioativos e atividade antioxidante em dois genótipos

    branqueados e congelados. Finalmente foi realizada a análise de vida de prateleira em dois

    genótipos branqueados e congelados e armazenados em duas embalagens distintas. Os

    resultados evidenciaram que após a cocção, ocorreu um aumento no teor de umidade e

    redução nos teores de cinzas, lipídios, proteínas, carboidratos e valor energético total (VET)

    nos genótipos avaliados. Em relação aos minerais, as menores perdas após cocção em ordem

    crescente foram relacionadas aos minerais Fe, Mn e Zn, com perdas de 0,53%; 0,93% e 3%

    respectivamente. Quanto aos grãos imaturos branqueados e congelados não foram observadas

    diferenças entre os genótipos avaliados para os teores de umidade, lipídeos, fibras alimentares

    e VET; já para os teores de proteínas, cinzas e carboidratos, a linhagem MNC00-595F-27

    apresentou diferenças significativas e os maiores teores para esses nutrientes, quando

    comparada a cultivar testemunha. Para todos os compostos bioativos, a linhagem MNC00-
    595F-27 apresentou diferenças significativas (p&lt;0,05) e teores maiores que a cultivar
    testemunha. Em relação aos fenólicos totais não houve diferenças entre a linhagem MNC00-

    595F-27 e a cultivar comercial testemunha nos três extratos estudados. A linhagem MNC00-

    595F-27 apresentou maior atividade antioxidante nos métodos de captura dos radicais livres

    DPPH e ABTS quando utilizado o extrato aquoso. Comparando os grãos imaturos

    branqueados e congelados da linhagem MNC00-595F-27 conservados em embalagens

    laminadas e de polietileno, a embalagem de polietileno apresentou maiores teores de umidade,

    lipídeos e proteínas, enquanto a embalagem laminada apresentou maiores teores de cinzas e

    carboidratos. Quanto aos minerais, a embalagem laminada conservou melhoros grãos

    imaturos da linhagem MNC00-595F-27, quando comparada a cultivar testemunha, bem como

    também conservou melhor a maioria dos minerais analisados quando comparada à embalagem

    de polietileno. Todos os grupos de micro-organismos analisados durante o período de

    conservação dos grãos imaturos branqueados e congelados foram inferiores ao limite máximo

    permitido pela legislação brasileira. Conclui-se, portanto, que os grãos imaturos da linhagem

    MNC00-595F-27 apresenta teores relevantes de proteínas, minerais e compostos bioativos,

    quando comparada ao padrão comercial, demonstrando seu potencial nutricional após o

    cozimento para o mercado de alimentos branqueados e congelados.

  • JOYCE LOPES MACEDO
  • EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA D NO CONTROLE METABÓLICO E EM MARCADORES DE PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA EM MODELO EXPERIMENTAL DE DIABETES MELLITUS TIPO 2
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 29/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • O diabetes mellitus é uma doença metabólica, crônica e progressiva, caracterizada por um estado hiperglicêmico resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. A adoção de mudanças no estilo de vida pode auxiliar no controle e na prevenção das complicações diabéticas, em que tem sido destacado que alguns nutrientes podem ter efeito benéfico no manejo dessa doença, com destaque para a vitamina D, um composto lipossolúvel que apresenta inúmeras funções no corpo humano. Diante do exposto, o estudo possui como objetivo determinar o efeito da suplementação com vitamina D no controle metabólico e em marcadores de peroxidação lipídica em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2. Para isto, foi desenvolvido um estudo utilizando 35 ratos machos da linhagem Wistar para a indução de diabetes mellitus tipo 2, por meio de um protocolo hiperlipídica e normoproteica, seguido de administração de uma dose baixa de estreptozotocina (30 mg/Kg). Os animais foram alocados em cinco diferentes grupos de tratamento: controle normal, controle diabético, controle diabético tratado com hipoglicemiante (metformina), diabéticos suplementados com vitamina D nas doses de 0,25 µg/kg/dia e 0,50 µg//kg/dia de vitamina D, os animais receberam tratamento por via oral, durante 28 dias. Os resultados encontrados demonstram que, em relação ao peso final e ganho de peso os grupos diabéticos tratados com vitamina D apresentaram valores relativamente menores quando comparado aos demais grupos (p<0,05). Em relação ao controle metabólico, não verificou-se diferença significativas em relação ao perfil lipídico, entretanto, ao comparar-se os grupos tratados com vitamina D com os grupos CN e CD, houve diferença significativa em relação a glicemia de jejum (p<0,05). Na avaliação dos marcadores de peroxidação lipídica, em relação ao MDA observou-se que houve diferença significativa entre os dois grupos tratados com vitamina D quando comparados aos grupos CN, CD e MET (p<0,05). No que se refere a atividade plasmática de MPO, também se observou diferença significativa ao comparar-se os dois grupos diabéticos suplementados com vitamina D quando comparados aos grupos CN e CD (p<0,05). Com base nos dados dispostos, conclui-se que, foi possível evidenciar efeitos da suplementação de vitamina D no controle glicêmico, assim como, resultados satisfatórios ao avaliar-se os marcadores de peroxidação lipídica.

  • JENNIFER BEATRIZ SILVA MORAIS
  • Relação entre parâmetros do metabolismo do cortisol, biomarcadores dos minerais (zinco, selênio e magnésio) e a resistência à insulina e estresse oxidativo em mulheres com obesidade
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 24/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • A disfunção do tecido adiposo favorece alterações no
    metabolismo do cortisol, o que pode contribuir para a hipozincemia, hiposelenemia e
    hipamagnesemia em indivíduos com obesidade. No entanto, ainda não existem dados na
    literatura sobre a relação entre o cortisol, o metabolismo do zinco, selênio e magnésio e sua
    repercussão na resistência à insulina e estresse oxidativo em indivíduos com obesidade. Assim,
    esta tese teve como objetivos: 1) Apresentar os mecanismos envolvidos na estrutura do tecido
    adiposo, expansibilidade do tecido, disfunção dos adipócitos, bem como o impacto desses
    eventos na manifestação de importantes distúrbios metabólicos associados à disfunção do tecido
    adiposo; 2) Atualizar aspectos constantes na literatura sobre a participação do cortisol no
    desenvolvimento da resistência à insulina, e ainda, a relação desse fato na distribuição do zinco
    em organismos com obesidade, e 3) Verificar a associação entre parâmetros do metabolismo do
    cortisol, marcadores dos minerais (magnésio, zinco e selênio) e sua repercussão sobre a
    resistência à insulina e o estresse oxidativo em mulheres com obesidade. No primeiro estudo, foi
    conduzida busca nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e Cochrane Library, sendo
    incluídos artigos que apresentavam foco na estrutura e remodelação do tecido adiposo,
    principais mecanismos relacionados a disfunção desse tecido e as implicações metabólicas
    resultantes desse processo. O terceiro estudo de natureza transversal, envolveu 174 mulheres
    com idade entre 18 e 50 anos, que foram distribuídas em dois grupos de acordo com o IMC:
    grupo obesidade (n = 90) e grupo eutrofia (n = 94). Nesse estudo foram avaliadas as
    concentrações séricas de cortisol, ACTH e CGB, urinárias de cortisona, THF e THE, atividade das enzimas GPx, SOD e catalase e as concentrações plasmáticas de TBARs, marcadores do controle glicêmico e as concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias de zinco, selênio e magnésio.

    Os resultados revelaram diferenças significativas entre todos os parâmetros do metabolismo do
    cortisol, exceto o ACTH. As mulheres com obesidade apresentaram redução nas concentrações
    plasmáticas e eritrocitárias de zinco, selênio e magnésio e elevada excreção urinária. Quanto aos
    marcadores do estresse oxidativo, verificou-se GPX e TBARs e reduzidos de SOD nas mulheres
    com obesidade quando comparadas o grupo controle. Houve correlação positiva entre os
    parâmetros de adiposidade e marcadores do metabolismo do cortisol, bem como do cortisol com
    marcadores dos minerais avaliados. A correlação canônica entre marcadores do metabolismo do
    cortisol, minerais e marcadores do controle glicêmico e estresse oxidativo das participantes do
    estudo não revelou resultado significativo. As mulheres com obesidade avaliadas neste estudo
    apresentam desordens no metabolismo do cortisol, bem como alterações na homeostase dos
    minerais avaliados, como hipozincemia, hiposelenemia e hipomagnesemia. Além disso, os dados
    obtidos sugerem a presença de estresse oxidativo nas mulheres com obesidade avaliadas. No
    entanto, o estudo de associação não permite identificar que o impacto do cortisol sobre a
    homeostase dos minerais avaliados compromete o sistema de defesa antioxidante e na
    sensibilidade à insulina.

  • WENNA LÚCIA LIMA SANTOS
  • REPERCUSSÕES DO EXERCÍCIO FÍSICO MODERADO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL, COMPORTAMENTO ALIMENTAR E BIOMARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM RATAS COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 23/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • Introdução:A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) éum
    distúrbioendócrinomuitocomumemmulheresemidadereprodutivacaracterizadapor
    complicações reprodutivas e metabólicas, incluindo alterações no tecido adiposo e aumento do
    estresse oxidativo. Nesse sentido, algumas abordagens, como o exercício físico, devem ser
    incorporadas para melhorar os efeitos da SOP, que não se restringe a abordar as repercussões
    reprodutivas, mas também a prevenção do ganho de peso, estresse oxidativo, redução da massa
    magra e obesidade abdominal.Objetivo:Neste estudo, investigamos o efeito do exercício físico
    moderado na composição corporal, comportamento nutricional e estresse oxidativo em ratas com
    SOP.Métodos:Fêmeas Wistar, (190-220g), divididas em controle (CO), SOP e SOP+Exercício. A
    SOP foi induzida por letrozol (1mg/kg via p.o), por 21 dias consecutivos. O exercício foi treino de
    natação (com 5% do peso corporal), 1h/dia/21 dias. Avaliamos o peso corporal, parâmetros
    nutricionais e murinométricos, composição corporal, termografia e biomarcadores de estresse
    oxidativo no tecido adiposo marrom (TAM) e tecido epididimal. O estudo foi aprovado pelo Comitê
    de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFPI nº 599/19).Resultados: a SOP promoveu aumento
    (p<0,05) no ganho de peso corporal emrelação ao grupo controle (28,38 ± 4,66 vs. 15,36 ± 2,04 g)
    e o exercício impediu (p<0,05) o ganho de peso em relação à SOP (11,85 ± 2,04 vs . 28,38 ± 4,66
    g). As ratas com SOP diminuíram (p<0,05) a temperatura no TAM em relação ao controle (37,14 ±
    0,08vs. 36,69 ± 0,10 0C). A SOP+Ex impediu (p<0,05) esta diminuição em comparação com as
    ratas SOP (36,69 ± 0,10 vs. 37,08 ± 0,09 ºC). Observamos redução (p<0,05) no Índice de Lee (0,264
    ± 0,002 vs. 0,276 ± 0,003 g/cm) e no Índice de Massa Corporal (0,422 ± 0,008 vs. 0,470 ± 0,015
    g/cm²) em ratas SOP+Ex em comparação com o grupo SOP. Em comparação com o grupo CO, SOP
    aumentou (p<0,05) Taxa Específica de Ganho de Peso (66,39 ± 8,17 vs. 165,70 ± 28,44 g/kg),
    Consumo Energético (57,32 ± 2,32 vs. 64,08 ± 3,42 Kcal/dia) e Eficiência Alimentar (23,94 ± 2,59
    vs 56,13 ± 4,48%). Nesse sentido, grupo CO, SOP aumentou (p<0,05) Água Corporal Total (102,0
    ± 2,32 vs. 120,0 ± 3,07 mL), Líquido Extracelular (46,57 ± 0,84 vs 51,33 ± 1,13 mL), Líquido
    Intracelular (54,99 ± 1,66 vs 69,61 ± 1,92 mL) e Massa magra (137,80 ± 3,10 vs 164,50 ± 4,20 mL).
    Nos grupos SOP+Ex, todos os parâmetros foram reduzidos (p<0,05) em comparação com SOP. Em
    tecido epididimal, SOP diminuiu (p<0,05) SOD (1,75 ± 0,05 vs. 2,41 ± 0,20 USOD/ μg tecido) e,
    GSH (16,28 ± 4,32 vs. 51,17 ± 9,21 μg GSH/g tecido) em comparação ao grupo CO. Em relação ao
    TAM, observamos um aumento significativo (p<0,05) nos níveis de MPO e MDA na SOP em
    comparação com o grupo CO. Por outro lado, observamos uma diminuição (p<0,05) naSOP+Ex em
    relação à SOP (0,66 ± 0,12 vs. 1,26 ± 0,15 U/mg). Redução de SOP+Ex (p<0,05) MDA em tecido
    marrom (503,3 ± 64,97 vs. 1,751 ± 75,97 nmol/g) e em epididimal (316,7 ± 50,49 vs. 834,6 ± 64,80
    nmol/g) em comparação com o grupo SOP. Houve diminuição (p<0,05) no peso do útero das ratas
    com SOP em relação ao controle (0,060±0,002 vs. 0,165±0,008 g/100g). Além disso, observamos
    uma diminuição (p<0,05) no TAM das ratas SOP+Ex em relação às ratas SOP (0,24 ± 0,032 vs. 0,07
    ± 0,007 g/100g).Conclusão:A SOP induz mudanças na composição corporal, no comportamento
    nutricional e no biomarcador de estresse oxidativo, e o exercício físico moderado foi capaz de
    melhorar essas alterações.

  • DALLYLA JENNIFER MORAIS DE SOUSA
  • Restrição Dietética e Câncer Hepático: Revisão Sistemática e Meta-análise de Estudos In Vivo.
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 21/03/2023
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  • Intervenções dietéticas como restrição calórica, jejum e dieta
    cetogênica tem sido propostas como terapia metabólica para o

    tratamento do câncer. Isso se deve ao fato de que as células cancerosas

    são altamente dependentes do metabolismo glicolítico (efeito Warburg)

    e a escassez energética pode sensibilizar os tumores à quimioterapia.

    No entanto, ainda não está completamente esclarecido se a restrição

    dietética pode trazer benefícios no tratamento do câncer hepático.

    Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das dietas

    restritivas em comparação com a alimentação livre (ad libitum) no

    desenvolvimento e progresso do câncer hepático em modelos pré-

    clínicos in vivo. Para isso, a pesquisa foi desenvolvida nas bases de

    dados Pubmed, Scopus e Web of Science. Os ensaios pré-clínicos foram

    incluídos se realizados em modelos animais de câncer hepático

    submetidos a uma das intervenções dietéticas restritivas e se avaliassem

    desfechos relacionados à iniciação, crescimento e metástase do tumor

    de fígado. Os estudos foram selecionados de forma independente por

    dois cientistas usando o software Rayyan e avaliados quanto ao viés

    com a ferramenta SYRCLE. A meta-análise foi realizada através do

    software Review Manager (RevMan) da Colaboração Cochrane, com o

    modelo de efeitos aleatórios e o método do inverso da variância. Foram

    incluídos 19 ensaios pré-clínicos in vivo desenvolvidos entre 1983 e
    2020. Destes, 63,2% investigaram a restrição calórica com diferentes
    percentuais (20%, 30%, 32%, 40% e 50%), 21% utilizaram a dieta

    cetogênica e 15,8% analisaram o efeito do jejum. O tempo de

    intervenção variou entre 48 horas e 221 semanas. Na análise qualitativa,

    foi verificado se a intervenção poderia reduzir a incidência e o

    progresso do tumor. No entanto, apenas um estudo verificou efeitos

    positivos das estratégias dietéticas sobre a ocorrência de metástase. A

    meta-análise mostrou que há uma menor probabilidade de desenvolver

    câncer de fígado ao seguir uma dieta restritiva e que essas estratégias

    dietéticas podem diminuir o tamanho do tumor no fígado. Além disso,

    foi constatado que a restrição calórica por um período deaté 1 ano está

    relacionada à redução da incidência de câncer hepático. Portanto, os

    6

    resultados da revisão são coerentes com a hipótese de que as dietas

    restritivas têm uma associação protetora contra o desenvolvimento de

    câncer de fígado, sugerindo quea adoção dessas abordagens

    nutricionais pode oferecer benefícios adicionais no tratamento do

    câncer.

  • ROCILDA CLEIDE BONFIM DE SABÓIA
  • Desenvolvimento de uma Casquinha de Sorvete (tipo Wafer Cone) Adicionada com Farinha Integral de Feijão-Caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] Biofortificado
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 23/02/2023
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  • O feijão-caupi destaca-se por seu elevado teor proteico, baixo teor de gordura, excelente fonte
    de minerais, em especial ferro e zinco e por possuir compostos fenólicos que atuam como
    antioxidantes. Tem sido considerado há bastante tempo uma importante e estratégica cultura
    para as regiões Norte e Nordeste para o favorecimento da Segurança Alimentar e Nutricional,
    visto que é um alimento que fornece proteínas para grande parte da população brasileira que
    tem acesso a alimentação baseada apenas em leguminosas e cereais, melhorando seu conteúdo
    nutricional. Baseado no exposto, este estudo teve como objetivo desenvolver uma casquinha de
    sorvete (tipo wafer cone) adicionada com farinha de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.)
    Walp.] biofortificado, testando três diferentes formulações da casquinha de sorvete com a
    matéria prima estudada, verificando aceitação, preferência e intenção de compra, realizando
    análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais da formulação preferida e estimou-se a
    vida de prateleira. Os resultados obtidos evidenciaram que a casquinha de sorvete obtida
    corresponde às expectativas propostas, visto que possui alto conteúdo de ferro (3,54 mg/100g
    ±4,85) e cobre (1,05 μg/100g ±0,96) além de ser fonte de fósforo (109 mg/100g ±0,02). A
    casquinha de sorvete desenvolvida manteve os atributos sensoriais característicos do produto
    padrão, além de ter uma boa estabilidade microbiológica. Portanto, a casquinha de sorvete
    Formulação A (FA) contém alto teor de nutrientes e apresenta viabilidade sensorial e
    comercial.

  • JÉSSICA BATISTA BESERRA
  • Assistência aos usuários com sobrepeso e obesidade na Atenção Primária à Saúde do Piauí
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 31/01/2023
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  • O objetivo deste estudo foi avaliar a assistência em saúde voltada para os usuários com
    sobrepeso e obesidade na Atenção Primária à Saúde no Piauí. A pesquisa fez parte do
    “Programa de enfrentamento e controle da obesidade, no âmbito da Atenção Básica do SUS
    no Piauí”. Os dados foram obtidos por meio de questionários eletrônicos autoaplicáveis
    elaborados pelos Ministério da Saúde e destinados a profissionais de saúde e gestores
    municipais da Atenção Primária à Saúde entre os meses de março e setembro de 2021. O
    processo de trabalho de UBSs do Piauí na assistência aos usuários com sobrepeso e obesidade
    foi categorizado em satisfatório e insuficiente de acordo com o número de ações realizadas
    pela unidade. A caracterização da gestão municipal foi realizada por meio de dois grupos de
    duas variáveis: Organização do serviço e Financiamento das ações de Alimentação e Nutrição.
    Já a adesão às orientações individuais e atividades em grupo de Alimentação e Nutrição foi
    categorizada em alta, parcial e baixa. O teste Qui-Quadrado de
    Pearson foi aplicado para
    testar as associações entre a adequação do processo de trabalho com parâmetros de gestão e
    com a adesão às orientações alimentares individuais e atividades em grupo de Alimentação e
    Nutrição. A magnitude das associações entre a variável de desfecho e independentes foi
    medida pelo O
    dds Ratio (OR) e seus respectivos IC95%, utilizando o modelo de regressão. O
    estudo evidenciou baixo percentual de processo de trabalho satisfatório relacionado ao
    cuidado de indivíduos com sobrepeso e obesidade nas UBSs. Observou-se maior chance de
    haver processo de trabalho satisfatório quando as atividades de organização do serviço
    avaliadas estão presentes, sendo elas a presença do NASF-AB na assistência aos usuários com
    sobrepeso e obesidade, mapeamento do território, educação permanente e processos coletivos
    de avaliação do trabalho e dos resultados alcançados. Foi evidenciado baixo repasse
    financeiro federal, estadual e municipal destinado às ações de Alimentação e Nutrição, no
    entanto, não foi observada associação entre o financiamento dessas ações e a qualidade do
    processo de trabalho. Observou-se ainda que os adolescentes apresentaram menor adesão às
    orientações individuais e atividades em grupo, enquanto o grupo de mulheres adultas
    demonstrou o maior percentual de alta adesão. Por fim, observou-se que, quando o processo
    de trabalho da UBS é satisfatório, há maior chance de alta adesão às orientações alimentares

    individuais por usuários adultos e idosos, de ambos os sexos. Os resultados do presente estudo
    sugerem a necessidade de aprimoramento do processo de trabalho no cuidado aos usuários
    com excesso de peso no Piauí, bem como a necessidade de maior investimento voltado para a
    área de Alimentação e Nutrição nos municípios.


2022
Descrição
  • LAYS ARNAUD ROSAL LOPES RODRIGUES
  • Inquérito de saúde domiciliar no Piauí (ISAD-PI): Aspectos metodológicos e o consumo de feijão como fator protetor para a presença de doenças crônicas não transmissíveis
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 19/12/2022
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  • Os inquéritos populacionais de saúde permitem a vigilância de doenças
    crônicas não transmissíveis e seus determinantes. Sendo assim, este
    trabalho teve como objetivo abordar os aspectos metodológicos do
    “Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí - ISAD-PI”, assim como,
    avaliar o consumo de feijão como fator protetor para a presença de
    doenças crônicas não transmissíveis na população adulta de Teresina e
    Picos, no Piauí. Os dados deste estudo são provenientes do ISAD-PI”,
    um estudo de base populacional, transversal, que objetivou analisar
    determinantes e condições de saúde da população residente nas áreas
    urbanas dos municípios de Teresina e Picos, no Piauí. A presente tese é
    composta por três capítulos, em que cada capítulo é redigido em
    formato de artigos científicos, sendo um capítulo para cada objetivo
    específico definido nesta tese. O primeiro capítulo trata sobre a
    descrição do ISAD-PI, com ênfase na população do estudo,
    procedimentos de amostragem e de coleta de dados. Além disso, a
    conformidade do plano amostral foi avaliada. No segundo capítulo, foi
    verificada a associação entre a frequência semanal do consumo de
    feijão com a obesidade e o risco cardiovascular em indivíduos adultos,
    de ambos os sexos. No terceiro capítulo foi avaliada a associação entre
    o consumo de feijão com componentes da Síndrome Metabólica (SM),
    bem como com a presença de SM diagnosticada em indivíduos adultos,
    de ambos os sexos. No primeiro capítulo, foi demonstrado que o plano
    de amostragem do ISAD-PI foi adequado. Além disso, o número de
    indivíduos na amostra final foi considerado apropriado para estudos em
    saúde pública, pois possibilitou a obtenção de estimativas com precisão
    adequada. No segundo capítulo, foi verificado que mais da metade da
    população estudada consome feijão pelo menos 6 vezes na semana. A
    prevalência de obesidade e de risco cardiovascular foi de 25,6% e
    31,6%, respectivamente. A maior frequência semanal de consumo de
    feijão foi associada ao local de residência no interior do estado, ao sexo
    masculino, a baixa escolaridade, ao consumo de salada crua e ao estado
    nutricional não obeso. Além disso, foi constatado que indivíduos que
    consomem feijão mais frequentemente possuem menores medidas de
    prega cutânea tricipital e circunferência do braço. As razões de

    prevalência de obesidade e risco cardiovascular foram respectivamente
    38% e 23% menores no grupo que consome feijão com mais frequência.
    No terceiro capítulo, a prevalência de SM identificada foi de 31,2%,
    sendo mais predominante em indivíduos com menor nível educacional.
    O consumo de feijão não esteve associado aos componentes da SM.
    Entretanto, os indivíduos que consumiam mais feijão por dia
    apresentaram razão de prevalência de SM 48% menor comparados aos
    indivíduos que consumiam menos. Concluiu-se que dados gerados a
    partir do ISAD-PI poderão contribuir para a avaliação das condições de
    saúde e morbidade na população. Além disso, aspectos metodológicos
    empregados nesta pesquisa poderão servir de base para estudos
    realizados em outras cidades (capítulo 1). Ademais, os resultados
    obtidos apoiam a recomendação do consumo regular de feijão,
    importante por apresentar uma associação inversa com a obesidade,
    risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica (capítulos 2
    e 3).

  • DANIELE RODRIGUES CARVALHO CALDAS
  • ASSOCIAÇÃO DO ÍNDICE INFLAMATÓRIO DA DIETA E ADESÃO À DIETA DO MEDITERRÂNEO EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 18/10/2022
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  • Introdução: O câncer de mama (CM) é uma doença crônica não transmissível com
    etiopatogenia complexa, que envolve mecanismos endócrinos, metabólicos, moleculares
    e fatores ambientais. Nesse sentido, estudos têm evidenciado a influência do hábito
    alimentar na carcinogênese, em particular a Dieta do Mediterrâneo (DM) e o potencial
    inflamatório da dieta, não havendo consenso dessa relação no câncer de mama. Objetivo:
    Analisar a associação do índice inflamatório da dieta (IID®) e adesão à dieta do
    mediterrâneo com indicadores de agressividade tumoral em mulheres com CM.
    Metodologia: Estudo caso-controle realizado em 181 mulheres distribuídas em dois
    grupos: com CM (caso, n=90) e sem CM (controle, SCM; n=91). Os aspectos clínicos e
    reprodutivos foram avaliados por meio de entrevista, e a classificação dos subtipos
    moleculares para determinação da agressividade tumoral foi realizada segundo o Painel
    Internacional de Especialistas na Conferência sobre Câncer de Mama St. Gallen (2011).
    O consumo alimentar foi avaliado pelo questionário de frequência alimentar (QFA) e a
    adiposidade corporal por bioimpedância, circunferência da cintura e razão cintura quadril.
    A adesão à DM foi avaliada segundo o score da DM e o IID®, calculado pela metodologia
    proposta por Shivappa (2014). Na análise estatística foi realizado o teste t independente
    e o teste Mann-Whitney para comparação de médias de variáveis contínuas paramétricas
    e não paramétricas, respectivamente. O Odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95%
    (IC) correspondentes foram calculados usando modelos de regressão logística não
    condicional, univariada e multivariada, considerando significativos valores de p<0,05.
    Resultados: Os resultados mostraram que as mulheres com CM e as do grupo controle
    consumiam dieta com potencial pró-inflamatório, sendo a média do IID® de 1,87 ± 1,27
    e 2,18 ± 1,16, respectivamente, sem diferença entre os grupos. O principal tipo de
    carcinoma mamário foi o ductal invasivo, positivo para receptor de estrogênio/ou
    progesterona. Não foi evidenciada associação entre o IID® e os parâmetros de
    agressividade tumoral nas mulheres com câncer. As médias dos scores da DM foram de
    4,08 ± 1,61 e 4,22 ± 1,69 nas mulheres com e sem CM, respectivamente, sem diferença
    entre os grupos (p=0,563). O estudo não mostrou relação entre o risco de CM e os
    diferentes níveis de adesão à DM, após ajustes nos modelos de regressão logística, OR=.

    Conclusão: A dieta consumida pelas mulheres com CM possuia potencial pró-
    inflamatório, porém não apresentou associação com a agressividade tumoral e

    composição corporal. A “média adesão à DM foi identificada nas mulheres com e sem

    CM, sem diferença entre as mesmas. Além disso os diferentes níveis de adesão à essa
    dieta não demonstraram efeito no risco para o CM.

  • JOYCE SOUSA AQUINO BRITO
  • Prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes e fatores individuais e parentais associados.
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 29/09/2022
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  • BRITO, J.S.A. Prevalência de excesso de peso em crianças e

    adolescentes e fatores individuais e parentais associados. 2022.

    89f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Piauí,

    Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, 2022.

    Introdução: O aumento da prevalência global da obesidade infantil e

    juvenil é um problema de saúde pública de crescente preocupação. Uma

    interação complexa entre fatores genéticos não modificáveis e fatores

    ambientais modificáveis são sugeridos como a causa da mudança na

    composição corporal. Diante disso, a atuação familiar por meio das

    práticas alimentares e outras variáveis comportamentais representam

    um ponto-chave para o desenvolvimento do excesso de peso. Dessa

    forma, o objetivo deste estudo consistiu em verificar a prevalência de

    excesso de peso em crianças e adolescentes e analisar fatores

    individuais e parentais associados. Metodologia: Estudo de corte

    transversal com dados do “Inquérito de Saúde de Base Populacional nos

    municípios de Teresina e Picos (PI) – ISAD/PI”, realizado por meio de

    visitas em domicílios, no período de setembro de 2018 a fevereiro de

    2020. Participaram 507 indivíduos de 2 a 19 anos de idade. Foram

    incluídos dados demográficos e socioeconômicos das crianças e

    adolescentes: sexo, idade, cor da pele autorreferida, composição

    familiar e renda familiar. Também se avaliou a atividade física e aferiu-

    se medidas antropométricas de peso e altura. Foram considerados os

     

    seguintes dados dos respectivos pais de cada criança e adolescente:

    sexo, idade, cor da pele autorreferida, escolaridade, trabalho, situação

    conjugal, situação domiciliar, consumo de bebida alcoólica, tabagismo

    e atividade física. A aferição das medidas antropométricas de peso e

    altura dos pais também foi realizada, além da aferição da circunferência

    da cintura (CC). Calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) e

    classificou-se segundo as recomendações para cada faixa etária; e

    estimou-se o risco cardiometabólico a partir da CC. Para a análise

    estatística foi utilizado o programa Stata (for Windows ® versão 13.0).

    Realizaram-se os testes Qui-quadrado de Pearson, Regressão de

    Poisson e Análise Multivariada. Foi adotado o nível de significância de

     

    5%, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi aprovada pelo

    Comitê de Ética em Pesquisa, sob no 84527418.7.0000.5214.

    Resultados: Participaram do estudo 507 indivíduos, sendo 207

    (40,83%) crianças e 300 (59,17%) adolescentes, com média (desvio-

    padrão) de idade igual a 10,6 anos (±5,1 anos) e mediana (intervalo

     

    interquartil) igual a 11 anos (6-15), dos quais, a maioria era do sexo

    feminino, parda, com renda familiar entre 1 e 2 salários-mínimos, que

    residiam apenas com a mãe biológica e que praticavam algum tipo de

    atividade física. A prevalência de excesso de peso foi 25,05%, sendo

    mais frequente nos adolescentes (26,7%) do que nas crianças (22,7%).

    As variáveis associadas ao excesso de peso na análise ajustada por sexo

    e idade foram a faixa etária paterna, a renda familiar, trabalho,

    escolaridade e estado nutricional maternos e risco cardiometabólico

    materno e paterno. Por meio da análise multivariada, verificou-se que

    somente a renda familiar apresentou-se associada ao excesso de peso

    das crianças e adolescentes (p<0,05). Conclusão: Este estudo mostrou

    prevalência elevada de excesso de peso em crianças e adolescentes,

    sendo a renda familiar o fator de maior influência no sobrepeso e

    obesidade infantil e juvenil.

     

  • LUCIANA MELO DE FARIAS
  • Associação entre a estimativa de ingestão de polifenóis e o perfil lipídico de adultos e idosos residentes na cidade de Teresina, Piauí
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 27/09/2022
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  • Estudos epidemiológicos têm descrito a existência de associação entre a ingestão de polifenóis
    e redução de fatores de risco cardiovasculares. Porém, dados sobre a estimativa da ingestão de
    polifenóis e sua relação com desfechos de saúde, especialmente no nordeste brasileiro são
    escassos. Assim, este estudo objetivou estimar a ingestão de polifenóis, os principais
    contribuintes alimentares e identificar a distribuição de ingestão de polifenóis, segundo as
    variáveis de estudo em adultos e idosos, bem como avaliar a relação entre a estimativa de
    ingestão de polifenóis e o perfil de lipídico em adultos e idosos residentes na cidade de Teresina,
    Piauí. Este estudo é do tipo transversal, domiciliar, de base populacional composto adultos e
    idosos, realizada em Teresina, Piauí, Brasil. O consumo alimentar foi obtido por recordatório
    alimentar de vinte e quatro horas. A estimativa de ingestão de polifenóis foi calculada
    multiplicando os dados de consumo de alimentos do recordatório pelo teor de polifenóis em
    alimentos descritos no banco de dados Phenol-Explorer. Foram coletados dados
    sociodemográficos, hábito de vida e saúde. A análise estatística foi realizada utilizando o pacote
    estatístico Stata® versão 14. Os dados foram apresentados em médias, desvio-padrão, medianas
    e intervalo interquartil. No artigo 1, foi realizada uma revisão sistemática da literatura de
    ensaios clínicos randomizados, que investigaram os efeitos do consumo de maçã in natura e/ou
    desidratada sobre o perfil lipídico de indivíduos adultos com dislipidemia. A partir da
    metodologia utilizada e seguindo as estratégias de busca pré-estabelecidas, foram encontrados
    4.468 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados cinco
    artigos para avaliação qualitativa. A análise dos estudos indica que o consumo de maçã fresca
    e/ou desidratada com casca diminuiu o colesterol total e o colesterol de lipoproteína de baixa
    densidade. No artigo 2, a estimativa de ingestão de polifenóis foi realizada em uma amostra de
    501 indivíduos, composta por 73,5% de adultos e 26,5% idosos. A média de ingestão de
    polifenóis totais foi de 1006,53 mg/dia. Os ácidos fenólicos (619,6 mg/dia) foi a classe de maior
    ingestão, seguida dos flavonóis (397,9 mg/dia). Os principais alimentos contribuintes para a
    ingestão de polifenóis totais foram café, feijão e maçã. Os adultos apresentaram maior ingestão
    de diidrochalconas, ácidos hidroxifenilacéticos e ácidos hidroxibenzóicos. A ingestão de
    polifenóis totais foi significativamente maior nos indivíduos com níveis séricos de colesterol
    total e triglicerídeos elevados. O presente estudo fornece pela primeira vez dados de ingestão
    de polifenóis totais, classes e subclasses presentes na dieta da população avaliada. A ingestão
    de flavonas e flavanonas foi maior em indivíduos com perfil lipídico não aterogênico. Porém,
    a ingestão de polifenóis não foi associada a um melhor perfil lipídico, exceto para o HDL-c.

  • CARLOS HENRIQUE RIBEIRO LIMA
  • STATUS INADEQUADO DE 25(OH)D E PRÉ-DIABETES: ASSOCIAÇÃO COM FATORES DE RISCO ISOLADOS E SIMULTÂNEOS EM INDIVÍDUOS RESIDENTES EM TERESINA, PIAUÍ, BRASIL
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 14/09/2022
  • Mostrar Resumo
  • É crescente a prevalência de status inadequado de 25(OH)D e de pré-diabetes nos diferentes
    ciclos de vida, e esse aumento pode estar associado a fatores, tais como: inatividade física,
    obesidade visceral, consumo alimentar rico em açúcares e pobre em frutas e verduras.
    Portanto, esse estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de pré-diabetes e fatores
    associados e verificar a associação do status inadequado de 25(OH)D com fatores de risco
    isolados e simultâneos relacionados ao pré-diabetes. E ainda, realizar uma revisão
    sistemática para analisar o efeito da suplementação de vitamina D no controle glicêmico de
    pré-diabéticos. Para isso, realizou-se um estudo transversal de base domiciliar na zona
    urbana de Teresina com indivíduos de ambos os sexos e uma revisão sistemática da
    literatura. No artigo 1, foram coletados dados apenas de uma subamostra de adultos
    (n=224). A prevalência de pré-diabetes foi estimada pelo teste de glicemia em jejum, e
    classificado de acordo com a Associação Americana de Diabetes (≥100mg/dL<126mg/dL).
    Foram testadas associações com variáveis: sociodemográficas, antropométricas, consumo
    alimentar, níveis pressóricos, triglicerídeos, transtornos mentais comuns e com a presença
    simultânea desses fatores de risco. No artigo 2, foram coletados dados apenas de uma
    subamostra de adolescentes, adultos e idosos (n=295). Nesse estudo, a prevalência de status
    inadequado de 25(OH)D foi classificado segundo Holick et al. (<30ng/mL). Foram testadas
    as associações com as variáveis sociodemográficas, estilo de vida, consumo diário de doces,
    circunferência da cintura elevada, inatividade física e com a simultaneidade desses fatores
    de risco. Os dados dos artigos 1 e 2 foram analisados com o teste do qui-quadrado de
    Pearson e regressão de Poisson para razões de prevalência (RP) bruta e ajustada, com nível
    de significância p<0,05. O artigo 3, tratou-se de uma revisão sistemática elaborada
    conforme as recomendações PRISMA para responder à questão norteadora: a
    suplementação de vitamina D melhora o controle glicêmico em indivíduos pré-diabéticos?
    Nesse artigo, foram inseridas publicações dos últimos 10 anos, indexados ao Science Direct,
    PubMed e LILACS, utilizando-se os descritores: vitamina D, pré-diabetes e controle
    glicêmico. Ensaios clínicos randomizados foram considerados elegíveis para a inclusão.
    Como resultados, no artigo 1, verificou-se prevalência de pré-diabetes de 8,04%, e maior
    RP com a menor escolaridade (RP:5,17, IC:1,53-17,33, p: 0,010) e a hipertrigliceridemia
    (RP:4,19, IC:1,41-12,45, p:0,012), mesmo após o ajuste os resultados mantiveram-se
    significativos. Já no artigo 2, a prevalência de status inadequado de 25(OH)D foi de 56,9%,
    com associação significativa com o sexo masculino (64,1%, p:0,027) e consumo diário de
    doces (70,9%, p:0,016) e com maior RP, nos adultos (RP: 1,48, IC:1,09-2,01, p:0,014)
    fisicamente inativos, e nos adultos e idosos que apresentaram consumo diário de doces +
    CC elevada. E ainda, com maiores RP nas combinações de 3 fatores de risco,
    principalmente nos idosos (RP:2,41, IC:1,65-3,50, p:<0,001), após o ajuste os resultados
    mantiveram-se significativos. No artigo 3, os resultados revelaram que dos 04 artigos
    incluídos, 03 mostraram que a suplementação de vitamina D não altera os marcadores de
    controle glicêmico em pré-diabéticos. Somente 01 mostrou efeito positivo, após
    suplementação de 60.000 UI/mês de vitamina D3 por 12 meses, com redução significativa
    nas concentrações de hemoglobina glicada, glicemia em jejum e pós-prandial de 2h.
    Portanto, verificou-se que indivíduos menos escolarizados com níveis elevado de
    triglicerídeos no sangue tem maiores RP de pré-diabetes. E, indivíduos do sexo masculino,
    fisicamente inativos, que consomem doces diariamente e apresentam dois ou mais fatores
    de risco para pré-diabetes, tem maiores RP de 25(OH)D inadequada. Quanto a
    suplementação, os resultados da revisão sistemática não afirmaram ou descartaram os
    prováveis benéficos para os pré-diabéticos.

  • LIRIANE ANDRESSA ALVES DA SILVA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE MICRONUTRIENTES IMUNOMODULADORES E ANTIOXIDANTES E A CARGA VIRAL EM PACIENTES COM COVID-19 ATENDIDOS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 13/09/2022
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  • A infecção ocasionada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, denominada por COVID-19, ainda
    não possui uma terapia medicamentosa específica, por isso, a procura de potenciais estratégias
    antivirais protetoras e terapêuticas é de urgente interesse. A vitamina D, vitamina C e o zinco
    são conhecidos por suas propriedades imunomoduladoras, antivirais e antioxidantes, sendo
    capazes de modular a imunidade antiviral e regular a resposta inflamatória, podendo contribuir
    na prevenção ou tratamento da doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo
    alimentar de micronutrientes imunomoduladores e antioxidantes e sua relação com a carga viral
    de pacientes com COVID-19 em tratamento ambulatorial. A partir dos resultados encontrados,
    elaborou-se um artigo original, que compõe esta dissertação. Trata-se de um estudo transversal
    realizado com 101 pacientes, ambos os sexos, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde
    da Cidade de Teresina, Piauí, com diagnóstico de COVID-19 confirmado pelo teste RT-PCR,
    realizado entre 3 a 7 dias de sintomas gripais. O estado nutricional global e a classificação do
    risco cardiometabólico pela medida da circunferência da cintura foram determinados segundo
    as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Os participantes inclusos foram divididos
    em três clusters, de acordo com a classificação da carga viral, sendo eles: ACV (alta carga viral),
    MCV (média carga viral) e BCV (baixa carga viral). Nos clusters ACV e BCV mais de metade
    dos participantes de pesquisa eram do sexo masculino (53,0% e 52,9%, respectivamente),
    enquanto no cluster MCV houve predomínio do sexo feminino (61,1%). Para quase dois terços
    dos participantes de todos os clusters o diagnóstico de COVID-19 foi confirmado com 3 a 4
    dias de sintomas gripais. O consumo alimentar de energia, macronutrientes e vitamina D,
    vitamina C e zinco foi realizado pelo método do Recordatório de 24 horas em dois dias não
    consecutivos. A carga viral foi determinada de acordo com o valor de limiar de Ct ou ciclo
    obtido para cada gene. O consumo dos micronutrientes imunomoduladores vitamina C,
    vitamina D e zinco não apresentou correlação com a carga viral do SARS-CoV-2, mas houve
    associação entre a carga viral e o estado nutricional global. Considerando o papel
    imunomodulador e antioxidante dos micronutrientes estudados e sua importância para o curso
    e tratamento de doenças infecciosas, conclui-se que é possível que as vitaminas C e D e o zinco
    possam auxiliar em novas estratégias de prevenção e tratamento para o novo coronavírus.

  • BRUNA BARBOSA DE ABREU
  • Desenvolvimento De Nugget Adicionado de Resíduo de Acerola (Malpighia Emarginata D.C) e Feijão-caupi (Vigna Unguiculata L. Walp) e Bioacessibilidade de Compostos Fenólicos
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 29/07/2022
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  • ABREU, B.B., MOREIRA-ARAÚJO, R.S.R. Desenvolvimento de Nugget
    Adicionado de Resíduo de Acerola (Malpighia emarginata D.C) e Feijão-caupi
    (Vigna Unguiculata L. Walp) e Bioacessibilidade de Compostos Fenólicos
    . 2022.
    75f. Dissertação de mestrado. Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade
    Federal do Piauí. Teresina, 2022.
    A indústria de alimentos tem investido no desenvolvimento de novos produtos
    alimentícios, uma vez que, alimentos com valor nutritivo superior podem ofertar
    nutrientes e compostos bioativos que refletem positivamente na saúde dos
    consumidores. Portanto, o presente trabalho objetivou desenvolver um nugget
    adicionado de resíduo de acerola (Malpighia emarginata D.C) e feijão-caupi (Vigna
    Unguiculata
    L. Walp) e avaliar a bioacessibilidade de compostos fenólicos. Para a
    análise sensorial dos nuggets, foram aplicados testes afetivos, discriminativos e
    descritivos. Determinou-se os teores de umidade, cinzas, lipídeos, fibras alimentares,
    proteínas, carboidratos e valor calórico. Além disso, determinou-se também os
    compostos fenólicos, taninos condensados, carotenoides totais, flavonoides totais,
    vitamina C e capacidade antioxidante, antes e após a bioacessibilidade. O nugget
    desenvolvido obteve ótima aceitação sensorial, comparado ao padrão, um produto já
    comercializado e bem aceito no mercado. Obteve-se uma redução de 63% no teor de
    lipídeos (11,98%), bem como teores de fibras alimentares (16,37%) 10,2 vezes
    maiores e uma redução de 23,10% quilocalorias (268,4 kcal/100g), mais que o dobro
    de atividade antioxidante (240,20μmol/trolox) quando comparado ao convencional
    (96,97μmol/trolox). Além de maiores teores de ácido ascórbico (7,30mg/100g).
    Verificou-se que o consumo de 100g do nugget desenvolvido atende a 29,2% das
    necessidades diárias de vitamina C deste grupo. No processo gastrointestinal,
    observou-se uma diferença estatisticamente significativa entre os teores de
    compostos fenólico totais, flavonoides totais e ácido ascórbico nas fases da digestão
    gastrointestinal simulada. Na fase salivar, observou-se que todos os compostos foram
    reduzidos em até 43%. Concluiu-se que o nugget com resíduo de acerola e feijãocaupi obteve ótima aceitação sensorial, teores de lipídeos e valor energético total
    reduzidos, maiores teores de carboidratos, cinzas e proteínas, bem como maiores
    teores de compostos fenólicos totais, flavonóides, carotenóides totais, vitamina C e
    atividade antioxidante, sendo um alimento funcional

  • VICTOR ALVES DE OLIVEIRA
  • ATUAÇÃO DA VITAMINA E NO CÂNCER DE MAMA: MECANISMOS E EFEITOS FRENTE A PREVENÇÃO, TRATAMENTO E DESFECHOS.
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 25/07/2022
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  • As perspectivas de incorporação de vitaminas antioxidantes no tratamento do câncer são
    otimistas. A vitamina E, incluindo o grupo dos tocoferóis (α, β, γ, δ) e tocotrienóis (α, β,
    γ, δ), tem sido amplamente utilizada pelo potencial antioxidante e tem a capacidade de
    promover a toxicidade do microambiente tumoral, protegendo as células saudáveis do
    dano. Além disso, tem a vantagem de ser relativamente atóxico e bem tolerado pelos
    humanos. Com vista nisso, a presente tese buscou investigar os mecanismos biologicos
    pelos quais a vitamina E pode atuar frente ao câncer de mama, e seus efeitos na prevenção,
    tratamento e sobrevida. Para tanto, executamos uma revisão sistematica de literatura para
    investigar os possíveis mecanismos de atuação da vitaminas E na modulação da
    tumorigênese mamária. A partir de tais achados e buscando entender melhor os
    mecanismos de atuação desta vitamina frente a drogas antineoplásicas, foram avaliados
    os efeitos oxidativos/antioxidativos, e o potencial modulatório e seletivo do vitâmero α-
    Tocoferol sobre os danos toxicogenéticos induzidos pelos antineoplásicos
    (Ciclofosfamida e Doxorrubicina) utilizando testes
    in vitro. Foram analisados os danos
    toxicogenéticos induzidos pelos antineoplásicos em
    Saccharomyces cerevisiae, Allium
    cepa, Artemia salina
    e cultura de células de linfócitos humanos, além da capacidade
    seletiva deste vitâmero em linhagens celulares mamarias. Por fim, uma revisão
    sistemática com meta-análise foi executada para avaliar os efeitos do consumo e/ou
    suplementação de vitamina E sobre o risco, tratamento e desfechos do câncer de mama.
    Os resultados aqui apresentados demonstram que as isoformas da vitamina E têm sido
    associadas à supressão de vias tumorais, principalmente relacionadas à proliferação,
    invasão e metástase, como c-Myc/Ciclina D, Bcl-2 ou Akt. Mostramos também que os
    tocoferóis e tocotrienóis têm a capacidade de modular o metabolismo energético tumoral
    pela disfunção mitocondrial e supressão da glicólise aeróbica, além de aumentar a
    quimiossensibilidade das células tumorais (efeito apoptótico), reduzindo os efeitos
    colaterais adversos da resistência aos medicamentos. Nas avaliações in vitro, os danos
    oxidativos citoplasmáticos e mitocondriais induzidos pelos antineoplásicos
    (Ciclofosfamida e Doxorrubicina) foram significantemente modulados pela associação
    com a vitamina E em
    S. cerevisiae, caracterizando o potencial antioxidante do vitâmero
    em questão. Além disso, os efeitos tóxicos caudados pelos antineoplásicos em
    A. salina
    e citotóxicos e mutagênicos em A. cepa sofreram modulação significativa. Nos linfócitos,
    o α-tocoferol não induziu efeito tóxico às células, porém, quando associado aos
    quimioterápicos, modulou seus efeitos toxicogenéticos, verificado pela diminuição
    significante da morte celular (apoptose e necrose) bem como a redução dos valores de
    micronúcleos, brotos nucleares e pontes nucleoplasmáticas. Em linhagens celulares
    saudáveis e tumorais de mama humana, o α-Tocoferol apresentou atividade citotóxica
    duas vezes mais seletiva para células tumorais. A meta-análise avaliando os resultados
    dos estudos em humanos demonstrou que a estimativa do efeito resumido não indicou
    nenhuma associação estatisticamente significativa entre o consumo versus o não consumo
    de vitamina E total e risco de câncer de mama. Avaliando os efeitos da suplementação de
    vitamina E no risco de câncer de mama, apenas duas referências tinham dados para
    comparação e a suplementação de vitamina E não apresentou impacto no risco de câncer
    de mama. No entanto, a estimativa do efeito resumido dos estudos incluídos indicou que
    o consumo de vitamina E foi inversamente associado à recorrência do câncer de mama
    no grupo controle (OR 0,79, [IC 95% 0,62-0,99], P = 0,04; I2 = 0% ,
    Pheterogeneidade=0,95). Conclui-se portanto que a vitamina E tem sido relacionada a
    supressão/superexpressão de vias/mecanismos fundamentais do processo de progressão
    tumoral, relacionados sobretudo à proliferação, metabolismo energético,
    quimiossensibilidade e invasão/metástase. Os resultados pré-clínicos aqui apresentados 
    mostraram que a vitamina E isolada não apresentou atividade oxidativa, citotóxica e
    mutagênica em células eucarióticas, todavia, sua utilização em associação com
    quimioterápicos Ciclofosfamida e Doxorrubicina, desempenhou um papel na modulação
    dos efeitos toxicogenéticos induzidos por essas drogas antineoplásicas, possivelmente,
    relacionados pela capacidade antioxidante e seletiva desse vitâmero, atuando como
    quimioprotetor. Contudo, não há resultados significantes que confirmem associação
    benéfica ou maléfica da ingestão dietética ou suplementar de vitamina E na redução do
    risco de câncer de mama. Entretanto, relacionado à recidiva, sobrevida e mortalidade, os
    resultados indicaram que o consumo de vitamina E foi inversamente associado à
    recorrência de câncer de mama no grupo controle, apesar de não ser encontrada nenhuma
    associação para o consumo de vitamina E e a mortalidade por câncer de mama.


  • THAYANNE GABRYELLE VISGUEIRA DE SOUSA
  • Avaliação do estado nutricional relativo ao cobre e sua relação com marcadores do estresse oxidativo em mulheres com obesidade
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 22/07/2022
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  • SOUSA, T. G. V. Avaliação do estado nutricional relativo ao cobre e sua relação com
    marcadores do estresse oxidativo em mulheres com obesidade
    . 2022. Dissertação
    (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do
    Piauí, Teresina-PI.
    INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido
    adiposo que favorece o desenvolvimento de desordens metabólicas, a exemplo do estresse
    oxidativo, bem como parece contribuir para alterações na homeostase de micronutrientes
    envolvidos na produção de radicais livres, como o cobre. Nessa perspectiva, tem havido
    interesse em identificar a possível influência desse mineral na manifestação do estresse
    oxidativo na obesidade.
    OBJETIVO: O presente estudo avaliou o estado nutricional relativo
    ao cobre e sua relação com marcadores do estresse oxidativo em mulheres com obesidade.
    MÉTODOS: Estudo de natureza clínico e experimental, envolvendo mulheres na faixa etária
    entre 20 e 50 anos de idade, sendo divididas em dois grupos: grupo caso (IMC≥35kg/m²)
    (n=62) e grupo controle (IMC entre 18,5 e 24,9kg/m²) (n=79). Foram aferidos peso e estatura,
    bem como realizado o cálculo do índice de massa corpórea. O consumo alimentar foi obtido a
    partir do registro de alimentos de três dias e analisado no programa Nutwin. A análise do
    cobre no plasma e nos eritrócitos foi realizada por espectrometria de emissão óptica com
    plasma acoplado indutivamente. As concentrações das enzimas superóxido dismutase e
    glutationa peroxidase foram avaliadas em analisador bioquímico automático e a catalase foi
    determinadas por meio de espectrofotometria. Além disso, foram determinadas as
    concentrações séricas das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico.
    RESULTADOS: Na
    avaliação do consumo alimentar, verificou-se que não houve diferença estatística significativa
    entre os grupos (p>0,05), em relação ao consumo de macronutrientes. A quantidade de cobre
    encontrada nas dietas consumidas pelas mulheres com obesidade era superior ao grupo
    controle, sendo que ambos os grupos ingeriam teor desse mineral superior ao recomendado
    pela literatura. Na avaliação dos parâmetros bioquímicos referentes ao cobre, os resultados
    revelaram que as mulheres com obesidade apresentaram concentrações desse nutriente
    elevadas no plasma e reduzidas nos eritrócitos quando comparado ao grupo controle, sendo
    que ambos os grupos tinham concentrações de cobre eritrocitária e plasmática dentro do
    padrão de normalidade. A análise dos marcadores do estresse oxidativo revelou valores de
    TBARS elevados, bem como atividade reduzida da enzima superóxido dimutase eritrocitária
    nas mulheres com obesidade quando comparadas ao grupo controle (p<0,001). Na análise de
    correlação linear, não verificou-se correlação entre os parâmetros de avaliação do estado
    nutricional relativo ao cobre e as concentrações de TBARS, contudo os dados revelaram
    correlação negativa entre as concentrações de cobre no eritrócito e a atividade da enzima
    antioxidante superóxido dismutase eritrocitária em ambos os grupos (
    p<0,05).
    CONCLUSÃO: As mulheres com obesidade avaliadas nesse estudo possuem consumo de
    cobre elevado, com quantidades desse mineral superiores aos valores recomendados para esse
    grupo populacional. Além disso, verifica-se acúmulo de cobre no plasma e a presença de
    estresse oxidativo, no entanto, embora as mulheres com obesidade apresentem concentrações
    de cobre elevadas no plasma, nesse estudo não foi possível identificar a sua ação pró-
    oxidante, visto que os dados não revelam correlação entre esse biomarcador do cobre e
    parâmetros do estresse oxidativo.


  • ISABELE FRAZÃO MASCARENHAS
  • EFEITOS DA DIETA RESTRITIVA E DIETA RICA EM GORDURA NO METABOLISMO TUMORAL, INICIAÇÃO, PROGRESSÃO E METÁSTASE NO CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS IN VIVO E CLÍNICOS E METANÁLISE
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 21/07/2022
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  • Mascarenhas IF. Efeitos da dieta restritiva e dieta rica em gordura no metabolismo
    tumoral, iniciação, progressão e metástase no câncer de mama: uma revisão sistemática
    de estudos pré-clínicos in vivo e clínicos e metanálise. 2022. Dissertação (Mestrado) –
    Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,
    Teresina, Piauí.
    O câncer na mama, assim como outros cânceres é caracterizado por células anormais que
    crescem incontrolavelmente; para isso apresentam sinal de proliferação contínuo, evasão de
    supressores tumorais e resistência à morte celular; características que acabam gerando a
    imortalidade replicativa. Para o alcance dessas características a célula tumoral passa por
    processos de reprogramação do metabolismo energético, fornecendo às células cancerosas
    vantagens seletivas. Com isso a célula tem uma maior demanda de nutrientes como glicose,
    serina e glutamina. Em nossa revisão objetivamos investigar sistematicamente se intervenções
    dietéticas restritivas e dieta rica em gordura alteram o metabolismo tumoral e reduzem a
    iniciação, progressão e metástase do câncer de mama em modelos in vivo e em mulheres
    diagnosticadas com câncer de mama. A revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (nº
    CRD42021266063; CRD42021266005) e a busca foi realizada em quatro bases de dados
    eletrônicas (MEDLINE, Embase, Cochrane e Web of Science). Os termos utilizados na busca
    foram: câncer de mama, dieta rica em gordura, restrição calórica, jejum intermitente, jejum,
    restrição de carboidratos, dieta cetogênicam desenvolvimento, iniciação, promoção,
    progressão e metástase. Os critérios de elegibilidade foram: mulheres com idade maior ou
    igual a 19 anos diagnosticadas com câncer de mama ou animais com indução de câncer de
    mama, ambos em tratamento dietético com dieta rica em gordura ou restrição calórica ou jejum
    ou dieta cetogênica ou jejum intermitente; contento também um grupo controle, e que avaliaram
    incidência de câncer, volume tumoral, metástase, glicose, insulina, IGF-1 e BHB; publicados
    em inglês, português ou espanhol. Estudos elegíveis foram selecionados e revisados de forma
    independente por dois revisores. Foram recuperados 1.402 estudos, dos quais 267 duplicados.
    Foram elegíveis para a revisão sistemática 06 ensaios clínicos randomizados, 02 ensaios
    clínicos não randomizados e 69 ensaios pré-clínicos. Dos ensaios pré-clínicos 36 investigam
    restrição calórica, 04 jejum, 04 dieta cetogênica e 25 dieta rica em gordura; sendo que 48
    apresentam desfechos relacionados a inciação do tumor; 45 sobre a progressão tumoral; 14
    relatam desfechos da metástase e 29 de parâmetros relacionados com o metabolismo. Seus
    achados evidenciam que as dietas restritivas apresentam capacidade de diminuir a incidência,
    progressão e metástase tumoral; enquanto a dieta rica em gordura aumentou os mesmos
    parâmetros. Enquanto nos ensaios clínicos 06 investigam dieta cetogênica e 03 dieta que
    mimetiza jejum. Os achados dos ensaios clínicos evidenciam que a aplicação da dieta nessas
    pacientes é segura e capaz de alterar parâmetros metabólicos; porém, os resultados quanto sua
    influência da qualidade de vida e na progressão do tumor são controversos. Os achados da
    revisão evidenciam diversos benefícios das dietas restritivas para o câncer de mama, mas para
    aplicação em humanas torna-se indispensável a realização de mais ensaios clínicos para
    investigar se efeitos positivos observado nos roedores seriam replicados em humanos. Além
    disso, outras limitações devem ser levadas em consideração. Primeiramente, foram inclusos
    na revisão diferentes protocolos de dietas; além disso, as intervenções foram conduzidas por
    diferentes períodos e não foi adotado um único método de indução do tumor nos ensaios pré-
    clínicos, esses fatores podem levar a alguma diferença nos resultados. Ademais não foi
    possível realizar metanálise com os ensaios clínicos, uma vez que os desfechos dos artigos
    não forneciam dados suficientes. E, apesar do extenso número de ensaios pré-clínicos
    inclusos, as metanálises analisam um pequeno número de estudos, pois em sua maioria não
    forneciam dados suficientes.

  • MARTA MARIA DA SILVA LIRA BATISTA
  • EFEITOS DA NEUROMODULAÇÃO NÃO INVASIVA NO DESEJO ALIMENTAR, PADRÃO MASTIGATÓRIO, FUNÇÕES EXECUTIVAS E MARCADORES BIOQUÍMICOS DE INFLAMAÇÃO E ESTRESSE OXIDATIVO
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 11/07/2022
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  • INTRODUÇÃO: Apesar de vários fatores influenciarem na decisão de consumo de alimentos
    (concentração de açúcar no sangue, variações hormonais, disponibilidade de alimentos, estado
    emocional e memória), todas estas informações convergem para as redes neurais associadas à
    decisão. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da neuromodulação no desejo alimentar, nas funções
    executivas cerebrais e em marcadores de inflamação/ atividade antioxidante.
    METODOLOGIA: Ensaio clínico randomizado, paralelo e duplo cego. Participaram
    profissionais de saúde, com idade entre 20 e 59 anos. Não participaram indivíduos que
    possuíssem critérios que contraindicassem: o uso da neuromodulação, ou impedissem a
    realização da fonoterapia para a mastigação. Foram aplicados os seguintes instrumentos:
    questionários de Desejos Intensos por Comida – Traço e Estado; AMIOFE para avaliar a
    função
    e eficiência mastigatórias; teste de span de dígitos; Teste Stroop de Cores e Palavras (TSCP),
    versão Victoria; Trial Making Test. Realizadas também as determinações das espécies
    reativas ao ácido tiobarbitúrico e biomarcadores de peroxidação lipídica. Os participantes
    receberam tDCS real e tDCS sham durante 10 sessões no período de tratamento.
    RESULTADOS: Foi encontrada redução estatisticamente significativa no valores de QDIC-T
    (p&lt;0,0074**); Span de dígitos (ordem direta: p&lt;0,007**; ordem inversa: p&lt;0,01**); TSCP
    (condições 1: p&lt;0,003**; 2: p&lt;0,006** e 3: p&lt;0,008**); Trail Making Test (A: 0,05* e B:
    0,007**), em mulheres com a idade média predominantemente entre 31 e 40 anos; renda
    compatível com a classe média; alto grau de escolaridade; com sobrepeso e sem contágio
    prévio por Covid-19, no grupo tDCS quando comparado ao grupo sham. DISCUSSÃO: Os
    fatores idade e nível de
    escolarização além de serem considerados como determinantes biológico e econômico;
    respectivamente, impactam nas condições de saúde e diretamente no desempenho geral das
    funções executivas não só quanto no acesso e na escolha dietética dos alimentos que otimizam
    a atividade antioxidante e demais escolhas saudáveis, mas também na percepção do processo
    saúde-doença. Os mecanismos neurais subjacentes à interferência emocional no controle
    inibitório à decisão alimentar estão existentes a partir da ativação encefálica para diferentes
    níveis de conflitos sensoriais/ distratores, foram simulados na TSCP nas três condições.
    CONCLUSÃO: O uso da tDCS influencia na redução dos desejos alimentares, na redução do
    tempo de reação das funções executivas, apesar de não haver alterações significativas nos
    parâmetros bioquímicos de inflamação.

  • TATIANE MENESES BRANDÃO
  • Caviar molecular de colágeno hidrolisado de pele de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)
  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 08/07/2022
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  • A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é um peixe africano introduzido e adaptado às condições climáticas brasileiras, cuja importância comercial e nutricional esteve por muito tempo atrelada à sua carne. Porém, outras partes da tilápia, como a pele, pode oferecer subprodutos com potencial comercial e nutricional, a exemplo o colágeno hidrolisado, que demonstra propriedade antioxidante na prevenção do fotoenvelhecimento, antioxidantes em alimentos lipídicos, emulsificantes, substitutos de gordura e clarificantes em bebidas e aditivos. Devido às suas promissoras características nutricionais e tecnológicas e a necessidade de inovação do mercado alimentício, propôs-se desenvolver um caviar molecular à base de colágeno hidrolisado de pele e carcaça de tilápia através do método de esferificação direta, o CMT. Para avaliar a percepção mercadológica e sensorial do novo produto junto aos consumidores, aplicou-se um questionário on-line, devido ao período pandêmico de SARS- COV 19, na plataforma Google Forms. Foram desenvolvidos quatro tratamentos com duas  variáveis independentes: tempo de imersão em cloreto de cálcio e concentração de caldo de peixe (CP). Assim, os tratamentos foram: A (3min em CaCl2 e 12,5% de CP); B (9min em CaCl2 e 12,5% CP; C (3min em CaCl2 e 25% de CP; e D (9min em CaCl2 e 25% de CP). Em seguida, o CMT produzido através da técnica de esferificação direta foi caraterizado quanto à sua composição centesimal e mineral, quanto às suas características termogravimétricas e vida de prateleira. O produto desenvolvido e avaliado pelos consumidores demonstrou um índice de  aceitabilidade de 77,7% e de intenção de compra de 81,1%. E de acordo com as análises físico- químicas e tecnológicas, o tratamento C após o processamento apresentou o maior teor de  proteínas (7,32 g/100g), P (150 mg/kg) e K (1320 mg/kg), enquanto o tratamento A, menor teor de lipídios (10,14 g/100g), menor deformação, maior estabilidade térmica e maior teor de cálcio. Observou-se ainda que o CMT, armazenado sob refrigeração (± 7°C), apresentou crescimento somente de mesófilos e após 30 dias de armazenamento. Nesse período, foram observadas diferenças estatísticas entre os tratamentos apenas para umidade e cinzas, onde o tratamento A apresentou os maiores teores de umidade e cinzas em relação ao tratamento C, e todos os tratamentos são considerados alto conteúdo de ferro. Pode-se concluir que é viável e potencialmente comercial o desenvolvimento de um caviar molecular à base de colágeno hidrolisado de tilápia e caldo de tilápia, onde os tratamentos com a menor concentração de caldo (A e C) apresentam as melhores características físico-químicas, tecnológicas e microbiológicas.

  • DIANA STEFANY CARDOSO DE ARAÚJO
  • ESTADO NUTRICIONAL DE SELÊNIO NO CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 06/07/2022
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  • Objetivo: Avaliar o estado nutricional do selênio em mulheres com câncer de mama em
    comparação a mulheres sem câncer de mama. Métodos: Foi desenvolvida uma revisão
    sistemática relatada de acordo com a declaração Preferred Reporting Items for Systematic
    Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). O estudo buscou responder a seguinte questão
    norteadora: “O estado nutricional relativo ao selênio em mulheres com câncer de mama
    apresenta alterações em comparação ao de mulheres sem câncer de mama?". A busca
    ocorreu nas seguintes bases de dados: PubMed, Web of Science e Embase. Foram incluídos
    estudos que avaliaram o estado nutricional do selênio em mulheres com câncer de mama,
    em comparação a mulheres sem a doença. Resultados: Vinte e cinco artigos foram
    identificados como elegíveis. Os teores de selênio dietético estavam reduzidos em mulheres
    com câncer de mama, em relação às participantes do grupo controle. Foram constatadas
    concentrações reduzidas no soro, cabelo e unhas do mineral em mulheres com câncer de
    mama em relação às mulheres do grupo controle. Houve resultados divergentes quanto a
    atividade da enzima glutationa peroxidase em mulheres com câncer de mama em
    comparação ao grupo controle. Considerações finais: Os resultados encontrados
    evidenciam comprometimento do estado nutricional relativo ao selênio em mulheres com
    câncer de mama, em relação às mulheres sem a doença, no entanto, os resultados dos
    estudos ainda são bastante controversos. Isto pode ser justificado pelo complexo
    metabolismo do nutriente, bem como pela falta de controle de algumas variáveis que podem
    interferir na homeostase do mineral no organismo, a exemplo do peso, uso de suplementos,
    estágio do tumor, dentre outros aspectos.

  • JULIANA SOARES SEVERO
  • Can different diets, physical exercise, and cellular markers associated with body composition influence gastric accomodation, inflammatory and oxidative balance in healthy individuals and inflammatory bowel disease patients?
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 01/07/2022
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  • INTRODUÇÃO: O trato gastrointestinal (TGI) é um órgão chave associado à
    manutenção da saúde e ao desempenho esportivo. No entanto, disbiose e distúrbios do
    TGI, como as doenças inflamatórias intestinais (DII), podem afetar ambos. Algumas
    estratégias com foco no exercício físico e na ingestão alimentar têm sido estudadas e
    podem trazer efeitos benéficos, principalmente nas funções do TGI, inflamação e
    marcadores de estresse oxidativo. OBJETIVOS: Investigar o papel do exercício físico
    na acomodação gástrica em indivíduos saudáveis e como a ingestão alimentar e os
    valores do ângulo de fase (PhA) estão associados ao balanço inflamatório e oxidativo
    no curso clínico de pacientes com DII. MÉTODOS: Foram elaborados seis artigos
    científicos, sendo o primeiro e o segundo revisões narrativas da literatura. A terceira e
    a quarta são revisões sistemáticas da literatura, sendo a estratégia PICO utilizada para
    elaborar a questão norteadora, seguindo as recomendações do Preferred Reporting
    Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). O quinto é um estudo
    quasi-experimental, realizado com indivíduos saudáveis que ingeriram uma refeição
    energética líquida durante um teste físico e foram monitorados de acordo com uma
    escala subjetiva para avaliar a acomodação gástrica. O sexto é um estudo transversal
    realizado com pacientes com DII e controle que foram submetidos à análise de
    bioimpedância para obtenção dos valores do PhA. Concentrações de nitrito (Nox),
    mieloperoxidase (MPO), glutationa (GSH), malondialdeído (MDA) e superóxido
    dismutase (SOD) foram determinadas. O consumo alimentar foi feito por questionário
    de frequência alimentar (QFA). Os estudos atenderam aos respectivos requisitos éticos.
    RESULTADOS: Os resultados são relatados de acordo com cada artigo. Nas revisões
    da literatura, mostramos que a ingestão de probióticos parece ser uma boa estratégia
    para atenuar a disbiose em atletas. Além disso, o exercício físico pode ser uma mudança
    de estilo de vida com benefícios na terapia de doenças do TGI. Uma revisão sistemática
    mostrou que a suplementação de glutamina não teve efeito no curso da doença,
    permeabilidade, e marcadores de estresse oxidativo e inflamação em pacientes com DII.
    A outra revisão sistemática mostrou que intervenções dietéticas em sete estudos foram
    capazes de reduzir alguns marcadores inflamatórios em pacientes com DII. No estudo
    quasi-experimental, houve aumentos no volume total ingerido, tempo de ingestão e
    calorias ingeridas (p<0,05) durante a sessão de exercício, mas não foi observada
    influência nos escores de saciedade em homens e mulheres saudáveis (p>0,05). No
    estudo transversal, o grupo DII apresentou concentrações aumentadas (p<0,05) de Nox,
    MDA e GSH. O PhA correlacionou-se positivamente com GSH (R:0,22;p:0,02) e SOD
    (R:0,25;p:0,01). Pacientes com DII ingeriram quantidades elevadas de alimentos
    ultraprocessados. No entanto, os pacientes com DII apresentaram melhor consumo de
    alimentos in natura ou minimamente processados. Encontramos correlação positiva
    entre consumo de alimentos ultraprocessados e MDA (R:0,43;p:0,01). CONCLUSÃO:
    A intervenção dietética ou exercício físico são benéficas nos distúrbios do TGI, como
    disbiose atlética e DII. O exercício físico afetou a ingestão alimentar e a acomodação
    gástrica em indivíduos saudáveis. O PhA pode ser uma medida prática e eficaz no
    acompanhamento clínico de pacientes com DII, estando associado a enzimas
    antioxidantes. Além disso, recomendamos avaliar o aumento do consumo de alimentos
    ultraprocessados, uma vez que este foi relacionado a marcadores de estresse oxidativo
    no acompanhamento clínico de pacientes com DII.


  • ANA PAULA DE MELO SIMPLÍCIO
  • PADRÕES ALIMENTARES E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ADULTOS E IDOSOS: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 23/06/2022
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  • INTRODUÇÃO: O consumo alimentar, juntamente com outros hábitos de vida
    representam os aspectos modificáveis para prevenção de doenças crônicas não
    transmissíveis assim como transtornos mentais comuns.
    OBJETIVO: Avaliar os padrões
    alimentares e associar aos aspectos sociodemográficos, estilos de vida e transtornos
    mentais comuns em adultos e idosos.
    METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
    transversal de base populacional e domiciliar que faz parte de uma pesquisa mais ampla
    intitulada “Inquérito de Saúde de Base Populacional (ISAD), em que participaram 1.574
    adultos e idosos de Teresina e Picos – PI. A coleta de dados sociodemográficos, de estilo
    de vida e transtornos mentais comuns foi realizada por meio de questionário estruturado
    e os dados de consumo alimentar foi obtido a partir de questionário de frequência
    alimentar adaptado de outros estudos brasileiros. Para extratir os padrões alimentares
    realizaram-se análise de componente principal por meio de cálculos fatoriais. Além disso,
    foram realizados testes de associação, como Qui quadrado (artigo 1), Regressão Linear
    (artigo 2) e Regressão de Poisson (artigo 3) com os fatores sociodemográficos, de estilo
    de vida, transtornos mentais comuns, as quais foram ajustadas para as variáveis de
    confundimento. O programa utilizado foi Stata, o nível de significância adotado foi de
    5% e intervalos de confiança de 95%. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em
    pesquisa (Protocolo 2.552.426). Foram elaborados 3 artigos e todos foram realizados
    dentro dos critérios éticos vigentes.
    RESULTADOS: Os resultados são apresentados de
    acordo com cada artigo. No primeiro artigo, observou-se o consumo de alimentos mais
    saudáveis por parte das mulheres, idosos, indivíduos com companheiro(a), menor tempo
    de exposição a telas e com maior nível de atividade física. No segundo artigo, foram
    extraídos 3 padrões alimentares: “saudável”, “carnes brancas” e “não saudável”, no qual
    foi demonstrado que o padrão não saudável foi mais frequente entre aqueles com maior
    tempo de tela e fumantes, enquanto o padrão saudável foi mais frequente entre as
    mulheres, praticantes de atividade física e idosos. No terceiro artigo, foi observado uma
    frequência de transtornos mentais comuns em 27,5% da amostra, ademais a adesão ao
    padrão alimentar não saudável aumentou em 9% o risco de desenvolver transtornos
    mentais comuns.
    CONCLUSÃO: Mulheres, idosos e praticantes de atividade física
    apresentaram melhor qualidade da alimentação e aderiram a padrões alimentares mais
    saudáveis. Quanto aos transtornos mentais comuns, a adesão ao padrão não saudável
    aumentou o risco de transtornos mentais comuns, independente das variáveis analisadas
    (idade, sexo, cor da pele, estado civil, escolaridade, tabagismo, tempo de tela e atividade
    física).

  • ADOLFO MARCITO CAMPOS DE OLIVEIRA
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO SENSORIAL, NUTRICIONAL E FUNCIONAL DE CREPES SUÍÇO ELABORADOS A PARTIR DA FARINHA INTEGRAL DE FEIJÃO-CAUPI.
  • Data: 30/05/2022
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  • O feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) é uma leguminosa de grande importância
    socioeconômica na região Nordeste do Brasil, sendo o tipo de feijão mais cultivado e
    consumido, representando a principal fonte de proteína vegetal de baixo custo das
    populações rural e urbana dessa região. Além disso, o seu grão apresenta teores
    consideráveis de carboidratos, fibras alimentares, minerais, vitaminas, polifenóis e a
    atividade antioxidante, atuando no combate à desnutrição e contribuindo para a
    melhoria da saúde do consumidor. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e
    caracterizar sensorialmente, nutricionalmente e funcionalmente crepes suíços
    elaborados a partir da farinha integral de feijão-caupi. No primeiro capítulo da tese foi
    realizado uma revisão bibliográfica contextualizando o tema com informações sobre o
    feijão-caupi como cultura e alimento, com informações sobre sua origem, classificação
    taxonômica, importância socioeconômica, cultivo, mercado, consumo, importância
    nutricional e funcional e desenvolvimento de novos produtos alimentícios. O segundo
    capítulo da tese correspondeu aos resultados e discussão e foi apresentado no
    formato de três artigos científicos: os dois primeiros artigos destinaram-se a
    caracterizar a composição centesimal, minerais, antinutrientes, qualidade de
    cozimento, compostos bioativos, atividade antioxidante e a cor do tegumento do grão
    de três cultivares comerciais de feijão-caupi (BRS Aracê, BRS Inhuma e BRS
    Xiquexique) para potencial uso da farinha integral de feijão-caupi (FFC) dessas
    cultivares como ingrediente na elaboração de novos produtos alimentícios; as
    cultivares foram analisados quanto a composição centesimal, valor energético total
    (VET), minerais, compostos bioativos (fibras alimentares, ácidos fenólicos totais,
    flavonoides totais), fatores antinutricionais (taninos condensados e ácido fítico) e
    atividade antioxidante (método DPPH); os resultados evidenciaram que as cultivares
    BRS Aracê e BRS Xiquexique representam excelentes fontes de fibras alimentares,
    proteínas, minerais, polifenóis e apresentam alta atividade antioxidante, enquanto a
    cultivar BRS Inhuma destacou-se em teor de carboidratos, VET e baixos fatores
    antinutricionais. O terceiro artigo teve como objetivo desenvolver e caracterizar
    sensorialmente, nutricionalmente e funcionalmente crepes suíço a base de FFC BRS
    Aracê e BRS Xiquexique; os crepes foram elaborados a partir da substituição parcial
    (10%) da farinha de trigo por farinha dessas duas cultivares de feijão-caupi; os crepes
    foram analisados quanto a composição centesimal, valor energético total (VET),
    minerais, compostos bioativos (fibras alimentares, ácidos fenólicos totais, flavonoides
    totais e taninos condensados) e atividade antioxidante (método DPPH). Os resultados
    evidenciaram que o crepe suíço elaborado a partir da FFC da cultivar BRS Xiquexique
    apresentou boa qualidade nutricional, funcional e sensorial, constituindo-se em uma
    excelente opção para a alimentação de crianças na merenda escolar, podendo levar
    a melhorias na saúde desses consumidores. O terceiro capítulo da tese correspondeu
    às considerações finais.

  • MICKAEL DE PAIVA SOUSA
  • Relação entre marcadores da inflamação crônica de baixo grau e estado nutricional relativo ao cobre em mulheres com obesidade
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 02/05/2022
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  • SOUSA, M. P. S. Relação entre marcadores da inflamação crônica de baixo grau e estado
    nutricional relativo ao cobre em mulheres com obesidade. 2022. 64 f. Dissertação (Mestrado)
    - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,
    Teresina, PI.
    INTRODUÇÃO: A disfunção do tecido adiposo presente na obesidade contribui para a
    manifestação de complicações metabólicas com repercussões clínicas relevantes, a exemplo da
    inflamação crônica de baixo grau. Nesse sentido, tem havido interesse crescente em identificar
    a possível influência de citocinas inflamatórias na homeostase de micronutrientes em
    indivíduos com obesidade, sendo que o cobre, em particular, por sua ação pró-oxidante,
    constitui um dos minerais alvo de diversas pesquisas. Assim, o objetivo deste estudo consiste
    em analisar a relação entre marcadores da inflamação e o estado nutricional relativo ao de cobre
    em mulheres com obesidade. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, com
    mulheres na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade, as quais foram distribuídas em dois grupos:
    caso (mulheres com obesidade, n = 80) e controle (mulheres eutróficas, n = 122). Foram
    realizadas aferições do peso corporal, estatura e circunferência da cintura, conforme
    metodologia descrita pelo Ministério da Saúde. A análise da ingestão de cobre foi realizada
    utilizando o programa Nutwin versão 1.5, após aplicação do registro alimentar de três dias. As
    concentrações de cobre plasmático e eritrocitário foram determinadas segundo o método de
    espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente, enquanto que a
    atividade da enzima Superóxido Dismutase (SOD) nos eritrócitos foi avaliada em analisador
    bioquímico automático. A determinação das concentrações séricas de Interleucina (IL)-6, IL-8,
    IL-12, IL-10, IL-1β e Fator de Necrose Tumoral-Alfa (TNF-α) foi conduzida por meio do kit
    Cytometric Bead ArrayTM Human Inflammatory Cytokines (BD Biosciences, United States),
    procedimento realizado em citômetro de fluxo. Os dados foram analisados por meio do
    programa estatístico SPSS for Windows 26.0. RESULTADOS: As mulheres com obesidade
    apresentaram concentrações séricas superiores de IL-6 quando comparadas ao grupo controle
    (p < 0,05). De forma semelhante, o estudo revelou consumo do mineral superior pelas mulheres
    com obesidade (p < 0,05). O grupo caso apresentou concentrações de cobre superiores no
    plasma e inferiores nos eritrócitos quando comparado ao grupo controle. Além disso, a atividade
    da SOD nos eritrócitos das participantes com obesidade apresentou-se inferior quando
    comparada às mulheres eutróficas (p < 0,05). O estudo identificou correlação moderada
    negativa significativa entre as citocinas TNF-α e IL-10 e a atividade da SOD nos eritrócitos no
    grupo de mulheres com obesidade (p < 0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste
    estudo, pode-se concluir que as mulheres com obesidade apresentam concentrações séricas de
    IL-6 elevada, o que caracteriza a inflamação crônica de baixo grau. Além disso, as mulheres
    com obesidade apresentam alterações no estado nutricional relativo ao cobre, caracterizadas
    por concentrações elevadas no plasma e reduzidas nos eritrócitos quando comparadas às
    eutróficas. As concentrações de TNF-α e IL-10 apresentam associação negativa com a atividade
    da SOD eritrocitária nas mulheres com obesidade do estudo. Tal dado sugere a possível
    influência da inflamação crônica na distribuição do cobre em indivíduos com obesidade.

     

  • LARISSA CRISTINA FONTENELLE
  • Avaliação do estado nutricional relativo ao selênio em mulheres com obesidade e sua relação com a inflamação crônica de baixo grau
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 30/03/2022
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  • FONTENELLE, L. C. Avaliação do estado nutricional relativo ao

    selênio em mulheres com obesidade e sua relação com a inflamação

    crônica de baixo grau. 2022. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-

    Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,Teresina-PI.

    O selênio é um micronutriente essencial com propriedades

    antioxidantes e anti-inflamatórias que participa de processos

    fisiológicos importantes. No contexto da obesidade, ainda são

    controversos dados de estudos acerca da existência de alterações no

    estado nutricional relativo a esse elemento. Associado a isso, a atuação

    do selênio no controle da inflamação em condições de excesso de

    adiposidade não está bem esclarecida. Assim, esta tese teve como

    objetivos: 1) analisar na literatura as diferenças existentes no estado

    nutricional relativo ao selênio entre indivíduos com eutrofia e com

    sobrepeso/obesidade; e 2) avaliar a relação entre marcadores do estado

    nutricional relativo ao selênio e da inflamação crônica de baixo grau em

    mulheres obesas. No primeiro estudo, foi conduzida busca bibliográfica

    sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science,

    Embase, Cochrane Library e Biblioteca Virtual em Saúde, sendo

    incluídos 73 artigos, dos quais 65 foram elegíveis para meta-análise. As

    estimativas de tamanho do efeito, heterogeneidade e viés de publicação

    nas análises principais e de subgrupos foram calculadas com o auxílio

    do programa Comprehensive Meta-Analysis. O segundo estudo, de

    natureza transversal, envolveu 81 mulheres com idade entre 18 e 50

    anos, que foram distribuídas em dois grupos de acordo com o IMC:

    grupo obesidade (n = 38) e grupo eutrofia (n = 43). A ingestão de

    selênio foi avaliada por meio do registro alimentar de três dias. As

    concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias de selênio foram

    determinadas usando espectrometria de emissão óptica com plasma

    indutivamente acoplado. A análise das citocinas séricas IL-8, IL-1β, IL-

    6, IL-10 e TNFα foi realizada por meio de citometria de fluxo. Os dados

    foram analisados por meio do programa estatístico SPSS. Os resultados

    da meta-análise não revelaram diferenças significativas no teor

    dietético e concentrações plasmáticas/séricas de selênio e de

    selenoproteína P entre os grupos avaliados. Quanto à glutationa

    peroxidase, a atividade da enzima no plasma/soro mostrou-se reduzida

    nas crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade. Entretanto,

    quando a atividade enzimática foi analisada nos eritrócitos e sangue

    total, a diferença não foi estatisticamente significativa. Os indivíduos

    adultos com sobrepeso/obesidade apresentaram atividade reduzida de

    ambas as isoformas da glutationa peroxidase quando comparados

    àqueles com eutrofia. Sobre os marcadores de excreção, pessoas com

    sobrepeso/obesidade apresentaram concentrações reduzidas de selênio

    na urina e unhas. Em relação aos resultados do estudo transversal,

    observou-se maior ingestão dietética de selênio pelas mulheres obesas

    quando comparadas às eutróficas. Todavia, as participantes com

    obesidade apresentaram concentrações plasmáticas e eritrocitárias de

    selênio reduzidas concomitante à excreção urinária elevada desse

    mineral. Verificou-se ainda concentrações aumentadas de IL-6 e

    reduzidas de IL-8, IL-1β e TNFα nas mulheres obesas em comparação

    às eutróficas. O selênio eritrocitário foi considerado preditor

    independente das concentrações de IL-8 no grupo com obesidade. As

    evidências da literatura apontam a redução da atividade da glutationa

    peroxidase no plasma/soro e eritrócitos como a principal alteração no

    estado nutricional relativo ao selênio em indivíduos com obesidade.

    Além disso, esse mineral, em concentrações adequadas nos eritrócitos,

    contribui para atenuação do processo inflamatório crônico de baixo

    grau presente nessa doença.


  • AMANDA FERREIRA MESQUITA DE OLIVEIRA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE PADRÕES ALIMENTARES, EXCESSO DE PESO E MARCADOR DE GORDURA ABDOMINAL EM ADULTOS E IDOSOS DE UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL – ISAD-PI
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 07/03/2022
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  • Oliveira AFM. Associação entre padrões alimentares, excesso de peso e marcador de
    gordura abdominal em adultos e idosos de um estudo de base populacional – ISAD-PI.
    2022. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição,
    Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública que tem evoluído nos últimos anos
    e que tem relação direta com as doenças crônicas. Nesse contexto, a obesidade abdominal
    desempenha um papel mais preponderante no surgimento de tais morbidades. A dieta é um
    dos determinantes da composição corporal e está associada à prevenção ou ao
    desenvolvimento da obesidade. A identificação de padrões alimentares é uma alternativa para
    explicar o impacto da alimentação sobre o estado nutricional e saúde dos indivíduos,
    considerando as interações entre nutrientes e alimentos consumidos em suas diversas
    combinações.
    Objetivo: Verificar a associação de padrões alimentares com excesso de peso e
    marcador de gordura abdominal em adultos e idosos de um estudo de base populacional.
    Métodos: Estudo transversal de base populacional e domiciliar realizado com 1.574
    indivíduos com idade ≥ a 20 anos, de ambos os sexos, residentes em Teresina e Picos, Piauí,
    Brasil. Dados demográficos, socioeconômicos, de estilo de vida, de consumo alimentar, bem
    como dados antropométricos foram coletados. Os padrões alimentares foram extraídos por
    Análise de Componentes Principais. A associação entre padrões alimentares e variáveis foi
    testada por meio de análise de regressão logística. Foi adotado nível de significância de 5% e
    intervalos de confiança de 95%. O protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética da
    Universidade Federal do Piauí.
    Resultados: O padrão “Saudável” se caracterizou pelas
    variáveis com carga fatorial positiva para salada crua, salada cozida, peixes, suco de frutas (
    in
    natura
    ), frutas e leite e carga fatorial negativa para refrigerante/suco artificial e bebidas
    alcoólicas. Destacaram-se no padrão “Carnes Brancas” frango e peixes, e refrigerante/suco
    artificial, alimentos doces e carne vermelha com carga negativa. O padrão “Não Saudável” se
    caracterizou pelas variáveis com carga fatorial positiva para refrigerante/suco artificial,
    alimentos doces, carne vermelha e bebidas alcoólicas e, carga negativa para feijão, salada
    crua, frutas e leite. Participantes que aderiram ao padrão “Carnes Brancas” tiveram 1,15 vezes
    (IC95%: 1,04-1,27) mais chances de ter excesso de peso e 1,24 vezes (IC95%: 1,12-1,38)
    mais chances de ter circunferência da cintura aumentada. Na análise multivariada, as chances

    7
    para ter excesso de peso aumentaram 1,25 vezes (IC95%: 1,11-1,39) e para ter circunferência
    da cintura aumentada diminuíram 1,19 vezes (IC95%: 1,06-1,34). Quanto ao padrão
    “Saudável”, os avaliados que o aderiram tiveram 1,11 vezes (IC95%: 1,01-1,23) mais chances
    de ter circunferência da cintura aumentada. Depois dos ajustes, aqueles com excesso de peso
    demonstraram ter 1,15 vezes (IC95%: 1,02-1,2) de chance para ter este desfecho, enquanto
    que a associação do referido padrão com a circunferência da cintura aumentada não se
    manteve significativa. Já os indivíduos que aderiram ao padrão “Não Saudável” tiveram 0,79
    vezes (IC95%: 0,71-0,87) mais chance de ter circunferência da cintura aumentada. Tal fato
    pode ser justificado pela causalidade reversa.
    Conclusão: Identificou-se três padrões
    alimentares. Participantes com excesso de peso e com a circunferência da cintura aumentada
    consumiam com maior frequência padrões alimentares caracterizados por alimentos
    considerados marcadores de uma alimentação saudável, indicando uma possível mudança de
    hábitos alimentares em decorrência do excesso de peso.


  • ALANA RAFAELA DA SILVA MOURA
  • Estilo de vida associado ao risco de síndrome metabólica em adultos e idosos: Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí (ISAD, PI)
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 17/01/2022
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  • MOURA, A. R. S. Estilo de vida associado ao risco de síndrome metabólica em adultos e idosos: Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí (ISAD, PI). 2021. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

     

    Introdução: A identificação precoce de fatores comportamentais envolvidos na patogênese da síndrome metabólica é uma estratégia fundamental para a prevenção e tratamento dessa doença. Objetivo: Analisar a associação entre pelo menos um dos fatores de risco da Síndrome Metabólica com o estilo de vida em adultos e idosos de Teresina, Piauí. Metodologia:Estudo transversal, de base populacional onde foram selecionados adultos (1248) e idosos (360), de ambos os sexos, residentes em Teresina, Piauí. Os dados foram coletados por meio do software Epicollect 5® (Imperial College London) em aplicativo móvel (celular) mediante utilização de questionários estruturados aplicados por entrevistadores treinados. Para o diagnóstico da Síndrome Metabólica foram utilizados os critérios estabelecidos pela NCEP ATP III. O software STATA (versão 14.0) foi utilizado para análise estatística. O teste do qui-quadrado de Pearson foi usado para avaliar a associação entre as variáveis de parâmetros antropométricos, perfil lipídico e estilo de vida segundo grupo etário (adultos e idosos). Calculou-se a razão de prevalência (RP), com intervalo de confiança de 95% (IC 95%), estimado pela regressão de Poisson, para medir a força de associação entre as variáveis de estudo e com a presença de pelo menos um fator de risco da doença. O nível de significância adotado para os testes foi de p < 0,05. A presente pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI sob o número 2.552.426. Resultados:A Síndrome Metabólica e a presença de pelo menos um fator de risco esteve mais presente nos idosos, 38% e 81%, respectivamente. Os fatores de risco mais alterados foram: circunferência da cintura (48,1%), pressão arterial sistólica elevada (52,1%), glicemia de jejum elevada (28,6%) e triglicerídeos elevados (60,4%) nos idosos e, nos adultos o HDL-colesterol (27,7%). Os hábitos que apresentaram menor chance de ter pelo menos um fator de risco para a Síndrome Metabólica entre os adultos e idosos foram o consumo de suco de frutas natural de 1 a 3 vezes por semana (0,93), o uso de tabaco atual diariamente, tanto na análise bruta quanto ajustada (0,80) e os níveis de atividade física irregularmente ativo e ativo/muito ativo (0,86), que quando ajustado aumentou para (0,89) no último. O hábito de ingerir bebida alcoólica frequentemente/ocasionalmente teve (1,08) vezes maior chance e quando ajustado aumentou (1,10). Conclusão: A presença de pelo menos um fator de risco da Síndrome Metabólica em adultos e idosos apresentou alta prevalência, sendo esse um resultado que merece um sinal de alerta para a população de Tererina – PI, pois apenas esse quesito ja é capaz de trazer prejuízos para a saúde, principalmente a nível de comprometimento cardiovascular.

2021
Descrição
  • LARISSA LAGES RODRIGUES
  • Desenvolvimento de Biscoito com farinha integral de feijão-mungo (VignaRadiata L.)
  • Data: 20/12/2021
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  • RODRIGUES, L. L. Desenvolvimento de biscoito com farinha integral de feijão-mungo (Vigna radiata L.). 2021. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. O feijão-mungo (Vigna radiata L.) é leguminosa anual de porte ereto na maioria das cultivares e de fácil adaptação às condições tropicais e subtropicais, sendo tradicionalmente consumido na forma de broto em saladas ou refogado, conhecido na culinária nipônica como moyashi. Esse feijão é rico em proteínas, vitamina B, ferro e diversos compostos bioativos (peptídeos, polissacarídeos, ácidos fenólicos, flavonoides e oligossacarídeos). Objetivou-se desenvolver biscoitos salgados com diferentes níveis de substituição da farinha integral de trigo por farinhas integrais de feijão-mungo e arroz. Utilizando um delineamento tipo simplex-centroide, totalizando 10 formulações diferentes, com mais 2 repetições no ponto central. Realizou-se análises físicas, tecnológicas, químicas, de bioativos e atividade antioxidante. A farinha integral e feijão-mungo apresentou maior capacidade de hidratação e solubilidade
    em água, com índice de absorção de água 1,51 g/g e índice de solubilidade de água de 25,20%. A superfície do biscoito com 100% de farinha integral de feijão-mungo foi mais escura com valor de L* 52,97, tendeu mais para pigmentação avermelhada com valor da coordenada a* de 8,03 e valor da coordenada b* de 28,57 com predomínio de cor amarela. Quanto maior a concentração de farinha de feijão-mungo menor a firmeza dos biscoitos, valores variaram de 1,27 a 40,89 N. O biscoito com 100% de farinha integral de feijão-mungo apresentou menor teor de umidade (4,30%), maiores teores de cinzas (4,91%), proteínas (20,76%), Zn, Cu, Ca e P, 31,11% de amido e 16,93% de fibra alimentar. O biscoito com 100% de farinha integral de feijão-mungo obteve valor de flavonoides, antocianinas e ácido ascórbico de 59,91 mg/100g, 11,51 mg/100g, 13,58 mg/100g, respectivamente e devido obter o menor valor de EC50 (0,32 mg/mL) apresentou a melhor atividade antioxidante usando radical livre DPPH no extrato acetônico. A adição da farinha de feijão-mungo ocasionou elevação da viscosidade máxima.

  • MEIRYANGELA SOUSA DA SILVA
  • ANÁLISE COMPARATIVA DO CONTEÚDO NUTRICIONAL DE PRODUTOS ALIMENTARES VEGANOS E CONVENCIONAIS COMERCIALIZADOS NO BRASIL
  • Data: 06/09/2021
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  • SILVA, MS. Análise Comparativa do Conteúdo Nutricional de
    Produtos Alimentares Veganos e Convencionais Comercializados
    no Brasil.
    2021. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação
    em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí. Teresina – PI.
    A dieta vegetariana preconiza a completa exclusão de carnes, e
    demais produtos de origem animal da alimentação. Geralmente, a dieta
    vegana fornece menos calorias e gorduras, promovendo benefícios a
    saúde. No entanto, existem questionamentos se esses benefícios podem
    ser estendidos aos alimentos industrializados veganos. O estudo
    objetivou analisar o conteúdo nutricional de alimentos industrializados
    veganos em relação a suas versões convencionais equivalentes
    disponíveis no mercado nacional. Trata-se de um estudo transversal
    onde foram considerados 1257 produtos, sendo 419 alimentos
    industrializados veganos e 838 alimentos industrializados
    convencionais. As variáveis incluídas no estudo foram: valor
    energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas,
    gorduras
    trans, fibras alimentares, sódio e presença de pelo menos um
    aditivo alimentar. A análise comparativa do conteúdo nutricional de
    alimentos industrializados veganos e convencionais foram realizadas
    usando o teste t-Student. As diferenças foram consideradas
    estatisticamente significativa quando p≤0,05. O software utilizado foi o
    Stata versão 12. Os alimentos industrializados veganos apresentaram
    um menor teor de sódio, gorduras
    trans e proteínas, um elevado
    conteúdo em fibras alimentares, e menor presença de aditivos. No
    entanto, o estudo não encontrou diferenças em relação ao conteúdo
    energético (302,61±192,08 Kcal vs 325,00±251,34 Kcal, p=0,109),
    carboidratos (34,12±27,89g vs 32,39±43,01g, p= 0,457) e gorduras
    totais (14,97±18,44g vs 16,70±18,94g, p=0,123), entre os alimentos
    industrializados veganos e convencionais. Esses achados são
    importantes para conscientizar a população sobre o perfil nutricional
    desses alimentos e os riscos à saúde que podem estar expostos ao
    optarem por alimentos industrializados na dieta.

  • CINTYA REGINA NUNES SOUSA
  • ANEMIA E FATORES ASSOCIADOS EM PRÉ ESCOLARES DA REDE PÚBLICADE TERESINA
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 30/08/2021
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  • SOUSA, C. R.N. Anemia e fatores associados em pré escolares da rede pública de Teresina. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Saúde, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI, 2020. O presente estudo teve como objetivo avaliar a anemia e fatores associados em crianças na idade pré escolar. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, realizado no períodode março de 2013 a março de 2019, desenvolvido com 1.210 crianças matriculadas nos CentrosMunicipais de Educação (CMEIS), na cidade de Teresina- PI, avaliou-se a prevalência anemia,relacionada a váriaveis como sexo, idade, escolaridade dos pais, renda familiar, estado nutricional, tipo de moradia, destino do lixo, abastecimento de água, saneamento e pavimentação. A coleta de dados foi realizada por alunos do curso de graduação e Mestrado emAlimentos e Nutrição, da Universidade Federal do Piauí. Nos resultados da presente pesquisa foi posível constatar uma prevalência de 43,1% de anemia, enquanto nos pré escolares livres da doença foi de 56,9%, considerando que existiu uma diferença estatísticamente significativa entre os resultados dos grupos analisados. Mediante estudos comparativos foi possível observar que os pré escolares da cidade de Teresina apresentaram prevalência de anemia menor do queresultados obtidos em estudos realizados no país, com esta mesma população, considerando umfator positivo e embora os mesmos apresentem o risco de adquirir anemia, medidas educativas podem auxiliar na prevenção da doença e conter o risco.

  • JULIANA DE CARVALHO PASSOS
  • Correlação do Excesso de Peso e Obesidade com Os Hábitos de Vida e Consumo Alimentar em Pré-Escolares.
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 30/08/2021
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  • Os pré-escolares constituem um grupo populacional de grande importância,
    devido ao período de intenso desenvolvimento, durante o qual a alimentação
    desempenha papel decisivo, quer pelo desenvolvimento social, psicológico e
    motor. Nesse trabalho objetivou-se correlacionar o excesso de peso e
    obesidade com o consumo alimentar e hábitos de vida de pré-escolares. Tratase de um estudo transversal realizado no período de março de 2013 a março
    de 2019, sendo o presente estudo um subprojeto realizado no período de
    agosto de 2018 a março de 2019, em pré-escolares. Nesse estudo a variável
    dependente é a o estado nutricional as demais variáveis são independentes:
    sexo, idade, escolaridade mãe, pai, renda familiar, tipo de moradia, destino do
    lixo, abastecimento d’água, saneamento, pavimentação. Foram incluídas todas
    as crianças de 03 a 06 anos de idade, de ambos os sexos, matriculadas nos
    CMEIs, que não apresentassem nenhuma patologia que interferisse no
    diagnóstico do estado nutricional e que os responsáveis assinaram o Termo de
    Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). No total 1210 crianças
    participaram, destas 625 eram do sexo masculino, representando 51,6% dos
    pesquisados, com a média de idade de 4,4 anos. Já as mulheres o número foi
    585 com o porcentual de 48,4% e média de idade de 4,3 anos. Em relação a
    escolaridade dos pais o estrato de maior concentração tanto de pais como
    mães foi do ensino fundamental, a renda familiar mais prevalente foi entre um a
    dois salários mínimos, a maioria da amostra estudada possuía acesso a condições
    higiênicas e sanitárias básicas. No tocante ao estado nutricional 66,4% dos pré
    escolares estão eutróficos. De modo geral os grupos alimentares consumidos
    com maior frequência são de alta densidade calórica, ricos açúcar simples,
    pouco nutrientes e massas refinadas. A partir dos resultados obtidos no
    presente trabalho, é possível concluir que o nível escolaridade dos pais está
    intimamente interligada com a baixa renda da família, que somado ao pouco
    acesso a informações nutricionais, comprovadamente, refletiu na qualidade da
    alimentação dos pré escolares.

     

  • VILK JANNE DA SILVA BARROS
  • ESTUDO DE DIFERENTES INTERVENÇÕES DIETÉTICAS SOBRE MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM DOENCA DE CROHN E COLITE ULCERATIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE ENSAIOS CLÍNICOS
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 30/08/2021
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  • Alguns padrões dietéticos podem modular perfis de marcadores inflamatórios, o que evidencia o potencial papel da alimentação como uma ferramenta terapêutica em doenças com base inflamatória. Ainda não há tratamentos conclusivos para as DII’s, sendo a adesão à dieta uma das abordagens investigadas para o controle da progressão da doença. Nesta revisão avaliamos sistematicamente se as intervenções dietéticas são eficazes em atenuar os biomarcadores inflamatórios na DC e UC com base nos ensaios clínicos disponíveis na literatura. Esta revisão foi conduzida de acordo com as diretrizes do Relatório Preferencial Itens para revisões sistemáticas e meta-análises (PRISMA). Os bancos de dados utilizados foram Pubmed e SciVerse Scopus. A ferramenta de colaboração Cochrane foi usada para avaliar o risco de viés em ensaios clínicos. Esta revisão incluiu ensaios clínicos ou caso-controle sem limite de ano, em pacientes adultos de ambos os sexos que relacionaram alguma intervenção nutricional e processo inflamatório nas DII’s. Extração de dados: A revisão foi realizada por dois pesquisadores independentes de acordo com os critérios de inclusão estabelecidos. Foi utilizada a estratégia PICO (paciente, intervenção, comparação e desfechos) com os descritores: “Inflammatory bowel disease", "Crohn's disease", "cd", "ibd", "ulcerative colitis", "uc", "Diet", "Diet Habits", "Feeding", "Nutrients", "Food Intake", “Dietary patterns", "Inflammations", "Inflammation", "acute-phase proteins", "C-reactive protein", "interleukins", "tumor necrosis factor-alpha", "inflammatory response". Quinze estudos foram incluídos nesta revisão, com um total de 627 participantes, com tamanhos de amostras que variaram de 10 a 89 participantes e tempo de intervenção entre 20 dias à 16 semanas. As intervenções dietéticas variaram entre dietas de eliminação de componentes dietéticos; Dietas de inclusão de componentes dietéticos ou dietas que incluíram ambas estratégias. Do total de estudos
    incluídos, sete mostraram redução em algum marcador inflamatório em resposta às intervenções dietéticas. Em geral, a qualidade dos artigos eram boas, mas o risco de viés em algumas categorias não era claro. Os resultados apresentados nesta revisão revelam o potencial de intervenções dietéticas específicas no controle do processo inflamatório presente nas doenças inflamatórias intestinais. Destacam-se a exclusão de componentes alimentares potencialmente alérgenos ou que possam desencadear intolerâncias, bem como a inclusão de alimentos específicos capazes de modular a inflamação. A incorporação dessas intervenções dietéticas como coadjuvante no tratamento de DII’s pode auxiliar no controle inflamatório e manutenção da remissão. No entanto, sugere-se que mais estudos prospectivos sejam realizados para apoiar as evidências já encontradas, além disso, deve-se considerar o tratamento para cada paciente de acordo com as respostas clínicas e inflamatórias individuais.

  • LETICYA THAIS MENDES VIANA
  • Concentrações de vitamina D e sua relação com parâmetros de ferro, níveis de cálcio, fósforo e paratormônio na doença renal crônica
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 30/08/2021
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  • VIANA, L.T.M. Concentrações de vitamina D e sua relação com parâmetros de ferro, níveis de cálcio, fósforo e paratormônio na doença renal crônica. 2021. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina- PI. A doença renal crônica é uma lesão que ocasiona comprometimento progressivo das funções renais exócrinas e endócrinas. Alterações no metabolismo dos minerais cálcio, fósforo, paratormônio e vitamina D são características da doença, afetando o metabolismo mineral e ósseo. Outra complicação muito comum é a anemia, causada pela redução na produção de eritropoetina, deficiência de ferro e inflamação. Evidências demonstram que a vitamina D apresenta efeito sobre a anemia da inflamação, por meio do aumento de eritrócitos e diminuição de citocinas pró-inflamatórias. Esse estudo objetiva relacionar as concentrações de vitamina D com os parâmetros de ferro, e com os níveis dos minerais cálcio, fósforo e do paratormônio em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Trata-se de uma estudo transversal que avaliou 86 pacientes, de ambos os sexos, em terapia dialítica. Foram analisados dados sociodemográficos, clínicos, hábitos de vida, parâmetros antropométricos e estimado o consumo alimentar. A determinação das
    concentrações de vitamina D foi realizada pelo método de quimioluminescência. Os prontuários foram consultados para obtenção de informações acerca dos exames bioquímicos: hemoglobina, ferritina, saturação de transferrina, ferro sérico, cálcio, fósforo e do paratormônio. As análises estatísticas foram processadas no programa Stata versão 14. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (nº 3.993.938). Os resultados apontaram para consumo alimentar médio de carboidratos e lipídios estatisticamente superior no sexo feminino. 58,1% dos pacientes foram classificados como eutróficos. As concentrações de 25(OH)D2 estavam compatíveis com suficiência na amostra. Foi revelado que 61,3% da amostra apresentava anemia, mas não foi evidenciada associação significativa entre a presença de anemia e as concentrações de 25(OH)D2. Os valores de fósforo e do paratormônio estavam superiores no grupo com insuficiência ou deficiência de 25(OH)D2 e apenas o paratormônio se correlacionou com as concentrações de 25(OH)D2. O estudo concluiu que os altos níveis de paratormônio e a sua associação negativa com a vitamina D podem ter contribuído para o importante percentual de anêmicos constatado no estudo, pondo em destaque a influência da vitamina D na supressão da síntese do paratormônio. A vitamina D, por seus efeitos benéficos no controle da hipersecreção de paratormônio, na absorção de cálcio e fósforo poderia contribuir para uma melhora do quadro anêmico e da hiperfosfatemia observados no estudo.

     

  • MAYARA MARIA LIMA PEREIRA
  • EFEITO DA QUIMIOTERAPIA SOBRE A INTEGRIDADE DA MEMBRANA DO TECIDO MUSCULAR (ÂNGULO DE FASE), ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
  • Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 30/08/2021
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  • Pereira MML. Efeito da quimioterapia sobre a integridade da
    membrana muscular (ângulo de fase), estado nutricinal e consumo
    alimentar em mulheres com cáncer de mama.
    2021. Dissertação
    (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição,
    Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí.
    Introdução: O Câncer de mama (CM) é a neoplasia maligna de maior
    incidência e mortalidade entre as mulheres representando 25% dos
    casos mundiais da doença. Os efeitos do tratamento quimioterápico
    podem geram uma série de prejuízos nutricionais e antropométricos.
    Dessa forma, o ângulo de fase (AF) tem sido utilizado como um método
    de avaliação do estado nutricional, com relevância prognóstica no
    contexto oncológico e mais recentemente surgiu como um marcador de
    massa e função muscular.
    Objetivo: Avaliar os efeitos da quimioterapia
    sobre a integridade da membrana celular do tecido muscular, estado
    nutricional e consumo alimentar em mulheres com câncer de mama.
    Metódos: Consistiu um estudo observacional, descritivo, com
    abordagem quantitativa, delineamento longitudinal e caso controle.
    Participaram de maneira voluntária 10 mulheres com diagnóstico de
    CM, no grupo quimioterapia (GQ), com data prevista para o início da
    quimioterapia neoadjuvante ou adjuvante, com média de idade 47,9
    anos, em condições clínicas estáveis mediante apresentação de
    autorização médica, permitindo a realização dos métodos de avaliação
    propostos pelo estudo e 11 mulheres controle com média de idade de
    43,82 anos no grupo controle (GC). Por meio de uma entrevista e
    avaliação direta, foram investigadas variáveis sociodemográficas e
    clínicas. Posteriormente, foram realizadas as avaliações das variáveis
    de composição corporal, AF, consumo alimentar e nível de atividade
    física. Com intervalo de 5 meses após o término da quimioterapia, tanto
    as participantes do GQ quanto do GC foram reavaliadas nos mesmos
    aspetos. Os dados foram tabulados, média e desvio padrão calculados,
    posteriormente, avaliada a normalidade por teste de Shapiro-Wilk,
    comparação das médias com o teste t independente, anova mista para
    medidas repetidas com post hoc de Bonferroni e Pearson para

    correlação entre as variáveis, considerando p<0,05.Resultados: Em
    relação ao GQ, mostraram redução significativa intragrupo as variáveis
    de AF de braço esquerdo e consumo de vitamina C (p=0,006; p=0,024,
    respectivamente); já em relação ao consumo de energia total e lipídeos,
    foi observado aumento significativo de ambos (p=0,045; p=0,017,
    respectivamente). Na associação entre grupos, quando comparado o GC
    X GQ no momento pre, o AF de braço direito reduziu (p=0,038) e o
    consumo de vitamina C aumentou (p=0,018); ao passo que quando
    comparado GC X GQ no momento pos, houve redução significativa nas
    variáveis de AF de corpo inteiro (p=0,007), AF de braço direito
    (p=0,005) e de braço esquerdo (p=0,005), AF de perna direita (p=0,045)
    e no consumo de vitamina C (p=0,003) e aumento significativo de AEC
    e consumo de proteínas (p=0,038; p=0,013). Houve correlação baixa ou
    muito baixa em todas as variáveis associadas de nível de atividade física
    e AF. Portando a quimioterapia foi a única responsável pela
    deterioração da integridade da membrana celular do tecido muscular.
    Conclusão: A quimioterapia exerceu efeito na deterioração da
    integridade da membrana celular do tecido muscular, havendo redução
    do AF sem que tenha havido influência alimentar, da massa magra e do
    nível de atividade física, apesar das evidências científicas relatarem
    estes fatores como os principais contribuintes na diminuição do AF.

  • MAÍSA GUIMARÃES SILVA PRIMO
  • Relação entre o Consumo Alimentar de Vitamina E com Biomarcadores de Estresse Oxidativo em Pacientes com Diagnóstico confirmado de COVID-19
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 27/08/2021
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  • A vitamina E é um nutriente antioxidante, anti-inflamatório e imunorregulador, que compõe as membranas de células do sistema imune, com capacidade de proteger contra danos oxidativos e melhorar a integridade da barreira lipoproteica. Assim, o consumo adequado dessa vitamina é essencial para o fortalecimento do sistema imunológico, principalmente em infecções virais como a COVID-19, patologia sem tratamento medicamentoso eficaz. O objetivo deste estudo foi relacionar o consumo alimentar de vitamina E com biomarcadores de estresse oxidativo em pacientes com diagnóstico positivo para COVID-19. A partir dos resultados encontrados, elaborou-se um artigo original, que compõe esta dissertação. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 101 pacientes, de ambos os sexos, com diagnóstico de COVID-19 confirmado pelo teste RT-PCR, realizado entre o 3º e 7º dia de sintoma gripal, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) (Planalto Uruguai e Parque Piauí) da Cidade de Teresina, Piauí. O estado nutricional global e a medida da circunferência da cintura foram avaliados segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. O consumo alimentar de energia, macronutrientes e vitamina E foi avaliado pelo método do Recordatório de 24 horas em dois dias não consecutivos. O estresse oxidativo foi avaliado a partir da dosagem de malondialdeído segundo método de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, bem como pela dosagem de mieloperoxidase, conforme velocidade de oxidação do substrato o-dianisidina. A maioria dos participantes (27,7 %, n= 28) estavam no 5º dia de sintomas gripais quando procuraram a UBS para realização do RT-PCR. Os sintomas mais relatados foram: dor de garganta, febre, tosse e dor no corpo. Verificou-se a predominância de sobrepeso entre os participantes quando avaliado o estado nutricional global e risco cardiometabólico em 27% (n= 26) dos homens quando comparado às mulheres (23,9%, n= 23). O consumo alimentar de vitamina E foi inadequado, sendo insuficiente em indivíduos de ambos os sexos, e sua relação com biomarcadores de estresse oxidativo não foi confirmada neste estudo (p>0,05). Conclui-se que o consumo alimentar de vitamina E parece não estar relacionado aos marcadores de estresse oxidativo na
    população estudada.

  • MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO CARVALHO MARTINS
  • EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata L. Walp.) BIOFORTIFICADO COM ZINCO NO ESTRESSE OXIDATIVO EM RATOS DIABÉTICOS
  • Data: 26/08/2021
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  • Há evidências de que o diabetes ocasiona desequilíbrios na
    homeostase de alguns oligoelementos, como o zinco (Zn). A
    suplementação de Zn parece modular de forma benéfica a
    hiperglicemia e a hipoinsulinemia em ratos diabéticos. O
    objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação
    com feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) biofortificado
    com zinco sobre o perfil lipídico, controle glicêmico e
    marcadores de estresse oxidativo e inflamação em ratos. Foram
    elaborados três artigos científicos: o primeiro foi um estudo
    conduzido no campo experimental da Embrapa Meio-Norte com
    24 cultivares de feijão-caupi, onde foram caracterizados os
    teores de ferro, zinco e proteínas nos grãos de cultivares de
    feijão-caupi e a influência da cor e do tamanho do grão nos
    teores desses nutrientes; o segundo foi uma revisão sistemática,
    utilizando a estratégia PICOS para a elaboração da pergunta
    norteadora, seguindo as recomendações para revisões
    sistemáticas e metanálise do PRISMA, com o objetivo de
    analisar os efeitos da suplementação de zinco no controle
    glicêmico e estresse oxidativo; o terceiro foi um estudo
    experimental realizado com 70 ratos machos Wistar (Rattus
    norvergicus), com o objetivo de avaliar o efeito da
    suplementação com feijão-caupi biofortificado com zinco sobre
    o perfil lipídico, controle glicêmico e marcadores de estresse
    oxidativo e inflamação em ratos diabéticos. Os resultados são
    apresentados de acordo com cada artigo. O primeiro estudo
    concluiu que as cultivares de feijão-caupi Caldeirão, BRS
    Guariba e Pingo de Ouro 1-2 apresentaram maior teor de ferro;
    BRS Aracê e BRS Imponente, maior teor de zinco; BR 14-
    Mulato, BRS Guariba, BRS Aracê e Inhuma, maior teor de
    proteínas; e BR 3-Tracuateua e BRS Imponente, maior tamanho
    de grão. O tamanho do grão não influencia nos teores de ferro,zinco e proteínas do feijão-caupi. A análise dos resultados da
    revisão sistemática indicou potencial efeito benéfico da
    suplementação de zinco no controle glicêmico e ação protetora
    contra o estresse oxidativo no diabetes induzido por
    estreptozotocina, O estudo experimental indicou redução da
    glicemia e do percentual de HbA1c no grupo de animais
    diabéticos tratados com insulina e feijão imponente (DII),
    redução de IL-6 e PCR nos grupos DIA (diabéticos com insulina
    e feijão-caupi Aracê) e DII; e aumento da atividade da enzima
    SOD em todos os grupos tratados: DFA (diabetes e feijão-caupi
    Aracê), DFI (diabetes e feijão-caupi Imponente), DI (diabetes e
    insulina), DIA e DII. O zinco no plasma apresentou aumento
    significante em todos os grupos: DFA, DFI, DI, DIA e DII; e o
    zinco no eritrócito foi significativamente maior nos grupos:
    DFA, DFI. A atividade de MPO plasmática foi
    significativamente maior nos grupos DI e DII; e a MPO no
    fígado foi significativamente. menor nos grupos DFI, DI, DIA e
    DII. Conclui-se que a suplementação alimentar de feijão-caupi
    biofortificado com zinco melhora o perfil glicídico, marcadores
    de inflamação e de atividade antioxidante.

  • BRUNA EMANUELE PEREIRA CARDOSO
  • BIOMARCADORES DO SELÊNIO E SUA RELAÇÃO COM PARÂMETROS DO RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 20/08/2021
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  • CARDOSO, B. E. P. Biomarcadores do selênio e sua relação com
    parâmetros do risco cardiovascular em mulheres obesas.
    2021.
    Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e
    Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    A disfunção do tecido adiposo, presente na obesidade, está associada à
    repercussões metabólicas importantes, a exemplo das doenças
    cardiovasculares. Nesse sentido, verifica-se um interesse crescente
    sobre a participação do selênio no metabolismo dos lipídeos, por ser um
    nutriente capaz de atuar na defesa antioxidante e na regulação do
    metabolismo lipídico. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar
    biomarcadores do selênio e sua relação com parâmetros do risco
    cardiovascular em mulheres obesas. Foi conduzido estudo transversal
    envolvendo 210 mulheres distribuídas em grupo caso (mulheres obesas,
    n=84) e controle (mulheres eutróficas, n=126). Foram aferidas medidas
    de peso corporal, estatura e circunferência da cintura, circunferência do
    quadril e circunferência do pescoço, bem como realizado o cálculo do
    índice de massa corpórea, relação cintura quadril e índice de
    conicidade. O consumo de energia, macronutrientes e selênio foi obtido
    a partir do registro de consumo alimentar de três dias e a análise
    utilizando o
    software Nutwin, versão 1.5. A avaliação do selênio no
    plasma, eritrócito e urina foi realizada por espectrometria de emissão
    óptica com plasma acoplado indutivamente. A determinação da
    atividade da GPx eritrocitária foi realizada em analisador bioquímico
    automático Labmax 240. As concentrações séricas de colesterol total,
    HDL-c e triacilgliceróis foram determinadas segundo o método
    enzimático colorimétrico. Realizou-se o cálculo do índice de Castelli I
    e II e a aferição da pressão arterial sistólica e diastólica. Os dados foram
    analisados utilizando o
    software estatístico SPSS for Windows 20.0. Os
    valores médios de ingestão dietética de selênio (µg/kg/dia) pelas
    mulheres obesas estavam inferiores quando comparados ao grupo
    controle (p<0,001). As concentrações plasmáticas e eritrocitárias
    apresentaram valores reduzidos nas mulheres com obesidade quando
    comparadas ao grupo controle (p<0,001), já as concentrações de selênio

    9
    urinário estavam superiores (p<0,001). Houve diferença estatística
    entre os grupos em relação os parâmetros de risco cardiovascular:
    circunferência da cintura, circunferência do pescoço, relação cinturaquadril, índice de conicidade, triacilgliceróis e VLDL-c (p>0,05). O
    estudo revelou correlação negativa entre as concentrações plasmáticas
    de selênio e o colesterol total, não-HDL, LDL-c e pressão arterial
    sistólica. O selênio urinário apresentou correlação negativa com
    circunferência da cintura, circunferência do quadril e correlação
    positiva com circunferência do pescoço, colesterol total, triacilgliceróis,
    HDL-c, não-HDL e VLDL-c. Além disso, verificou-se correlação
    negativa entre o selênio dietético e circunferência da cintura, relação
    cintura-quadril, circunferência do pescoço, índice de conicidade,
    colesterol não-HDL, LDL-c, índice de Castelli I e II, bem como positiva
    com HDL-c e pressão arterial diastólica. As mulheres com obesidade
    avaliadas nesse estudo apresentam alterações no estado nutricional
    relativo ao selênio, bem como aumento dos parâmetros do risco
    cadiovascular. Além disso, pode- se inferir que a correlação obtida entre
    os biomarcadores do selênio (plasma, eritrócitos e urina) e alguns
    parâmetros do risco cardiovascular, reflete a possível atuação positiva
    do selênio na proteção do risco de doenças cardiovasculares.

  • CLÉLIA DE MOURA FÉ CAMPOS
  • Desenvolvimento de biscoitos integrais utilizando resíduos e matérias-primas regionais
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 23/07/2021
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  • A utilização de frutos regionais e resíduos em novos produtos alimentícios, é uma estratégia visando aumentar a oferta de nutrientes e componentes bioativos. Além disso, o uso de resíduos alimentares pode contribuir para minimizar os problemas ambientais gerados pelo seu descarte. Neste sentido, os biscoitos constituem-se uma opção interessante para o consumo desses nutrientes e compostos bioativos diversos. Objetivou-se neste estudo desenvolver biscoitos utilizando farinhas de resíduos de graviola, castanha-do-gurguéia e amêndoas de chichá e determinar suas características sensoriais, nutritivas e funcionais. Desenvolveram-se formulações de biscoitos funcionais a partir de um padrão (BP). Avaliou-se a aceitação por meio da escala hedônica e intenção de compra. Sendo a formulação biscoito chichá (BF-6) e biscoito castanha-do-gurguéia (BI-2) viáveis sensorialmente. Determinou-se a análise descritiva quantitativa (ADQ), a composição centesimal, valor calórico, fibras alimentares, qualidade microbiológica, minerais, compostos fenólicos por espectrofotometria e a atividade antioxidante pelo método de captura de radicais livres DPPH, Vitamina C, identificação de ácidos fenólicos realizado por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os resultados foram expressos por médias e desvio padrão. foi aplicado o teste t de Student. Teste One Way ANOVA: Post Hoc multiple comparisons, teste de Tukey, ao nível de 5%, com intervalo de confiança de 95%. Os biscoitos apresentaram ótima aceitação e intenção de compra, com destaque para BF-6 que obteve 96,55% de aceitação. No teste de ADQ os assessores treinados caracterizaram BF-6 com aparência de biscoito integral/sequilho, cor marrom claro, aroma e sabor de biscoito amendoado e levemente doce com textura crocante e macia. BI-2 foi caracterizado com aparência de integral, cor marrom claro tostado com pedaços de castanha, sabor castanha e graviola, aroma castanha e textura crocante. BF-6 apresentou maiores teores de umidade, cinzas, proteínas, minerais cobre, fósforo, magnésio, selênio e zinco, além de maiores teores de compostos fenólicos totais, flavonoides totais e taninos condensados, BI-2 demonstrou vitamina C, cálcio, ferro,
    potássio e atividade antioxidante mais elevadas, quanto as fibras alimentares superou o recomendado da ingestão diária, destacando-se as frações insolúveis; apresentou também maiores quantidades de ácido gálico e ácido p-cumarico, e o BF-6 exibiu maiores teores de ácido cafeico e ferúlico. Os biscoitos BF-6 e BI-2 mostraram-se conforme os padrões exigidos pela legislação quanto a inocuidade, evidenciando boa qualidade higiênico sanitária e de consumo. Concluiu-se que os biscoitos desenvolvidos possuem um elevado teor de nutrientes, como proteínas, carboidratos, lipídios e minerais, ricos em compostos fenólicos totais, flavonoides, taninos condensados, fibras alimentares, além de apresentaram atividade antioxidante, pelo acréscimo das farinhas de frutos regionais e resíduos da graviola, com elevados porcentuais de aceitação e potencial de compra.

  • SARAH DE MELO ROCHA CABRAL
  • Consumo alimentar de micronutrientes e transtornos mentais comuns em adolescentes escolares brasileiros.
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 17/06/2021
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  • CABRAL, S.M.R. Consumo alimentar de micronutrientes e transtornos mentais comuns em adolescentes escolares brasileiros. Tese (Doutorado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí- UFPI, Teresina-PI, Brasil,2021.

    Os transtornos mentais comuns caracterizam estados de ansiedade e depressão. Entre adolescentes, afetam o trabalho e a frequência escolar. Evidências sugerem que deficiências de micronutrientes estão associadas ao aumento da vulnerabilidade aos transtornos mentais. Objetivou-se estimar a associação do consumo alimentar de zinco, vitaminas B12, A, C e E com transtornos mentais comuns em adolescentes brasileiros que participaram do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes. A amostra correspondeu a 71.191 estudantes que responderam o recordatório alimentar de 24 horas e o questionário que abordou aspectos sociodemográficos e de saúde mental. O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado para avaliar a existência de associação entre as variáveis do estudo, e o Odds ratio,

    com intervalo de confiança de 95%, para medir a força de associação entre elas. Realizou-se análise de regressão logística entre as variáveis transtornos mentais comuns e consumo insuficiente de zinco, vitaminas B12, A, C e E, ajustando-se pelas variáveis sociodemográficas: sexo, tipo de escola e faixa etária. O nível de significância adotado foi de 5%. Foram observadas elevadas prevalências de transtornos mentais comuns, sendo associados significativamente com sexo e faixa etária; e

    altas prevalências de consumo insuficiente dos micronutrientes estudados, os quais foram significativamente associadas com o sexo, exceto o consumo de vitamina C. A inadequação de consumo de vitaminas A, C e B12 associou-se com o tipo de escola enquanto que o consumo insuficiente de vitaminas E e B12 associou-se com a faixa

    etária. Em níveis agrupados, foram constatadas associações do consumo insuficiente de vitamina A, B12 e zinco com transtornos mentais. Observou-se que o sexo feminino, idade entre 14 e 17 anos, o consumo insuficiente de vitamina A e de zinco foram as variáveis que influenciaram a variável de transtornos mentais. Indivíduos com consumo insuficiente de zinco tiveram maiores chances de apresentarem depressão e ansiedade, enquanto aqueles com consumo insuficiente de vitamina A apresentaram menores chances. Portanto, verificou-se que o sexo feminino, idade entre 14 e 17 anos e o consumo inadequado de alimentos fontes de zinco influenciaram positivamente a presença de depressão e ansiedade em adolescentes.

     

  • CLAUDIANE BATISTA DE SOUSA
  • Associação entre o consumo insuficiente de micronutrientes antioxidantes e o perfil lipídico de adolescentes no Brasil.
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 04/06/2021
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  • SOUSA, Claudiane Batista. Consumo inadequado de micronutrientes antioxidantes e
    concentrações lipídicas de adolescentes do Brasil. 2021. Dissertação (Mestrado) - Programa
    de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    Este estudo objetivou investigar a associação entre o consumo de micronutrientes antioxidantes
    e concentrações lipídicas de adolescentes participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares
    em Adolescentes. A presente análise foi um inquérito transversal e multicêntrico, de base
    escolar, realizado em 2013 e 2014, com amostra representativa de 36.918 adolescentes de 12 a
    17 anos, de escolas públicas e privadas, em municípios com mais de 100 mil habitantes. Foram
    calculadas frequências de participação (elegíveis) por macrorregiões, sexo, idade e tipo de
    escola. Os dados de consumo alimentar foram obtidos por meio de Recordatório Alimentar de
    24 horas. A análise bioquímica foi realizada com os exames de Colesterol Total (CT),
    Lipoproteína de alta densidade (HDL-c), Triglicerídeos (TG) e Lipoproteína de Baixa
    Densidade (LDL-c). Os dados foram analisados por meio do software Stata®, versão 15.1
    utilizando intervalo de confiança de 95%. O teste Qui-quadrado de Pearson foi aplicado para
    testar a associação entre as variáveis e a regressão múltipla para estimar o Odds ratio – OR e
    medir a força de associação entre as variáveis. Foi adotado nível de significância de 5%. Os
    resultados mostraram associações foram significativas para a vitamina E, B12 e Manganês. A
    inadequação de vitamina E foi associada a hipertrigliceridemia em meninos de 15 a 17 anos do
    ensino público (OR: 1,67, IC95% = 1,04-2,67) e de vitamina B12 associou-se à baixos níveis
    de HDL-c e elevado LDL-c em meninos de 12 a 14 anos pertencentes ao ensino privado (OR:
    1,10, IC95% = 1,00-1,19; OR: 1,41, IC95% = 1,09-1,82). A ingestão inadequada de manganês
    foi associada a maior chance de níveis elevados de LDL-c em mulheres de 15 a 17 anos (OR:
    1,35, IC95% =1,01-1,81). Nas análises de regressão a vitamina E e B12 foram os
    micronutrientes que apresentaram maior influência no perfil lipídico dos adolescentes e, as
    variáveis sexo e tipo de escola. Em conclusão, foram encontradas associações entre o consumo
    inadequado das vitaminas E, B12 e Manganês e o perfil lipídico da população estudada.
  • TAMIRES DA CUNHA SOARES
  • BIOMARCADORES DO SELÊNIO E SUA RELAÇÃO COM PARÂMETROS DO CONTROLE GLICÊMICO EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 31/05/2021
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  • SOARES, T. C. Biomarcadores do selênio e sua relação com
    parâmetros do controle glicêmico em mulheres obesas.
    2021.
    Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos
    e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    O acúmulo excessivo de tecido adiposo contribui para o
    desenvolvimento de diversas alterações metabólicas e fisiológicas
    importantes, a exemplo da resistência à insulina. Nesse sentido, tem
    sido verificada a participação de alguns nutrientes em vias de
    sinalização da ação da insulina. O selênio, em particular, por exercer
    papel antioxidante, anti-inflamatório e insulino-mimético tem sido
    alvo de diversas pesquisas. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar
    biomarcadores do selênio e sua relação com parâmetros do controle
    glicêmico em mulheres obesas. Foi conduzido estudo transversal
    envolvendo 213 mulheres distribuídas em grupo caso (mulheres
    obesas, n=84) e controle (mulheres eutróficas, n=129). Foram aferidas
    medidas de peso corporal, estatura e circunferência da cintura, bem
    como realizado o cálculo do índice de massa corpórea. O consumo de
    energia, macronutrientes e selênio foi obtido a partir do registro de
    consumo alimentar de três dias e a análise utilizando o
    software
    Nutwin
    , versão 1.5. A avaliação do selênio no plasma, eritrócito e
    urina foi realizada por espectrometria de emissão óptica com plasma
    acoplado indutivamente. As concentrações séricas de glicose foram
    determinadas segundo o método enzimático colorimétrico. A insulina
    de jejum e a hemoglobina glicada foram analisados segundo os
    métodos de quimioluminescência e cromatografia de troca iônica,
    respectivamente. Os índices HOMA-IR (
    Homeostasis Model
    Assessment of Insulin Resistance
    ) e HOMA-β (Homeostasis Model
    Assessment of Beta Cell Function
    ) foram determinados por meio de
    cálculo matemático. Os dados foram analisados utilizando o
    software
    estatístico SPSS for Windows 20.0. Os valores médios de ingestão
    dietética de selênio (µg/kg/dia) pelas mulheres obesas foram inferiores
    quando comparados ao grupo controle (p<0,001). As concentrações
    plasmáticas e eritrocitárias tiveram valores reduzidos nas mulheres

    11
    com obesidade quando comparadas ao grupo controle (p<0,001), já as
    concentrações de selênio urinário estavam superiores (p<0,001). Não
    houve diferença estatística entre os grupos em relação à glicose,
    insulina de jejum, hemoglobina glicada, HOMA-IR e HOMA-β
    (p>0,05). Houve correlação entre a ingestão dietética de selênio diária,
    insulina de jejum, hemoglobina glicada e HOMA-β, bem como entre a
    ingestão dietética por quilograma por dia, insulina de jejum e HOMA-
    β (p<0,05). A partir dos resultados desse estudo, pode-se concluir que
    as mulheres com obesidade avaliadas apresentam alterações no estado
    nutricional relativo ao selênio. Além disso, evidencia relação positiva
    entre o selênio da dieta e marcadores do controle glicêmico (insulina
    de jejum, hemoglobina glicada, HOMA-β), o que pode refletir a
    possível ação negativa do selênio sobre a sinalização da ação da
    insulina.

     

  • IRISLENE COSTA PEREIRA
  • Efeitos anti-inflamatórios da suplementação com bromelina: uma revisão sistemática de ensaios clínicos
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 31/05/2021
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  • Pereira IC. Efeitos anti-inflamatórios da suplementação oral com
    bromelina: uma revisão sistemática de ensaios clínicos
    . 2021.
    Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e
    Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí.
    INTRODUÇÃO: O processo inflamatório é um mecanismo de
    resposta a um agente estressor. Pode ser dividido em duas categorias:
    agudo e crônico. A inflamação aguda age no combate ao agente
    infeccioso, é autolimitada e de curta duração. Estímulos inflamatórios
    persistentes ou desregulação dos mecanismos de reparo, podem
    promover a evolução da inflamação aguda para crônica. A inflamação
    crônica apresenta um tempo de duração maior, em que pode ocorrer
    destruição tecidual devido as tentativas de reparo, pode colaborar para
    desenvolvimento e/ou progressão de inúmeras doenças crônicas.
    Apesar de inúmeras opções de medicamentos com ação antiinflamatória, a utilização a longo prazo pode causar efeitos colaterais,
    tais como alterações gastrointestinais, renais e hematológicas, gerando
    a necessidade de opções terapêuticas oriundas principalmente de
    produtos naturais. Neste sentido, a bromelina, um complexo enzimático
    derivado do
    Ananas comosus, é apontada com potencial antiinflamatório em algumas doenças, como diabetes, endometriose, dentre
    outras.
    OBJETIVO: Avaliar se a suplementação da bromelina exerce
    efeitos anti-inflamatórios através de uma revisão sistemática de ensaios
    clínicos.
    MÉTODOS: A revisão sistemática foi registrada no
    PROSPERO (n° CRD42020221395) e a busca foi realizada em quatro
    bases de dados eletrônicas (MEDLINE, Scopus, Web of Science,
    Cochrane Library). Não limitamos o tempo de publicação dos estudos,
    foram considerados deste a criação das bases de dados até a data da

    5
    busca (24 de fevereiro de 2021). Os termos utilizados na busca foram:
    bromelinas, bromelina, ensaio clínico randomizado, ensaio clínico
    (em
    inglês).
    Os critérios de elegibilidade foram: participantes com idade
    superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos, que receberam
    suplementação com bromelina isolada ou associada a outros compostos
    (naturais ou sintéticos) via oral, e que avaliaram parâmetro inflamatório
    como resultados primários e secundários, ensaios clínicos
    randomizados, publicados em inglês, português ou espanhol. Estudos
    elegíveis foram selecionados de forma independente por dois revisores.
    RESULTADOS: Foram recuperados 1375 estudos, dos quais 269 eram
    duplicados. 8 ensaios clínicos randomizados foram elegíveis para a
    revisão sistemática, em que 4 investigaram o efeito da suplementação
    associada a outros composto e 4 estudos avaliaram o efeito da
    bromelina isolada. O tamanho da amostra variou de 12 a 138 pessoas,
    totalizando 316 sujeitos entre os estudos. A dose de bromelina
    empregada variou entre 99,9 a 1200 mg/dia e a duração dos estudos foi
    entre 21 dias a 120 dias. A suplementação com bromelina tanto isolada
    quanto associada apresentou capacidade de reduzir parâmetros
    inflamatórios na maioria dos estudos. Entre os estudos 11 participantes
    apresentaram efeitos colaterais e 2 descontinuaram o tratamento. As
    alterações relatadas são principalmente no sistema gastrointestinal e
    foram bem toleradas.
    CONCLUSÃO: O efeito geral da suplementação
    sob o processo inflamatório é inconsistente em decorrência da
    heterogeneidade das: populações avaliadas, doses empregadas, tempo
    de tratamento e parâmetros avaliados. Os efeitos observados são
    pontuais e isolados, e nos alerta para a necessidade de estudos voltados
    para estabelecer a dose a ser utilizada, tempo de suplementação e qual
    tipo de condição inflamatória indicada.

     

  • THAÍS RODRIGUES NOGUEIRA
  • Escore da Dieta Mediterrânea e sua Associação com Parâmetros de Selênio, Adiposidade e Integridade Celular em Pacientes com Câncer de Cólon/Reto
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 11/05/2021
  • Mostrar Resumo
  • Introdução: O Câncer Colorretal (CCR) é o segundo mais comum entre homens e
    mulheres, com dados de prevalência e incidência expressivos. Dentre os fatores de risco
    para o seu surgimento, o padrão alimentar é destacado como modulador da inflamação e
    de eventos patofisiológicos característicos. A dieta mediterrânea, em particular, parece
    reduzir a exposição e progressão de tumores malignos, possivelmente pela incorporação
    de nutrientes antioxidantes, a exemplo do selênio, evidenciado pelo potencial
    antiinflamatório e antitumoral. Literaturas mencionam ainda a influência da adiposidade
    e do diagnóstico celular sobre a condição inflamatória e curso da doença. Objetivo:
    Verificar a associação entre o Escore da Dieta Mediterrânea (EDM), marcadores de
    selênio, adiposidade e integridade celular no câncer de cólon/reto. Métodos: Trata-se de
    estudo transversal, que avaliou 55 pacientes de ambos os sexos, distribuídos em grupo
    com câncer colorretal (n=29), e grupo com câncer de cólon (n=26). Foram determinados
    os parâmetros antropométricos, e estimado o consumo alimentar e de selênio na dieta. A
    composição corporal e o Ângulo de Fase (AF°) foram obtidos por avaliação de
    Bioimpedância Elétrica. A ingestão de selênio foi investigada por Recordatório de 24
    horas, e calculada utilizando o programa Nutwin versão 1.5. A determinação do EDM
    baseou-se na metodologia de Trichopoulou et al. (1995), adaptada. As concentrações de
    selênio sérico e no sangue total foram determinadas pelo Método de Espectrometria de
    Emissão Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente, e os níveis de Proteína C-Reativa
    (PCR), pelo Método de Aglutinação de Partículas de Látex. Os dados foram analisados
    no SPSS for Windows®, versão 22.0. A pesquisa recebeu aprovação ética (nº 3.773.783).
    Resultados: As concentrações de selênio no sangue total estiveram compatíveis com os
    valores de referência em ambos os grupos. Os valores de selênio sérico apresentaram-se
    dentro do intervalo considerado ideal no grupo com câncer colorretal, e deficientes no
    grupo com câncer de cólon, sendo estatisticamente superior no primeiro (p=0.007). A
    ingestão dietética de selênio revelou-se abaixo do recomendado pela Estimated Average
    Requeriment (EAR) em ambos os grupos, sem diferença estatística (p>0.05). O consumo
    dietético de lipídeos e gorduras monoinsaturadas foi estatisticamente superior nos homens
    com câncer de cólon (p<0.05), e o de carboidratos significativamente maior nas mulheres
    do mesmo grupo (p=0.027). A Massa Gordurosa (MG), o Percentual de Gordura Corporal
    (PGC) e o Índice de Massa Corporal (IMC) foram associados a melhor integridade celular
    na amostra total (p<0.05). Nesta ainda, predominou a alta adesão à dieta mediterrânea,
    sem associação entre EDM, selênio, adiposidade e integridade celular (p>0.05).
    Constatou-se correlação positiva entre selênio sérico, MG, PGC (p<0.05), e negativa com
    PCR (p=0.006). O selênio no sangue total também foi negativamente correlacionado com
    esta variável (p=0.027). Apenas nos pacientes com câncer de cólon, o selênio sérico foi
    correlacionado com PGC, AF° e PCR (p<0.05). Conclusão: Com base nos resultados
    obtidos, concluiu-se que os pacientes avaliados apresentaram valores de ângulo de fase
    limítrofes, e alta adesão à dieta mediterranea, o que pode ter contribuido para a
    preservação da integridade e/ou fisiologia celular em condições de estresse e meta
    inflamação. Apesar disso, o estado nutricional relativo ao selênio mostrou-se
    comprometido, possivelmente em virtude dos valores insuficientes de selênio dietético e
    limítrofes de selênio sérico, o qual pode justificar o grau de adiposidade e os valores de
    PCR elevados.

     

  • ANA LINA DE CARVALHO CUNHA SALES
  • ESTUDO DA EFICÁCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS ÔMEGA-3 EM BIOMARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO, INFLAMAÇÃO E DISFUNÇÃO ENDOTELIAL
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 19/03/2021
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  • INTRODUÇÃO: A suplementação com ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 é uma
    das intervenções não farmacológicas utilizadas na melhora das dislipidemias e
    disfunção endotelial. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da suplementação de ácidos
    graxos poli-insaturados ômega-3 sobre biomarcadores inflamatórios, estresse oxidativo
    e de disfunção endotelial. METODOLOGIA: Foram elaborados três artigos
    científicos: Uma revisão sistemática da literatura, a qual foi utilizada a estratégia PICO
    para a elaboração da pergunta norteadora, seguindo as recomendações para revisões
    sistemáticas e metanálise do PRISMA. Segundo estudo trata-se de um ensaio clínico
    randomizado monocego realizados com 43 pacientes diagnosticados com dislipidemias
    que foram suplementados com ômega-3 ou placebo por 12 semanas. Terceiro estudo foi
    um modelo experimental de dislipidemias realizado com 35 camundongos machos
    Balb/c (Mus musculus) tratados com ômega-3 ou salina por 8 semanas. Todos os
    estudos cumpriram os requisitos éticos para a sua execução. RESULTADOS: Os
    resultados são apresentados de acordo com cada artigo. A revisão sistemática observou
    que há melhora de FMD, FBF, PWD após a suplementação com ômega-3. No ensaio
    clínico com pacientes com dislipidemia, verificou-se que a suplementação com ômega-3
    foi capaz de reduzir TNF-α e MCP-1, além disso o consumo de selênio prediz as
    concentrações de TNF-α no grupo suplementado com placebo. No estudo com
    camundongos não houve melhora da suplementação com ômega-3 no perfil lipídico,
    estresse oxidativo e reatividade vascular. CONCLUSÃO: A suplementação com ácidos
    graxos poli-insaturados ômega-3 reduz inflamação e melhora parâmetros do perfil
    lipídico e disfunção endotelial.

  • ANTÔNIO DANIEL SARAIVA DA COSTA
  • COMPOSIÇÃO CORPORAL, PERFIL LIPÍDICO E MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO E INFLAMAÇÃO EM MULHERES SUBMETIDAS A CRIOLIPÓLISE
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 05/02/2021
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  • A criolipólise é um método de redução da gordura corporal por
    resfriamento que gera paniculite localizada e reação em cadeia que
    culmina com a morte adipocitária por apoptose, com redução do
    contingente adiposo subcutâneo no local de aplicação. Existe interesse
    em identificar a magnitude das reações induzidas pela criolipólise e
    suas repercussões na homeostase sistêmica, bem como sua relação com
    fatores de risco à saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da
    criolipólise aplicada em única área e em múltiplas áreas sobre medidas
    antropométricas, composição corporal, perfil lipídico sérico,
    marcadores de inflamação e peroxidação lipídica em mulheres com
    sobrepeso. Trata-se de estudo experimental de delineamento analítico,
    a amostra foi selecionada por conveniência, totalizando 28 mulheres,
    distribuídas aleatoriamente em três grupos (grupo Controle, grupo
    Abdômen e grupo Abdômen+Flancos). Após a seleção das mulheres,
    foram agendadas as datas para obtenção de dados antropométricos
    (peso, circunferência do abdômen, circunferência da cintura,
    circunferência do quadril, Índice de Massa Corporal), de composição
    corporal (composição corporal por bioimpedância e por
    ultrassonografia), perfil lipídico sérico, marcadores de peroxidação
    lipídica (malondialdeído e mieloperoxidase) e marcadores de
    inflamação (Proteína C reativa e Interleucina 1). As dados foram
    coletados nos tempos 0, 10 e 30 dias (t0, t10 e t 30) após a criolipólise.
    Na análise estatística foram realizados testes de comparação de média
    entre os diferentes tempos e grupos avaliados ao nível de significância
    de 5 %. Não foram encontradas diferenças significativas em relação às
    variáveis antropométricas, composição corporal, perfil lipídico,
    consumo alimentar (macronutrientes e VET), nível de atividade física
    e proteína C Reativa. Foram verificadas diferenças em relação aos
    níveis séricos de Interleucina 1, porém no t0, sem relação com o
    procedimento de criolipólise. Foram verificadas diferenças nos valores
    séricos de malondialdeído, mieloperoxidase, entretanto esses valores
    mantiveram-se baixos. Levando em consideração os resultados
    apresentados, a criolipólise é um procedimento seguro sem implicações
    para o risco cardiovascular. Mais pesquisas são necessárias para avaliar

    os efeitos sistêmicos da criolipólise, utilizando diferentes protocolos de
    aplicação e em um intervalo de tempo maior.

  • DAISY JACQUELINE SOUSA SILVA
  • DESENVOLVIMENTO DE BISCOITOS COM FARINHA INTEGRAL DE FEIJÃO-AZUKI (Vigna angularis) UTILIZANDO DELINEAMENTO DE MISTURAS SIMPLEX- CENTRÓIDE
  • Data: 15/01/2021
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  • SILVA, D.J.S. DESENVOLVIMENTO DE BISCOITOS COM FARINHA INTEGRAL
    DE FEIJÃO-AZUKI (Vigna angularis) UTILIZANDO DELINEAMENTO DE
    MISTURAS SIMPLEX-CENTRÓIDE. 2021. 87 F. Dissertação (Mestrado) – Programa de
    Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí.

    O feijão-azuki é uma leguminosa ainda pouco conhecida e consumida no Brasil, mas que
    apresenta uma excelente qualidade nutricional e propicia inúmeros benefícios à saúde.
    Objetivou-se desenvolver biscoitos tipo “cookie”, com variações nos teores de farinha integral
    de feijão-azuki (Vigna angularis), farinha de arroz e de trigo. A composição do ingrediente
    farináceo dos cookies, foi determinada por meio do delineamento tipo simplex-centroide,
    totalizando 10 formulações diferentes, que foram submetidas as análises físicas, tecnológicas e
    químicas. Observou-se que a farinha integral de feijão-azuki atribui aos cookies maior expansão
    radial, coloração mais escura e baixos níveis de atividade de água. Os biscoitos elaborados
    exclusivamente com a farinha da leguminosa apresentaram os maiores teores de cinzas
    (1,78±008) e proteínas (18,81±1,87) e os mais baixos níveis de umidade (7,51±0,19), teor
    lipídico (11,10±0,08) e carboidratos (68,31). O biscoito elaborado com feijão e arroz foi
    sensorialmente mais aceito. Tal biscoito apresentou teores de minerais (como o ferro e o cálcio),
    aminoácidos (como a metionina e leucina). A presença e a concentração da farinha integral do
    feijão-azuki, conseguiu influenciar significativamente algumas das características avaliadas e
    agregou maior valor nutritivo aos biscoitos. A combinação de arroz e feijão é viável na
    elaboração de biscoitos sem glúten com características físicas, tecnológicas e nutricionais
    satisfatórias.

     

2020
Descrição
  • IZABEL CRISTINA VERAS SILVA
  • Potencial tecnológico, nutricional e funcional de feijão-caupi (Vigna unguiculata L.Walp) e sua aplicabilidade na indústria alimentícia.
  • Data: 23/12/2020
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  •  O feijão-caupi é uma leguminosa que apresenta diversas vantagens agronômicas, grande variabilidade genética, excelente adaptabilidade e alto valor nutritivo. Seus grãos são ricos em proteínas, aminoácidos, fibras alimentares, vitaminas, minerais e compostos bioativos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial da cultivar BRS Tumucumaque como matéria-prima no desenvolvimento de produto extrusado tipo snack. Seus grãos foram descorticados utilizando-se o processo mecânico de remoção do tegumento, os cotilédones obtidos foram transformados em farinha e, posteriormente, submetida ao processo de extrusão em equipamento de dupla rosca, utilizando-se o Delineamento Box-Behnken com três variáveis independentes: temperatura de extrusão (100, 120 e 140ºC), umidade de alimentação (12, 14 e 16%) e velocidade de rotação das roscas (300, 500 e 700 rpm). Estudou-se o efeito dos parâmetros de extrusão sobre as propriedades físico-funcionais índice de expansão seccional (IES), índice de expansão longitudinal (IEL), índice de expansão volumétrica (IEV), índice de solubilidade em água (ISA), índice de absorção de água (IAA) e dureza. A matéria-prima e os produtos extrusados foram analisados quanto à composição centesimal, fibra alimentar, minerais, perfil de aminoácidos, compostos bioativos e fatores antinutricionais. A cv. BRS Tumucumaque é adequada para o processo de descorticação mecânica por apresentar bom rendimento em cotilédones e atributos nutricionais. As farinhas desenvolvidas apresentaram boas propriedades físico, químico, tecnológico e funcional. A temperatura de extrusão e a velocidade de rotação as roscas foram os parâmetros que mais influenciaram nas propriedades físico- funcionais avaliadas. A temperatura de extrusão afetou de forma significativa e negativa apenas o IES; a velocidade de rotação das roscas foi o único parâmetro de extrusão que afetou de forma significativa as demais respostas, sendo positiva para IEL, IEV e ISA, e negativa, para o IAA e a dureza. Os snacks 13, 14, e 15 apresentam uma melhor aparência, um bom índice de expansão radial e um aspecto mais homogêneo, com células menores e paredes finas, resultando em melhor crocância. A função desejabilidade global dos extrusados foi considerada abaixo do excelente, mas dentro do aceitável. O snack obteve boa aceitação sensorial pelos assessores sensoriais. O processo de extrusão afetou a composição centesimal e minerais dos extrusados em relação à farinha de cotilédones, que tiveram como principais minerais ferro, zinco,manganês, fósforo e potássio; o perfil de aminoácidos mostrou teores menores quando comparados à materia-prima e inferior aos padrões de referência recomendados pela FAO; houve redução nos teores de compostos bioativos, capacidade antioxidante, taninos condensados e ácido fítico; no entanto, melhorou a digestibilidade proteica in vitro. Os resultados indicam que o feijão-caupi cv. BRS Tumucumaque possui atributos desejáveis no desenvolvimento de snacks com boas características nutricionais, sendo uma boa opção na produção desse tipo de produto.
  • THAÍSE KESSIANE TEIXEIRA FREITAS
  • POTENCIAL DE LINHAGENS DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata L.Walp.) PARA QUALIDADE NUTRICIONAL E DE COZIMENTO DO GRÃO.
  • Data: 21/12/2020
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  • O feijão-caupi destaca-se pelo alto valor nutritivo, baixo custo de
    produção, além de sua importância socioeconômica para as famílias
    das regiões Norte e Nordeste. Os programas de melhoramento de
    feijão-caupi têm como objetivos aumentar a produtividade de grãos,
    arquitetura de planta, resistência a doenças e, também, a qualidade
    comercial e nutricional dos grãos. A seleção simultânea de caracteres
    pode ser utilizada como uma opção eficiente para acelerar o processo
    de melhoramento genético proporcionando ganhos genéticos
    expressivos em diferentes caracteres. O objetivo deste trabalho foi
    avaliar o potencial de linhagens de feijão-caupi de forma simultânea
    para qualidade nutricional e de cozimento do grão. Foram avaliadas
    inicialmente amostras de grãos de 100 linhagens de feijão-caupi,
    oriundas do ensaio intermediário do programa de melhoramento de
    feijão-caupi da Embrapa Meio-Norte, para os teores de proteína, ferro
    e zinco e a qualidade de cozimento. As 12 linhagens com melhor
    perfil de atributos avaliados na primeira etapa e selecionadas com base
    no índice de qualidade nutricional e de cozimento (IQNC) foram
    avaliadas para a composição centesimal, valor energético total e
    fatores antinutricionais. As quatro linhagens que apresentaram o
    melhor perfil nutricional e de qualidade de cozimento foram
    analisadas quanto ao conteúdo de fibras alimentares. As análises
    estatísticas dos dados dos teores de ferro, zinco e proteínas e da
    qualidade de cozimento compreenderam análises de variância e as
    médias foram agrupados pelo teste de Scott-Knott (P<0,05). As
    médias dos teores de fitatos, taninos e fibras alimentares foram
    comparadas pelo teste de tukey (P<0,05). Utilizou-se o IQNC para a
    seleção simultânea para qualidade nutricional e de cozimento. Os
    teores de proteína, ferro e zinco e porcentagem de grãos cozidos
    mostraram variação de 20,82 a 26,92 g 100g-1; 3,58 a 6,06 mg 100g-1
    ;e 2,35 a 4,57 mg 100g-1 e 20 a 98 %, respectivamente. Os teores de
    lipídios, carboidratos, valor energético total, ácido fítico e taninos
    apresentaram variação de 0,74 a 1,98 g 100g-1 ; 62,62 a 69,60 g 100g-1
    ;360,87 a 377,71 Kcal 100g-1; 6,58 a 9,92 mg g-1; e 1,84 a 6,84 mg EC
    100g-1; respectivamente. O teor de fibra alimentar total variou de
    15,49 a 20,16 g 100g-1. As linhagens MNC11-1022E-9, MNC11-
    1022E-58, MNC11-1023E-28, MNC11-1042E-4 apresentam potencial
    para serem lançadas como cultivares com elevados teores de
    nutrientes e melhor qualidade na cocção, atendendo, assim, a demanda
    do consumidor.

  • ALINE MARQUES MONTE
  • PRODUÇÃO DE PEPTIDASE DE Rhodotorula mucilaginosa ISOLADA DO SORO DE LEITE
  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 15/12/2020
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  • A utilização de enzimas como alternativa tecnológica para o
    processamento de queijos e seus resíduos favoreceu o interesse em isolar e
    identificar leveduras presentes em soro de leite e avaliar a capacidade de
    produzir peptidases. A atividade enzimática das leveduras isoladas no soro foi
    testada em ágar leite, conforme o diâmetro dos halos translúcidos formados no
    meio. As leveduras que possuíam essa capacidade foram identificadas por
    métodos morfológicos e moleculares. Depois, a produção de peptidase foi
    realizada em soro de leite (pH 7,0) a 25ºC, por fermentação submersa, a 150
    rpm. A atividade proteolítica foi avaliada pelo método da azocaseína, seguido
    pela purificação parcial em coluna cromatográfica G–100. A utilização de
    subprodutos para aproveitamento tecnológico para elaboração de coprodutos
    tem revelado resultados importantes e a busca por produtos novos com
    finalidade industrial remete a busca de micro-organismos em diferentes
    ambientes, que possam tornar a ciência um aliado dos processos tecnológicos.
    As peptidases secretadas pelas leveduras R. mucilaginosa e C. parapsilosis que
    foram isoladas do soro de leite líquido possuem capacidade proteolítica
    moderada. Futuros estudos devem ser realizados com o uso de R. mucilaginosa
    (ES04) para otimização de produção de peptidase, levando em consideração as
    variáveis de crescimento de leveduras, para serem utilizadas em pesquisas
    tecnológicas para o desenvolvimento de produtos alimentícios, suplementos
    proteicos hidrolisados e redução de desperdícios industriais. O caldo STFSL
    2,0% é um substrato que favorece bom desempenho para multiplicação de
    leveduras e produção de enzimas. No soro de leite foram isoladas as leveduras
    Candida parapsilosis e Rhodotorula mucilaginosa, a melhor atividade proteolítica
    no caldo STFSL 2% foi da Rhodotorula que produz peptidase com 29 a 37kDa e
    66 kD até 96 horas em cultivo. Levando em consideração os problemas
    causados pelo desperdício de soro de leite que polui os efluentes e o meio
    ambiente, poderiam ser incrementados valor ao usá-lo como fonte de carbono
    para a produção de biomassa de R. mucilaginosa (ES04). Essa estratégia
    permitirá recuperar as condições ambientais alteradas pela poluição, agregando
    ao resíduo agroindustrial (soro de leite) e desenvolver novos coprodutos
    (enzimas), além de fornecer conhecimentos e tecnologias na geração de bioinsumos a serem
    utilizados para fins biotecnológicos no mercado.

  • REGINA MARCIA SOARES CAVALCANTE
  • EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM GLUCONATO DE ZINCO NA CONCENTRAÇÃO DE MINERAIS E EM MARCADORES INFLAMATÓRIOS NA RETOCOLITE ULCERATIVA
  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 12/11/2020
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  • CAVALCANTE, R.M.S. Efeito da suplementação com gluconato de zinco em marcadores inflamatórios e na concentração plasmática de minerais na retocolite ulcerativa. 2020. 225 f Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI. A retocolite ulcerativa é uma doença multifatorial, com etiologia ainda não totalmente esclarecida, e acredita-se que seja causada pela interação de fatores imunológicos e ambientais, em indivíduos geneticamente predispostos. Neste contexto, destaca-se o papel do zinco no sistema imune e provável participação no controle da doença. O estudo avaliou o efeito da suplementação com zinco sobre minerais e marcadores inflamatórios em pacientes com retocolite ulcerativa. Ensaio clínico não controlado desenvolvido com 40 pacientes de ambos os sexos, que foram suplementados com gluconato de zinco (79 mg/dia para homens e 58 mg/dia para mulheres) durantes um mês. Foram avaliadas as concentrações plasmáticas de zinco, cobre e magnésio e eritrocitárias de zinco, valores séricos de citocinas Th1 / Th2 / em três tempos: (T0), 15 (T1) e 30 (T2) dias após a intervenção. Em relação ao zinco plasmático (ZnPl), houve diferença significativa (p=0,000) entre todos os valores em todos os tempos(T0- T1;T0-T2;T1-T2). Em relação ao zinco eritrocitário(ZnEr) houve diferença entre T1-T2 (p=0,018) e entre T0-T2 (p=0,005). Quanto ao cobre plasmático(CuPl) houve diferença entre os tempos T0-T2 e T1-T2 , e ao magnésio plasmático(MgPl) entre todos os tempos (T0-T1;T0- T2;T1-T2). Referente às citocinas, para a IL-6, houve diferença apenas para entre os T 0 e T2, com média mais elevada no T2 e mais baixa no T0. Para a IL-10 houve diferença (p=0,013) entre T1 e T2, apresentando média mais alta no T1 e mais baixa no T2. A suplementação com gluconato de zinco foi eficaz na recuperação do estado nutricional referente ao mineral, bem como no alcance da normalidade para os níveis plasmáticos de cobre e magnésio. Quando às citocinas e zinco não foi encontrada relação, no entanto, a suplementação promoveu melhora na resposta inflamatória, considerando as médias encontradas para IL-6 e IL-10 nos diferentes tempos de intervenção, sinalizando para a importância do zinco no quadro clínico da doença.

  • NAYRA DO SOCORRO CALDAS CARVALHO DE ALMEIDA TEIXEIRA
  • SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM PESSOAS VIVENDO COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA EM TERAPIA ANTIRRETROVIRAL: UM ENSAIO CLÍNICO
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 28/10/2020
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  • Introdução: As pessoas que vivem com HIV (PVHIV) em terapia antirretroviral têm elevadas
    prevalências de deficiência de vitamina D, variando entre 58,1% a 81,25%, e podendo chegar
    a 90% dependendo da raça, posição geografia do local e estação do ano, entre outros fatores.
    Objetivos: Investigar a suplementação com vitamina D na recuperação de células TCD4+ e a

    relação com os indicadores antropométricos de adiposidade em PVHIV em terapia antirretro-
    viral. Participantes e Métodos: Ensaio clínico triplo cego randomizado em três momentos:

    tempo zero, 5 semanas e 19 semanas. Para compor a amostra do estudo foram abordadas
    PVHIV em atendimento ambulatorial cadastrados no Serviço de Atendimento Especializado do
    Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela no estado do Piauí, Brasil. O grupo de tratamento
    recebeu suplementação de vitamina D com 50.000 UI no tempo zero e 8.000 UI no tempo com
    65 PVHIV.O grupo de controle foi com 65 PVHIV. As variáveis foram: gênero, idade, cor da

    pele, escolaridade, renda familiar, uso de bebida alcoólica e tabagismo atual, tempo de exposi-
    ção à luz do sol, uso de filtro solar e frequência de uso de filtro solar; variáveis antropométricas

    (peso, altura, circunferência da cintura e do pescoço, circunferência muscular do braço, dobras

    cutâneas triciptal, biciptal, subescapular , supra-ilíaca e gordura corporal) e variáveis bioquími-
    cas (vitamina D, cálcio, TCD4+, TCD8+ e TARV). Análise estatística: as diferenças entre

    grupos foram avaliadas pelo teste t Student de duas amostras ou pelo teste U de Mann-Whitney.
    O teste do χ2

    foi utilizado para variáveis categóricas e o teste t de Student pareado foi utilizado
    nas comparações dentro de cada grupo. A análise de regressão logística multinível com modelo
    de efeito misto foi feita para verificar o efeito da suplementação de vitamina D na recuperação
    das células TCD4+. Análise de regressão linear múltipla, ajustada para o gênero, idade, estágio

    da doença e tempo de terapia antirretroviral foi realizada para avaliar associação dos indicado-
    res antropométricos nos níveis de vitamina D Resultados: Foram incluídos 142 homens e 102

    mulheres, média de idade de 39 anos (±10,83) e 57,8% apresentaram insuficiência de vitamina
    D (<30ng/ml). Indivíduos com imunodeficiência avançada apresentaram níveis de vitamina D
    inferiores (p<0,022). Não houve diferença entre os indicadores antropométricos de adiposidade

    avaliados e os níveis da vitamina D dos grupos de tratamento e de controle. O grupo de trata-
    mento apresentou circunferência da cintura e circunferência muscular do braço maiores, níveis

    de cálcio e de vitamina D superiores ao grupo experimental. Após cinco semanas o grupo de
    tratamento apresentou níveis de vitamina D e cálcio superiores ao grupo controle. Não houve
    efeito da suplementação da vitamina D na recuperação das células de TCD4+ controlado pelas

    variáveis IMC, idade, gênero e tempo de TARV. Os níveis de vitamina D não foram influenci-
    ados pelos indicadores antropométricos de adiposidade, porém PVHIV com imunodeficiência

    avançada apresentaram menores níveis dessa vitamina. Conclusão: A suplementação de vita-
    mina D não mostrou efeito sobre a recuperação imune de PVHIV em uso de TARV. Os níveis

    séricos de vitamina D e cálcio foram maiores no grupo experimental.

  • DENISE MARIA NUNES LOPES
  • NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E FATORES ASSOCIADOS NA POPULAÇÃO DAS CIDADES DE TERESINA E PICOS-PI
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 28/08/2020
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  • LOPES, D.M.N. Nível de atividade física e fatores associados na população das cidades de Teresina e Picos-PI, 2020. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição; Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. Introdução: A prática insuficiente de atividade física é considerada a quarta principal causa de morte em todo o mundo, representando 9% da mortalidade prematura global. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi determinar o nível de prática de atividade física e seus fatores associados nas populações das cidades de Teresina e Picos (PI). Metodologia: Estudo de natureza transversal, de base populacional e domiciliar realizado com adolescentes, adultos e idosos das cidades de Teresina e Picos (PI). A amostragem foi realizada por conglomerados, em dois estágios: setores censitários e domicílios. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, de estilo de vida e de consumo alimentar por meio de questionários. O nível de atividade física foi mensurado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão longa (para adolescentes e adultos) e curta (para os idosos) e classificado de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Realizou-se regressão de Poisson bruta e ajustada para sexo, com variância robusta, com nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. As análises foram realizadas por meio do programa Stata versão 14.0. Resultados: A prevalência de prática suficiente de atividade física foi de 66,9%, 91,7% e 52,0% para adolescentes, adultos e idosos, respectivamente. Observou-se associação significativa entre prática de atividade física adequada e indivíduos que possuíam Ensino Superior/Pós-graduação (88,8%), indivíduos casados ou em união estável (68,4%), que consumiam bebidas alcóolicas (89,1%) e com excesso de peso (83,6%). Quanto ao sedentarismo, indivíduos adolescentes (68%), do sexo masculino (57,4%), que estudaram até o Ensino Superior ou pós-graduados (63,7%), solteiros (63,9%), não fumantes (52,5%), que consumiam feijão em menor frequência (56,5%), bebiam refrigerante em excesso (68%), eram magros (68,6%) e com medidas de circunferência da cintura adequadas (58,4%) foram mais sedentários. Os adolescentes foram mais ativos durante o transporte (37,3%) e os adultos em casa (39,4%). Adolescentes e adultos realizaram mais atividades moderadas, enquanto os idosos mais atividades leves. Entretanto, os adolescentes despenderam significativamente mais tempo sentados durante a semana e no final de semana, com mediana de 300 minutos (180-480). Quanto aos fatores associados, indivíduos adolescentes do sexo masculino, negros e com Ensino Superior/Pós-graduação foram 24%, 40% e 26% mais ativos, respectivamente. Por outro lado, adolescentes eutróficos foram 14% menos ativos. Em adultos, indivíduos de pele amarela, indígena ou outras (RP:1,07; IC:1,01-1,13) e divorciados ou viúvos (RP:1,05;1,01-1,10) foram mais ativos. O consumo de bebidas alcóolicas associou-se positivamente à prática de atividade física em todas as faixas etárias. Adolescentes e adultos que consumiam adequadamente hortaliças também foram mais ativos. Os idosos que apresentavam circunferência da cintura (CC) normal foram mais ativos quando comparados aos de CC elevada (RP:1,41; IC:1,12-1,77). Conclusão: Observou-se maior prevalência de prática de atividade física adequada em adultos e adolescentes e, por outro lado, maior prevalência de inatividade física em idosos.

  • MARTHA TERESA SIQUEIRA MARQUES MELO
  • Preparações Culinárias Tradicionais Piauienses e Práticas Alimentares: Um Diagnóstico sob a Ótica Nutricional, Higiênicossanitária, Gastronômica e Cultural na Perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 28/08/2020
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  • INTRODUÇÃO: Os mercados públicos são espaços dotados de simbologias que representam um lugar, importantes para a produção e reprodução de práticas sociais. A gastronomia desses locais configura-se como atividade econômica, cultural e turística. Entretanto, não se conhece como o mercado produz e constrói suas tradições gastronômicas. OBJETIVO: Analisar as refeições produzidas em um mercado público nos domínios relacionados ao preparo, aspectos nutricionais, gastronômicos, culturais, higienicossanitários, assim como o ato de comer fora de casa e as contribuições de ações realizadas junto aos manipuladores de alimentos e comensais. PERCURSO METODOLÓGICO: Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa, realizada no período de 2018 a 2019, em um mercado público de uma capital do Nordeste brasileiro, selecionado por ser patrimônio histórico e cultural, pela antiguidade e tradição culinária, conter praça de alimentação e produzir cardápios típicos. Os restaurantes selecionados produziam café da manhã e ou almoço (n=17). Considerando-se que diariamente são servidas 600 refeições, intervalo de confiança (95%) e erro amostral (5%), a amostra abrangeu 235 comensais. A fenomenologia foi o método escolhido para a investigação de natureza qualitativa, para observar situações/fenômenos no âmbito do mercado, ancorada em narrativas obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas e observações. A pesquisa quantitativa foi usada na concepção de questionários, para averiguar as informações sobre as preparações e consumidores. RESULTADOS: A maioria dos pesquisados era adulto, sexo masculino, ensino médio e renda inferior a cinco salários mínimos. Esses indivíduos frequentavam o mercado há anos, em um mesmo restaurante. Os homens comiam acompanhados de amigos/colegas de trabalho, enquanto os familiares eram as companhias das mulheres, com diferenças estatisticamente significativas (p<0.001). A comida do mercado era preparada com alimentos regionais, in natura, minimamente processados e com aproveitamento de partes do animal, geralmente desprezadas no seu abate. O almoço, refeição mais referida pelos consumidores, era composto por preparações típicas densamente calóricas, ricas em gorduras e colesterol. Panelada, carneiro ao molho e assado de panela foram as preparações mais consumidas. No café da manhã, refeição bastante procurada aos finais de semana, nas madrugadas após as festas, eram servidos pratos tradicionais como cuscuz, beiju e bolo frito. Na produção e comercialização das refeições, verificou-se condições higienicossanitárias inadequadas dos manipuladores de alimentos, hortifrútis e alimentos prontos para o consumo. Nos aspectos qualitativos, percebeu-se a inclusão de novos ingredientes nas preparações alimentícias, utilização de técnicas de preparo transmitidas entre gerações, embora aperfeiçoadas ao longo dos anos, preservavam a sua essência, caracterizando-se essas comidas como símbolo da cultura gastronômica nordestina e piauiense. Na percepção dos consumidores, o mercado simbolizava um espaço tradicional da cultura local, repleto de significados na experiência de comer, no compartilhamento de ideias, emoções e na apreciação dos sabores gastronômicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O mercado favorece o comer coletivo, a partilha da comida e a sociabilidade. A comida produzida nesse espaço expressa a identidade gastronômica típica da cidade. Entretanto, diante dos resultados, verifica-se a necessidade de ações e políticas públicas direcionadas à produção de refeições com maior garantia de segurança alimentar, nutricional e sanitária, que contribua para preservação e valorização da cultura alimentar.

  • CAMILA SANTOS MARREIROS
  • RISCO CARDIOVASCULAR E SUA ASSOCIAÇÃO COM SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TERAPIA HEMODIALÍTICA
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 10/08/2020
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  • MARREIROS, C. S. Risco cardiovascular e sua associação com síndrome metabólica em
    pacientes com doença renal crônica em terapia hemodialítica. 2020. Dissertação (Mestrado) -
    Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,
    Teresina- PI.
    Introdução: A doença renal crônica (DRC) é atualmente um problema de saúde pública
    mundial; a carga associada à doença, ao seu tratamento e à presença de Síndrome Metabólica
    (SM) é capaz de gerar um ambiente favorável a fatores de risco cardiovascular (RCV)
    modificáveis. Objetivo: Associar a força preditiva dos componentes da SM no RCV dos
    pacientes em hemodiálise. Métodos: Trata-se de um estudo transversal envolvendo 95
    participantes de ambos os sexos, com idade ≥ a 20 e ≤ a 59 anos, atendidos em clínicas de
    hemodiálise em Teresina (PI). Os participantes foram alocados em dois grupos segundo a
    presença de SM, diagnosticada pelos critérios NCEP-ATP III. Foram investigados dados
    socioeconômicos, de estilo de vida, parâmetros antropométricos (peso, estatura, índice de massa

    corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), razão cintura-
    quadril (RCQ), razão cintura-estatura (RCEst), circunferência do pescoço (CP) e índice de

    conicidade (IC)), parâmetros metabólicos (glicemia, insulina, HOMA-IR, lipidograma e
    pressão arterial), parâmetros de avaliação do RCV (razão TG/HDL-c, índice de adiposidade
    visceral (IAV) e produto de acumulação lipídica (PAL)), citocinas inflamatórias (IL-6, IL-8,
    IL-1β, TNF-α, IL-12p70 e IL-10) e consumo alimentar (Recordatório 24h). Tratamento
    Estatístico: Utilizou-se o software Stata®, v.12 (Statacorp, College Station, Texas, USA) para
    a organização e análise dos dados. As variáveis foram apresentadas por meio de estatística

    descritiva: número, proporções e intervalos de confiança de 95% (IC 95%), médias, desvio-
    padrão, mediana e valores mínimos e máximos. Para verificar a associação entre as variáveis

    foram utilizados teste Qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher quando apropriado e

    para as variáveis quantitativas contínuas com distribuição normal a partir do teste de Shapiro-
    Wilk. As diferenças de médias foram comparadas entres os grupos utilizando o teste T de

    Student para as variáveis paramétricas e o teste de Mann-Whitney para as variáveis não
    paramétricas. Foram aceitos como estatisticamente significativos os testes com valor de p <
    0,05. A força da associação foi testada a partir da razão de chances (odds ratio) estimado pela
    regressão logística. Resultados: Os parâmetros antropométricos IMC, CC, CQ, RCEst, RCQ e
    CP estavam superiores no grupo com SM. Foi encontrada maior frequência de eutrofia nos
    participantes com DRC sem SM, e de excesso de peso entre os participantes com SM, de acordo
    com os valores do IMC. Os resultados mostraram que os valores médios de CT, LDL, TG, as
    concentrações médias de glicose, insulina e HOMA-IR e os níveis pressóricos estavam
    estatisticamente superiores no grupo com SM, e os valores de HDL-c, estavam superiores no
    grupo sem SM. Não houve associação entre consumo alimentar, SM e RCV. Constatou-se
    maior RCV em pacientes com SM, cujas concentrações de HOMA-IR e de LDL-c elevadas,
    sinalizavam 2,8 vezes mais chances de RCV. Conclusão: Houve alta prevalência de SM nos
    pacientes com DRC e o índice IAV conferiu aos participantes com SM 25,2 mais RCV,
    sugerindo que o impacto negativo das duas patologias pode contribuir para o desenvolvimento
    de mecanismos intermediários que levam à DCV.

  • JORGIANA ARAÚJO LIBÂNIO
  • APLICATIVO DE CONSULTA RÁPIDA PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS SOBRE ALÉRGENOS RELACIONADOS À PROTEÍNA DO LEITE, OVO, GLÚTEN E SOJA EM ALIMENTOS INDUSTRILIZADOS
  • Data: 16/07/2020
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  • LIBÂNIO, J. A. APLICATIVO DE CONSULTA RÁPIDA PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS SOBRE ALÉRGENOS RELACIONADOS À PROTEÍNA DO LEITE, OVO, GLÚTEN E SOJA EM ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS. 2020. 45 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. As alergias alimentares (AA’s) vêm se apresentando como uma problemática crescente e têm um impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos que a possuem. Para o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, esta é definida como uma doença consequente a uma resposta imunológica anômala, que ocorre após a ingestão e/ou contato com determinado(s) alimento(s). As substâncias presentes nos alimentos que provocam as AA’s são chamadas de alérgenos alimentares, que são capazes de estimular uma resposta de hipersensibilidade. Na infância, onde ocorre um maior número de casos de alergias alimentares, os alimentos mais responsabilizados pelas mesmas, são leite de vaca, ovo, trigo e soja, que em geral são transitórias, porém podem persistir até a vida adulta. Dentro dessa realidade,alguns cuidados devem ser tomados, e assim, a detecção do(s) alérgeno(s) alimentares específicos em uma grande variedade de tipos de alimentos e regras apropriadas de rotulagem, passaram a se tornar cada vez mais importantes. Nesta seara, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) vêm sendo utilizadas para auxiliar, difundindo informações sobre saúde e alimentação. Dentre essas, encontram-se os aparelhos móveis (smartphones e tablets) que são conectados à internet de alta velocidade e acumulam múltiplos recursos de uso rápido e simplificado, como, por exemplo, os aplicativos móveis. Assim, para promover uma fácil e correta identificação dos alimentos através de cores (verde para os permitidos e vermelho para os proibidos), que possam ser consumidos por alérgicos e diante da inexistência de um app com esta funcionalidade, este trabalho teve como objetivo desenvolver um aplicativo de consulta rápida para dispositivos móveis sobre alérgenos relacionados à proteína do leite, ovo, glúten e soja em alimentos industrializados. Por meio da elaboração desse app, vislumbra-se auxiliar a aquisição prática e sem medo pelos pacientes afetados e seus responsáveis. Para embasar a construção desse aplicativo, realizou-se inicialmente um levantamento sobre a temática na literatura existente. Posteriormente, foram coletadas informações referentes aos produtos por meio de fotografia da lista de ingredientes, da informação nutricional e do SAC de todos os alimentos comercializados em dois supermercados de grandes redes nacionais, localizados em Teresina – PI. Os alimentos foram organizados em uma tabela no Programa Microsoft Excel, em ordem alfabética com suas respectivas informações. Paralelamente, elaborou-se uma lista com todos os ingredientes e substâncias considerados alérgenos, chamados aqui de descritores, relacionadas aos quatro tipos de alergias (leite, ovo, glúten e soja). Além das informações coletadas, as características e funcionalidades do aplicativo foram discutidas e estipuladas, a fim de estruturar a ferramenta de forma simples ao entendimento do público-alvo. Por fim, foi desenvolvido um aplicativo para dispositivos móveis que poderá ser operacionalizado em plataforma Android, denominado de “Posso Comer?”, que além de inédito, propiciando a escolha assertiva de alimentos, visa também disponibilizar de forma prática uma ferramenta ágil, que irá auxiliar na prevenção de reações alérgicas.

  • JANY DE MOURA CRISÓSTOMO
  • CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES, ADULTOS E IDOSOS: ISAD-PI-CAPITAL
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 24/04/2020
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  • CRISÓSTOMO, J. M. CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES, ADULTOS E IDOSOS: ISAD-PI-CAPITAL, 2020.

    Introdução: A substituição de alimentos in natura por alimentos ultraprocessados resulta em

    uma alimentação com alta densidade energética, e alto teor de gordura, açúcar e sódio,

    determinando o desequilíbrio na oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias, que está

    associada ao excesso de peso corporal. Objetivo: avaliar o consumo de alimentos

    ultraprocessados (AUP) e a associação com o excesso de peso de adolescentes, adultos e idosos

    residentes na cidade de Teresina-PI. Metodologia: Estudo transversal, domiciliar, de base

    populacional, composto por adolescentes de 10 a 19 anos, adultos de 20 a 59 anos e idosos ≥

    60 anos, residentes em domicílios particulares na zona urbana do município de Teresina, Piauí,

    no período de agosto de 2018 a dezembro de 2019. Foram coletados dados demográficos,

    socioeconômicos, de estilo de vida, de consumo alimentar, e dados antropométricos, para tal,

    foi utilizado o software Epicollect 5®(Imperial College London). Todas as análises foram

    realizadas no módulo survey do programa Stata versão 14. Foram utilizados o teste t, análise

    de variância (ANOVA) com o teste post-hoc de Bonferroni e regressão linear bruta e ajustada

    com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O nível de significância adotado foi de 5%.

    Resultados: O consumo dos alimentos in natura apresentou a maior contribuição energética

    total, no entanto, a ingestão de AUP também demonstrou uma contribuição expressiva no valor

    energético total. O maior consumo de AUP foi observada entre os adolescentes (26,4 %), com

    destaque para o consumo de bolos/biscoitos doces, pães/torradas e guloseimas. Não foi

    verificada associação significativa entre o consumo de AUP e variáveis antropométricas em

    adultos e idosos, entretanto, observou-se que entre os adolescentes, os resultados demonstraram

    associação inversa entre o consumo de AUP e indicadores antropométricos. Conclusão: Desta

    forma, destaca-se a importância do monitoramento do consumo de AUP, e de políticas públicas

    e ações do governo que visem o combate ao consumo de AUP afim de promover qualidade de

    vida a população.

  • IRAILDO FRANCISCO SOARES
  • OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FARINHA DO BAGAÇO DA CANA DE AÇÚCAR (Saccharum officinarum L.)
  • Data: 10/03/2020
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  • SOARES, Iraíldo Francisco. Obtenção e Caracterização de Farinha do Bagaço da Cana
    de-Açúcar (Saccharum officinarum L.). 2020. 70 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de
    Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina/PI.
    A cana-de-açúcar é um produto de grande cultivo no Brasil e sua comercialização ocorre,
    principalmente, para à geração de açúcar e álcool em larga escala. A utilização da cana-de
    açúcar pela indústria sucroalcoleira gera uma grande quantidade de resíduos, dentre eles o
    bagaço, que precisa ser melhor estudado para identificar o seu potencial de aproveitamento
    pala indústria alimentícia. Com isso, objetivou-se estudar diferentes condições de secagem
    visando obter e caracterizar a farinha do bagaço da cana-de-açúcar. Por meio de um
    Delineamento Composto Central Rotacional foram definidas diferentes condições de secagem
    combinando tempo (X1) e temperatura (X2) para a desidratação do bagaço da cana-de-açúcar.
    Foram obtidos 11 ensaios de secagem analisados em 03 lotes distintos. Para todos os ensaios,
    foram analisados os parâmetros de rendimento, granulometria, pH, acidez total titulável,
    sólidos solúveis totais, ratio, índice de absorção de água, índice de solubilidade, umidade,
    atividade de água e molhabilidade como resposta às diferentes condições de secagem. Por
    meio da análise estatística de regressão, considerando o p-valor <0,1 (10%), apenas a
    umidade, atividade de água e molhabilidade foram significativos para as condições de
    secagem da farinha. A umidade e a atividade de água apresentaram valores dentro dos padrões
    propostos pela literatura, garantindo condições de estabilidade. A secagem quando realizada a
    75 ºC por 72 minutos apresentou as melhores condições de molhabilidade. A farinha definida
    pelo delineamento foi submetida às análises de cinzas (0,88 ± 0,05), proteínas (0,94 ± 0,01),
    lipídios (0,45 ± 0,03), carboidratos (93,08 ± 0,23) e valor energético total (380,32 ± 0,86).
    Como parâmetros tecnológicos, foram avaliados a capacidade de absorção de óleo (5,52),
    propriedade emulsificante (0,22) e capacidade gelificante (-). Também foi verificado o
    comportamento térmico por meio da termogravimetria e observado uma estabilidade do
    material até a temperatura de 250 ºC. Com isso, pode-se concluir que as variáveis
    independentes de tempo e temperatura influenciaram nas respostas de umidade, atividade de
    água e molhabilidade e, a farinha do bagaço de cana-de-açúcar apresenta características
    nutritivas e tecnológicas que permitem a sua inclusão como matriz alimentar no
    desenvolvimento de novos produtos alimentares.

     

  • NAYARA VIEIRA DO NASCIMENTO MONTEIRO
  • SÍNDROME METABÓLICA E ASSOCIAÇÃO COM O EXCESSO DE PESO EM ADULTOS E IDOSOS: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL-ISAD, PI
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 02/03/2020
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  • INTRODUÇÃO: A síndrome metabólica (SM) é um distúrbio complexo caracterizado por
    um conjunto de alterações metabólicas inter-relacionadas, que incluem concentrações elevada
    de glicose, dislipidemia, obesidade abdominal e pressão arterial alta. A incidência da SM
    costuma ser paralela à incidência do excesso de peso, fortemente associada ao risco
    aumentado de doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Avaliar a associação entre a síndrome
    metabólica e o excesso de peso em adultos e idosos. MÉTODOS: Estudo transversal de base
    populacional domiciliar, realizado em 2018 e 2019, com amostra probabilística complexa, por
    conglomerados. A população estudada foi composta de 282 indivíduos maiores de 20 anos de
    ambos os sexos. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
    Universidade Federal do Piauí (UFPI) sob parecer n. 2.552.426. Foram utilizados dados
    sociodemográficos, comportamentais e clínicos por meio de entrevistas utilizando o software
    Epicollect 5®. Para determinar o índice de massa corporal (IMC) foi utilizado peso e altura.
    Na determinação da síndrome metabólica foram usados os componentes: circunferência da
    cintura, pressão arterial, perfil lipídico e glicemia, sendo utilizado o critério NCEP/ATP III.
    O programa STATA foi utilizado para análise estatística. A distribuição dos dados foi
    realizada por meio do teste Kolmogorov-Smirnov. Para verificar a associação entre as
    variáveis categóricas, realizou-se o teste de Qui-quadrado de Pearson e a o grau de associação
    entre as variáveis dependentes e explanatórias foi realizada a regressão de Poisson com
    variância robusta que expressa à razão de prevalência (RP). Adotou-se nível de significância
    de 5%, com p< 0,05 e intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A prevalência geral
    da síndrome metabólica foi 28,8%, maior nos idosos (49,4%) do que nos adultos (21,1%).
    Nos adultos, a proporção dos componentes da SM esteve elevada naqueles indivíduos com
    um componente (34,3%), enquanto que nos idosos, houve elevada proporção naqueles que
    apresentaram 2 ou mais (79,2%). O componente mais prevalente na amostra geral foi o HDL
    c (56,9%). O triacilglicerol, glicemia e pressão arterial elevados estiveram presentes com
    diferença estatística nos idosos. O perfil da população estudada foi composto por 69,2% de
    indivíduos do sexo feminino; 72,3% adultos, com maiores anos de estudos e consumo de
    álcool. Enquanto que os idosos apresentaram maior uso de tabaco e presença de diabetes
    mellitus e hipertensão arterial. A prevalência de excesso de peso nos adultos foi
    significativamente maior do que nos idosos, 61,8% e 35,1% respectivamente. Houve
    associação significativa com o estado de peso, na qual adultos com excesso de peso
    apresentam 5,6 mais chances de apresentarem SM quando comparados aos adultos sem
    excesso de peso. CONCLUSÃO: A prevalência da SM foi elevada, apresentando associação
    significativa com o estado de peso, especificamente para indivíduos adultos com excesso de
    peso.

     

  • CRISLANE DE MOURA COSTA
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO CONSUMO DA FARINHA DO MESOCARPO DE BABAÇU (ORBIGNYA PHALERATA MART.) SOBRE A RECUPERAÇÃO MUSCULAR DE JOGADORES DE FUTSAL
  • Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 28/02/2020
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  • COSTA, C. M. AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO CONSUMO DA FARINHA DO
    MESOCARPO DE BABAÇU (ORBIGNYA PHALERATA MART.) SOBRE A
    RECUPERAÇÃO MUSCULAR DE JOGADORES DE FUTSAL. Dissertação – Mestrado
    em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    Introdução: A ingestão de carboidratos antes, durante e/ou depois dos exercícios representa a
    melhor conduta nutricional para evitar a ocorrência de possíveis deficiências energéticas no
    desempenho, além de atuar na recuperação pós-exercício. Objetivo: Avaliar a eficácia da
    suplementação da farinha integral do mesocarpo de babaçu (Orbignya pharelata Mart.) na
    recuperação muscular de jogadores de futsal. Metodologia: A utilização da farinha do
    mesocarpo do babaçu, como suplemento nutricional, em esportes intermitentes, no futsal, dessa
    forma, o estudo pautou-se em três grupos com: água, maltodextrina e farinha do mesocarpo do
    babaçu, utilizados no pré e pós teste com 10 atletas semiprofissionais adultos de futsal,
    submetidos à uma série pliométrica, e o FISP, durante três semanas com suplementação pré e
    pós teste, acompanhando marcado de dano muscular, percepção subjetiva de esforço e de dor.
    Resultado e Discussão: Encontrou-se CK diminuída no uso de maltodextrina comparada à
    água sugerindo uma proteção no dano muscular, porém o uso de mesocarpo de babaçu não se
    mostrou eficaz mostrando um aumento significativo comparada à água. Conclusão: Os
    participantes do estudo apresentaram ingestão dietética de macronutrientes inadequada. A
    suplementação com a farinha do mesocarpo de babaçu sugere que seu consumo pode ser uma
    estratégia nutricional capaz de melhorar a percepção de esforço e dor em atletas de futsal
    quando comparado a ingestão de água não sendo superior a ingestão de maltodextrina.

     

  • IVONE FREIRES DE OLIVEIRA COSTA NUNES
  • ESTADO NUTRICIONAL GLOBAL DA PESSOA IDOSA: ASSOCIAÇÃO COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, STATUS DE VITAMINA D, HIPERTENSÃO ARTERIAL E POLIMORFISMOS GENÉTICOS
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 28/02/2020
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  • INTRODUÇÃO: o envelhecimento é um processo natural, comumente acompanhado
    por modificações antropométricas e alterações no sistema digestório, que se
    interrelacionam com fatores ambientais, sociais, demográficos, comportamentais,
    clínicos e genéticos. Em idosos é elevada a prevalência de hipertensão arterial e de
    hipovitaminose D, que também pode ser influenciada por variantes genéticas, como
    a inserção/deleção (INDEL) da enzima conversora de angiotensina (ECA) -
    rs1799752 e polimorfismos de nucleotídeo único no gene que codifica a aldosterona
    sintase (CYP11B2-C344T; rs1799998) e do receptor da vitamina D (FokI -
    rs2228570 e BsmI - rs1544410), por interferirem nos marcadores antropométricos,
    bioquímicos e de consumo alimentar. OBJETIVOS: avaliar o estado nutricional
    global e sua associação com determinantes biossociais, com o status de vitamina D,
    com a prevalência de hipertensão arterial e com os polimorfismos genéticos
    supramencionados. MÉTODOS: estudo realizado com 173 idosos de Teresina,
    Piauí, Brasil, cuja caracterização sociodemográfica, de saúde e hábitos de vida
    ocorreu por entrevista. Para avaliar o estado nutricional global, usou-se
    simultaneamente, o índice de massa corporal, a dobra cutânea tricipital e a
    circunferência muscular do braço. A 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] foi dosada por
    quimiluminescência e o consumo de vitamina D foi avaliado pelo questionário de
    frequência alimentar semiquantitativo. Os idosos foram classificados como
    hipertensos, segundo o diagnóstico médico e uso de drogas anti-hipertensivas. A
    genotipagem do INDEL da ECA ocorreu por reação em cadeia da polimerase
    convencional e o CYP11B2-C344T, FokI e BsmI, por RT-RFLP. RESULTADOS: a
    amostra foi constituída por 118 (68,2%) mulheres e 55 (31,8%) homens, com idade
    variando de 60 a 90 anos; a maioria tinha estado nutricional global inadequado
    (n=118; 68,2%). E mais da metade da amostra tinha hipertensão arterial (55,4%).
    Verificou-se hipovitaminose D em 66,5% dos participantes e ingestão insuficiente de
    vitamina D em 96% dos idosos. Para além disso, houve associação estatisticamente
    significativa entre estado nutricional global e estado civil, hipertensão arterial e status
    de 25(OH)D. Os resultados da regressão múltipla mostraram que idosos sem
    companheiro (OR: 2,85; p=0,003) e com hipovitaminose D (OR: 2,6; p=0,012),
    tiveram mais chance de estado nutricional inadequado. Contudo, pessoas idosas
    com os dois genótipos, ff do FokI (OR1; OR2: 0,2; p<0,05) e II do INDEL ECA (OR: 11
    0.2, p<0,05), tiveram menor chance de estado nutricional inadequado. O status de
    25(OH)D mostrou associação estatisticamente significativa com o ENG nos idosos
    com os genótipos Ff-FokI, BB-BsmI e CC-CYP11B2-C344T. Nos indivíduos com os
    genótipos ID, Ff e Bb observou-se associação entre hipertensão arterial e ENG.
    CONCLUSÃO: verificou-se elevada proporção de idosos com estado nutricional
    global inadequado e associação estatisticamente significativa com situação conjugal,
    hipovitaminose D, hipertensão arterial e polimorfismo VDR-FokI e INDEL da ECA.
  • RAFAELLY RAIANE SOARES DA SILVA
  • Qualidade físico-química, microbiológica, micotoxicológica e microscópica de suco de uva integrais esterilizados disponíveis no mercado
  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 19/02/2020
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  • SILVA, R.R.S. Qualidade Físico-química, Microbiológica, micotoxicológica
    e microscópica de suco de uva integral esterilizado disponível no mercado.
    2020. 61 f Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós Graduação em Alimentos
    e Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Piauí,
    Teresina – PI.
    INTRODUÇÃO: O suco de uva integral é amplamente comercializado e
    consumido, devido a uma busca cada vez maior por alimentos mais práticos e
    compatíveis com um estilo de vida saudável. O objetivo desse trabalho foi
    verificar a adequação para consumo do suco de uva integral disponível no
    comércio. METODOLOGIA: Foram realizadas as análises: rotulagem nutricional;
    contagem de coliformes a 45º C; quantificação, isolamento e identificação de
    fungos filamentosos e leveduriformes; detecção de ocratoxina A; análise da
    concentração de sólidos solúveis totais (BRIXº), acidez total titulável, valores de
    pH, açúcares totais, redutores e não redutores, vitamina C e presença de
    sujidades. RESULTADOS: As marcas pesquisadas atendem, em geral, aos
    requisitos obrigatórios da legislação vigente para derivados de uva e vinhos.
    Entretanto, declaram ausência de nutriente que naturalmente não é de sua
    natureza e em uma marca foi verificada expressão que estimula o consumo do
    produto. Não foi observado crescimento de coliformes a 45º C. As contagens
    para fungos filamentosos e leveduriformes foram de 2,00 a 2,39 UFC/mL em
    log10. e encontram-se dentro dos limites estabelecidos pela legislação. Foram
    identificados e isolados das amostras as espécies A. ochraceus, A. nigger, A.
    fumigatus, A. japonicus, e A. oryzae. As amostras se mostraram em
    conformidade com a legislação em relação aos parâmetros físico-químicos
    analisados e em quantidades compatíveis com a literatura de açúcares totais,
    redutores, não redutores e vitamina C. Foram identificadas a presenças de
    elemento estranhos ao suco de uva como fragmentos de madeira, fios de
    plástico, tecido vegetal indicando falhas nas Boas Práticas de fabricação.
    CONCLUSÃO: O consumo de sucos de uva integral é seguro, porém, podem
    apresentar elementos estranhos ao produto. Portanto, deve haver maior atenção
    no manejo da sua matéria-prima.

  • IARA KATRYNNE FONSÊCA OLIVEIRA
  • Circunferência do pescoço como preditor de riscos cardiometabólicos e obesidade tronco-superior em pessoas vivendo com HIV.
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 17/02/2020
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  • INTRODUÇÃO: Pesquisas têm sugerido que a circunferência do Pescoço (CP) está associada a riscos
    cardiometabólicos e obesidade tronco-superior, no entanto não existe consenso nacional e internacional sobre os valores
    de corte para esse indicador. O objetivo deste estudo foi investigar a relação da CP com outros indicadores
    antropométricos e avaliar o risco cardiometabólico e a obesidade tronco-superior por meio de pontos de cortes
    propostos para pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). MÉTODOS: Estudo transversal
    incluindo 233 pessoas com HIV, assistidas em um centro de referência em doenças infectocontagiosas em Teresina,
    Piauí. Foram coletados dados sociodemográficos, socioeconômicos, hábitos de vida, clínicos e antropométricos
    utilizando um questionário estruturado. A avaliação antropométrica incluiu medidas de peso, estatura, CC, CP e dobras
    cutâneas tricipital e subescapular. As análises estatísticas foram realizadas pelo pacote estatístico Stata® versão 12 e
    curvas ROC foram construídas para determinar a acurácia da CP em predizer risco cardiometabólico em pessoas que
    vivem com HIV. RESULTADOS: A amostra estudada foi composta por 57,5% de pessoas do sexo masculino, com
    média de idade (IC 95%) de 38,4 anos (37,2 – 39,7). A CP apresentou correlação positiva e estatisticamente significa (p
    <0,05) com todas as variáveis antropométricas analisadas, exibindo maior força de correlação com a CC e o IMC. O
    ponto de corte de CP selecionado como preditor de risco de complicações cardiometabólicas e obesidade troncosuperior
    nas mulheres foi ≥ 32,4 cm, levando em consideração ambos, CC e IMC. Para os homens, os pontos de corte
    de CP foram diferentes quando considerados a CC (≥ 39,6 cm) e o IMC (≥38,1 cm) como referência. Vale ressaltar que
    a CP apresentou ótimo desempenho na análise das curvas ROC em relação aos demais indicadores diagnósticos
    considerados neste estudo. CONCLUSÃO: A CP revelou-se como indicador promissor na avaliação da nutrição e da
    saúde de pessoas vivendo com HIV, mostrando ser um instrumento de rastreamento capaz de identificar o risco de
    complicações cardiometabólicas e o acúmulo de gordura tronco-superior provocado tanto pela terapia antirretroviral
    como pelos hábitos de vida das pessoas com HIV.

  • THIANA MAGALHÃES VILAR
  • DISLIPIDEMIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL-ISAD/PI
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 14/02/2020
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  • Introdução: Dislipidemia é um transtorno metabólico caracterizado por concentrações
    anormais de lipídios ou lipoproteínas no sangue e desempenha papel importante na ocorrência
    das doenças cardiovasculares. Na maioria das vezes, sua causa é derivada de uma associação
    de fatores genéticos e ambientais. Objetivo: Estimar a prevalência de dislipidemia e fatores
    de risco associados em indivíduos adultos e idosos de Teresina-PI. Métodos: Estudo
    transversal de base populacional domiciliar intitulado ISAD-PI, realizado em 2018 e 2019,
    com amostra probabilística complexa, por conglomerados, constituída por 314 indivíduos a
    partir de 20 anos, de ambos os sexos. Foram utilizados dados sociodemográficos (idade, sexo,
    escolaridade e situação conjugal), comportamentais (tabagismo e consumo de álcool)
    mediante aplicação de questionários adaptados de inquéritos utilizados em outros estudos
    populacionais brasileiros, além de dados antropométricos (massa corporal, altura e
    circunferência da cintura). Para análise de prevalência da dislipidemia foi realizada coleta de
    sangue em jejum para determinação do perfil lipídico com dosagens de: Colesterol total,
    Triglicerídeos, LDL-c e HDL-c. A análise estatística foi realizada por meio do programa Stata
    versão 13.0 e o nível de significância dos testes adotados foram de p < 0,05. Resultados: A
    prevalência de dislipidemias foi elevada na população geral (88,5%),sendo de 87,3% na
    população adulta, e 92% na idosa. O HDL-c baixo foi à dislipidemia mais prevalente (72,1%)
    em ambos os grupos. Os fatores de riscos que mais se associaram com algum tipo de
    dislipidemia foi à circunferência da cintura elevada, excesso de peso e o tabagismo. Na
    população adulta, a CC elevada e excesso de peso apresentou associação significativa com o
    diagnóstico de HDL-c baixo (RP=1,30; IC95%=1,07-1,58; p<0,006) e (RP= 1,23;
    IC95%=1,02-1,50 p<0,03), respectivamente. No idoso, o tabagismo foi o fator mais associado
    com o desenvolvimento de hipertrigliceridemia isolada (RP=1,92; IC95%=1,05-3,52;
    p<0,03). Conclusões: Os resultados evidenciam elevada prevalência de dislipidemias na
    população adulta e idosa de Teresina e sua associação positiva com CC elevada, excesso de
    peso e tabagismo o que apontam a necessidade de pensar em estratégias de saúde pública para
    a prevenção e o manejo adequado no gerenciamento dessa condição clinica para alterar a
    morbimortalidade cardiovascular.
  • AMANDA SUELLENN DA SILVA SANTOS OLIVEIRA
  • CONSUMO ALIMENTAR DE SELÊNIO E MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES COM DIABTES MELLITUS TIPO 2
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 12/02/2020
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  • OLIVEIRA, A. S. S. S. Consumo Alimentar de Selênio e Marcadores de Estresse
    Oxidativo em Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2. 2020. Dissertação
    (Mestrado) - Programa de Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal
    do Piauí, Teresina-PI.
     
    INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado pela
    presença de hiperglicemia em consequência de defeito na secreção e/ou ação da
    insulina. Esse estado hiperglicêmico característico favorece o estresse oxidativo que
    está associado ao progresso e às complicações da doença. O selênio e a enzima
    superóxido dismutase são importantes antioxidantes que atuam contra o dano
    oxidativo induzido pelo diabetes. Portanto, o objetivo do estudo é avaliar o consumo
    alimentar de selênio e marcadores de estresse oxidativo em pacientes com Diabetes
    Mellitus Tipo 2. MÉTODOS: Estudo caso-controle de delineamento analítico, realizado
    com 60 indivíduos, com idade entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos, distribuídos em
    grupo controle (n=30) e grupo caso (n=30). Foram avaliados parâmetros
    antropométricos e de composição corporal por meio da determinação do Índice de
    Massa Corporal, medida da circunferência da cintura e do percentual de gordura
    corporal. A análise da ingestão de selênio e de macronutrientes foi realizada por meio
    de dois recordatórios de 24 h, utilizando o software Dietpro 6.1. A determinação das
    concentrações séricas de glicose foi realizada pelo método colorimétrico-enzimático,
    o perfil lipídico foi determinado por química seca, e a avaliação do estresse oxidativo
    por meio da determinação das concentrações plasmáticas de malondialdeído e da
    enzima mieloperoxidase e atividade da enzima superóxido dismutase nos eritrócitos.
    A Proteína C-reativa foi analisada por Imunoturbidimetria, como um marcador da
    atividade inflamatória. Na análise estatística foi utilizado os testes t de Student e U de
    Mann-Whitney para comparação de médias e teste Exato de Fisher para verificar
    associações entre as variáveis. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino
    (67,7%) em ambos os grupos. Os diabéticos apresentaram maior índice de massa
    corporal e circunferência da cintura (p<0,05) e, quanto ao consumo alimentar,
    verificou-se que a ingestão de selênio foi maior no grupo diabetes (p<0,05), mas
    abaixo da recomendação. A glicemia de jejum apresentou valores mais elevados em
    diabéticos (p<0,05). Maior atividade da enzima superóxido dismutase (p<0,05) e maior
    concentração plasmática de malondialdeído (p<0,05) foram encontradas no grupo
    caso. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre o consumo
    de selênio e a concentração de marcadores de estresse oxidativo. CONCLUSÃO: Os
    participantes apresentaram consumo de selênio abaixo das recomendações, o grupo
    diabetes apresentou maiores concentrações de marcadores de peroxidação lipídica e
    baixa atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase.

     

2019
Descrição
  • DÉBORA THAIS SAMPAIO DA SILVA
  • CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS, FUNCIONAIS E TOXICOLÓGICAS DO FRUTO E DA FARINHA DA MACAMBIRA (Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.)
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 04/12/2019
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  • SILVA, D. T. S. CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS, FUNCIONAIS E
    TOXICOLÓGICAS DO FRUTO E DA FARINHA DA MACAMBIRA (Bromelia
    laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.) 2019. 64 p. Dissertação (Mestrado) –
    Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal
    do Piauí, Teresina-PI.
    Bromélia laciniosa Mart. ex Schult. também conhecida como macambira que
    pertence ao gênero Bromélias, é uma planta da família das Bromeliaceas.
    Frequentemente a macambira vive associada com o xiquexique e costuma ser
    aproveitada na alimentação dos animais e do homem, durante os períodos de
    estiagens. Com base na importância da avaliação toxicológica e características
    nutricionais para inserção e recomendação nutricional de alguns alimentos,
    objetivou –se avaliar as características nutritivas, funcionais e toxicológicas do
    fruto e da farinha da macambira. Foram realizadas análises de composição
    centesimal, fibras, compostos bioativos e atividade antioxidante e atividade de
    água das farinhas além do cálculo de seu rendimento. Em relação aos frutos in
    natura a porcentagem de umidade de polpa, casca e semente foi
    significativamente diferente (p ≤ 0,05), tendo a polpa maior teor (82,33 %). A
    casca apresentou o maior teor de cinzas (1,95%). Tanto para proteínas quanto
    para lipídios, os teores foram baixos, variaram de 0,20% a 0,60% para
    proteínas e 0,20% a 0,78% para lipídios. A maior concentração de carboidratos
    foi na semente e consequentemente maior VET. A casca apresentou os
    maiores teores de compostos fenólicos, flavonoides, carotenoides, vitamina C e
    atividade antioxidante. Em relação as farinhas, as de casca e polpa da
    macambira apresentam valores menores quando comparados ao da casca no
    período T0 e T1. No entanto, após 15 dias de armazenamento (T2), a farinha
    da casca de macambira apresentou valor de atividade de água maior que as
    demais farinhas no mesmo período de tempo. A porcentagem de umidade de
    polpa, casca e semente apresentaram diferença significativa (p ≤ 0,05) onde as
    farinhas de polpa e casca apresentaram umidade maior que a semente assim
    como o teor de cinzas. Para as proteínas, apenas a polpa apresentou valor
    maior que 1,0%, tendo as demais partes do fruto valor menor, bem como para
    lipidios que variaram de 0,20% até 0,97%. Em relação ao teor de fibras, a
    farinha da casca apresentou um teor de fibras alimentares totais de 84,53% (74
    g/100 g) do total de carboidratos na farinha da casca , maior do que o
    verificado para a polpa. Para os compostos bioativos das farinhas, a casca
    apresentou maior teor dos mesmos e observou-se uma redução drástica no
    teor de carotenóides em relação ao fruto in natura. A atividade antioxidante foi
    maior na farinha da polpa. Para o teste de toxicidade frente Artemia Salina,
    todos os extratos testados apresentaram concentração letal mediana (CL50)
    nula tanto para o fruto inteiro quanto para as farinhas das partes do fruto.
    Concluiu-se quea as farinhas provenientes do fruto da macambira (Bromelia
    laciniosa) são uma opção nutritiva para como ingrediente para novos produtos
    alimentícios, alto teor de fibras alimentares em especial as insolúveis, além de
    elevada atividade antioxidante e apresentar -se segura para consumo humano.

  • ANA RAQUEL SOARES DE OLIVEIRA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE BIOMARCADORES DOS MINERAIS (MAGNÉSIO, SELÊNIO E ZINCO) E O SISTEMA DE DEFESA ANTIOXIDANTE EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 04/10/2019
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  • OLIVEIRA, A. R. S. Associação entre biomarcadores dos minerais (magnésio, selênio e zinco) e o sistema de defesa antioxidante em mulheres obesas. 2019. Tese - Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

     

    INTRODUÇÃO: A literatura tem evidenciado deficiência em magnésio, selênio e zinco em indivíduos com obesidade, com prejuízo na realização de suas funções fisiológicas, o que parece comprometer o sistema de defesa antioxidante endógeno em organismos obesos. OBJETIVO: Avaliar a associação entre biomarcadores dos minerais (magnésio, selênio e zinco) e o sistema de defesa antioxidante em mulheres obesas. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 140 mulheres que foram distribuídas em: obesas, com índice de massa corpórea ≥ 35 kg/m² e mulheres eutróficas, com índice de massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m². Este estudo é um recorte do projeto “Impacto de minerais em distúrbios endócrino-metabólicos”. Foram conduzidas determinações de parâmetros do controle glicêmico e lipídios séricos. Os índices HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance) e HOMA-β foram calculados. As análises de cortisol sérico, leptina plasmática, concentrações plasmáticas de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), atividade das enzimas superóxido dismutase, glutationa peroxidase e catalase nos eritrócitos foram realizadas. A análise da ingestão de energia, macronutrientes, magnésio, selênio e zinco e a determinação das concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias destes minerais foram conduzidas. RESULTADOS: As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de magnésio, selênio e zinco reduzidas e valores de excreção urinária aumentados, quando comparadas ao grupo controle (p<0,05). As participantes obesas apresentaram concentrações plasmáticas elevadas de TBARS e atividade reduzida da enzima superóxido dismutase nos eritrócitos (p<0,05). O estudo revelou associação positiva entre as concentrações eritrocitárias de zinco e selênio e a atividade das enzimas glutationa peroxidase e superóxido dismutase eritrocitárias nas mulheres obesas (p < 0,05). Além disso, a análise de regressão identificou associação positiva entre a insulina sérica e a enzima glutationa peroxidase, sendo esta dependente do selênio dietético (p<0,05). CONCLUSÃO: As pacientes obesas apresentam deficiência em magnésio, selênio e zinco, o que parece influenciar a capacidade do sistema de defesa antioxidante e, consequentemente contribui para acentuar desordens metabólicas importantes nessas pacientes, a exemplo do estresse oxidativo.

     

  • THAMARA MARTINS SILVA
  • ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ESPESSURA DA CAMADA MÉDIO-INTIMAL DE CARÓTIDAS E MARCADORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM ADULTOS
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 18/09/2019
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  • SILVA, T. M. Análise de relação entre espessura da camada médio-intimal de carótidas
    e marcadores de risco cardiometabólico em adultos. 2019. Dissertação (Mestrado) -
    Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,
    Teresina- PI.
    Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo e seus
    fatores de risco aumentam as chances de intercorrer disfunção endotelial, aumentando a
    permeabilidade das células do endotélio, favorecendo o acúmulo de lipoproteínas no espaço
    subendotelial e facilitando o processo de oxidação. Objetivo: Relacionar o espessamento de
    camada médio-intimal de carótidas, percentual de gordura, pexoridação lipídica e índice
    aterogênico. Materiais e métodos: estudo transversal, analítico, com 33 indivíduos, com
    idade de 18 a 59 anos atendidos no Hospital Universitário da UFPI. Foram investigados dados
    socioeconômicos e do consumo alimentar, realizou-se avaliação antropométrica (peso,
    estatura e circunferência da cinura - CC), bioimpedância (percentual de gordura) e
    ultrassonografia das carótidas. Foram determinados perfil lipídico, proteína C-reativa (PCR),
    índice aterogênico plasmático (AIP), concentrações plasmáticas de malondialdeído e
    mieloperoxidase para identificação da presença do estresse oxidativo. Os dados foram
    analisados no programa software SPSS, com a aplicação de testes para avaliar associação e
    correlação entre as variáveis, sendo considerado estatisticamente significativo p <0,05. O
    projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI sob o CEP: Nº
    659795516.0.0000.5214. Resultados: A amostra foi predominantemente feminina (81,8%), a
    média de idade foi de 48,4 anos e a maioria da população estudada estava com excesso de
    peso e com percentual de gordura elevado. Os valores de PCR encontraram-se elevados na
    maioria dos indivíduos, e a dislipidemia mais predominante foi HDL-c baixo. As
    concentrações encontradas de malondialdeído e mieloperoxidase foram elevadas, sugerindo
    presença de estresse oxidativo. Houve associação entre triglicerídeos e espessura médiointimal (EIMc) de carótidas (p= 0,04). Triglicerídeos, HDL, PCR e índice aterogênico
    apresentaram correlação com EIMc (p<0,05). Também houve correlação positiva entre AIP e
    peso, índice de massa corpórea e CC (p<0,05), em contrapartida, HDL-c apresentou
    correlação negativa com AIP. Conclusão: Diante da correlação entre AIP e EIMc, bem como
    EIMc e triglicerídeos, foi possível afirmar que o aumento das concentrações de triglicerídeos
    aumentam o risco de comprometimento das carótidas, causando o espessamento e que índice
    aterogênico aumenta a medida que a EIMc se eleva. Contudo, pode-se afirmar que todos os
    riscos cardiometabólicos avaliados neste estudo são gatilhos para o desenvolvimento de
    doenças cardiovasculares, principalmente, no que diz respeito à disfunção endotelial e
    aterosclerose.

  • NARA VANESSA DOS ANJOS BARROS
  • BIOACESSIBILIDADE IN VITRO, IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM GRÃOS CRUS E COZIDOS DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI BIOFORTIFICADAS
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 06/09/2019
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  • BARROS, N. V. A. Bioacessibilidade in vitro, identificação de compostos fenólicos e atividade antioxidante em grãos crus e cozidos de cultivares de feijão-caupi biofortificadas. 2019. 160 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI.  

     

    Os grãos de feijão-caupi contêm compostos bioativos dos quais se destacam os compostos fenólicos, que estão concentrados no tegumento da semente e têm o potencial de auxiliar na proteção do organismo contra doenças crônicas não transmissíveis. Pesquisas que avaliem as frações acessíveis à absorção pelo organismo dos compostos bioativos durante a digestão gastrointestinal in vitro de grãos de feijão-caupi são escassos. Assim, este estudo objetivou avaliar a bioacessibilidade in vitro dos compostos fenólicos e atividade antioxidante nos grãos de cultivares biofortificadas de feijão-caupi, antes e após a cocção. As cultivares BRS Aracê, BRS Tumucumaque e BRS Xiquexique foram analisadas em triplicata na forma de farinha, e após a cocção em panela de pressão doméstica por 13 minutos. Foram determinados os conteúdos de compostos fenólicos e flavonoides totais, proantocianidinas e atividade antioxidante pelo método de captura dos radicais livres DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazil), ABTS (ácido 2,2'-azino-bis (3-etilbenzotiazolino-6-sulfônico) e FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power), por meio da espectrofotometria, antes e após a cocção, e em todas as fases do processo digestivo (oral, gástrica, duodenal e colônica). Pesquisaram-se oito ácidos fenólicos, e a identificação e quantificação foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). O conteúdo de compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante foram reduzidos após a cocção, mas aumentaram com a digestão gastrointestinal simulada in vitro, devido à liberação de formas ligadas. Os ácidos fenólicos sofreram degradação sob condições gastrointestinais, entretanto, os grãos das três cultivares de feijão-caupi biofortificadas avaliadas mantiveram compostos com relevante bioatividade (grãos crus – ácidos gálico, cafeico e p-cumárico; grãos cozidos – ácidos gálico e cafeico)  e atividade antioxidante, que podem auxiliar na proteção contra doenças crônicas não transmissíveis, tornando o feijão-caupi um alimento fonte de antioxidantes naturais, para inclusão na ingestão diária da população.

  • KARINE ALEIXES BARBOSA DE OLIVEIRA
  • COMPOSIÇÃO CENTESIMAL, TEOR DE MINERAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS DE LINHAGENS DE FEIJÃO AZUKI (Vigna angularis)
  • Data: 30/08/2019
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  • OLIVEIRA, K. A. B. O. COMPOSIÇÃO CENTESIMAL, TEOR DE MINERAIS E COMPOSTOS
    BIOATIVOS DE LINHAGENS DE FEIJÃO-AZUKI (Vigna angularis). 2019. 67f. Dissertação
    (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,
    Teresina-PI.
    O objetivo deste estudo foi caracterizar linhagens de feijão-azuki quanto à composição centesimal
    (umidade, cinzas, lipídios, carboidratos e proteínas), ao valor energético total (VET), ao teor de
    minerais e aos compostos bioativos nos grãos. As 14 linhagens foram obtidas do Banco Ativo de
    Germoplasma (BAG) de Feijão-caupi da Embrapa Meio-Norte e os grãos obtidos a partir de campo
    de multiplicação realizado no período de janeiro a junho de 2018 em telado no campo experimental
    da Embrapa Meio-Norte. Todas as análises foram desenvolvidas no período de junho de 2018 a
    abril de 2019. De cada linhagem foram obtidas farinhas para as análises. Determinaram-se os
    compostos bioativos das três linhagens com maior valor comercial, sendo analisados os compostos
    fenólicos e a atividade antioxidante. Todas as análises foram realizadas em triplicata e os resultados
    expressos como média ± desvio-padrão. Realizou-se a Análise de Variância e as médias foram
    comparadas com o teste de Scott-Knott (p≤0,05). Em relação aos compostos bioativos, o tempo
    decorrido entre a moagem e as análises foram 10 meses, onde as amostras foram mantidas em
    refrigerador doméstico a uma temperatura de 4ºC, em sacos de polietileno até o momento das
    análises. Assim, a linhagem BRA-00122305-6 se destacou apresentando os maiores conteúdos de
    compostos fenólicos = (552,38 mg GAE/100 g), de antocianinas (0,74 mg CE/100 g) e também de
    atividade antioxidante (77,9% de inibição). Conclui-se que as linhagens de feijão-azuki plantadas
    sob as condições do Nordeste brasileiro apresentam ótimas características nutricionais, minerais e
    funcionais, e, portanto, recomenda-se o seu consumo.

  • MARA CRISTINA CARVALHO BATISTA
  • EFEITO DO ISOTÔNICO À BASE DE CAJUÍNA NO DESEMPENHO E EM PARÂMETROS HIDROELETROLÍTICOS E HEMODINÂMICOS DE CORREDORES
  • Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 30/08/2019
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  • BATISTA, M. C. C. Efeito do isotônico à base de cajuína no desempenho e em
    parâmetros hidroeletrolíticos e hemodinâmicos de corredores. 2019. Dissertação
    (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade
    Federal do Piauí, Teresina-PI.
    INTRODUÇÃO: O estado de hidratação adequado tem papel fundamental na
    manutenção das funções fisiológicas exigidas pelo exercício físico. Diferentes
    estratégias de hidratação têm sido utilizadas para minimizar as limitações associadas
    a desidratação como a utilização de repositores hidroeletrolíticos. OBJETIVO: Avaliar
    o efeito de isotônico à base de cajuína no desempenho e em parâmetros
    hidroeletrolíticos e hemodinâmicos em corredores amadores. METODOLOGIA:
    Ensaio clínico, randomizado, com delineamento crossover, envolvendo corredores
    amadores na faixa etária entre 18 e 40 anos de idade que foram submetidos a um
    protocolo composto de cinco estágios: 1) teste incremental em uma esteira
    ergométrica para determinar o consumo de oxigênio e adotar o valor para a carga
    usada nas demais etapas; 2) protocolo controle sem hidratação (PC); 3) protocolo
    experimental (PE) que consistia em três estágios distintos onde em cada estágio o
    voluntário fazia a ingestão de uma bebida diferente (Isotônico à base de cajuína,
    Gatorade® e água), de modo que todos consumiram as três bebidas. Os voluntários
    foram submetidos a um teste de exaustão em esteira a 70% do VO2PICO e 60 minutos
    de recuperação em repouso. A hidratação ocorreu antes, com ingestão prévia de 500
    mL de água 2 horas antes do início do teste e durante, a cada 15 minutos, começando
    a contar a partir do 15º minuto de exercício até a conclusão, sendo a quantidade
    ingerida proporcional à massa corporal perdida no protocolo controle. Todos os
    estágios foram divididos em dois momentos, momento um (M1) e momento dois (M2),
    que correspondiam ao pré e pós teste físico, respectivamente. Nos momentos pré e
    pós do PE, os voluntários foram submetidos a avaliações: antropométricas (peso e
    estatura); composição corporal; sanguíneas (osmolalidade plasmática e quantificação
    de eletrólitos) e urinárias (osmolalidade, quantificação de eletrólitos e gravidade
    específica da urina – GEU). Também foram avaliados: consumo alimentar; taxa de
    sudorese; parâmetros hemodinâmicos (Pressão arterial sistólica e diastólica e
    frequência cardíaca); psicometria (Profile of Mood States - POMS); percepção
    subjetiva de esforço – PSE e desempenho físico. Os dados foram analisados por meio
    do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: A ingestão dietética
    dos macronutrientes estava adequada. Entretanto, a ingestão de sódio e potássio
    estavam inadequados segundo as recomendações. Não houve diferença estatística
    nos valores da taxa de sudorese, na variação da massa corporal, desempenho físico,
    frequência cardíaca, osmolalidade plasmática e urinária, sódio e potássio plasmático
    e urinário, GEU, no estado de humor, na água intracelular, extracelular e água corporal
    total quando comparado a forma de suplementação. Nenhum voluntário apresentou o
    quadro de desidratação. CONCLUSÃO: A suplementação com isotônico à base de
    cajuína, Gatorade® e água promoveram os mesmos efeitos nas variáveis estudadas,
    não sendo observado diferenças entre os protocolos.

  • MARIA MÁRCIA DANTAS DE SOUSA
  • DESENVOLVIMENTO E CARATERIZAÇÃO DE PÃO TIPO FORMA COM FARINHA DE COTILÉDONES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.)
  • Data: 30/08/2019
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  • O Brasil é um dos países que mais produzem e consomem feijão no mundo, porém nos últimos anos
    o consumo per capita de feijão vem diminuindo em decorrência das mudanças dos hábitos
    alimentares, em contrapartida o consumo per capita de pães e produtos panificados tem expectativa
    de crescimento principalmente em virtude de tendências alimentares por produtos com farinhas
    especiais ou integrais. Objetivou-se desenvolver e caracterizar um pão tipo forma com a adição de
    farinha de cotilédones de feijão-caupi. Para o desenvolvimento da formulação dos pães foi utilizado
    um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos (quatro níveis de
    substituição 0, 15%, 25% e 35%), e três repetições . Os pães foram analisados para parâmetros
    físicos: volume específico, cor, peso, pH e acidez; parâmetros químico:carboidratos, proteínas,
    lipídeos, umidade e cinzas; composição mineral e parâmetros sensoriais: intenção de compra e
    aceitação. Os resultados da análise sensorial e das análises físicas e químicas foram submetidos à
    análise de variância sendo as médias comparadas pelo Teste Tukey, a 5% de probabilidade. Para
    análise de volume específico, as formulações de 25% e 35% de FCFC apresentaram volumes
    menores quando comparados ao pão padrão, no entanto, em relação ao peso, apenas a formulação
    com 35% de FCFC apresentou redução em relação ao padrão.Para os parâmetros de umidade e
    proteínas, observou-se que apenas os pães com35% de farinha de cotilédones de feijão caupi (FCFC)
    diferem da formulação padrão. Entretanto, para as análises de cinzas, pH, acidez, lipídeos e
    carboidratos todas as formulações de pães (15%, 25% e 35% de FCFC)diferem estatísticamente da
    formulação padrão. A formulação de 35% de FCFC foi significativamente a mais rica em teor dos
    minerais como fósforo, potássio, zinco e manganês. A análise sensorial dos pães revelou uma boa
    aceitação nas três formulações, porém a formulação com a substituição de 15% foi a mais aceita,
    com média 6 na aceitação global, em escala hedônica de 9 pontos, referente a “gostei ligeiramente”,
    e a formulação com 25% de FCFC a menor aceitação com nota 5 corresponde a “não gostei e nem
    desgostei”. Os resultados demonstram que a farinha de feijão-caupi apresenta potencial para
    substituição da farinha de trigo na formulação de pães, permitindo a obtenção de um produto com
    aceitação sensorial e elevação no teor nutricional, como fonte de proteínas e minerais.

  • ROSANA RODRIGUES DE SOUSA
  • INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS NA PREDIÇÃO DA ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM ADULTOS
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 26/08/2019
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  • SOUSA, R.R. Indicadores antropométricos na predição da elevação da pressão arterial
    em adultos. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição; Universidade Federal do Piauí,
    Teresina-PI, 2019.
    INTRODUÇÃO: O presente trabalho objetivou avaliar a capacidade de indicadores
    antropométricos de gordura corporal em predizer elevação da pressão arterial em indivíduos
    adultos. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal domiciliar, cuja amostra foi
    composta por 784 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos, residentes nas
    cidades de Teresina e Picos-Piauí. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, de
    estilo de vida e de morbidade autorreferida. Aferiu-se a pressão arterial (PA), em duplicata,
    utilizando-se esfigmomanômetro aneroide. A avaliação antropométrica incluiu medidas de
    peso, estatura, circunferência da cintura e dobras cutâneas. Para a seleção dos indicadores
    antropométricos, realizou-se análises de correlação com a gordura corporal estimada pela
    densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA) em uma população americana de
    referência. Os indicadores antropométricos selecionados neste estudo foram o Índice de Massa
    Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura-Altura (RCA) e a Soma das
    Dobras Cutâneas Tricipital e Subescapular (ΣPCT+PSE). A regressão linear foi utilizada para
    determinar a relação entre os parâmetros antropométricos e a pressão arterial sistólica (PAS) e
    diastólica (PAD). Curvas ROC foram construídas para determinar a acurácia dos indicadores
    antropométricos para predizer risco de elevação dos níveis pressóricos. RESULTADOS: Todos
    os indicadores antropométricos apresentaram diferença significativa com relação ao desfecho e
    se associaram com a PAS e PAD. Após os ajustes, os indicadores que apresentaram maior
    associação com a PA foram a CC e o IMC, quando comparados aos outros parâmetros
    antropométricos (RCA e Σ PCT+PSE), tanto com a PAS quanto a PAD. O IMC e CC se
    associaram mais fortemente e de forma semelhante à PA elevada e mostraram sensibilidade e
    especificidade aceitável para identificar o aumento da pressão arterial, apresentaram-se como
    melhores preditores do risco na população estudada, em ambos os sexos. CONCLUSÃO:
    Considerando-se os percentuais de área sob a curva, sensibilidade e especificidade aceitáveis,
    sugere-se o uso do IMC e CC como ferramentas de triagem na elevação da pressão arterial em
    adultos, os quais podem ser facilmente aplicados à prática clínica e pesquisas de saúde.

  • ANA KARINE DE OLIVEIRA SOARES
  • IDENTIFICAÇÃO E BIOACESSIBILIDADE DE COMPOSTOS FENÓLICOS, TEOR DE MINERAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE NO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener) DE DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 02/08/2019
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  • SOARES, A. K. O. IDENTIFICAÇÃO E BIOACESSIBILIDADE DE COMPOSTOS FENÓLICOS, TEOR DE MINERAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE NO MARACUJÁ (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener) DE DIFERENTES SISTEMA DE CULTIVO. 2019. 114 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    O sistema de cultivo orgânico é caracterizado por utilizar técnicas específicas, que respeitam à integridade cultural das comunidades ruarais e que realizem a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos, com objetivo da sustentabilidade econômica e ecológica, da pontencialização dos benefícios sociais, e a redução da dependência de energia não-renovável. Dentre os frutos produzidos no sistema orgânico tem grande destaque o maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener), que é rico em minerais e vitaminas, especialmente ácido ascórbico, retinol, tiamina, riboflavina e niacina, é também uma boa fonte de carotenóides, fenólicos, antocianinas e alcaloides. Diante disso, visou-se no presente estudo, identificar os compostos fenólicos e avaliar a bioacessibilidade, determinar o teor de minerais e a atividade antioxidante no maracujá produzido nos sistemas de cultivo convencional e orgânico. Utilizou-se o teste de t de Student, Análise de Variânça e teste de Tukey. Os resultados foram expressos em médias e desvio-padrão e o nível de significância adotado foi de 5%. O maracujá orgânico apresentou maior teor de sólidos solúveis, com diferença significativa (p ≤ 0,05). Observou-se que os teores de umidade, proteínas e potássio foram maiores no fruto convencional, enquanto os teores de sólidos solúveis, lipídios, carboidratos, cálcio, ferro e sódio foram maiores nos frutos orgânicos. O teor de β-caroteno foi estatisticamente diferente entre os frutos, sendo o do sistema de cultivo convencional que apresentou maior teor. O teor de fenólicos totais e taninos condensados foi estatiscamente significativo maior no fruto orgânico. A fase gástrica apresentou teores maiores no fruto orgânico para os flavonoides totais e taninos condensados. Na fase colônica o teor de taninos condensados foi maior no convencional. O maracujá cultivado no sistema convencional apresentou elevada atividade antioxidante em todas as fases, com exceção da fase duodenal. No maracujá proveniente dos sistemas de cultivo convencional e orgânico foi identificado e quantificado os ácidos ferúlico, elágico e cafeico. Concluiu-se que maracujá convencional apresentou teor maior de proteínas, umidade, β-caroteno e o orgânico de carboidratos e lipídios, ambos demonstraram ser fontes de potássio e magnésio. O maracujá orgânico antes do processo digestivo simulado apresentou maior teor de compostos fenólicos totais e após a digestão, na fase gástrica, apresentou maiores teores também de flavonoides totais e taninos condensados. A atividade antioxidante foi maior na fase duodenal e colônica no maracujá convencional.  No maracujá orgânico foi maior na fase oral e gástrica. Foram identificados os compostos fenólicos cafeico, ferúlico e elágico, antes e após a disgestão simulada, e o teor desses compostos aumentou no decorrer das fases do processo digestivo em ambos os sistemas de cultivo.

  • ANA CLAUDIA CARVALHO MOURA
  • O MERCADO PÚBLICO DE TERESINA: A LÓGICA DAS ESCOLHAS ALIMENTARES E SEUS DETERMINANTES NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 08/07/2019
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  • INTRODUÇÃO: Os mercados públicos são ambientes culturais ainda pouco explorados no que
    diz respeito à culinária, às preparações servidas e às práticas alimentares dos comensais que os
    frequentam. Nesse contexto, o estudo dos determinantes da escolha alimentar permite maior
    conhecimento a respeito dos principais fatores que direcionam a conduta alimentar em tais locais.
    OBJETIVO: Analisar os determinantes associados à escolha alimentar por parte de indivíduos que
    frequentam os restaurantes do mercado público da Piçarra. METODOLOGIA: Pesquisa de natureza
    transversal, constituída por 198 adultos, de ambos os sexos, maiores de 19 anos de idade e
    comensal habitual no mercado público da Piçarra. As variáveis investigadas foram: sexo, idade,
    etnia, estado civil, escolaridade, renda familiar, profissão e procedência. As informações de saúde
    levantadas foram o diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis, sobre prática de atividade
    física, ingestão de bebidas alcóolicas, uso do tabaco e autopercepção sobre saúde. Os determinantes
    da escolha alimentar foram avaliados pelo Food Choice Questionnaire com ênfase no alimento e
    no indivíduo. RESULTADOS: A maioria das pessoas abordadas era do sexo masculino, com idade
    entre 30 e 39 anos, identificados como pardos, em convívio com companheiro, com ensino
    superior completo, renda mensal inferior a dois salários mínimos, residentes em Teresina. A
    maioria não apresentava doenças, praticava atividade física, não fumava, avaliou a sua saúde
    como boa, frequentava o mercado raramente e fazia refeições no mesmo restaurante, com
    companhia. O almoço era a principal refeição realizada e a panelada a preparação mais servida. O
    sabor dos alimentos foi o atributo mais valorizado. O preço, a qualidade das preparações, os
    aspectos higiênicos e os restaurantes foram avaliados como bons. Quanto aos determinantes da
    escolha alimentar, o apelo sensorial, o preço e a saúde foram considerados os mais importantes.
    CONCLUSÃO: O mercado público da Piçarra constitui-se em um espaço dotado de simbolismo e
    replicador da cultura local, fornece à população produtos e pratos típicos da região de valoração
    pelos comensais. Além disso, favorece socialização e comensalidade entre os usuários do serviço
    de alimentação, que dentre diversos atributos são atraídos principalmente pelo sabor das
    preparações servidas, pela praticidade em encontrar o alimento pronto para o consumo e pelo
    baixo custo das refeições.

  • KYRIA JAYANNE CLÍMACO CRUZ
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE AS CONCENTRAÇÕES DE MINERAIS (MAGNÉSIO, ZINCO E SELÊNIO) E MARCADORES METABÓLICOS DOS FENÓTIPOS OBESIDADE METABOLICAMENTE SAUDÁVEL E OBESIDADE METABOLICAMENTE NÃO SAUDÁVEL
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 29/06/2019
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  • CRUZ, K. J. C. Associação entre as concentrações de minerais (magnésio, zinco e selênio) e marcadores metabólicos dos fenótipos obesidade metabolicamente saudável e obesidade metabolicamente não saudável. 2019. Tese - Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    INTRODUÇÃO: Estudos epidemiológicos têm identificado um subconjunto da população obesa com fenótipo metabólico benéfico, conhecido como obesidade metabolicamente saudável. Por outro lado, quando ocorre disfunção do tecido adiposo e acúmulo de gordura intra-abdominal, o indivíduo obeso apresenta fenótipo metabolicamente não saudável. Atualmente, pesquisadores têm mostrado interesse pela avaliação de micronutrientes nos dois tipos de fenótipos da obesidade. OBJETIVO: Avaliar a associação entre as concentrações de minerais (magnésio, zinco e selênio) e marcadores metabólicos dos fenótipos obesidade metabolicamente saudável e obesidade metabolicamente não saudável. MÉTODOS: Foi conduzido estudo transversal com 140 mulheres, que foram distribuídas em três grupos: grupo experimental I (obesas metabolicamente saudáveis, n=35), grupo experimental II (obesas metabolicamente não saudáveis, n=28) e grupo controle (mulheres saudáveis, n=77). Foram aferidos peso corporal, estatura e circunferências da cintura, do quadril e do pescoço. Índice de massa corpórea, relação cintura-quadril, relação cintura-estatura e índices de adiposidade foram calculados. As determinações das concentrações séricas de glicose e insulina de jejum foram realizadas pelos métodos enzimático colorimétrico e quimioluminescência, respectivamente. As análises das concentrações plasmáticas de hemoglobina glicada foram conduzidas por meio do método de cromatografia de troca iônica. Os lipídios séricos foram analisados segundo método enzimático colorimétrico. Os índices HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance), HOMA-β, índices de Castelli I e II foram calculados. A pressão arterial foi aferida. A avaliação das concentrações de cortisol sérico e leptina plasmática foi realizada pelo método de eletroquimioluminescência e radioimunoensaio, respectivamente. As concentrações plasmáticas de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) foram determinadas seguindo a metodologia descrita por Ohkawa, Ohishi e Yagi (1979), com adaptações. A atividade das enzimas superóxido dismutase eritrocitária e glutationa peroxidase eritrocitária foi avaliada em analisador bioquímico automático. As concentrações séricas dos hormônios TSH, T3 e T4 livres foram determinadas por quimioluminescência. A análise da ingestão de energia, macronutrientes magnésio, zinco e selênio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o software Nutwin, versão 1.5. As concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias dos minerais foram determinadas em espectrômetro de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. RESULTADOS: Os valores de insulina de jejum, HOMA-IR, HOMA-β, triglicerídeos, VLDL, HDL-colesterol, índice de Castelli I e pressão arterial sistólica foram semelhantes entre o grupo controle e as mulheres obesas metabolicamente saudáveis e estas ainda tinham valores reduzidos destes parâmetros em relação às obesas não saudáveis, com exceção do HDL-colesterol, que se encontrava elevado. Ambos os grupos dos fenótipos obesos possuiam valores elevados de TBARS e leptina e reduzidos da enzima superóxido dismutase, quando comparados ao grupo controle. No entanto, somente as obesas não saudáveis mostraram valores elevados da fração não-HDL-colesterol e do índice de Castelli II, em relação às participantes eutróficas. As pacientes obesas apresentaram concentrações plasmáticas e
    eritrocitárias reduzidas dos minerais e valores urinários elevados, em relação ao grupo controle, independente do fenótipo saudável ou não saudável. Houve correlação significativa entre as concentrações dos minerais e marcadores metabólicos dos fenótipos metabolicamente saudáveis e não saudáveis. CONCLUSÃO: O estudo revela a influência da deficiência nestes minerais em distúrbios metabólicos presentes na obesidade, a exemplo da resistência à insulina, dislipidemias, estresse oxidativo e alterações nos hormônios tireoidianos.

  • LAYANNE CRISTINA DE CARVALHO LAVÔR
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE ADIPOSIDADE CORPORAL E A PRESENÇA DE HIPERTENSÃO E DIABETES EM ADULTOS
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 28/06/2019
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  • LAVÔR, L.C.C. Associação entre indicadores antropométricos de adiposidade corporal e a
    presença de hipertensão e diabetes em adultos. 2019. Dissertação – Mestrado em Alimentos e
    Nutrição; Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    Introdução: Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as Doenças Crônicas Não
    Transmissíveis (DCNT) são responsáveis pela morte de 41 milhões de pessoas a cada ano o que
    equivale a 71% de todas as mortes globalmente. Dentre as DCNT de maior prevalência na
    população adulta, a Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus tipo 2 se sobressaem como as
    doenças corresponsáveis pelas principais causas de mortalidade e hospitalizações no país. Objetivo:
    verificar o poder preditivo e a associação de indicadores antropométricos tradicionais e novos com a
    presença de hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 na população adulta dos municípios de Teresina e
    Picos (PI). Metodologia: Estudo de natureza transversal, de base populacional, realizada com 1059
    indivíduos adultos, com idade entre 20 a 59 anos, residentes em Teresina e Picos (PI). Foram
    coletados dados demográficos, socioeconômicos, de estilo de vida e de perfil de saúde obtidos
    mediante aplicação de questionários estruturados, adaptados de inquéritos utilizados em outros
    estudos populacionais. Também foram coletados dados antropométricos de altura, peso e
    circunferência da cintura (CC). O diagnóstico de hipertensão e diabetes foi obtido de forma
    autorreferida. Os indicadores utilizados neste estudo foram IMC, CC, CC/altura, CC2/altura e
    CC/altura2. As análises estatísticas foram realizadas por meio do programa Stata versão 13.0. O
    nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Em ambos os sexos, todos os
    indicadores antropométricos obtiveram capacidade preditória aceitável para detectar a presença de
    hipertensão e diabetes (AUC > 0,5), com destaque para os índices de CC/altura2 (AUC=0,75) em
    mulheres e de CC2/altura (AUC=0,73) em homens para a detecção de hipertensão. Quanto ao
    diabetes, o índice que apresentou melhor área abaixo da curva foi CC/altura2 tanto para mulheres
    (AUC=0,77) quanto para homens (AUC =0,67), porém sem diferença significativa entre as áreas
    abaixo da curva dos índices para o sexo masculino. Na análise bruta de Razão de Prevalência, todos
    os índices demonstraram associação significativa com a hipertensão para ambos os sexos. Quanto
    ao Diabetes, todos os índices demonstraram associação significativa com o desfecho para o sexo
    feminino, com exceção do IMC e CC para o sexo masculino. Após ajustes para variáveis
    sociodemográficas e de estilo de vida, a força de associação de todos os índices diminuiu,
    permanecendo significativa em ambos os sexos para hipertensão, porém não significativa para o
    sexo masculino com relação ao diabetes. Os índices que se associaram mais fortemente aos
    desfechos foram o CC/altura e a razão CC/altura2. Conclusão: Diante do exposto, observou-se que
    em relação à presença de hipertensão, os índices CC/altura2 e CC2/altura apresentaram melhor
    poder preditivo para o desfecho em ambos os sexos. Entretanto, o índice de CC/altura destacou-se
    como aquele mais associado à presença de hipertensão em ambos os sexos. Quanto ao Diabetes, o
    índice CC/altura2 foi apresentou melhor poder preditivo para o desfecho em mulheres, bem como
    associação mais forte com o desfecho para o sexo feminino, mesmo após ajustes.

  • AMANDA FERRAZ BRAZ
  • EFEITOS DA CAQUEXIA ASSOCIADA AO CÂNCER SOBRE O BALANÇO ENERGÉTICO
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 27/06/2019
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  • BRAZ, A. F. Efeitos da caquexia associada ao câncer sobre o balanço energético. 2019.
    Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade
    Federal do Piauí. Teresina – PI.
    A caquexia é definida como uma síndrome multifatorial resultante da perda contínua e involuntária
    de músculo, com ou sem depleção de gordura. Acomete 80% dos pacientes com câncer avançado e
    é a principal causa de morte em 30% desses indivíduos. A progressão da caquexia está associada a
    alterações metabólicas significativas, resultando em aumento do gasto energético, catabolismo e
    prejuízo na funcionalidade das células. A depleção de tecido adiposo branco (TAB) e sua
    concomitante mudança para tecido adiposo marrom (browning), representam uma má adaptação
    fisiológica, que agrava a perda de peso e a disfunção metabólica decorrentes da caquexia associada
    ao câncer. Apesar do crescente número de estudos focados na relação entre caquexia e desordens
    metabólicas, os mecanismos envolvidos permanecem complexos e pouco elucidados. Assim,
    investigou-se os efeitos deletérios da caquexia associada ao câncer sobre o balanço energético. A
    caquexia foi induzida pela inoculação intraperitoneal de células tumorais Yoshida AH-130 em ratos
    Wistar. Os animais do grupo controle receberam substância veículo. Peso corporal e consumo de
    ração foram avaliados diariamente durante sete dias de protocolo. A captura das imagens
    termográficas para determinação da temperatura do tecido adiposo marrom (TAM) ocorreu nos
    tempos 0, 4 e 7 dias. Tumor, TAB (epididimal, retroperitoneal e mesentérico), TAM e músculo
    gastrocnêmio foram coletados e pesados. Em seguida, procedeu-se a análise histológica das
    amostras de TAB epididimal e de TAM, bem como, avaliação da expressão de genes relacionados
    ao balanço energético no TAB epididimal. Foi observado progressão tumoral, redução do peso
    corporal, juntamente com o índice de caquexia, e depleção de gastrocnêmio nos animais do grupo
    tumor. A caquexia determinou redução do consumo de ração e da eficiência metabólica. No TAB
    epididimal houve incremento do peso e aumento do tamanho dos adipócitos, enquanto os depósitos
    retroperitoneal e mesentérico não foram alterados. Por outro lado, observamos redução do TAM. Os
    animais caquéticos também manifestaram aumento da expressão dos genes FAS e LPL no TAB
    epididimal e redução na temperatura do TAM ao final do protocolo. Logo, o modelo de caquexia
    associada ao câncer foi bem estabelecido e caracterizado. A caquexia promoveu expressiva redução
    no consumo alimentar e respostas heterogêneas entre os depósitos de tecido adiposo, evidenciado
    pelo tecido adiposo epididimal que apresentou incremento da lipogênese e pela depleção de tecido
    adiposo marrom.

  • VANESSA PASSOS OLIVEIRA
  • ERICA: História familiar de diabetes e de hipertensão e sua associação com resistência à insulina e diabetes em adolescentes
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 13/06/2019
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  • RESUMOOLIVEIRA, V.P. ERICA: História familiar de diabetes e de hipertensão e sua associação com resistência à insulina e diabetes em adolescentes. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí - UFPI, Teresina-PI, 2019.

    INTRODUÇÃO: Portadores de diabetes mellitus e resistentes à insulina podem apresentar diversas doenças e distúrbios metabólicos associados. Assim, conhecer o impacto da história familiar de diabetes e de hipertensão no surgimento da resistência insulínica e do diabetes mellitus nos adolescentes permite controle metabólico precoce. OBJETIVO: Estimar a associação entre a história familiar de diabetes e de hipertensão e a presença de resistência à insulina e diabetes em adolescentes. METODOLOGIA: Utilizou-se dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, inquérito de base escolar que avaliou adolescentes de 12 a 17 anos, entre fevereiro de 2013 e novembro de 2014. Analisou-se a história familiar de diabetes e de hipertensão de adolescentes eutróficos e com excesso de peso, com e sem resistência à insulina (índice HOMA-IR) e diabetes mellitus (glicemia de jejum). Foi utilizado o software Stata 15.1 e regressão logística para estimar a razão de chance (OR), e Teste Qui-Quadrado de Pearson, considerando p<0,05. As associações foram ajustadas por sexo, estado de peso, tipo de escola e idade. Os participantes assinaram o Termo de Assentimento, e os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 37.892 adolescentes; 15,4% tinham história familiar de diabetes e 44,9% de hipertensão arterial. Adolescentes do sexo feminino apresentaram maiores médias de índice HOMA-IR. Entre os meninos foram observadas maiores medias nas concentrações plasmáticas de glicose. Médias mais elevadas de glicose plasmática e índice HOMA-IR foram encontradas nos adolescentes com excesso de peso. A história familiar de diabetes foi associada à presença de diabetes mellitus (ORbruto=2,57; ORajustado=2,36) nas adolescentes. Em adolescentes com excesso de peso, a história familiar de diabetes esteve associada com diabetes mellitus (ORbruto=3,20; ORajustado=3,29) e resistência à insulina (ORbruto=1,57; ORajustado=1,53). Da mesma forma, a história familiar de hipertensão se associou ao diabetes mellitus (ORajustado=1,64) e resistência à insulina (ORajustado=1,65). CONCLUSÃO: Adolescentes com historia familiar de diabetes mellitus e de hipertensão arterial em parentes de primeiro grau apresentam maior prevalência de resistência a insulina e diabetes mellitus.

  • RAÍSA DE OLIVEIRA SANTOS
  • EXERCÍCIO FÍSICO E SUPLEMENTAÇÃO DE GLUTAMINA MELHORAM A DISMOTILIDADE GÁSTRICA E INFLAMAÇÃO INTESTINAL DE RATOS COM COLITE ULCERATIVA: ENVOLVIMENTO DE IL-1β, IL-6, TNF-α E MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO.
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 07/05/2019
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  • :  A colite ulcerativa é caracterizada pela inflamação intestinal difusa e recorrente do cólon e

    reto, acredita-se que as produções excessivas de espécies reativas de oxigênio e citocinas

    pró-inflamatórias estejam relacionadas com a patologia. Ressalta-se o papel da

    suplementação de glutamina que juntamente ao exercício físico promova a redução do

    dano intestinal. O objetivo foi avaliar os efeitos dos exercícios físicos e da suplementação

    de glutamina sobre parâmetros gastrintestinais de ratos com colite ulcerativa. Os ratos

    machos Wistar (n=5 a 12/grupo), 250-300g, foram suplementados com 1g de glutamina/kg

    p.c por 8 semanas, via oral. Outros grupos foram submetidos aos treinamentos, anaeróbio:

    5 sessões por semana de saltos individuais, 4 séries de 10 saltos, com sobrecarga

    progressiva (50-85% do p.c); aeróbio: sessões de natação, 5 x/semana, 60 min/ sessão,

    durante 8 semanas. Após o treinamento físico e/ou a suplementação ocorreu a indução da

    colite ulcerativa por sonda intra-colônica posicionada a 8 cm do ânus com 1 ml de ácido

    acético a 4% em solução salina (pH 2.3), posteriormente avaliou-se: lesão macroscópica;

    ganho de peso corporal, órgãos e tecidos; esvaziamento gástrico; análise histológica;

    determinação dos níveis de nitrato/nitritos, malondialdeído, mieloperoxidase e atividade de

    superóxido dismutase em tecidos colônicos; determinação das concentrações de citocinas

    IL-1β, IL-6, TNF-α em tecidos colônicos. Observamos que a colite ulcerativa aumentou

    significativamente a perda do ganho de p.c (∆) (24,50 ± 4,30 vs. 74,57 ± 4,20 g/dia); lesão

    macroscópica colônica (6,66 ± 0,47 vs. 0,30 ± 0,15); peso do cólon (0,32 ± 0,02 vs. 0,19 ±

    0,11 g), concentração de nitrato/nitritos (0,10 ± 0,004 vs. 0,07± 0,003 μM), malondialdeído

    (130,4 ± 14,75 vs. 36,62 ± 5,37 nmol/g), mieloperoxidase (6,32 ± 0,83 vs. 1,90 ± 0,36

    UI/mg) e diminuição da atividade de superóxido dismutase (0,90 ± 0,21 vs. 3,74 ± 0,38

    UI/mgHb). Houve aumento significativo no grupo com colite ulcerativa de IL-1β: 16,99 ±

    2,90 vs. ND pg/mg, IL-6: 7,52 ± 0,59 vs. 3,21 ± 0,90 pg/mg e TNF-α: 24,57 ± 4,71 vs. 0,57 ±

    0,16 pg/mg, também ocasiona extensas lesões microscópicas, caracterizadas por danos

    hemorrágicos, edema, perda de células epiteliais e processo inflamatório (p< 0,05). Em

    relação ao esvaziamento gástrico, a colite aumentou (p< 0,05) a taxa de esvaziamento

    (76,58 ± 4,91 vs. 47,61 ± 4,48 ug/ml). Ambos os exercícios físicos foram capazes de

    reverter (p< 0,05) os efeitos da patologia de acordo com: lesão macroscópica (CU+ Ex

    anaeróbio: 4,77 ± 0,46; CU+ Ex aeróbio: 4,28 ± 0,56 vs. CU: 6,66 ± 0,47), taxa de

    esvaziamento gástrico (CU+ Ex anaeróbio: 70,58 ± 10,27; CU+ Ex aeróbio: 63,77 ± 3,5 vs.

    CU: 76,58 ± 4,91 ug/ml), níveis teciduais de malondialdeído (CU+ Ex anaeróbio: 70,79 ±

    4,01; CU+ Ex aeróbio: 70,84 ± 10,62 vs. CU: 181,0 ± 39,39 nmol/g), mieloperoxidase (CU+

    Ex anaeróbio: 3,17 ± 0,65; CU+ Ex aeróbio: 3,25 ± 0,84 vs. CU: 6,32 ± 0,83 UI/mg),

    atividade de superóxido (CU+ Ex anaeróbio: 6,09 ± 0,31; CU+ Ex aeróbio: 3,06 ± 0,39 vs.

    CU: 0,90 ± 0,21 UI/mgHb), IL-1β (CU+ Ex anaeróbio: 5,82 ± 1,13; CU+ Ex aeróbio: 4,05 ±

    2,27 vs.CU: 16,99 ± 2,90 ρg/mg), TNF-α (CU+ Ex anaeróbio: 5,67 ± 0,79; CU+ Ex aeróbio:

    6,02 ± 0,45 vs. CU: 20,12 ± 3,69 ρg/mg) e danos microscópicos colônicos. A

    suplementação previniu (p< 0,05) em relação: ganho de p.c (60 ± 4,80 vs. 24,50 ± 4,30

    g/dia), lesão macroscópica (4,0 ± 0,65 vs. 6,66 ± 0,47), níveis teciduais de nitrato/nitritos

    (0,08 ± 0,001 vs. 0,10 ± 0,004 μM), malondialdeído (72,93 ± 3,92 vs. 130,4 ± 14,75 nmol/g),

    mieloperoxidase (2,40 ± 0,16 vs. 6,32 ± 0,83 UI/mg) e atividade de superóxido (3,96 ± 0,40

    vs. 0,90 ± 0,21 UI/mgHb), IL-1β (4,10 ± 1,54 vs.16,99 ± 2,90 ρg/mg), IL-6 (3,11 ± 0,24 vs.

    6,54 ± 1,08) e TNF-α (3,82 ± 0,57 vs. 24,57 ± 4,71 ρg/mg). Quanto ao efeito do exercício

    físico aliado a suplementação foi protetor em relação: ganho de p.c (67,17 ± 5,08 vs. 24,50

    ± 4,30 g/dia), IL-1β (9,14 ± 1,50 vs. 16,99 ± 2,90 pg/mg), TNF-α (3,82 ± 0,57 vs. 24,57 ±

    4,71 pg/mg). Concluímos que ambos os exercícios físicos melhoram a dismotilidade

    gástrica e a inflamação intestinal induzida pela colite ulcerativa em ratos.

  • ISLANNE LEAL MENDES
  • PERFIL DE SELÊNIO E SUA RELAÇÃO COM OS MARCADORES DE DEFESA ANTIOXIDANTE EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 02/05/2019
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  • Introdução: A doença renal crônica é uma doença multifatorial, que se manifesta

    pela perda progressiva e irreversível da função renal, cuja evolução implica em

    maior risco de comorbidades associadas e depleção nutricional. Objetivo: Avaliar o

    perfil de selênio e sua relação com os marcadores de defesa antioxidante em

    pacientes com doença renal crônica em terapia hemodialítica. Materiais e Métodos:

    Estudo transversal envolvendo 82 participantes de ambos os sexos, idade superior a

    18 anos, atendidos em Centros de Terapia Dialítica em Teresina (PI). Os

    participantes foram alocados em grupos distintos: grupo constituído por indivíduos

    com até 5 anos de hemodiálise, e o grupo composto por indivíduos com mais de 5

    anos de hemodiálise. Esses grupos foram estratificados por faixa etária, levando em

    consideração as alterações fisiológicas decorrentes da idade. Foram investigados

    dados socioeconômicos, parâmetros antropométricos (peso, estatura,

    circunferências e dobra) para diagnóstico nutricional e determinaram-se as

    concentrações plasmáticas e eritrocitárias de selênio e das enzimas antioxidantes

    superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx). Os dados foram

    analisados no programa software SPSS, com a aplicação de testes para avaliar a

    correlação entre as variáveis, sendo considerado estatisticamente significativo p

    <0,05. Resultados: As concentrações plasmaticas e eritrocitárias de selênio

    estavam baixas na amostra. A ingestão dietética de selênio estava acima da EAR.

    As concentrações da enzima SOD estavam elevadas, e as concentrações de GPX

    estavam normais. Estratificando-se por faixa etária (adulto e idoso) e por tempo de

    duração de hemodiálise, os resultados mostraram que os participantes adultos com

    tempo de duração de hemodiálise > de 5 anos apresentaram concentrações das

    enzimas GPX (p=0,015) e SOD (p=0,004) estatisticamente inferiores (p<0,05) em

    relação aos participantes com menos tempo de duração da hemodiálise.Não houve

    correlação entre selênio plasmático e dietético com as enzimas antioxidantes

    (p>0,05). Houve correlação significativa e positiva entre a concentração de selênio

    eritrocitário com a enzima SOD em adultos e idosos, e entre a concentração de

    selênio eritrocitário com a enzima GPx em adultos (p<0,05). Conclusão: Os

    pacientes renais em terapia hemodialítica apresentam comprometimento no estado

    nutricional relativo ao selênio, expresso pelas baixas concentrações eritrocitárias e

    plasmáticas desse mineral, e comprovou-se a influencia do mineral na atividade de

    SOD em adultos e idosos e da GPX em adultos, evidenciando a associação do

    mesmo na melhora da defesa antioxidante, para assim reduzir o estresse causado

    pela doença e tratamento.

  • ELYNNE KRYSLLEN DO CARMO BARROS
  • CARACTERIZAÇÃO E DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI COM BASE NOS TEORES DE PROTEÍNAS, FERRO E ZINCO E NA QUALIDADE DE COZIMENTO
  • Data: 30/04/2019
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  • BARROS, E. K. do C. CARACTERIZAÇÃO E DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI COM BASE NOS TEORES DE PROTEÍNAS, FERRO E ZINCO E NA QUALIDADE DE COZIMENTO. 2019. 76 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina - PI. No melhoramento, a caracterização do germoplasma e os estudos de divergência genética são importantes por permitirem identificar parentais que quando cruzados gerem populações com variabilidade genética ampla e progênies superiores. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi caracterizar genótipos de feijão-caupi e a divergência genética para qualidade nutricional e de cozimento. Conduziu-se um ensaio em blocos ao acaso, com 24 tratamentos (linhagens e cultivares) e duas repetições, em condições de casa de vegetação, em Teresina PI, no ano agrícola 2018/2019. A partir de amostras de grãos dos genótipos, realizaram-se análises dos conteúdos de proteínas, ferro e zinco e da porcentagem de grãos cozidos, respectivamente, pelos métodos Kjeldahl; digestão nitro-perclórica e leitura em espectrofotômetro de absorção atômica; e cocção em panela de pressão elétrica e avaliação da porcentagem de grão cozidos via cozedor de Mattson. As médias foram agrupadas pelo teste de Tocher. A dissimilaridade genética foi avaliada por meio da distância generalizada de Mahalanobis e o agrupamento dos genótipos com base nos métodos da ligação média entre grupo - UPGMA e de otimização de Tocher. O teor médio de proteínas nos genótipos avaliados foi de 28,53 g 100g-1 de feijão-caupi, destacando-se três genótipos com valores variando de 31,78 a 32,23 g 100g-1. Os maiores teores de ferro e zinco obtidos foram de 6,82 e 6,41 mg por 100g de feijão-caupi, respectivamente, e todos os genótipos apresentaram altos teores para esses minerais. A porcentagem de grãos cozidos variou de 3 a 100%, com média de 63,21%, e a subclasse comercial Manteiga apresentou a melhor qualidade de cozimento. As médias foram agrupadas por meio do teste de Tocher. Para avaliação da divergência genética entre os genótipos foram estimadas as distâncias generalizadas de Mahalanobis (D²) e o agrupamento dos genótipos com base nas metodologias de ligação média entre grupo - UPGMA e de otimização de Tocher. O teste de Tocher evidenciou a existência de variabilidade para todos os caracteres, notadamente para a porcentagem de grãos cozidos. A porcentagem de grãos cozidos e o teor de proteínas foram os caracteres que mais contribuíram para a divergência genética entre os genótipos. Os genótipos BRS Novaera e MNC11-1019E-15 apresentaram a maior dissimilaridade genética, enquanto BRS Tumucumaque e TVU-167, a maior similaridade genética. Os métodos de otimização de Tocher e UPGMA possibilitaram a formação de seis grupos, havendo concordância entre os grupos formados pelos dois métodos e algumas coincidências de agrupamento por classe/subclasse comercial. Para o incremento do teor de proteínas, recomenda-se o cruzamento MNC00-595F-27 e MNC11-1019E-15. Os cruzamentos TVU-167 e MNC01-649F-2-11; e IT-829-889 e MNC11-1019E-15 favorecem ao aumento dos teores de ferro e zinco, respectivamente. Com relação à qualidade de cozimento, dentre as combinações que obtiveram maior divergência genética entre si, as melhores porcentagens de grãos cozidos foram obtidas pela combinação MNC00-595F-27 e MNC11-1019E-15. Essas combinações são promissoras para o desenvolvimento de cultivares de feijão-caupi biofortificadas em ferro, zinco e proteína e com melhor qualidade de cozimento.

  • MICHELE ALVES DE LIMA
  • BEBIDA FERMENTADA DO EXTRATO HIDROSSOLÚVEL DO ALBÚMEN DO COCO-VERDE SABORIZADA COM MORANGO
  • Data: 15/04/2019
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  • Com a valorização do estilo de vida saudável e das necessidades e restrições

    alimentares dos consumidores, a indústria de alimentos vem se preocupando em

    inovar na elaboração de alimentos. Dessa forma, a utilização de extratos vegetais

    surge como uma opção tanto para o públicointolerante à lactose, quanto ao público

    que busca uma alimentação mais saudável. Objetivou-se elaborar uma bebida

    fermentada de extrato hidrossolúvel de coco-verde (Cocos nucifera L.) saborizada

    com calda de morango (Fragaria x ananassa). Foram elaboradas diferentes

    formulações com combinações de fermento (X1) e calda de morango (X2) definidas

    por meio do Delineamento Composto Central Rotacional 22. Obteve-se 11

    experimentos, os quais foram submetidos a análise de pH, sólidos solúveis totais,

    acidez, ratio, viscosidade, sinérese e Aw. Após análise do efeito sobre as respostas,

    foram selecionadas 3 formulações para estudo da composição centesimal, valor

    energético total, análises físico-químicas, tecnológicas, microbiológica e sensorial.

    Todas as formulações apresentaram baixa umidade (21,89% a 24,42%), alto valor

    energético total (321,36 a 337,06 kcal/100g), provavelmente devido ao conteúdo de

    ácidos graxos do albúmen do coco-verde, além de um alto conteúdo de vitamina C

    (27,52 mg/100g) para a formulação 2. Todas as formulações apresentaram

    viscosidade característica de bebida fermentada, ausência de sinérese, Índice de

    Aceitação acima de 70% na aceitação global e nenhuma apresentou contaminação

    microbiológica. As bebidas desenvolvidas mostraram potencial tecnológico e

    sensorial, sendo uma opção inovadora para um público mais saudável e exigente,

    bem como para aqueles que apresentam alguma restrição a produtos lácteos.

  • WANESSA SALES DE ALMEIDA
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, ATIVIDADE ANTIBACTERIANA, ANTIFÚNGICA E ANTIAFLATOXIGÊNICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia lasiocalycina TERESINA, PI 2018
  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 25/02/2019
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  • ALMEIDA, W. S. Caracterização química, atividade antibacteriana, antifúngica e
    antiaflatoxigênica do óleo essencial de Lippia lasiocalycina. Dissertação (Mestrado em
    Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí – UFPI, Teresina - PI, 2018.
    A contaminação de alimentos por espécies fúngicas produtoras de aflatoxinas geram enormes
    perdas econômicas e afetam diretamente a saúde dos consumidores. A busca por métodos de
    conservação mais naturais tem levantado interesse sobre o potencial de óleos essenciais como
    antifúngicos em alimentos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar
    quimicamente e avaliar a atividade antibacteriana, antifúngica e antiaflatoxigênica do óleo
    essencial de Lippia lasiocalycina. O óleo foi extraído por hidrodestilação e a análise dos
    constituintes químicos foi realizada por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de
    massas. A concentração inibitória mínima foi determinada pelo método de microdiluição contra
    cepas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Candida albicans e Aspergillus flavus. O
    potencial de inibição do crescimento fúngico e da produção de aflatoxina B1 foi testado por
    contato direto e por ação dos compostos voláteis. Foram identificados mais de 90% dos
    componentes presentes no óleo essencial e o óxido de piperitenona foi definido como o
    principal composto (57.55%) seguido por limoneno (20.69%). O óleo essencial de Lippia
    lasiocalycina apresentou atividade fungicida contra as cepas de C. albicans e A. flavus nas
    concentrações de 512 e 256 μg/mL-1, respectivamente, e não demonstrou atividade sobre as cepas
    de Staphylococcus aureus e Escherichia coli. O óleo essencial de Lippia lasiocalycina inibiu
    em 94% o crescimento de Aspergillus flavus por contato direto enquanto os compostos voláteis
    potencializaram a produção de aflatoxina B1 e se mostrou aplicável no controle fúngico de cepas
    de Candida albicans e Aspergillus flavus. Ademais, o óleo essencial de Lippia lasiocalycina
    quando empregado por vaporização em cepas de A. flavus estimulou a produção de aflatoxina
    B1, favorecendo a sua aplicabilidade em pesquisas científicas.

  • RAYSSA GABRIELA LIMA PORTO LUZ
  • BIOACESSIBILIDADE, IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO DO SUCO DE CAJU (ANACARDIUM OCCIDENTALE L.) CLARIFICADO (CAJUÍNA).
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 22/02/2019
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  • PORTO-LUZ, R. G. L. Bioacessibilidade, identificação de compostos fenólicos e atividade antioxidante in vitro do suco de caju (Anacardium occidantale L.) clarificado (cajuína) [tese] Universidade Federal do Piauí, Teresina- Piauí, 2019.
    O Caju (Anacardium occidentale L.), apresenta grande potencial de exploração devido às características sensoriais atrativas, elevado valor nutritivo e presença de substâncias bioativas. Por meio do processo de clarificação do suco, obtém-se a cajuína, bebida não diluída e não fermentada, advinda da parte comestível do pseudofruto. Pesquisas anteriores verificaram elevados teores de compostos fenólicos em caju e propriedades antioxidante e antimutagênica na cajuína. Este trabalho foi realizado com o objetivo de determinar a bioacessibilidade, identificação dos compostos fenólicos e atividade antioxidante total de duas marcas comerciais de suco de caju clarificado (cajuína) produzidos no Piauí. Utilizou-se método espectrofotométrico para determinação de fenólicos totais (reagente Folin-Ciocalteu), flavonoides totais e atividade antioxidante (métodos DPPH e ABTS). A identificação dos compostos fenólicos foi realizada por HPLC-UV, e a bioacessibilidade dos compostos por meio de digestão gastrointestinal simulada in vitro. As variáveis foram comparadas pelo teste t de Student, utilizando o programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão, 22. Como principais resultados, pode-se destacar o aumento no teor dos quatro compostos fenólicos identificados após a digestão simulada in vitro. O ácido elágico da Marca A foi o composto obtido em maior quantidade (1062,81 ± 5.70 antes e 1898,14 ± 31,42 μg.100g-1 após a digestão simulada) com uma fração bioacessível de 178,59 %, indicando a ocorrência de hidrólise durante o processo de digestão in vitro, liberando ácido elágico a partir dos elagitaninos. Foram identificados em menor quantidade em ordem decrescente pós digestão o ácido gálico (5,91 ± 2,95 μg.100g-1), epicatequina (3,23 ± 0,83 μg.100g-1), e p-cumárico (0,65 ± 0,1 μg.100g-1). Houve uma redução no teor de fenólicos totais, flavonoides totais e atividade antioxidante após a digestão simulada, mas todos mantiveram uma fração bioacessível acima de de 40%. A marca A foi a que apresentou os melhores resultados para todas as análises estando em conformidade com todos os parâmetros exigidos pela legislação brasileira. Sendo assim, pode-se concluir que a digestão simulada afetou positivamente a liberação dos compostos fenólicos identificados, além disso, esses compostos juntamente com o elevado teor de vitamina C, contribuem de forma positiva para a porcentagem bioacessível da atividade antioxidante total.

  • LAYONNE DE SOUSA CARVALHO RODRIGUES
  • ERICA: Associação entre a ingestão de macronutrientes e concentrações de lípides em adolescentes com excesso de peso
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 14/02/2019
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  • CARVALHO, L.S. ERICA: Associação entre a ingestão de macronutrientes e

    concentrações sanguíneas de lípides em adolescentes com excesso de peso.

    Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí - UFPI,

    Teresina-PI, 2018.

    INTRODUÇÃO: O consumo excessivo de macronutrientes e o excesso ponderal vêm

    desencadeando alterações no metabolismo lipídico de adolescentes. OBJETIVO:

    Determinar a associação entre a ingestão de macronutrientes e as concentrações de

    lípides plasmáticos em adolescentes com excesso de peso. METODOLOGIA: Utilizouse

    dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, inquérito de base

    escolar que avaliou 37.023 adolescentes de 12 a 17 anos, de fevereiro de 2013 a

    novembro de 2014. Analisou-se o consumo de macronutrientes e perfil lipídico de

    adolescentes eutróficos e com excesos de peso. Foi utilizado o software Stata 15.1 e

    regressão logística para estimar a razão de chance (OR), e Teste Qui-Quadrado de

    Pearson, considerando p<0,05. As associações foram ajustadas para idade e tipo de

    escola. Os participantes assinaram o Termo de Assentimento, e os responsáveis

    assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Entre

    adolescentes com excesso de peso, para as meninas, prevaleceu o consumo excessivo

    de gorduras trans (p=0,025), já entre o sexo masculino, prevaleceu a excessiva

    ingestão de gorduras saturadas (p=0,008). Em ambos os sexos, aqueles com excesso

    de peso apresentaram maiores prevalências de CT, LDL-c, HDL-c e TGL não

    desejáveis, em relação aos eutróficos (p<0,001). Entre meninas, encontraram-se

    maiores médias de lípides plasmáticos; e entre meninos, encontraram-se maiores

    prevalências de excesso de peso (p=0,007). O consumo excessivo de proteínas

    associou-se às menores chances de hipertrigliceridemia entre meninas (ORajustado=0,59)

    e entre eutróficos (ORbruto=0,31; ORajustado=0,31). Dieta hiperlipídica associou-se à maior

    chance de hipercolesterolemia em meninas (ORbruto=1,20; ORajustado=1,18). O excesso

    de lipídios associou-se à menor chance de HDL-c não desejável em meninos

    (ORbruto=0,81; ORajustado=0,83). Já o excesso de gordura saturada associou-se à maior

    chance de hipercolesterolemia em meninos e em eutróficos (ORbruto=1,29; ORbruto=1,23,

    respectivamente). O excesso de gordura saturada associou-se também à maior chance

    de HDL-c não desejável entre meninos (ORbruto=1,29); e menor chance desta alteração

    entre eutróficos (ORbruto=1,23). O excesso de carboidratos foi associado à maior chance

    de HDL-c não desejável entre meninos (ORbruto=1,47; ORajustado=1,51), e entre eutróficos

    (ORajustado=1,21). Já o excesso de açúcares aumentou a chance de LDL-c não desejável

    em ambos os sexos e entre eutróficos (ORbruto=1,87; ORajustado=1,81 e ORbruto=2,44;

    ORajustado=2,15, respectivamente); e à menor chance de HDL-c não desejável entre

    meninas e eutróficos (ORbruto=0,69; ORajustado=0,73 e ORbruto=0,79, respectivamente).

    No excesso de peso, o excesso de lipídios e gorduras saturadas foi associado à menor

    chance de hipertrigliceridemia (ORajustado=0,78 e ORajustado=0,81, respectivamente).

    CONCLUSÃO: O estudo demonstrou forte associação entre o excesso de

    macronutrientes e concentrações sanguíneas de lípides em adolescentes eutróficos e

    com excesso de peso.

  • STÉFANY RODRIGUES DE SOUSA MELO
  • RELAÇÃO ENTRE AS CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE LEPTINA E BIOMARCADORES DO MAGNÉSIO EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 08/02/2019
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  • MELO, S. R. S. Relação entre as Concentrações Séricas de Leptina e Biomarcadores do Magnésio em Mulheres Obesas. 2019. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: A secreção aumentada da leptina presente na obesidade tem sido apontada como um fator que contribui para alterações no metabolismo de nutrientes, dentre eles o magnésio, o que, consequentemente, compromete a atuação relevante desse mineral no organismo. Por isso, o objetivo desse estudo foi de investigar a existência de relação entre as concentrações séricas de leptina e biomarcadores do magnésio em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle envolvendo mulheres na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade que foram distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres obesas, n=52) e controle (mulheres eutróficas, n=56). Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura e cálculo do índice de massa corpórea. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos do mineral foram determinados segundo o método de espectrometria de emissão óptica. A análise das concentrações séricas de leptina foi conduzida utilizando o método de radioimunoensaio. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: As concentrações séricas de leptina apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Os valores médios do consumo de magnésio estavam abaixo das recomendações, sem diferença estatística significativa entre os grupos estudados (p>0,05). As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de magnésio reduzidas, e o grupo controle mostrou valores dentro dos padrões de normalidade (p<0,05). As concentrações de magnésio encontradas na urina das mulheres obesas estavam superiores ao grupo controle, com diferença estatística significativa (p<0,05). Não houve correlação entre a leptina sérica e os biomarcadores do magnésio avaliados (p>0,05). CONCLUSÃO: O estudo mostra que as mulheres obesas apresentam alterações no status de magnésio, com concentrações reduzidas no plasma e nos eritrócitos e elevadas na urina. Sendo que os valores da excreção urinária estão superiores ao padrão de normalidade. Além disso, os dados obtidos das análises de correlação não evidenciam a provável participação da leptina sobre os biomarcadores de magnésio avaliados.

  • MARIA FABRÍCIA BESERRA GONÇALVES
  • DESENVOLVIMENTO DE QUEIJO COM BAIXO TEOR DE LACTOSE UTILIZANDO LEITE DE CABRA E GRÃOS DE KEFIR
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 08/02/2019
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  • GONÇALVES, M. F.B. Desenvolvimento de queijo com baixo teor de lactose

    utilizando leite de cabra e grãos de kefir. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado) –

    Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do

    Piauí, Teresina-PI.

    Leite e seus derivados são importantes fontes de cálcio, proteínas e minerais, razão

    pela qual a inclusão na dieta habitual de crianças, adolescentes e adultos, estando

    relacionada a prevenção de osteoporose, no entanto, existem pessoas que sofrem

    de intolerância a lactose que é o tipo mais comum de intolerância a carboidratos e

    acomete cerca de 70% da população mundial adulta, sendo a utilização do Kefir

    uma opção viável para redução do teor de lactose. Tanto o kefir quanto os produtos

    elaborados a partir dos seus grãos tem sido objeto de estudo, principalmente em

    função de suas propriedades benéficas a saúde. Dentre os alimentos que podem ser

    produzidos com o kefir tem-se o queijo. Dessa forma, objetivou-se desenvolver

    queijos utilizando leite de cabra e grãos de kefir. Foram desenvolvidos três tipos de

    queijos: Queijo1 (Q1) leite de cabra e grãos de kefir, Queijo 2 (Q2) leite de cabra,

    grãos de kefir e orégano e Queijo 3 (Q3) leite de cabra, grãos de kefir e manjericão.

    A análise sensorial dos produtos foi realizada com 130 assessores não-treinados,

    sendo que para verificar a aceitação foi utilizado o teste de escala hedônica de 9

    pontos, para avaliação da intenção de compra foi aplicado um teste de intenção de

    compra com escala de 5 pontos e para determinar o queijo preferido utilizou-se o

    teste pareado de preferência. Nos queijos Q1 e Q3, que obtiveram maior

    preferência, foi realizado a análise descritiva quantitativa (ADQ), acidez, pH, teor de

    macronutrientes, minerais e análise microbiológica. No teste de escala hedônica

    foram atribuídas notas acima de 6 (Gostei) às formulações Q1, Q2 e Q3 por 93,8,

    54,6 e 89,2% dos assessores, respectivamente. Quanto à intenção de compra dos

    produtos, a maioria dos assessores afirmou que compraria a formulação Q1 (86,8%)

    e Q3 (84,6%). Os resultados mostraram que houve diferença significativa (p<0,05)

    entre o Q1 e o Q3 em relação ao Q2, já entre o Q1 e o Q2 não houve diferença

    estatisticamente significativa quanto a aceitação sensorial, intenção de compra e

    preferência. Assim as duas formulações foram igualmente aceitas. Na análise

    descritiva quantitativa os assessores treinados caracterizaram o queijo padrão como

    aparência de “cream cheese”, cor “off white”, sabor próprio de queijo, aroma

    característico de queijo e textura macia e cremosa. Semelhante ao Q1, o Q2 foi

    caracterizado como aparência de “cream cheese” saborizado com ervas, cor “off

    white” com ervas, sabor próprio de queijo levemente ácido, aroma característico de

    queijo e textura macia e cremosa. Os queijos apresentaram teores de umidade

    elevada, de cinzas e proteínas dentro do preconizado pela legislação, reduzido de

    lactose, baixo de lipídios, carboidratos e valor energético total. A acidez variou de

     

    1,28 a 1,32, pH de 4,65 a 4,75. Em relação a composição de minerais destacaram-

    se os teores de cálcio, fósforo e potássio. Apresentaram-se dentro dos padrões

     

    microbiológicos previsto pelo Regulamento Técnico para Alimentos. Assim a

    utilização de leite de cabra e kefir no desenvolvimento de produtos se mostra como

    uma boa opção, já que os queijos elaborados apresentaram ótima aceitação

    sensorial e valor nutritivo.

  • LOANNE ROCHA DOS SANTOS
  • PARÂMETROS DE MAGNÉSIO E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES DO RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 07/02/2019
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  • SANTOS, L. R. Parâmetros de Magnésio e sua Relação com Marcadores do Risco Cardiovascular em Mulheres Obesas. 2019. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: O excesso de tecido adiposo, característica da obesidade, tem sido associado às alterações endócrino-metabólicas que contribuem para a manifestação de dislipidemias, caracterizadas pelo aumento nas concentrações plasmáticas de triacilgliceróis, colesterol total e LDL-c e redução do HDL-c. Alguns nutrientes exercem funções importantes no metabolismo lipídico, a exemplo do magnésio, mineral que atua regulando a atividade das enzimas HMG-CoA redutase, lecitina-colesterol aciltransferase e a lipase de lipoproteína. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar as concentrações de magnésio e sua relação com marcadores do risco cardiovascular em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle, desenvolvido com mulheres, distribuídas em dois grupos: caso (obesas com índice de massa corpórea ≥35 kg/m²) e grupo controle (eutróficas com índice de massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m²), recrutadas a partir da demanda espontânea de ambulatórios da cidade de Teresina – PI. Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura, pescoço e do quadril conforme metodologia descrita pelo Ministério da Saúde. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.5. As concentrações de magnésio plasmático, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. As frações lipídicas foram analisadas segundo o método enzimático colorimétrico, utilizando um analisador bioquímico automático COBAS INTEGRA. RESULTADOS: Os valores médios do teor de magnésio encontrados nas dietas estavam inferiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias de magnésio plasmático e eritrocitário estavam reduzidas nas mulheres obesas em relação ao grupo controle (p<0,05). A excreção urinária deste mineral apresentou diferença significativa entre os grupos (p<0,05), sendo que as obesas excretavam quantidade superior de magnésio na urina. Sobre o risco cardiovascular, as mulheres obesas apresentaram parâmetros elevados quando comparadas ao grupo controle, segundo os valores encontrados para circunferência da cintura, circunferência do quadril, relação cintura-quadril, circunferência do pescoço, índice de conicidade, colesterol total, triacilglicerois, não-HDL, LDL-c, VLDL, HDL-c e índices de Castelli I e II (p<0,05). O estudo mostrou correlação negativa entre o magnésio dietético e o HDL-c, o magnésio urinário e a circunferência da cintura e do quadril (p<0,05). Além disso, os dados mostram correlação positiva entre o magnésio dietético e o Índice de Castelli I e II nas mulheres obesas (p<0,05). CONCLUSÃO: A partir dos dados deste estudo pode-se concluir que as mulheres obesas apresentam alterações na situação nutricional relativa ao magnésio, com concentrações reduzidas no plasma e eritrócitos e ainda elevadas na urina. Associado a isso, os resultados não sugerem a participação do magnésio na proteção contra o risco cardiovascular nas pacientes avaliadas.

2018
Descrição
  • LAILTON DA SILVA FREIRE
  • EFEITO DO PROCESSAMENTO SOBRE A COMPOSIÇÃO E O POTENCIAL TECNOLÓGICO DA FARINHA DE CASCA DE MARACUJÁ AMARELO (Passiflora edulis f flavicarpa Degener)
  • Data: 31/08/2018
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  • FREIRE, L. S. Efeito do processamento sobre a composição e o potencial tecnológico da farinha de casca de maracujá amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa Degener) Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI, 2018.

    O Brasil se destaca como o maior produtor mundial do maracujá amarelo sendo que a principal importância econômica desse fruto está na produção de suco concentrado. No entanto, durante seu processamento é produzido grande quantidade de resíduos agroindustriais provenientes das cascas e sementes, cerca de 40 a 60% do fruto. As cascas de maracujá, que compõe em média 52% da massa do fruto, por suas características funcionais, apresentam grande potencial para ser incorporada em alimentos, mas para que seja utilizado de forma satisfatória e seguro, é necessário que o material seja submetido a processamento adequado a exemplo da desidratação para posterior aproveitamento no consumo humano. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito do processamento sobre a composição e o potencial tecnológico da farinha de casca de maracujá amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa Degener). Foram elaboradas farinhas de casca de maracujá amarelo submetidas a desidratação por estufa e por liofilização e posterior determinação das características físicas e físico-químicas, propriedades funcionais tecnológicas, instabilidade térmica, espectro infravermelho, padrão microscópico estrutural/superficial e a composição mineral. Após os processamentos aplicados, verificou-se que a farinha desidratada em estufa apresentou rendimento (13,44%) pouco maior que a farinha liofilizada (12,74%). A farinha liofilizada apresentou menor teor de umidade (4,05%), maior teor de pectina (47,83%) e vitamina C (285,68mg/100g). Apresentou-se coloração amarelo claro, menor granulometria (84,84%), menor densidade (0,476 g/mL) e maior porosidade (38,30%), índice de intumescimento, capacidade de retenção de água (8,79mL/g) e de óleo (2,80mL/g) e melhor capacidade gelificante (10%). Apresentou superfície mais porosa e rugosa. A farinha desidratada por estufa apresentou maior teor de açucares totais (19,59%), granulometria mais grosseira (51,59%), maior densidade real (0,800 g/mL) e aparente (0,714 g/mL), solubilidade (39,07%) e melhor capacidade emulsificante (41,54%). Apresentou melhor instabilidade térmica e estrutura quebradiça e mais lisa. As farinhas elaboradas apresentaram alto teor de potássio, cálcio e magnésio. Os processamentos utilizados nessa pesquisa foram capazes de produzir farinhas de casca de maracujá com diferentes propriedades, características e aspectos que permite seu elevado potencial tecnológico em diversas aplicações de interesse para a indústria alimentícia, sendo que cada uma das farinhas elaboradas demonstrou comportamento para aplicação em diferentes sistemas alimentares.

  • CARULINA CARDOSO BATISTA
  • SÍNDROME METABÓLICA E SUA ASSOCIAÇÃO COM O CONSUMO ALIMENTAR DE NUTRIENTES ANTIOXIDANTES EM ADOLESCENTES
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 29/08/2018
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  • BATISTA, C.C. Síndrome metabólica e sua associação com o consumo alimentar de nutrientes antioxidantes em adolescentes. Dissertação (mestrado). Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição. Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2018.

    Introdução: A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de alterações cardiometabólicas associada com o acúmulo central de gordura, resistência à insulina, dislipidemias e aumento da pressão arterial. A sua prevalência é crescente em adolescentes, sendo essencial identificar os fatores de risco que predispõem a ocorrência dessa síndrome e o consumo de substâncias antioxidantes, resultando em uma ação protetora e efetiva contra os processos oxidativos. Objetivo: Analisar a associação entre os componentes da síndrome metabólica e o consumo alimentar de nutrientes antioxidantes em adolescentes. Métodos: Estudo transversal, realizado com 327 adolescentes, matriculados na rede pública e particular de ensino de Teresina-PI. Avaliaram-se os dados socioeconômicos, antropométricos, pressóricos, bioquímicos e de consumo alimentar. Além disso, os adolescentes foram classificados quanto à síndrome metabólica, segundo critérios propostos pelo NCEP. Foi verificada a associação (odds ratio) entre as variáveis dependentes (síndrome metabólica e seus componentes) e os nutrientes antioxidantes (selênio, cobre, zinco, vitamina A, vitamina C e Vitamina E), os quais foram expressos segundo tercil. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: A prevalência de SM no presente estudo foi de 7,03%, apresentando associação significativa com IMC e pressão arterial. Os menores tercis de consumo de cobre, vitaminas A e E foram associados com os níveis mais elevados de triglicerídeos e glicose. Após o ajuste por sexo, renda, escolaridade materna, atividade física e consumo de bebida alcoólica, apenas o menor tercil de consumo da vitamina A manteve-se associado aos níveis elevados de triglicerídeos (OR: 9,23; IC:2,4135,39) e glicemia (OR: 3,65; IC:1,26-10,51), bem como para a vitamina E, triglicerídeos (OR: 4,89; IC:1,40-17,04) e glicemia (OR: 4,25; IC:1,17-15,49). Conclusão: Foi possível observar a presença da SM na população e as associações significativas de alguns componentes da síndrome com os baixos

    consumos de vitamina A e E, os quais apontam riscos e corroboram a hipótese de que esses nutrientes em deficiência no organismo contribuem para a síndrome. Os resultados da presente pesquisa colaboram para propor estratégias de intervenção na saúde, com ênfase nos hábitos alimentares saudáveis em adolescentes.

  • JOYCE MARIA DE SOUSA OLIVEIRA
  • COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E MINERAL DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI TIPO FRADINHO
  • Data: 28/08/2018
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  • OLIVEIRA, J.M.S. COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E MINERAL DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-CAUPI TIPO FRADINHO. 2018. 67 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí.

    O feijão-caupi é uma das fontes alimentares mais importantes e estratégicas para as regiões tropicais e subtropicais do planeta. Na classe branco, a subclasse comercial fradinho, merece destaque por ser um grão muito apreciado pelo consumidor brasileiro, além disso, é o tipo de grão mais valorizado no mercado internacional. No Brasil, existe apenas três cultivares comerciais pertencentes à subclasse fradinho. Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a composição centesimal e mineral de genótipos de feijão-caupi da subclasse comercial fradinho. Foram avaliadas 12 linhagens e duas cultivares, em ensaios de valor de cultivo e uso, conduzidos em Teresina/PI e São Raimundo das Mangabeiras/MA. Adotou-se o delineamento de blocos casualizados, com duas repetições. Foram realizadas análises de variância e as médias agrupadas pelo teste Scott Knott (p≤0,05). Os grãos dos genótipos foram analisados quanto aos teores de carboidratos, proteínas, lipídios, umidade, cinzas, valor energético total (VET), cálcio, magnésio, fósforo, potássio, sódio, ferro, zinco, cobre e manganês. Os resultados demonstraram teor de umidade de 5,31 a 6,21 g 100 g-1; cinzas de 3,24 a 3,79 g 100 g-1; lipídios de 1,55 a 2,06 g 100 g-1; proteínas de 22,54 a 24,0 g 100 g-1, carboidratos de 64,75 a 66,75 g 100 g-1 e VET de 369,29 a 374,00 kcal 100g-1. As linhagens MNC06-901-14 e MNC06-907-30 se destacaram das demais, por apresentarem menores teores de umidade, lipídios e boas concentrações de proteína, enquanto a linhagem MNC06-909-52 revelou o menor teor de carboidratos, apresentando comportamento semelhante às cultivares.A linhagem MNC06-895-1 expressou a maior concentração de cinzas. As linhagens MNC06-907-35 e MNC06-909-76 apresentaram os menores valores de VET, assim como a cultivar CB-27. As concentrações de minerais apresentaram as seguintes variações: cálcio de 48,98 a 75,78 mg 100 g-1; magnésio de 153,91 a 192,35 mg 100 g-1; fósforo de 474,20 a 573,28 mg 100 g-1; potássio 1106,50 a 1203,49 mg 100 g-1; sódio de 3,52 a 5,54 mg 100g-1; ferro de 4,50 a 6,51 mg 100 g-1; zinco de 3,02 mg 100g-1 a 3,77 mg 100g-1; cobre de 0,49 a 0,73 mg 100g-1; manganês de 0,68 mg 100g-1 a 1,02 mg 100g-1. A linhagem MNC06-908-39 apresentou as maiores concentrações de magnésio, zinco e fósforo; a linhagem MNC06-909-68 destacou-se com o maior teor de ferro; as linhagens MNC06-909-52 e MNC06-909-55 expressaram bons conteúdos de manganês e potássio; a linhagem MNC06-895-2 apresentou maior concentração de cobre e a linhagem MNC06-909-54 expressou menor teor de sódio. Portanto, as linhagens analisadas apresentaram bons atributos nutricionais relacionados à composição química, demonstrando que parte das necessidades diárias de um adulto sadio pode ser suprida com a inserção do feijão-caupi na alimentação.

  • BEATRIZ DE MELLO PEREIRA
  • CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE VITAMINA D EM INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HIV EM USO DE TERAPIA ANTIRRETOVIRAL
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 27/08/2018
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  • PEREIRA, B.M. 2018. CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE VITAMINA D EM INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HIV EM TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma das mais trágicas pandemias vivenciada pela humanidade, e no Brasil, de 1980 a junho de 2017, foram identificados 882.810 casos. Embora o surgimento dos antirretrovirais represente um aumento da expectativa de vida, a longo prazo pode trazer algumas consequências como perda de peso, redistribuição de gordura e obesidade. A diminuição dos níveis sanguíneos de vitamina D em indivíduos com HIV tem sido documentada em alguns estudos mostrando-se associada com risco aumentado de doenças metabólicas, cardiovasculares, infecciosas e mortalidade, no entanto os fatores de risco de deficiência de vitamina D ainda não foram bem explicados. Alguns estudos observaram uma relação significativa entre baixos níveis de 25(OH)D e elevação da carga viral ou diminuição de linfócitos TCD4+. Nessa perspectiva, propõe-se o presente estudo para investigar os níveis de vitamina D, a carga viral e os níveis de LT -CD4+ em pacientes com diagnóstico de HIV/AIDS em uso de TARV. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal realizado com 120 indivíduos com HIV em um hospital público de Teresina, Piauí. Determinou-se a concentração sérica da vitamina D, carga viral e LT-CD4+, bem como, características sociodemograficas, antropométricas, clínicas, terapêuticas e nível de atividade física dos adolescentes. A relação entre a concentração de calcidiol e as variáveis do estudo foi analisada com auxílio do programa R. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e todos os participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: Dos participantes avaliados 52,5% eram do sexo masculino, com média de idade de 42 anos (DP 11,0 anos), e com renda per carpita inferior a um salário mínimo. Em relação aos dados antropométricos 65(56%) eram eutróficos e 75(64)% não apresentam riscos em relação a circunferência da cintura. Observou-se que 29% dos indivíduos avaliados tinham concentração de calcidiol inadequadas (< 30 ng/mL) e houve uma associação entre os níveis mais baixos de vitamina D e o número de células TCD4+(p<0,01) e entre vit D e o estado nutricional (p<0,05).CONCLUSÃO: A prevalência de inadequação da vitamina D nos participantes deste estudo foi elevada, e a associação com níveis mais baixos de células TCD4+ assemelha-se com outros estudos que identificaram uma relação entre os níveis de vitamina D e a imunidade. Estudos prospectivos e experimentais são necessários para demonstrar o real papel da vitamina D em pessoas que vivem com HIV/AIDS.

  • FELIPE GIOVANNI DE SOUSA E SILVA SANTOS
  • EFEITOS AGUDOS E CRÔNICOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM WHEY PROTEIN SOBRE A HOMEOSTASE DA GLICOSE EM DIABÉTICOS TIPO 2: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE
  • Data: 24/08/2018
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  • SANTOS, F. G. S. S. Efeitos agudos e crônicos da suplementação com whey

    protein sobre a homeostase da glicose em diabéticos tipo 2: uma revisão

    sistemática e metanálise. 2018. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-

    Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí.

    Atualmente diversos trabalhos vêm destacando o efeito benéfico do whey protein (WP)

    na glicemia pós-prandial em indivíduos saudáveis e diabéticos, porém existem achados

    controversos acerca do tema, não deixando claro o real efeito do WP na homeostase

    glicêmica. Nesse sentido, desenvolvemos uma revisão sistemática e metanálise de

    todos os estudos ensaios clínicos, sobre os potenciais efeitos benéficos do WP sobre a

    glicose e a insulina pós-prandial. Foram inclusos na metanálise trabalhos do tipo ensaio

    clinico, cross-over envolvendo um total 104 pacientes diabetes tipo 2, tendo em comum

    os tratamentos agudo e/ou crônico com WP e que avaliaram a área sob a curva (AUC)

    e/ou área sob a curva incremental (AUCi) de glicose e de insulina. Foram extraídos de

    sete estudos as seguintes informações: ano de publicação, autor, tipos de WP,

    dosagens de WP, refeição pré-teste, n amostral, AUC e AUCi de glicose e insulina.

    Para avaliação da qualidade metodológica utilizou-se o “Oxford Quality Scoring

    System”. Os principais desfechos incluíam glicemia e insulinemia pós consumo do WP.

    As análises agrupadas dos estudos mostraram que não há redução da média de AUC

    de glicose em pacientes diabéticos que consumiram WP. Não obstante, verificou-se que

    o grupo controle apresentou menores médias de glicose apesar da ausência de

    significância (SMD= -1,59, 95% IC -2,26 à – 0,92, p = 0,01), embora apresentasse

    valores significativos para a heterogeneidade (p para heterogeneidade < 0,001, I²=

    89,4%). As análises das médias de AUC de insulina não apresentaram diferenças

    significativas entre os grupos controle vs WP (SMD= 0,37, 95% IC, -1,09 a 1,83, p=

    0,01) (p para heterogeneidade < 0,001, I² = 96,7%). Nossos achados sugerem que o

    consumo de WP não reduz a glicemia e a insulinemia pós-prandial em população

    diabética, possivelmente devido a grande heterogeneidade das refeições pré-teste que

    podem representar diferentes cargas glicêmicas e desse modo, comprometer os

    possíveis efeitos do WP sobre a glicemia e a insulinemia pós-prandial. Em conjunto

    nossos achados indicam que essa estratégia não apresenta evidências suficientes para

    sugeri-la como proposta eficaz no controle da homeostase glicêmica nessa população.

  • ANTÔNIO FRANCISCO VERAS DE CARVALHO
  • SUPLEMENTOS PROTEICOS PARA ATLETAS (WHEY PROTEIN): ANÁLISE DE ROTULAGEM, QUALIDADE HIGIÊNICA, MICROSCÓPICA E MICOTOXICOLÓGICA
  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 23/08/2018
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  • CARVALHO, A. F. V. Suplementos proteicos para atletas (whey protein): análise de rotulagem, qualidade higiênica, microscópica e micotoxicológica. 2018. 67 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Centro de Ciência da Saúde, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI.

    O mercado de suplementos alimentares está em expansão mundial sendo o whey protein o mais consumido por praticantes de exercícios físicos, sua indicação na maioria das vezes não é realizada por nutricionistas. Com este trabalho objetivou-se: analisar a qualidade de suplementos proteicos para atletas (whey protein) comercializados em embalagem individualizada ou sachês em Teresina, PI. Adquiram-se sachês de diferentes marcas em lojas de suplementos. As seguintes análises foram realizadas: elementos de rotulagem; contagens de: Staphylococcus coagulase positiva, bactérias heterotróficas mesófilas e fungos filamentosos e leveduriformes, atividade de água; isolamento e identificação destes fungos filamentosos; pesquisa de: sujidades, cafeína e aflatoxinas. As marcas de whey protein atendem parcialmente aos requisitos obrigatórios de rotulagem e omitem substâncias estimulantes do sistema nervoso (cafeína nas marcas sabor chocolate) e alérgenos (ovos e peixes). Não indicam responsável técnico nem informam sobre restrições quanto ao consumo excessivo de proteínas, necessidade de orientação de nutricionista e tipo de whey. As contagens máximas obtidas para os micro-organismos pesquisados foram: Staphylococcus coagulase positiva 2,73 UFC/g em log10; bactérias heterotróficas mesófilas 1,21 UFC/g em log10; fungos filamentosos e leveduriformes 1,64 UFC/g em log10. Fungos como Aspergillus flavus, A. parasiticus e Aspergillus agregados niger foram isolados das amostras analisadas, apesar dos resultados para atividade de água (entre 0,30 a 0,60) não favorecerem a multiplicação dos fungos e dos demais micro-organismos presentes na embalagem. Não foram encontrados fungos dos gêneros Penicillium e Fusarium. Os sachês possuíam as seguintes matérias estranhas indicativas de falhas das boas práticas: fragmentos, fezes e ovos de insetos; hifas; fios de plástico e fragmentos de madeira. As duas (100%) marcas de amostras sabor chocolate continham cafeína entre 329,0 a 851,8 μg por porção de 25 g. As amostras B2 e D4 apresentaram AFB1, AFB2, AFG1 e AFG2, sendo que a maior quantidade encontrada em B2 foi AFG2 com 177,6 μg/25g, na D4 AFG1 76,1 μg/25g. Consumidores de whey protein em sachês estão expostos a quantidades de aflatoxinas que os tornem susceptíveis a micotoxicoses, efeitos teratogênicos, mutagênicos e carcinogênicos.

  • GEORGIA ROSA REIS DE ALENCAR
  • ESTADO NUTRICIONAL DA VITAMINA D E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
  • Data: 17/08/2018
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    ALENCAR, G. R. R. Estado nutricional da Vitamina D e sua Relação com

    Marcadores Inflamatórios em Mulheres Obesas. 2018. Dissertação – Mestrado em

    Alimentos e Nutrição; Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: O tecido adiposo é responsável por diversos processos relacionados

    à imunidade e à inflamação. Na obesidade, observa-se o aumento da infiltração de

    macrófagos e adipócitos, favorecendo a inflamação local e a produção de citocinas

    inflamatórias. Na perspectiva de identificar os mecanismos envolvidos na inflamação,

    diversos nutrientes têm sido estudados, destacando-se a vitamina D, já que essa

    vitamina atua inibindo a transcrição de fatores lipogênicos e adipogênicos, protegendo

    contra o acúmulo excessivo, hipertrofia e inflamação dos adipócitos. Assim, o objetivo

    deste estudo foi avaliar a relação entre o estado nutricional de vitamina D e

    marcadores inflamatórios em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo casocontrole,

    desenvolvido com mulheres, distribuídas em dois grupos: caso (obesas com

    índice de massa corpórea ≥ 30 kg/m²) e grupo controle (eutróficas com índice de

    massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m²), recrutadas a partir de demanda espontânea

    no ambulatório do Hospital Getúlio Vargas na cidade de Teresina – PI. Foram

    realizadas medidas do peso corporal, CC e estatura. A análise da ingestão dietética

    de vitamina D foi realizada por meio de Recordatório 24 horas com repetição em 40%

    das participantes, pela necessidade de correção dos dados pela variabilidade

    intrapessoal do consumo usando métodos estatísticos, utilizando o programa Dietpro

    Clínico versão 5.i. As concentrações de vitamina D plasmática foram determinadas

    segundo o método de cromatrografia líquida de alta eficiência (HPLC) associada à

    espectrofotometria de massa. A inflamação foi avaliada por meio das concentrações

    séricas das citocinas IL-6, IL-1β, IL-10 e TNF-α. RESULTADOS: Os valores médios

    da ingestão dietética de vitamina D estavam inferiores às recomendações, sem

    diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias

    de vitamina D plasmática das mulheres obesas estavam estatisticamente reduzidas

    em relação ao grupo controle (p<0,001). As obesas apresentavam valores de TNF-α

    estatisticamente elevados quando comparadas ao grupo controle (p<0,05) e houve

    correlação moderada negativa significativa entre as concentrações de vitamina D

    plasmática e TNF-α, nas obesas, com deficiência e insuficiência da Vitamina

    D(p<0,05). Houve diferença estatística significativa entre os grupos com insuficiência

    e deficiência de vitamina D plasmática para os valores de IL-1β, com valores

    superiores dessa citocina no grupo deficiente (p<0,05) e tendência de aumento da IL-

    10 no grupo deficiente e insuficiente (p= 0,068). CONCLUSÃO: As mulheres obesas

    apresentavam baixas concentrações de vitamina D plasmática e ingestão alimentar

    insuficiente dessa vitamina, o que pode contribuir para um estado inflamatório,

    expresso pelas elevadas concentrações de TNF-α. As concentrações de vitamina D

    plasmática nas mulheres obesas com deficiência e insuficiência de Vitamina D se

    correlacionaram com as citocinas TNF-α e IL-1β, dados estes que demonstraram a

    relação entre insuficiência e deficiência de vitamina D e a inflamação em obesas.

  • THAMIRES MENDONÇA DE CARVALHO
  • RESPOSTA AGUDA DE UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO DE FORÇA SOBRE A SACIEDADE, APETITE E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE CITOCINAS EM HUMANOS.
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 15/08/2018
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  • Os benefícios adquiridos através do exercício físico já são bem conhecidos. Sua prática regular é primordial para prevenção de doenças como diabetes, osteoporose, hipertensão arterial, além da promoção da qualidade de vida. Este presente estudo objetivou avaliar as respostas de uma sessão de exercício de força sobre os parâmetros hemodinâmicos, saciedade, creatina quinase, lactato, TGO, TGP e níveis plasmáticos de citocinas em humanos. A amostra constou de 15 participantes, entre 18 a 30 anos, que foram submetidos à avaliação antropométrica, composição corporal, somatotipia, força de pressão manual, avaliação dos parâmetros hemodinâmicos, teste de força máxima 1RM, uma sessão aguda de treinamento de força, teste de saciedade e coletas de sangue. Como resultados, obtivemos uma amostra classificada por somatotipia em mesoendomorfa (endomorfo = 3,7; mesomorfo = 3,1; ectomorfo = 1,5). E relação a séries executadas, alcançadas até a fadiga muscular, observamos que em todos os três exercícios a 2ª, 3ª e 4ª série foram significantemente menores vs as primeiras séries de cada exercício. Também foram identificados melhores desempenhos nas primeiras séries de cada exercício. Em relação às avaliações bioquímicas, observamos que a cretina quinase, lactato e glicose responderam positivamente a influência do exercício físico vs pré exercício (CK pré exercício 160,9±25,0 vs pós 253,5± 21,3*; lactato 2,95 ± 0,1 vs 5,46 ± 0,6**; glicose 86,3 ± 3,0 vs 72,2 ± 3,4*). Para os parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial média, sistólica, diastólica, duplo produto e frequência cardíaca) o exercício físico gerou influência significativa (p<0,05) quando comparado ao estado de antes do exercício em todos os parâmetros avaliados. No teste de saciedade, observamos um aumento significativo (p<0,05) nos valores do volume total, calorias totais e tempo total após o exercício quando comparados aos valores antes do exercício. Na avaliação do volume e calorias dentro dos escores, foram identificados que no nível 0 - não sinto nada - (antes 438,3 ± 58,5 vs após 592,0 ± 94,9*) no volume e nos níveis 0 e 2- um pouco cheio – (antes 168,7 ± 30,0 vs após 211,7 ± 37,8*) nas calorias, foram obtidos resultados significativos advindos dos efeitos do exercício físico. Nas citocinas plasmáticas, foram observadas diferenças significativas após exercício nas seguintes: IL-1β e IL-6 (pró inflamatórias).As respostas variadas e contraditórias aos efeitos de diferentes intensidades de exercício físico na ingestão alimentar e energética podem se justificar pelas diferenças no gênero, estado nutricional, metodologia do experimento empregado, como intensidade e duração do exercício físico, intervalo entre o exercício e a alimentação. Podemos inferir que a sessão aguda de treinamento de força influenciou no aumento da acomodação gástrica de humanos, assim como nos parâmetros bioquímicos e hemodinâmicos analisados.

  • MARILENE MAGALHÃES DE BRITO
  • DESENVOLVIMENTO DE BISCOITO INTEGRAL UTILIZANDO FARINHA, RESÍDUO E LEITE DE AMÊNDOAS DE CHICHÁ (Sterculia striata Naud.) E CASTANHA-DO-GURGUÉIA (Dipteryx lacunifera Ducke)
  • Data: 06/07/2018
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  • BRITO, M. M. Desenvolvimento de biscoito integral utilizando farinha, resíduo, e leite de amêndoas de chichá (Sterculia striata Naud.) e castanha-do-gurguéia (Dipteryx lacunifera Ducke). 2018. 65 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    Os parâmetros nutricionais da amêndoa do chichá e da castanha-do-gurguéia conferem a elas características que podem torná-las competitivas com as principais amêndoas amplamente comercializadas, sendo que seu aproveitamento em produtos alimentícios tradicionais é possível, sem alterações de qualidade, aumentando, assim, o valor nutritivo desse alimento. Dessa forma, o presente estudo objetivou formular biscoitos integrais utilizando farinha, resíduo e leite de amêndoas de chichá e castanha-do-gurguéia. Foram desenvolvidas três formulações de biscoitos. Na formulação A utilizou-se chichá, na B castanha-do-gurguéia e na C chichá e castanha-do-gurguéia. Os biscoitos foram assados em forno doméstico a 200 ºC por 20 minutos. A análise sensorial dos produtos foi realizada com 105 assessores não-treinados, sendo que para verificar a aceitação foi utilizado o teste de escala hedônica de 9 pontos, para avaliação da intenção de compra foi aplicado um teste de intenção de compra com escala de 5 pontos e para determinar a amostra preferida utilizou-se o teste pareado de preferência. No teste de escala hedônica as notas acima de 6 (Gostei) foram atribuídas às formulações A, B e C por 89, 91% e 90% dos assessores, respectivamente. Quanto à intenção de compra dos produtos, a maioria dos assessores afirmou que compraria as formulações A (71%), B (74%) e C (72%). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as três formulações de biscoito quanto a aceitação sensorial pelo teste de escala hedônica e intenção de compra, assim as três formulações foram igualmente aceitas. Quanto a preferência, o biscoito contendo chichá e castanha-do gurguéia (C) foi preferido entre os assessores. A formulação preferida foi caracterizada como sendo da cor amarelo âmbar, aroma característico de castanha-do-gurguéia e sabor característico de castanhas, além de apresentar crocância e grau de dureza moderados. O biscoito apresentou teores de umidade e cinzas dentro do preconizado pela legislação, apresentando elevado teor de lipídios (20,85%), carboidratos e consequentemente de valor energético total e intermediário teor de proteínas. O biscoito foi considerado fonte de fibras (10,11%), com destaque para a fração insolúvel. Apresentou atividade antioxidante, com destaque para o teor de compostos fenólicos. Assim a utilização de chichá e castanha-do-gurguéia no desenvolvimento de produtos se mostra como uma boa opção, já que os biscoitos elaborados apresentaram aceitação sensorial e boa qualidade nutritiva.

     

  • THALITA BRAGA BARROS ABREU
  • ERICA: estudo suplementar sobre alimentos ultraprocessados, macronutrientes, atitudes e práticas alimentares de adolescentes com pré-obesidade e obesidade.
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 27/06/2018
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  • ABREU, T. B. B. ERICA: estudo suplementar sobre alimentos ultraprocessados, macronutrientes, atitudes e práticas alimentares de adolescentes com pré-obesidade e obesidade. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição), Universidade Federal do Piauí - UFPI, Teresina-PI, 2018.

    INTRODUÇÃO: Mudanças rápidas nos padrões de alimentação na grande maioria dos países e, em particular, naqueles economicamente emergentes. No Brasil, a prevalência de excesso de peso foi encontrada em 49,0% da população, na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2008/2009). Em adolescentes, o excesso de peso aumentou seis vezes no sexo masculino e quase três vezes no feminino, alcançando nesse período prevalência de cerca de 20,0%, para ambos os sexos. O Objetivo desse trabalho foi investigar alimentos ultraprocessados, macronutrientes, atitudes e práticas alimentares de adolescentes, com pré-obesidade e obesidade, que participaram do ERICA, no município de Teresina, PI. MÉTODOLOGIA: A Pesquisa teve como base dados secundários, obtidos de dois estudos, o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) e o Projeto Suplementar ao ERICA, ambos de caráter transversal, envolvendo 292 adolescentes com pré-obesidade e obesidade, entre 12 e 17 anos, de ambos os sexos, estudantes de escolas públicas e privadas. As variáveis do estudo foram: dados sociodemográficos, práticas alimentares não saudáveis, opiniões sobre alimentos ultraprocessados e média do consumo de macronutrientes. RESULTADOS: Demonstrou-se que não há diferença significativa entre a pré-obesidade e obesidade segundo o tipo de escola, no entanto observaram-se valores maiores para adolescentes com pré-obesidade de escolas públicas (54,7%; p = 0,471). A maior proporção dos adolescentes, de escolas públicas, respondeu “concordo”, que os salgadinhos industrializados e as batatas fritas promovem bem-estar e consequentemente fazem bem à saúde; já os de escolas privadas, respondeu “discordo” que refrigerantes ajudam a engordar e promovem obesidade, e que sorvetes, pizzas, biscoitos recheados, chocolates, bombons são alimentos calóricos e provocam danos à saúde; não houve significância da prevalência de pré-obesidade e obesidade entre os alunos que responderam sobre opinião de alimentos ultraprocessados e os efeitos á saúde e os tipos de escola. Maior proporção de alunos das escolas privadas não fazem as refeições assistindo TV, enquanto os alunos de escolas públicas o fazem todos os dias ou quase todos os dias. Não houve significância entre a prevalência de pré-obesidade e obesidade e as práticas não saudáveis, houve significância nos resultados apenas do consumo de lipídeos entre a associação com pré-obesidade e obesidade. CONCLUSÃO: Observou-se, de modo geral, que os adolescentes parecem ter conhecimento e opiniões corretas sobre o consumo de alimentos ultraprocessados e seus efeitos à saúde, em destaque para aqueles de escolas públicas, no entanto, não põem em prática, pois a maioria faz refeições e consome petiscos em frente a telas, refletindo no seu estado nutricional, já que registrou-se maior prevalência de obesidade em relação a pré-obesidade.

  • NAÍZA MONTE LAGES
  • SENTIMENTOS DE ADOLESCENTES APÓS A INGESTÃO ALIMENTAR –ESTUDO ERICA
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 27/06/2018
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  • RODRIGUES, N. C. Sentimentos de adolescentes após a ingestão alimentar-Estudo ERICA. 2018. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição)- Programa de Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2018.

    Introdução: O ato de alimentar-se possui ricos significados pessoal, social, psicológico e cultural, havendo evidências de que certas preferências ou aversões alimentares podem comprometer a saúde humana. Os alimentos são consumidos por razões diferentes da fome, com motivos relacionados à regulação emocional. Objetivo: Analisar os sentimentos e sua relação com os tipos de alimentos ingeridos por adolescentes de escolas públicas e privadas da cidade de Teresina. Metodologia: Utilizou-se o banco de dados do ERICA referente ao Projeto Suplementar realizado em Teresina. A amostra incluiu 995 adolescentes, ambos os sexos, idade de 12 a 17 anos, cursando o 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental e 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, de 33 escolas públicas e privadas. Elegeu-se a variável I do questionário cuja pergunta era “o que você sente quando come...?”, com 14 itens alimentares, os quais permitiam as opções de respostas: bem-estar/satisfação, mal-estar e aversão (cor, cheiro, aspecto e gosto) ou nada. Para análise dos dados, foi usado o software Stata, e as variáveis foram apresentadas por meio de estatística descritiva. Foram usados o Qui-quadrado de Pearson (²) ou teste exato de Fisher quando apropriado. Foram calculadas razões de prevalência utilizando-se modelo de regressão de Poisson, com variância robusta. Considerou-se significativo os valores de p < 0,05. Resultados: A média de idade dos adolescentes foi 14,6 anos, (IC95%14,5 – 14,7 anos), com predomínio do sexo feminino (56,6%) e da rede pública (59,3%). Os resultados mostraram associação significativa entre os sentimentos relatados e o tipo de escola para metade dos alimentos incluídos no estudo. O bem-estar foi maior para o consumo de quase todos os alimentos, sendo a fruta ou suco natural os alimentos mais mencionados (88,6%), principalmente na rede privada. Os alimentos que tiveram associação significativa com o sexo foram os lanches e a carne vermelha gordurosa, com maior frequência para os meninos em relação ao sentimento de bem-estar. Na análise sobre os diferentes tipos de carnes, o sentimento de bem-estar foi maior para o frango e o de mal-estar para a carne vermelha, em ambos os sexos, com diferença significativa (p<0,001). A maioria dos adolescentes não revelou aversão aos alimentos. A chance de sentir aversão foi maior para a carne vermelha gordurosa e o refrigerante entre os escolares da rede privada. Em relação ao sexo, os meninos apresentaram menor chance de aversão ao lanche natural e a carne vermelha gordurosa. O gosto foi o aspecto sensorial mais destacado das aversões alimentares. Conclusão: Houve associação entre sentimentos e consumo alimentar, sendo as variáveis sexo e tipo de escola importantes nesta relação. Além disso, os dados sugerem que os sentimentos não estão direcionados apenas a um alimento específico.

  • RAYANE CARVALHO DE MOURA
  • “EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DA FARINHA DO MESOCARPO DE BABAÇU (Orbignya phalerata Mart.) SOBRE DANO MUSCULAR, ESTRESSE OXIDATIVO E CAPACIDADE AERÓBICA DE CORREDORES”.
  • Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 07/05/2018
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  • RESUMO:  MOURA, R.C. Efeitos da suplementação da farinha do mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata Mart.) sobre dano muscular, estresse oxidativo e capacidade aeróbia de corredores. 2018. Dissertação (Mestrado)- Programa de Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: O exercício físico intenso induz ao aumento da taxa de consumo de oxigênio e, consequentemente, elevam a produção de radicais livres, assim como os níveis de estresse oxidativo e danos musculares, podendo comprometer o desempenho físico de atletas. Assim, diversos alimentos com propriedades ergogênicas têm sido propostas para otimizar as adaptações fisiológicas inerentes ao exercício físico. A farinha do mesocarpo de babaçu (Orbignya pharelata Mart.) se destaca por possuir uma elevada quantidade de carboidratos, minerais e polifenóis, por isso apresenta diversos efeitos fisiológicos benéficos podendo-se destacar propriedade anti-inflamatória, imunomoduladora, analgésica e antipirética. No entanto, até o momento não existem estudos que testaram o efeito ergogênico da farinha do mesocarpo de babaçu em atletas. Portanto, este estudo avaliou o efeito da suplementação aguda com a farinha do mesocarpo de babaçu sobre marcadores de dano muscular, estresse oxidativo e capacidade aeróbia de corredores. MEDODOLOGIA: Foi realizado um estudo randomizado, duplo-cego, crossover, com corredores, do sexo masculino, no qual foi oferecida uma dose única de 0,4g/kg de farinha do mesocarpo de babaçu, maltodextrina e água, sendo que as intervenções foram separadas por intervalo de 07 dias. Após a suplementação, os voluntários foram submetidos ao teste de 3200 metros para avaliar a capacidade aeróbia (VO2máx). Realizou-se coleta de amostras de sangue em jejum e após a suplementação para a quantificação de glicose, marcadores de estresse oxidativo (malodialdeideo), dano muscular (creatina quinase e lactato desidrogenase) As avaliações ocorreram em três momentos para que todos os corredores pudessem tomar os três suplementos. Além disso, foram avaliados parâmetros antropométricos, de consumo alimentar. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS®, versão 20. RESULTADOS: A amostra final foi composta por 14 corredores com média de idade de 26 anos. Eles apresentaram consumo alimentar habitual hipocalórico, hipoglicídico, normoprotéico e hiperlipídico. A capacidade aeróbica de corredores, bem como a concentração de glicose, creatina quinase, lactato desidrogenase e a produção de marcadores de indicativos de peroxidação lipídica não tiveram modificações significativamente após a suplementação com farinha do mesocarpo de babaçu e nem com a suplementação com maltodextrina. CONCLUSÕES: A suplementação aguda com uma única de dose de 0,4g/kg da farinha do mesocarpo de babaçu, bem como de suplemento comercial a base de carboidratos (maltodextrina) não modificou significativamente a capacidade aeróbia de corredores e nem alterou a glicose, dano muscular e estresse oxidativo. Portanto hipótese que a farinha do mesocarpo de babaçu possa ter um possível recurso ergogênico não deve ser refutada no momento, mas outros fatores, como: dose, período de suplementação, biomarcadores precisam ser investigados.

  • RODRIGO BARBOSA MONTEIRO CAVALCANTE
  • DESENVOLVIMENTO DE PÃO DE QUEIJO ENRIQUECIDO COM FEIJÃO-CAUPI E SUAS CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS E FUNCIONAIS.
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 28/03/2018
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  • CAVALCANTE, R. B. M. Desenvolvimento de pão de queijo enriquecido com feijão-caupi e suas características nutritivas e funcionais. 2018. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí – Teresina – PI.

     

    O pão de queijo é um produto de panificação que apresenta ótima aceitação e é largamente consumido por pessoas de todas as idades. O feijão-caupi, um alimento básico para as populações do Nordeste brasileiro, é fonte de proteínas, carboidratos, fibras alimentares, vitaminas, minerais e compostos bioativos. Assim, objetivou-se desenvolver um pão de queijo enriquecido com feijão-caupi aceito sensorialmente e determinar suas características nutritivas e funcionais. A Escala Hedônica e a Intenção de Compra foram os testes realizados com cem assessores não treinados.

    Posteriormente, a composição centesimal, valor energético total, minerais, fibra alimentar, compostos bioativos e a atividade antioxidante foram determinados no produto com 20% de farinha integral de feijão-caupi em substituição ao polvilho. Foi criado um banco de dados no programa Statistical Packarge for the Social Sciences, versão 21.0. Para comparação das médias entre duas variáveis foi aplicado o t de Student. Através do teste do One Way ANOVA: Post Hoc multiple comparisons, utilizou-se o teste de Tukey, ao nível de 5% p > 0,05, com intervalo de confiança de 95% para os testes. Verificou-se com a análise sensorial realizada a aceitação dos produtos enriquecidos. O pão de queijo com feijão-caupi é fonte de proteínas e tem alto conteúdo de fibras alimentares, destacando-se as frações insolúveis, além de teores significativos de cinzas, lipídeos e carboidratos. O produto desenvolvido teve um aumento no valor energético total e, em relação ao teor de minerais, é fonte de cobre, zinco e sódio e apresenta alto conteúdo de cálcio, fósforo e magnésio. Os teores de fenólicos totais, flavonóides totais e taninos condensados aumentaram no pão de queijo enriquecido. O pão de queijo com feijão-caupi apresentou baixo teor de poliaminas e aminas biogênicas. Verificou-se ainda uma melhora da atividade antioxidante do pão de queijo com o incremento de feijão-caupi na formulação. Concluiu-se, portanto, que o feijão-caupi é uma opção viável para o enriquecimento de alimentos de panificação, como o pão de queijo.

  • ALINE CRONEMBERGER HOLANDA
  • ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, BIOACESSIBILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DOS POLIFENÓIS PRESENTES NO MESOCARPO E NA AMÊNDOA DO BABAÇU (Orbignya phalerata Mart.)
  • Data: 27/03/2018
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  • Os frutos e vegetais são ricos em compostos bioativos como compostos fenólicos, ácido ascórbico, flanovóides, carotenóides e outros que são sintetizados no metabolismo secundário, sendo os fenólicos e flavonoides, os mais amplamente abundantes no reino vegetal. Os compostos fenólicos possuem um elevado poder antioxidante, dessa forma oferecem grande contribuição para saúde devido ao seu efeito protetor em relação às doenças como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus. O conhecimento sobre os níveis de ingestão de polifenóis, juntamente com a sua bioacessibilidade/biodisponibilidade em todo o trato gastrointestinal, constituem fatores fundamentais para avaliar o seu significado biológiconasaúdehumana.O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a bioacessibilidade, por meio da digestão simulada in vitro no teor de compostos fenólicos e na atividade antioxidante do fruto do babaçu (Orbignya phalerata Mart.). Os extratos (aquoso, etanólicoeacetonico)dobabaçuforamobtidospormetodologiasjápadronizadas. As frações de ácidos fenólicos do babaçu (mesocarpo e amêndoa) e dos fenólicos totais foram obtidos por metodologias já estabelecidas. O conteúdo de proantrocianidinas totais foi determinado por método espectrofotométrico. A atividade antioxidante foi determinada por dois métodos: TEAC-ABTS e ORAC. O efeito da digestão (bioacessibilidade) sob o conteúdo de fenólicos totais e na atividade antioxidante do babaçu foi por meio de protocolo in vitro e método adaptado. Os compostos fenólicos do babaçu (mesocarpo e amêndoa) foram identificados por cromatografia líquida de alta eficiência. Dos extratos utilizados, o aquoso foi o que apresentou melhor poder extratorfenólicoeatividadeantioxidante.Dentre as frações de ácidos fenólicos,a que mais se destacou foi a solúvel, com maior diferença significativa no método TEACABTS. Dos compostos identificados no mesocarpo do babaçu, o ácido elágico foi o que apresentou maior teor e a epicatequina na amêndoa. Quanto ao teor de proantrocianidinas foi verificado que no mesocarpo houve diminuição no teor das mesmas após as fazes 1 e 2 da digestão, já na amêndoa houve aumento no final da fase 1 e diminuição no final da fase 2 nos dois métodos (ORAC e TEAC). Dos compostos fenólicos presentes no extrato aquoso do mesocarpo do babaçu após digestão invitro,os mais bioacessíveis foram o ácido elágico eepicatequina,os quais tiveram seus teores aumentados ao final da fase 2. Na amêndoa, a epicatequina foio composto que mais se destacou. Pode-se concluir que o babaçu (mesocarpo e amêndoa) possui vários compostos fenólicos, com atividades antioxidantes, os quais o ácido elágico e a epicatequina foram os mais bioacessíveis.



  • JULIANA SOARES SEVERO
  • PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DO ZINCO E SUA RELAÇÃO COM BIOMARCADORES DO RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 09/02/2018
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  • SEVERO, J. S. Parâmetros Bioquímicos do Zinco e sua Relação com Biomarcadores do Risco Cardiovascular em Mulheres Obesas. 2018. Dissertação – Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

     

    INTRODUÇÃO: O excesso de tecido adiposo, característica comum na obesidade, tem sido associado a alterações endócrino-metabólicas que contribuem para a manifestação de dislipidemias. As alterações no metabolismo lipídico manifestam-se pelo aumento nas concentrações plasmáticas de triglicerídeos, colesterol total e lipoproteína de baixa densidade (LDL) e redução da lipoproteína de alta densidade (HDL). Na perspectiva de identificar os mecanismos envolvidos nas desordens do metabolismo lipídico, diversos nutrientes têm sido estudados, destacando-se o zinco, por regular fatores de transcrição importantes para a síntese e oxidação de lipídios, e atuar como nutriente anti-inflamatório e antioxidante. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre parâmetros bioquímicos do zinco e biomarcadores do risco cardiovascular em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo de natureza transversal, desenvolvido com mulheres, distribuídas em dois grupos: caso (obesas com índice de massa corpórea ≥35 kg/m²) e grupo controle (mulheres eutróficas com índice de massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m²), recrutadas a partir da demanda espontânea de ambulatórios clínicos da cidade de Teresina – PI. Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura e índice de massa corpórea. A análise da ingestão de zinco foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.5. As concentrações de zinco plasmático, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. O risco cardiovascular foi avaliado por meio das concentrações plasmáticas das frações lipídicas, segundo método enzimático colorimétrico, e medidas da circunferência da cintura, pescoço e do quadril, determinação da relação cintura-quadril, índice de conicidade e índice de Castelli I e II. RESULTADOS: Os valores médios da ingestão de zinco nas dietas estavam superiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias de zinco plasmático e eritrocitário das mulheres obesas estavam reduzidas em relação ao grupo controle (p<0,05). A excreção urinária deste mineral apresentou diferença significativa em ambos os grupos (p<0,05), sendo que as obesas excretavam maior quantidade de zinco na urina. As obesas apresentavam risco cardiovascular elevado quando comparadas ao grupo controle, segundo os valores de circunferência da cintura, circunferência do quadril, relação cintura-quadril, circunferência do pescoço, índice de conicidade, triacilglicerois, lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL) e índices de Castelli I e II (p<0,05). O estudo também mostra correlação negativa significativa entre o zinco dietético e a relação cintura-quadril nas mulheres obesas. CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo pode-se concluir que as mulheres obesas apresentam redistribuição de zinco, caracterizada pelas concentrações reduzidas no plasma e eritrócitos, ingestão elevada e aumento da excreção urinária do mineral. Associado a isso, os dados dessa pesquisa mostram a importância do zinco no controle da adiposidade, e, dessa forma, como um mineral de interesse na proteção do risco cardiovascular, por meio de sua influência sobre os biomarcadores avaliados, como a relação cintura-quadril e o índice de massa corpórea.

  • JENNIFER BEATRIZ SILVA MORAIS
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE CORTISOL, PARÃMETROS DO ZINCO E RESISTÊNCIA À INSULINA EM MULHERES OBESAS.
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 02/02/2018
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  • MORAIS, J. B. S. Associação entre cortisol, parâmetros do zinco e resistência à insulina em mulheres obesas. 2018.  Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

     

    INTRODUÇÃO: A obesidade é caracterizada por alterações no metabolismo do cortisol, que podem favorecer a manifestação de hipozincemia em obesos, fator contribuinte para comprometimento da ação da insulina. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o cortisol, parâmetros do zinco e resistência à insulina em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle envolvendo  mulheres na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade. Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura e cálculo do índice de massa corpórea. A análise da ingestão de zinco foi realizada por meio de registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos do zinco foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. As concentrações séricas de glicose e insulina de jejum foram determinadas pelo método colorimétrico e quimioluminescência, respectivamente. As concentrações de cortisol no soro e hemoblobina glicada foram determinas pelo método de eletroquimioluminescência e cromatografia de troca Iônica, respectivamente. A resistência à insulina foi avaliada por meio do cálculo do índice HOMA-IR e HOMA2-IR.  Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: As concentrações séricas de cortisol não apresentaram diferença estatística entre os grupos (p>0,05). Os valores médios do consumo de zinco estavam superiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de zinco reduzidas, quando comparadas ao grupo controle (p<0,05). As concentrações de zinco urinário das mulheres obesas estavam superiores ao grupo controle, com diferença estatística (p<0,05). Não houve diferença estatística entre os grupos estudados em relação à glicose e insulina de jejum, HOMA-IR e HOMA 2 (p>0,05). A análise da hemoglobina glicada das pacientes obesas mostraram valores superiores, quando comparadas ao grupo controle (p>0,05). Não houve correlação entre o cortisol sérico, biomarcadores do zinco e parâmetros glicêmicos avaliados (p>0,05). CONCLUSÃO: Na amostra de mulheres obesas não se observou elevação nas taxas de cortisol e resistência insulínica. No entanto, presentam comprometimento no estado nutricional relativo ao zinco. Além disso, a análise de regressão linear múltipla entre o cortisol sérico, parâmetros do zinco e controle glicêmico não demonstra influência desse hormônio sobre o metabolismo desse mineral e resistência à insulina.

2017
Descrição
  • MARIA ROSIANE DE MOURA SANTOS
  • EXTRATO DE QUIRERA DE ARROZ SABORIZADO COM GOIABA E ACEROLA ENRIQUECIDA COM COLÁGENO HIDROLISADO
  • Data: 19/12/2017
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  • A crescente tendência de saudabilidade, tem despertado o interesse da população pela melhor qualidade de vida e consequentemente provocado mudanças estratégicas nas indústrias de alimentos e bebidas. As bebidas têm um destaque cada vez maior, devido a sua praticidade de consumo e às inúmeras possibilidades de elaboração e enriquecimento nutricional, com isso, os extratos vegetais estão cada vez mais em foco, em razão dos seus valores nutricionais, aliado ao baixo custo de produção e às possibilidades tecnológicas que apresentam, mostrando ser uma alternativa viável ao desenvolvimento de produtos que atendam às novas demandas de mercado. Objetivou-se desenvolver um extrato de quirera de arroz saborizado com goiaba e acerola enriquecido com colágeno hidrolisado, destinado ao público adulto de forma geral ou com patologias específicas, tais como alergia a proteína do leite, intolerância a lactose e celíacos. Buscou-se, caracterização das formulações quanto aos parâmetros físico-químicos, composição centesimal, quantificação do teor de ácido ascórbico das melhores formulações, para isso, foram elaboradas 11 formulações, testando diferentes combinações de mix de polpa (X1) e sacarose (X2), sendo os experimentos: 4 fatoriais, 4 axiais e 3 repetições no ponto central definidas por meio do DCCR. Considerando a variabilidade inerente ao processo, foram significativos a Relação °Briz/Acidez e o teor de Ácido Ascórbico. Os valores da relação °Brix/acidez variaram de 32,75 a 40,42, apresentando diferença significativa entre elas. No processo de elaboração de uma bebida deve-se levar em consideração a relação °Brix/acidez, pois determina o equilíbrio entre açúcar e acidez e influencia na percepção de sabor doce por parte do consumidor. Quanto aos teores de ácido ascórbico os valores encontrados variaram de 22,61 a 46,6 apresentando diferença, onde a Ingestão Diária Recomendável (IDR) de vitamina C para adultos, é de 50 mg e mesmo o extrato que apresentou menor teor em 100 mL do produto, atende a 45,2% da IDR. Todas as formulações tiveram aceitação > 6 e percentuais > 50% de intenção de compra, demonstrando ser uma opção alimentar inovadora, segura que atende às necessidades de consumidores com restrição alimentar ou aqueles preocupados com a saúde e bem-estar.

     

  • LUCIANA MELO DE FARIAS
  • Efeito da farinha de semente de abóbora (Cucurbita moschata) sobre o metabolismo lipídico em modelo experimental de dislipidemia
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 27/11/2017
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  • O uso de alimentos funcionais é uma abordagem atual na prevenção e tratamento nas

    Doenças Cardiovasculares. Os subprodutos do processamento de alimentos são ricos em

    nutrientes e compostos bioativos, e seu consumo pode melhorar a qualidade da dieta e

    contribuir para redução no risco de doenças. Dentre esses subprodutos estão incluídas as

    sementes de abóbora Cucurbita moschata, que apresentam elevado pontencial de

    utilização. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da farinha de semente de

    abóbora (Cucurbita moschata) no metabolismo lipídico em modelo experimental de

    dislipidemia e determinar a composição centesimal, o teor compostos fenólicos e a

    atividade antioxidante das sementes de abóbora. As sementes foram obtidas de abóboras

    crioulas, provenientes de hortas agroecológicas do Nordeste do Brasil. Foram realizadas

    análises de caracterização química das sementes por métodos oficiais. O teor de

    fenólicos totais e atividade antioxidante in vitro foram determinados em extrato aquoso

    e etanólico das sementes. Para o estudo experimental foram utilizados 26 hamsters

    (Mesocricetus auratus) machos, distribuídos em três grupos: grupo controle normal

    (GCN, n=8), mantidos com ração comercial; grupo controle dislipidemia (GCD, n=8),

    mantido com ração enriquecida em gordura saturada e colesterol (dieta dislipidêmica

    com 13,5% de gordura de coco e 0,1% de colesterol); grupo semente de abóbora (GSA,

    n=10), mantido com dieta dislipidêmica acrescida de sementes de abóbora. Após 28

    dias de tratamento foram realizadas determinações de perfil lipídico (colesterol total,

    LDL-c, HDL-c, colestereol não-HDL e triglicerídeos), de marcadores bioquímicos de

    função hepática (proteínas totais, albumina, AST e ALT), colesterol nas fezes e análise

    histopatológica de tecido hepático. Foram identificados nas sementes elevados teores de

    lipídios (39,7%) e proteínas (26,4%). O perfil de ácidos graxos mostrou predominância

    de ácidos graxos insaturados, especialmente os ácidos oleico e linoleico. Maiores teores

    de fenólicos totais e maior atividade antioxidante foram verificados no extrato aquoso.

    A dieta hipercolesterolemiante promoveu aumento em todos os parâmetros do perfil

    lipídico dos animais do GCD. O tratamento com dieta enriquecida com sementes de

    abóbora reduziu significativamente os níveis séricos de triglicerídeos e aumentou a

    excreção fecal de colesterol. Não houve alteração na função nem dano hepático, houve

    menor acúmulo de lipídios nos hepatócitos, com redução do grau de esteatose hepática

    nos animais do GSA. Portanto, as sementes de abóbora apresentaram propriedades

    hipotrigliceridêmica e protetor na deposição de lipídeos hepáticos.

  • OLÍMPIO JOSÉ DOS SANTOS
  • Desenvolvimento de farinha instantânea de cotilédones de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.).
  • Data: 23/08/2017
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  • SANTOS, O. J. Desenvolvimento de farinha instantânea de cotilédones de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.). Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina/PI, 2017.

     

    Produtos obtidos por extrusão termoplástica tem grande importância na alimentação devido à sua praticidade para o consumo, armazenamento, processo de fabricação, estabilidade química e microbiológica. Foi desenvolvida nesta pesquisa uma farinha de cotilédones de feijão-caupi (FCFC) instantânea. Grãos de feijão-caupi da cultivar BRS Tumucumaque foram descorticados, fragmentados moinho de facas (Renard MFC-180-75-01), transformados em farinha em moinho de rolos (Brabender Quadrumat Senior), submetida ao processamento em extrusora termoplástica de dupla rosca (Clextral Evolum HT25), alimentada à 6,79 kg/h, matriz de 4 furos de 3,8 mm de diâmetro. Foi aplicado um delineamento Composto Central Rotacional utilizando as variáveis independentes: temperatura de processo (TP) (86,4; 100; 120; 140 e 153,6 °C), umidade da farinha (UF) (16,6; 18; 20; 22 e 23,4%) e velocidade de rotação das roscas (VR) (163,6; 300, 500, 700 e 836,4 rpm), consistindo de 15 condições distintas de processo e 5 repetições do ponto central, totalizando 19 tratamentos (T). Os extrusados de cada T foram moídos nas mesmas condições da FCFC e submetidos às análises físicas, composição centesimal, minerais, compostos bioativos, atividade antioxidante e análise sensorial. Os resultados demostraram que houve interação significativa entre a TP e UF para o índice de expansão radial, entre a TP e VR para o índice de expansão longitudinal, entre a TP, VR e UF para o índice de expansão volumétrica. Somente a VR interferiu significativamente no índice de solubilidade em água e absorção de água. Das propriedades viscoamilográficas apenas Viscosidade Mínima de Resfriamento, viscosidade máxima de resfriamento, Set Back e Viscosidade Final foram influenciadas de forma significativa pelas variáveis independentes. O tempo de reconstituição da suspensão das farinhas de cotilédone de feijão-caupi extrusadas (FCFCE) apresentou diferenças significativas e variou de 6,65 a 40,66 s. Das amostras de FCFCE, o conteúdo de umidade variou de 9,00 a 10,27%, cinzas de 3,49 a 3,82%, lipídeos de 0,67 a 1,76%, proteínas de 21,81 a 25,57% e carboidratos de 69,90 a 73,85%, apresentando diferenças significativas entre pelo menos um dos T em relação aos demais, para essas características. Os teores de minerais (mg/100 g) nas FCFCE foram: Mg de 193,97 a 330,72; Fe de 4,96 a 6,06; P de 204,07 a 365,25; Zn de 2,79 a 3,59; Cu de 0,48 a 0,63; K de 975,74 a 1341,40. O tegumento apresentou o maior teor de compostos fenólicos totais (CFT), flavonoides totais (FT) e atividade antioxidante (AA); enquanto que o T10 (153,6 ºC, 500 RPM e a 20% de UF) apresentou o menor teor de CFT e AA; A FCFC apresentou o menor teor de FT; o T8 (140 ºC, 700 RPM e a 22% de UF) apresentou o menor teor de taninos condensados, enquanto que os grãos apresentaram o maior, todos estatisticamente diferentes entre si. No teste de aceitação e intenção de compra com 101 assessores sensoriais, o T1 foi o único aceito. Considerando todos os parâmetros analisados, as FCFCE são tecnologicamente e nutricionalmente viáveis para a produção de sopas e caldos.

  • LUNNA PAULA DE ALENCAR CARNIB
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ACEITAÇÃO SENSORIAL DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-DE-METRO (Vigna unguiculata ssp Sesquipedalis)
  • Data: 29/07/2017
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  • RESUMO: CARNIB, L. P. A. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ACEITAÇÃO SENSORIAL DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-DE-METRO (Vigna unguiculata ssp Sesquipedalis). 2017. 76 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição. Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI.

    O feijão-de-metro é cultivado e consumido como uma hortaliça na fase de vagens verdes ou imaturas. Representa uma excelente e barata fonte de proteínas para a população em geral, além de fornecer outros nutrientes como carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. Estudos relacionados à qualidade nutricional e aceitação de das vagens imaturas do feijão-de-metro para o consumo na forma de salada são raros na literatura. Com o propósito de facilitar a inserção do feijão-de-metro na dieta das populações do Meio-Norte brasileiro e aumentar o seu consumo, o presente estudo objetivou avaliar características físico-químicas e sensoriais de genótipos de feijão-de-metro, para o consumo das vagens na forma de salada. Foram avaliados 10 genótipos de feijão-de-metro, sendo oito linhagens e duas cultivares, ambos oriundos do Banco Ativo de Germoplasma de feijão-caupi da Embrapa Meio-Norte, Teresina, PI. Determinou-se a composição centesimal, o conteúdo de minerais, a aceitação de consumo como vagem para salada, a preferência em relação a dois modos de preparo e a intenção de compra. Para a composição centesimal e de minerais foram realizadas análises de variância e as médias agrupadas pelo teste Scott Knott (p≤0,05). Na análise sensorial foram realizados os testes de escala hedônica de noves pontos e de pareado de preferência para dois modos de preparo (cozido no vapor e cozido no vapor e depois refogado em óleo de soja), além da intenção de compra; as avaliações foram realizadas com assessores não treinados. Os resultados demonstraram teor de umidade de 86,13% a 90,78%, cinzas variando de 5,9% a 7,44%, elevado conteúdo de proteínas de 26,85 a 30,25 g 100 g-1, lipídios de 1,92 g 100 g-1 a 3,26 g 100 g-1, carboidratos de 49,2% a 54,74% e VET de 337,76 kcal 100 g-1 a 349,08 g 100 g-1. As linhagens de feijão-de-metro apresentaram bons atributos nutricionais, com destaque para as linhagens 3943 (proteínas, fósforo e potássio), 3950 (sódio), 3952 (magnésio), 3958 (ferro e zinco), 3966 (cálcio), 3979 (manganês), enquanto a cultivar “De Metro” sobressaiu-se apenas quanto ao teor de cobre. As linhagens 3943 e 3966 apresentaram melhor aceitação de consumo como vagem para salada, relativamente à cultivar testemunha “De Metro”, tanto no preparo cozido a vapor quanto no preparo cozido a vapor e depois refogado. As amostras de feijão-de-metro cozidas a vapor e depois refogadas em óleo de soja foram preferidas do que as que foram apenas cozidas no vapor, com maior preferência para a linhagem 3943. As linhagens 3966 e 3943 sobressaíram-se quanto à intenção de compra, relativamente à cultivar testemunha “De Metro”, sendo a primeira na forma de preparo cozida a vapor e a segunda quando cozida a vapor e depois refogada em óleo de soja. As linhagens de feijão-de-metro apresentam excelentes características nutritivas e sensoriais, com baixo teor de lipídeos e conteúdo significativo de proteínas, demonstrando que parte das necessidades diárias de proteínas e de minerais de um indivíduo pode ser satisfeita pela inserção de quantidades significativas das vagens do feijão-de-metro na alimentação diária, na forma de salada .

  • VANESSA BRITO LIRA DE CARVALHO
  • CONTROLE GLICÊMICO, INGESTÃO DE VITAMINAS ANTIOXIDANTES, ESTRESSE OXIDATIVO E INFLAMAÇÃO SISTÊMICA EM DIABÉTICOS TIPO 2
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 27/07/2017
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  • CARVALHO, V. B. L. Controle Glicêmico, Ingestão de Vitaminas Antioxidantes, Estresse Oxidativo e Inflamação sistêmica em Diabéticos Tipo 2. 2017. Dissertação (Mestrado) - Programa de Mestrado em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
    INTRODUÇÃO: A hiperglicemia crônica presente no diabetes mellitus tipo 2 (DM2) está relacionada com a presença de estresse oxidativo e de inflamação, condições associadas com diversas complicações crônicas da doença. As vitaminas antioxidantes podem exercem um papel positivo na prevenção de danos oxidativos induzidos pelo diabetes. Portanto, este estudo avaliou a relação entre controle glicêmico com a ingestão das vitaminas A, C e E, marcadores de estresse oxidativo e inflamação em diabéticos tipo 2. MÉTODOS: Estudo caso-controle de delineamento analítico, envolvendo 86 indivíduos, com idade entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos, distribuídos em dois grupos: grupo controle (saudáveis, n=43) e grupo caso (diabéticos tipo 2, n=43). Foram avaliados parâmetros antropométricos e de adiposidade por meio da determinação do IMC, medida da circunferência da cintura e quadril, e do percentual de gordura. A análise da ingestão das vitaminas antioxidantes e macronutrientes foi realizada por meio de dois recordatórios de 24h, utilizando o software Virtual Nutri Plus versão 2.0. A determinação da hemoglobina glicada foi realizada por cromatografia de troca iônica, as concentrações séricas de glicose por método colorimétrico-enzimático e insulina por quimioluminescência, respectivamente. A resistência à insulina foi avaliada por meio do índice HOMA-ir. O perfil lipídico foi determinado segundo o método de química seca, e a avaliação de estresse oxidativo por meio da determinação da concentração de malondialdeído e da enzima mieloperoxidase e atividade da enzima superóxido dismutase eritrocitária. Como marcador da atividade inflamatória foi determinada a concentração sérica da Proteína C-reativa por Imunuturbidimetria. Os dados foram analisados no programa estatístico Stata®, versão 12. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino (69,8%) em ambos os grupos. Os diabéticos apresentaram maior adiposidade corporal (p<0,05) e ingestão insuficiente de vitaminas A e E, e acima do recomendado de vitamina C (p<0,05). As análises do controle glicêmico revelaram valores elevados de glicemia e insulina séricas, de hemoglobina glicada, e de HOMA-ir nos pacientes diabéticos tipo 2 (p<0,05). Os valores de colesterol total e LDL-c foram menores no grupo controle (p<0,05) e o HDL-c mostrou-se menor nos diabéticos (p<0,05). Observou-se maiores concentrações de mieloperoxidase nos pacientes com DM2 (p<0,05) e não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos para os valores de MDA. A atividade da superóxido dismutase (SOD) demonstrou maiores valores no grupo controle (p<0,05) e verificou-se maiores concentrações de PCR nos pacientes com DM2 (p<0,05). A análise de correlação linear simples mostrou que houve correlação positiva significativa entre os valores de glicemia e malondialdeído (r=0,346, p<0,05) no grupo controle. CONCLUSÕES: Os diabéticos tipo 2 apresentam baixa ingestão de vitaminas A e E e ingestão adequada de vitamina C, maior peroxidação lipídica e menor atividade da SOD, além de maiores concentrações de PCR, mas não houve relação entre esses marcadores com o controle glicêmico

  • LAYANNA CIBELLE DE SOUSA ASSUNÇÃO CARVALHO
  • EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM NÉCTAR DE JAMELÃO (Syzygium cumini)NO ESTRESSE OXIDATIVO, DANO MUSCULAR E DESEMPENHO DE ATLETAS DE HANDEBOL.
  • Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
  • Data: 24/07/2017
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  • ASSUNÇÃO-CARVALHO, L.C.S. Efeitos da suplementação com néctar de jamelão (Syzygium cumini) no estresse oxidativo, dano muscular e desempenho de atletas de Handebol. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI, 2017.

    Estudos recentes têm demonstrado um potencial efeito ergogênico de alimentos ricos em polifenóis, por suas proriedades antioxidante, em minimizar o desgaste fisiológico provocado pelas altas cargas de treino e acelerar o processo de recuperação dos atletas, mas o Jamelão (Syzygium cumini ), a despeito da rica composição de polifenóis nunca foi investigado. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da suplementação com o Néctar do Jamelão (Syzygium cumini L.) em marcadores de estresse oxidativo, dano muscular e desempenho em atletas de Handebol.  Previamente ao estudo clínico foram elaboradas duas formulações de néctar de jamelão, F1 (50% de polpa) e F2 (30% de polpa), as quais foram caracterizadas sensorialmente utilizando-se Escala Hedônica de 9 pontos. Logo após observou-se que F2 apresentou melhor aceitação sensorial, sendo esta formulação escolhida para o ensaio clínico com os atletas. Em seguida amosras do néctar foram avaliadas para a determinação do conteúdo de polifenóis e atividade antioxidante.  A composição fenólica determinada por HPLC revelou 12 compostos, sendo que a antocianina malvidina -3,5- di –O- glicosídeo apresentou a maior concentração, seguida de delfinidina- 3-O-glicosídeo e cianidina-3,5-di--glicosídeo. Em seguida, vinte e cinco voluntários do sexo masculino com idade média de 18,6±2,4 anos foram randomizados em grupo que recebeu néctar de jamelão (grupo suplementado - GS, n = 12; 10 ml/kg/dia) ou grupo que recebeu bebida controle isocalórica, isoglicídica e isovolumétrica (grupo controle – GC; n = 13), por 28 dias. Antes e 48 horas depois da intervenção nutricional foram realizadas coletas sanguíneas para avaliação dos marcadores de estresse oxidativo (Capacidade antioxidante total – CAT, malonialdeído- MDA, óxido nítrico e ácido úrico) e de dano muscular (CK e LDH ) além de testes de capacidade aeróbia (Shuntle Run de 20 metros), potência de membros inferiores (Squat Jump e Countermoviment Jump) e resistência anaeróbia (RAST TEST).  Na análise dos dados aplicou-se teste T independente na comparar os valores iniciais dos grupos, experimental e controle e nas comparações dos momentos, inicial e 28 dias após a intervenção entre os grupos ou intragrupo foi aplicada a ANOVA para medidas repetidas, com Pós-hoc de Bonferroni. Para tudo, utilizou-se o software SPSS, versão 20.0 e adotando nível de significância p < 0,05. O GS apresentou um aumento significativo de ~20,7% na capacidade antioxidante total (p= 0,004) e uma redução da peroxidação lipídica ~30,8 (p= 0,001), associada acompanhado de diminuição em do marcadores de dano muscular, ~28,6 em CK (p=0,002) e 12,9% para LDH (p= 0,048), Nenhuma destas alterações foram verificadas no grupo controle. Por outro lado, não foram observadas alterações nas variáveis investigadas de performance física: capacidade aeróbia (p = 0,14), força explosiva no Squat Jump (p=0,09) e no Countermoviment Jump (p=0,38) ou na resistência anaeróbica, conforme valores do índice de fadiga (p=0,12). Também não foram verificadas alterações de performance física no grupo controle. Oestudo demonstrou que a suplementação diária de 10 mL/kg /dia de néctar de Jamelão durante 28 dias aumentou na capacidade antioxidante total, diminuiu a peroxidação lipídica e reduziu o dano muscular, porém sem melhorias no desempenho aeróbio, anaeróbio e de força.  Além de influenciar o estado psicométrico dos atletas, reduzindo significativamente a Pertubação Total do Humor (PTH). O néctar de Jamelão mostrou-se seguro para o consumo pois não provocou alterações em marcadores de função hepática e renal.

  • JULIANA MARIA LIBÓRIO EULÁLIO
  • CONCENTRAÇÕES DE ZINCO E COBRE E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 14/07/2017
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  • EULÁLIO, J. M. L. Concentrações de zinco e cobre e sua relação com marcadores de estresse oxidativo em mulheres com câncer de mama. 2017. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI.

    INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um dos maiores problemas de saúde pública, sendo a neoplasia mais prevalente entre pessoas do sexo feminino e a causa mais comum de morte nesse grupo. O desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e o sistema de defesa antioxidante, promove danos à biomoléculas e desempenha papel importante na promoção e progressão do câncer de mama. O sistema de defesa antioxidante pode impedir a formação dos radicais livres e favorecer a reconstituição das estruturas biológicas lesadas, reduzindo os danos causados pelas espécies reativas. A superóxido dismutase é uma enzima antioxidante, essencial na defesa do organismo contra radicais livres e que possui zinco e cobre como cofatores. Estes oligoelementos são considerados nutrientes com propriedades antioxidantes, com papel fundamental na prevenção e progressão do câncer de mama. Este trabalho avaliou as concentrações de zinco e cobre plasmáticos e sua relação com marcadores do estresse oxidativo em mulheres com câncer de mama. METODOLOGIA: Estudo analítico de corte transversal, realizado com 90 mulheres na pré-menopausa, entre 20 e 50 anos, assistidas em hospital público do estado do Piauí, que foram distribuídas em dois grupos: Grupo caso (n= 45) composto por mulheres com câncer de mama e Grupo controle (n=45) por mulheres com doença benigna da mama. As concentrações de zinco e cobre plasmáticos foram determinadas por espectrofotometria de absorção atômica de chama. A análise da peroxidação lipídica foi realizada a partir da determinação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), e a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) por meio da inibição da formação de nitrito. A análise estatística foi realizada no programa IBM Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0, adotando-se o nível de significância de 5%. Para comparação entre os grupos, correlação e associação entre as variáveis, utilizou-se os testes t-student, Wilcoxon, Spearman e teste exato de Fisher. RESULTADOS: As médias das concentrações de zinco (56,13 μg/dL ± 10,95 e 44,29 μg/dL ± 14,09), e de cobre (86,28 μg/dL ± 29,57 e 61,82 μg/dL ± 17,63), estavam significativamente mais elevadas nas mulheres com câncer de mama, em comparação com mulheres com doença benigna da mama (p < 0,001). Em relação ao zinco observou-se que, em ambos os grupos, as médias encontradas estão abaixo dos valores de referência adotados para este mineral. A atividade da SOD foi significativamente maior nas mulheres com câncer de mama quando comparadas às mulheres com doença benigna da mama. As concentrações de TBARS estavam elevadas nos dois grupos com diferença significativa entre os mesmos. Verificou-se correlação negativa significativa (r = - 0,346; p = 0,023) entre as concentrações de TBARS e atividade da SOD eritrocitária em mulheres com câncer de mama, e associação entre a concentração de zinco plasmático e TBARS e o câncer de mama. CONCLUSÃO: As mulheres com câncer de mama apresentam deficiência de zinco e normocruprimia. A elevada peroxidação lipídica e o aumento da atividade da enzima superóxido dismutase, caracteriza a presença de estresse oxidativo nas mulheres com câncer de mama. A deficiência de zinco e a elevada peroxidação lipídica são fatores presentes no câncer de mama.

  • JÉSSICA PINHEIRO MENDES SAMPAIO
  • PROPRIEDADES FUNCIONAIS, COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE FARINHA INTEGRAL EXTRUSADA DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.)
  • Data: 09/06/2017
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  • O feijão-caupi é mais comumente comercializado na forma de grãos secos, porém apresenta problemas relacionados ao armazenamento, presença de compostos antinutricionais e de compostos indigeríveis, fatores que podem ser melhorados com o processamento térmico. O presente estudo teve como objetivo elaborar uma farinha integral extrusada de feijão-caupi e determinar sua composição química e propriedades funcionais. Grãos de feijão-caupi, cultivar BRS Tumucumaque foram triturados em moinho de facas (Renard MFC-180-75-01), seguido da passagem em moinho de rolos (Brabender Quadrumat Senior), originando a farinha integral crua que foi submetida ao processo de extrusão em equipamento de dupla rosca (Clextral Evolum HT25). Para determinação dos parâmetros do processo, realizou-se um delineamento Central Composto Rotacional para as variáveis independentes temperatura, umidade e velocidade de rotação das roscas. Analisou-se o índice de expansão radial, índice de expansão longitudinal, índice de expansão volumétrico índice de solubilidade em água, índice de absorção de água, propriedades viscoamilográficas e de reconstituição, também a composição química, teor de minerais, quantificação de compostos fenólicos (fenólicos totais, flavonoides, antocianinas) e atividade antioxidante. Todas as análises foram realizadas em triplicata e os resultados expressos como média ± desvio-padrão. A análise das variáveis sobre as características funcionais das farinhas foi realizada no Programa Statistica (versão 10), com nível de significância (p<0,05). Para as demais análises realizou-se análise de variância e as médias foram comparadas pelo Teste de Scott-Knott e pelo Teste de Dunnett (p<0,05). Das características funcionais analisadas, as que foram preditivas pela análise de regressão foram o índice de expansão radial, índice de expansão longitudinal, índice de expansão volumétrico, índice de solubilidade em água, viscosidade máxima e viscosidade mínima e viscosidade final. Para a análise de reconstituição, as amostras com melhores características foram as farinhas extrusadas T01, T02, T04, T05, T07 e T11. Na composição centesimal foi observado redução no teor de umidade e lipídeos, com teores para as amostras extrusadas entre 8,01% e 8,98% e 0,93% e 1,57%, respectivamente. Quanto ao teor de minerais, o tratamento T15 apresentou elevado teor de ferro e o T14 elevado teor de zinco. De modo geral houve diminuição nos compostos fenólicos e atividade antioxidante após a extrusão, o que é esperado com o processamento térmico. No teste sensorial, a amostra T01 obteve maior percentual de intenção positiva de compra.

  • EDNELDA BRITO MACHADO
  • CONCENTRAÇÃO SANGUÍNEA E INGESTÃO DIETÉTICA DE VITAMINA D EM ADOLESCENTES UNIVERSITÁRIOS
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 31/05/2017
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  • MACHADO, E.B.M Concentração sanguínea e ingestão dietética de vitamina D em

    adolescentes universitários. 2017. Dissertação (Mestrado) - Programa de Mestrado em

    Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    Introdução: Evidências de estudos epidemiológicos tem mostrado elevadas prevalências de

    deficiência e insuficiência de vitamina D em adolescentes de todo mundo, incluso em países

    ensolarados como o Brasil. Esse cenário gera preocupação diante das várias funções

    essenciais para manutenção da saúde na adolescência e continuidade da vida desempenhadas

    pela vitamina D. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a concentração sérica de vitamina

    D em adolescentes e sua relação com variáveis dietéticas, antropométricas, socioeconômicas,

    demográficas e hábitos de vida. Metodologia: Estudo de corte transversal realizado com 175

    adolescentes de 16 a 19 anos. Determinou-se a concentração sérica e ingestão dietética de

    vitamina D, bem como, características demográficas, socioeconômicas, antropométricas,

    hábitos de vida e nível de atividade física dos adolescentes. A relação entre a concentração de

    calcidiol e as variáveis do estudo foi analisada com auxílio do programa STATA. Essa

    pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e

    todos os participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

    Resultados: Observou-se que 54,8 % dos individuos avaliados tinham concentração de

    calcidiol inadequadas (< 30 ng/mL), sendo 21,1% de deficiência (< 20 ng/mL). Além disso,

    80% deles ingeriam quantidade de vitamina D inferior a recomendação (10 μg/dia). No

    entanto, não foi possível identificar relação entre os níveis de 25(OH)D e as variáveis do

    estudo. Conclusão: A prevalência de inadequação da vitamina D nos adolescentes avaliados

    foi elevada, embora residam numa cidade próxima a linha do Equador (2ºS). Acredita-se que

    o baixo consumo de vitamina D possa ter contribuído para esse resultado. Futuras pesquisas

    são necessárias para investigar a proporção da deficiência da vitamina D em nível nacional,

    determinar seu impacto na saúde desse grupo populacional e estabelecer estratégias de

    intervenção.

  • LAYS ARNAUD ROSAL LOPES RODRIGUES
  • Efeito hipocolesterolemizante e hepatoprotetor do feijão-mungo (Vigna radiata L.) integral e germinado.
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 30/05/2017
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  • Lopes. L. A. R. Efeito hipocolesterolemizante e hepatoprotetor do feijão-mungo (Vigna radiata L.) integral e germinado. 2017. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição. Universidade Federal do Piauí.

    A dieta tem sido apontada como um dos fatores determinantes para a elevação do risco das Doenças cardiovasculares (DCV) na população brasileira. Intervenções alimentares com leguminosas têm sido destacadas por auxiliarem na prevenção de DCV devido ao seu efeito modulador do perfil lipídico. O feijão-mungo (Vigna radiata L.) é uma leguminosa de origem asiática cujo consumo vem se estendendo no Brasil, principalmente pelo aumento na procura pelo broto-de-feijão, o qual é obtido por germinação. Este processamento promove um incremento no teor de nutrientes e compostos bioativos do feijão-mungo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito hipocolesterolemizante e hepatoprotetor do feijão- mungo integral e germinado. O feijão-mungo, cultivar MGS-Esmeralda foi cozido em autoclave (120°C) e germinado por 72 horas. O feijão-mungo integral cozido e o germinado foram secos em estufa ventilada a temperatura 50º C por 72h originando duas farinhas, Farinha de Feijão Integral (FFI) e Farinha de Feijão Germinado (FFG). Foram realizadas análises de composição química das farinhas por métodos oficiais. A partir do extrato aquoso e etanólico foram realizadas determinações de compostos fenólicos totais usando o reagente Folin Ciocalteu e Atividade Antioxidante Total pelos métodos de captura dos radicais DPPH• (2,2 difenil-1-pricril-hidrazil) e ABTS•+ 2,2’azinobis-(3-ethylbenzthiazoline-6-sulfonic acid). Foi realizado um ensaio experimental em hamsters hipercolesterolemizados pela dieta contendo 20% de caseína, 13,5% de gordura de coco e 0,1% de colesterol por 21 dias. A FFI e a FFG foram utilizadas como fonte proteica na produção das dietas experimentais de intervenção por 28 dias. Um ensaio de digestibilidade verdadeira da proteína foi desenvolvido paralelamente. Foram realizadas análise de perfil lipídico (colesterol total, HDL-c, colesterol não-HDL e triglicerídeos), de função hepática (proteínas totais e albumina), de lesão hepática (Aspartato aminotransferase - AST e Alanina aminotransferase - ALT) e análises histológicas no tecido hepático. Foram realizadas comparações de médias pelos testes t de Student, Tukey e Mann-Whitney, ao nível de significância de 5 % no programa SPSS 10.0 (USA). Foi observada uma elevação do teor de proteínas (FFI=23,4% vs. FFG=26,2%) e uma melhora na digestibilidade verdadeira da proteína do feijão-mungo após germinação (FFI=82,3% vs. FFG=87,7%). Além disso, foi observado um maior teor de compostos fenólicos totais (Extrato aquoso - FFI=98,82±0,35 vs. FFG=160,45±2,68 / Extrato etanólico - FFI=18,0 vs. FFG=53,8 mg de ácido gálico.100g-1) e Atividade Antioxidante Total (AAT) pelos dois métodos estudados (Extrato aquoso - [AAT- DPPH]: FFI=111,17±4,9 vs. FFG=119,19±3,4; [AAT-ABTS]: FFI=482,93±1,44 vs. FFG=591,53±4,92 / Extrato etanólico - [AAT-DPPH]: FFI=69,70±7,44 vs. FFG=110,98±1,35; [AAT- ABTS]: FFI=115,86±1,56 vs. FFG=235,93±24,12) no feijão-mungo germinado em relação ao integral cozido. Foi verificada uma redução nas concentrações séricas de colesterol total e colesterol não-HDL e das enzimas AST e ALT nos animais tratados com FFI e FFG em relação aos animais hipercolesterolemizados que não receberam tratamento com feijão mungo. Além disso, foi observada uma redução na deposição de lipídeos hepáticos nos animais tratados com FFI em relação aos animais não tratados e uma redução ainda maior nos animais tratados com FFG, além disso foi verificada um menor infiltrado inflamatório e melhor vascularização do tecido hepático nos animais tratados com o feijão germinado. Portanto, conclui-se que o feijão-mungo é uma leguminosa com propriedades funcionais no que se refere ao efeito hipocolesterolemizante e hepatoprotetor, e que pode ter seu potencial funcional melhorado após a germinação.

  • EDUARDO EMANUEL SÁTIRO VIEIRA
  • Consumo alimentar de aminoácidos de cadeia ramificada e associação com parâmetros glicêmicos e resistência insulínica em diabéticos tipo 2
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 25/05/2017
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  • Os aminoácidos de cadeia ramificada estão envolvidos em diversos processos metabólicos do organismo e, em particular, tem sido proposta a participação destes nutrientes na sensibilidade à insulina. No entanto, a relação entre o consumo alimentar desses aminoácidos e o controle glicêmico tem apresentado resultados inconsistentes. Assim, este estudo investigou a associação entre o consumo alimentar usual de aminoácidos de cadeia ramificada, parâmetros glicêmicos e resistência insulínica em pacientes com diabetes tipo 2. Trata-se de um estudo caso-controle, conduzido com 87 adultos (43 diabéticos e 44 controles), de ambos sexos, com idade entre 20 a 59 anos, realizado em um hospital público de Teresina, Piauí. A variável independente é o consumo alimentar usual de aminoácidos de cadeia ramificada estimado por meio do Multiple Source Method; as variáveis dependentes: glicose de jejum, insulina séria, hemoglobina glicada e Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance (HOMA-IR); e as covariáveis nas análises de regressão múltipla: sexo, idade, renda, escolaridade, tabagismo, etilismo, nível de atividade física, tempo de diabetes, consumo alimentar de energia total, fibra alimentar, colesterol dietético, gordura saturada, gordura insaturada, índice de massa corporal e circunferência da cintura. Foram avaliadas ainda as concentrações de proteínas plasmáticas totais, albumina, creatinina e ureia séricas. A média de idade do grupo controle e diabetes foi 50,3 ± 6,1 e 49,9 ± 7,0 anos, respectivamente. O consumo alimentar usual médio de isoleucina, leucina e valina foi 3,8; 6,2 e 4,1 g/dia, respectivamente para o grupo diabetes. Não houve ingestão destes aminoácidos abaixo da recomendação em ambos os grupos. Nas análises de regressão linear verificou-se associação negativa entre o consumo alimentar dos aminoácidos de cadeia ramificada com a glicose de jejum [-0,01 (-0,03; 0,01)] e a hemoglobina glicada [-0,01 (-0,01; 0,01)] no grupo controle, após ajuste múltiplo; e associação positiva com a hemoglobina glicada [0,01 (-0,01; 0,07)] no grupo diabetes. Apesar do consumo alimentar de aminoácidos de cadeia ramificada está adequado de acordo com as recomendações de ingestão em ambos os grupos, observamos efeito paradoxo sobre o metabolismo da glicose no presente estudo.

  • LÚCIA CASTRO SANTOS DE OLIVEIRA
  • INIBIÇÃO DO APETITE E DISMOTILIDADE GÁSTRICA INDUZIDA PELO USO CRÔNICO DE DEXAMETASONA EM RATOS: INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 12/05/2017
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  • O exercício físico regular promove adaptações e repercussões fisiológicas em diferentes sistemas corporais, como no trato gastrointestinal. Essas alterações fisiológicas variam de acordo com o tempo, intensidade volume e tipo de exercício realizado. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do exercício físico sobre a inibição do apetite e dismotilidade gástrica induzida pelo uso crônico de dexametasona. Foram utilizados ratos Wistar machos, com peso inicial médio de 330g. Realizaram-se três protocolos experimentais: 1) Tratamento com dexamentasona: os animais foram distribuidos em quatro grupos (Salina, Dexa0,1mg/Kg, Dexa0,5mg/Kg e Dexa1,0mg/Kg) tratados por 5 dias; 2) Protocolo de exercício: os animais foram distribuídos em grupos experimentais (Salina, Dexa1,0mg/Kg, Salina+Exercício0%, Dexa1,0mg/Kg+Exercício0%, Salina+Exercício5%, Dexa1,0mg/Kg+Exercício5%) e submetidos a adaptação à agua por 5 dias, seguidos de treinamento de natação por 5 dias, 1h/dia. Foi realizada monitoração diária do peso corporal (g), consumo de ração (g) e ingestão de água (mL). Foram realizados ainda Teste de Tolerância à Glicose e Teste de Tolerância à Insulina via intraperitoneal, Esvaziamento Gástrico de líquidos, coleta de tecidos para dosagem de citocinas no dia seguinte após a da última dose de dexametasona. Observamos que o tratamento com dexametasona foi responsável pela redução significativa (p < 0,05) do consumo alimentar, da ingestão de líquidos e do peso corporal dos ratos, sem contudo alterar sua composição corporal. Observamos ainda que a dexametasona promoveu a instalação do quadro de hiperglicemia e de resistência à insulina, além de aumentar a taxa de retenção gástrica dos ratos. O exercício físico por sua vez atenuou de forma significativa (p < 0,05) o quadro de hiperglicemia e o retardo no esvaziamento gástrico dos animais tanto no grupo sem sobrecarga quanto no com acréscimo de 5% do peso corporal, porém não foi eficaz em prevenir a redução de peso corporal e hipofagia provocadas pelo tratamento com dexa.

  • DAILA LEITE CHAVES BEZERRA
  • HIPOMAGNESEMIA E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA.
  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 28/04/2017
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  • BEZERRA, D. L. C. Hipomagnesemia e sua Relação com Marcadores do Estresse Oxidativo em Mulheres com Câncer de Mama. 2017. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado concentrações séricas reduzidas de magnésio em mulheres com câncer de mama, o que parece comprometer o sistema de defesa antioxidante, sendo considerado fator importante na manifestação da tumorigênese. OBJETIVO: O estudo avaliou parâmetros do magnésio, atividade da enzima superóxido dismutase e sua relação com marcador do estresse oxidativo em mulheres com câncer de mama. MÉTODOS: Estudo transversal, envolvendo 60 mulheres, na faixa etária entre 29 e 65 anos, distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres com câncer de mama, n=30) e grupo controle (mulheres sem câncer de mama, n=30). Foram realizadas medidas do peso corporal e estatura, bem como analisadas a ingestão de magnésio e parâmetros bioquímicos do mineral. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Dietpro clínico, versão 5i. As concentrações do magnésio plasmático, ionizado, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. O estresse oxidativo foi analisado pelo método das concentrações plasmáticas das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico. A determinação da atividade da enzima superóxido dismutase eritrocitária foi feita usando método colorimétrico. Os dados foram analisados no programa estatístico GraphPrad Prism®, versão 6.01. RESULTADOS: Os valores médios da quantidade de magnésio nas dietas estavam abaixo da recomendação, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações de magnésio plasmático, ionizado e eritrocitário das mulheres com câncer de mama estavam reduzidas em relação ao grupo controle (p<0,0001) e inadequadas segundo os valores de referência. A excreção urinária estava elevada, com diferença significativa entre os grupos (p<0,0001). A concentração média das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico estava elevada nas participantes do estudo, sem diferença estatística significativa entre os grupos (p>0.05). Os valores médios da atividade da enzima superóxido dismutase estavam reduzidos nas mulheres com câncer de mama em relação ao grupo controle (p<0,05). O estudo não mostrou correlação significativa entre os parâmetros do magnésio e os marcadores do estresse oxidativo (p>0,05). A análise de correlação entre a atividade da superóxido dismutase eritrocitária e as concentrações plasmáticas das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico também não revelou resultado significativo (p>0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo, pode-se concluir que as mulheres com câncer de mama apresentam comprometimento na homeostase do magnésio, caracterizada pela sua redução na dieta, no plasma, nos eritrócitos e aumento na urina. Além disso, o estudo de correlação não demonstra influência desse mineral sobre o estresse oxidativo, distúrbio importante na patogênese do câncer de mama.

  • ENNYA CRISTINA PEREIRA DOS SANTOS DUARTE
  • CARACTERIZAÇÃO FISICO-QUÍMICA, COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO FRUTO DA MACAMBIRA (Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.).
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 26/04/2017
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  • Devido à escassez de pesquisas a respeito do fruto da macambira (Bromélia laciniosa) na literatura consultada, este estudo teve como objetivo avaliar o potencial de utilização desse fruto na alimentação humana, com a finalidade de caracterizá-lo fisicoquimicamente para obter o teor nutritivo e funcional. Foram realizadas analises para determinação de peso médio, comprimento (diâmetro maior) e largura (diâmetro menor) e rendimento da polpa, pH, acidez total titulável, Sólidos Solúveis Totais (ºBrix), composição centesimal (umidade, cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos), fibras alimentares, compostos bioativos (fenólicos totais, carotenoides totais, flavonoides totais, vitamina C), atividade antioxidante in vitro, além do valor energético total (VET). As determinações foram efetuadas em triplicata e os dados obtidos, submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de significância. As médias referentes ao comprimento e largura do fruto da macambira foram de 46,0 ± 3,8mm e 33,9 ±1,8mm, respectivamente, o peso médio foi de 27,6± 4,4 g e rendimento de polpa de 27,3± 2,8 %. O pH da casca foi de 4,17 em média, valor esse, semelhante ao obtido para a polpa, que foi de 4,03, enquanto que o da semente foi de 5,97. A acidez total no fruto da macambira foi de 1,67 e 1,1 g. 100 g de ac. cítrico para casca e polpa, respectivamente. A acidez total da semente foi expressa em ácido oleico (0,83 g ac. oléico.100 g ) e ácido cítrico (0,18 g ac. cítrico.100 g). O teor de sólidos solúveis da polpa foi de 13,6, e a relação sólidos solúveis/ acidez total foi de 12,3. Em relação à composição centesimal do fruto foram obtidos os seguintes teores : umidade – casca (80,8 ± 0,81) polpa (88,2 ± 0,11) e semente (47,0 ± 0,34); Cinzas- casca (3,34 ± 0,02), polpa (1,5 ± 0,01) e semente (1,2 ± 0,01) proteínas- casca (0,1 ± 0,00), polpa (0,01±0,00) e semente (0,6 ± 0,05); lipídios- casca (0,4 ± 0,00), polpa (0,4 ± 0,00) e (0,8 ± 0,00) semente; carboidratos casca (15,3 ± 0,79), polpa (9,7 ± 0,14) e semente (50,2 ± 0,31). Na casca e polpa da macambira foram verificados teores de fibras alimentares totais de 65,42± 1,13 e 25,4 ± 1,04, respectivamente. Foi obtido valor energético total em kcal de 43,2 ± 0,41para a casca, 65,7 ± 3.94 para a polpa e de 211,2 ± 1,64 semente da macambira. O fruto apresentou teores de fenólicos para casca (258,7 ± 3,17), polpa (155,3 ± 5,40) e semente (93,5 ± 3,11), flavonoides casca (183,8 ± 1,92), polpa (55,9 ± 1,10) e semente (20,2 ± 1,91), carotenoides casca (835,9 ± 14,45),polpa (59,1 ± 4,01) e semente (56,3 ± 4,04) e vitamina C casca( 67,7±0,47 ) e polpa (38,2 ± 0,38 ) . Referente à atividade antioxidante a casca apresentou 1.222,6 mg eq.ao trolox /100 g, a polpa 975,5 mg eq.ao trolox /100 g e a semente 590,4 mg eq.ao trolox /100 g. Assim concluiu-se o fruto da macambira (Bromelia laciniosa) apesar de possuir um baixo rendimento de polpa, baixo teor lipídico e proteíco, apresentou elevado teor de compostos bioativos, como os fenólicos , dentre eles os flavonóides, também de fibras alimentares e vitamina C, além de ser fonte de carotenoides. O teor de compostos fenólicos pode está diretamente relacionado a atividade antioxidante apresentada pelo fruto, com destaque para o teor de compostos fenólicos da casca e consequentemente para a atividade antioxidante da mesma.

  • LUCIANA LEAL GOMES DE MACEDO
  • ESTADO NUTRICIONAL DA VITAMINA B12 E SUA RELAÇÃO COM A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA DE IDOSOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 24/04/2017
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  • INTRODUÇÃO: O risco de alterações na estrutura óssea aumenta exponencialmente com o avançar da idade, resultando em graves consequências sobre a saúde e a qualidade de vida em idosos. Estudos tem evidenciado a participação da vitamina B12 no metabolismo e na qualidade da estrutura dos ossos em seres humanos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional relativo à vitamina B12 e a sua relação com a densidade mineral óssea em uma amostra de pessoas idosas. MÉTODOS: Pesquisa explicativa, observacional de caráter transversal, envolvendo 64 idosos entre 60 e 91 anos, de ambos os sexos, atendida em hospital universitário de Capital do Nordeste. As variáveis de interesse foram: antropométricas, dietéticas, bioquímicas, clínicas, além das demográficas e sociais. No processo de avaliação antropométrica se utilizou peso, estimativa de altura e circunferência da cintura, o consumo alimentar foi obtido por meio de três recordatórios de 24 horas, utilizando-se o software Nutwin, para a análise de macro e micronutrientes (cálcio, vitaminas B12, D e B9). Foi avaliada a densidade mineral óssea (DMO) da coluna vertebral e colo do fêmur. As concentrações séricas da vitamina B12 e folato também foram determinadas. RESULTADOS: Houve predominância do gênero feminino (75%), idosos casados (46,9%), com baixo nível de escolaridade (46,9%) e sedentários (67,2%). A média de idade foi de 75,02 anos (DP ±8,18). Verificou-se elevada prevalência de osteoporose (54,7%) e hipertensão arterial (48,9%). O estado nutricional avaliado pelo IMC mostrou maior tendência para o baixo peso (45,3%). A ingestão dietética de energia foi inadequada em todos os participantes (1236,9kcal; DP ±203,18), contudo, o consumo de lipídeos e carboidratos alcançou os valores recomendados. As médias de consumo de cálcio, vitamina D e ácido fólico foram inferiores aos valores de referência. Os valores médios do consumo de vitamina B12 estavam adequados segundo as recomendações (3,47 μg), assim como a média das concentrações séricas (432,01 pg/mL). Em 54,7% dos idosos as concentrações séricas de folato encontravam-se normais. Não houve associação entre as concentrações séricas e dietéticos de B12 e a densidade mineral óssea, de acordo com sua classificação (p=0,374 e p=0,103, respectivamente). Porém, obteve-se associação significativa entre idade (p=0,05), IMC (p=0,006), circunferência da cintura (p=0,001), consumo alimentar de energia (p=0,004), carboidratos (p=0,002) e proteínas (p=0,047) com a densidade mineral óssea. O modelo final de regressão linear múltipla demonstrou que a variável resposta DMO da coluna vertebral lombar, foi explicada pelo sexo (p = 0,034; β= -0,106), DMO do colo do fêmur (p< 0,001; β= 0,450), cálcio (p=0,049; β= 0,0002) e B12 sérica (p=0,012; β= 0,0001), um valor representativo e ajustado com R² = 54,76%. CONCLUSÃO: Observou-se que não houve relação entre o estado nutricional da vitamina B12 e a DMO. Não obstante, foram identificadas associações significativas de outras variáveis com a DMO dos amostrados. Entretanto, concentrações séricas da vitamina B12 com outras variáveis (sexo feminino, DMO do colo do fêmur e cálcio), explicaram possíveis alterações na DMO da coluna vertebral, sugerindo a necessidade de mais estudos capazes de identificar o papel dessa vitamina e de outros fatores de riscos nutricionais para a osteoporose em idosos.

  • PAULO VÍCTOR DE LIMA SOUSA
  • CONTEÚDO DE COMPOSTOS FENÓLICOS, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E MINERAIS EM HORTALIÇAS CONVENCIONAIS E ORGÂNICAS
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 10/04/2017
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  • A agricultura orgânica é um sistema de produção agrícola que visa a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, enfatizando a adoção de práticas de manejo em oposição ao uso de elementos estranhos ao ambiente rural. Estudos têm demonstrado que os alimentos provenientes do cultivo orgânico, entre eles as hortaliças, têm-se destacado em relação ao seu valor nutritivo e funcional quando comparados aos alimentos do cultivo convencional. O presente estudo objetivou analisar os teores de compostos bioativos e minerais, bem como a atividade antioxidante de hortaliças provenientes do sistema de cultivo orgânico e convencional, visando identificar a influência do sistema de cultivo. As hortaliças analisadas foram: alface crespa, alface americana, alface roxa, repolho verde e repolho roxo. Analisou-se a composição centesimal (umidade, cinzas, lipídeos, proteínas e carboidratos), Valor Energético Total (VET), os compostos bioativos (compostos fenólicos totais, flavonoides totais, antocianinas e taninos condensados), a atividade antioxidante e os teores de minerais. Os resultados foram expressos como média + desvio-padrão e utilizou-se o teste t de Student (p < 0,05) para verificar diferença entre as médias do tipo de cultivo e as hortaliças. Em relação à composição centesimal, houve diferença significativa (p < 0,05) em relação ao sistema de cultivo, obtendo maiores conteúdos de cinzas para alface crespa (0,91 mg/100 g), alface roxa (1,01 mg/100 g) e repolho verde (0,57 mg/100 g) do cultivo orgânico, maior conteúdo de proteínas apenas para alface americana orgânica (1,30 mg/100 g), menores teores de lipídios para alface crespa (0,33 mg/100 g), alface americana (0,27 mg/100 g), alface roxa (0,25 mg/100 g) e repolho roxo (0,32 mg/100 g) do cultivo orgânico. Destacam-se maiores conteúdo de carboidratos na alface crespa (2,23 mg/100 g), alface roxa (1,81 mg/100 g) e repolho roxo (6,89 mg/100 g). O VET variou de 12,09 a 33,87 Kcal/100 g. Observaram-se maiores conteúdo de compostos fenólicos totais, flavonoides totais, taninos condensados e antocianinas paras as hortaliças do sistema de cultivo orgânico, com exceção da alface americana orgânica que obteve apenas maior conteúdo de taninos condensados. As hortaliças do sistema de cultivo orgânico apresentaram maior atividade antioxidante quando comparadas as do sistema de cultivo convencional, com exceção da alface americana orgânica, com destaque para alface crespa (4261,77 μmol TEAC/100 g) e alface roxa (3779,11 μmol TEAC/100 g) orgânicos. O conteúdo de minerais foi influenciado pelo sistema de cultivo, com menor teor para Na, Cu, Mg, Mn, Fe, P e Zn e maior para Ca e K nos diferentes tipos de alface do cultivo orgânico e maior conteúdo de Ca, Na, Mg, P e K nos dois tipos de repolho orgânico. Concluiu-se que o sistema de cultivo influenciou nas características nutritivas e funcionais das hortaliças analisadas.

  • ANA CIBELE PEREIRA SOUSA
  • FRUTOS DE CACTÁCEAS DA CAATINGA PIAUIENSE: POTENCIAL BIOATIVO E TECNOLÓGICO
  • Data: 17/03/2017
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  • Cactáceas são plantas xerofíticas com alto poder de adaptação à climas secos e à elevadas temperaturas. A caatinga se destaca como o ecossistema com a maior diversidade dessas espécies, muitas dessas, apesar do elevado potencial nutricional e de compostos bioativos e antioxidantes, ainda são pouco exploradas. Objetivou-se avaliar a composição física, físico-química, nutricional, o teor de compostos bioativos, a atividade antioxidante in vitro e atividade citotóxica dos frutos das cactáceas do mandacaru (Cereus jamacaru DC.), facheiro (Pilosocereus pachycladus  subesp. pernambucoensis (F. Ritter) Zappi), xiquexique (Pilosocereus gounellei (F.A.C. Weber) Byles & G.D. Rowley subesp. Gounellei)  e do quipá (Tacinga inamoena (K. Schum) NPTaylor & Stuppy), da caatinga e avaliar a aceitação sensorial de sorvete produzido a base da polpa do mandacaru e xiquexique. Foram utilizadas metodologias oficiais descritas no Instituto Adolfo Lutz (2008) e AOAC (2005). Verificou-se um elevado teor de água (>80%) nos frutos, os quais são compostos majoritariamente de carboidratos, com destaque para polpa do facheiro com 3,16% de lipídeos. Para os minerais, os frutos foram qualificados como excelentes matrizes, onde os achados classificaram 61,11% das amostras, sendo de alto teor de minerais, destaque  para o Magnésio (Mg) e Manganês (Mn) presentes nas cascas e na polpa do facheiro. Os Polifenois totais, a maioria se classifica como sendo de médio teor (100 a 500 mg EAG.100 g-1), verificou-se, dessa forma, a presença de compostos bioativos tanto nas polpas quanto cascas com destaque para essa última bem como: elevada capacidade antioxidante pelos métodos DPPH, ABTS e FRAP, observou-se, ademais, que nenhum dos frutos apresentou toxicidade frente a Artemia salina. Além disso, os sorvetes elaborados a base das polpas de mandacaru e xiquexique obtiveram boa aceitação e intenção de compra pelos provadores com destaque para o sorvete com maior proporção de polpa de mandacaru. Dessa forma, infere-se que os frutos estudados se constituem em fontes de minerais essências e compostos bioativos com capacidade antioxidante, devendo ser estimulado seu consumo, bem como investimentos ao desenvolvimento de novos produtos à base destes.

  • SABRINA ALMONDES TEIXEIRA
  • FILME COMESTÍVEL DE GALACTOMANANA (Caesalpinia pulcherrima) E ÓLEO DE BURITI (Mauritia flexuosa L.) PARA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS
  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 09/03/2017
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  • Este estudo objetivou desenvolver um filme comestível, direcionado à conservação de alimentos, tendo como base a associação de polímeros de duas espécies da flora brasileira, a galactomanana extraída do flamboianzinho (C. pulcherrima) e óleo do buriti (M. flexuosa L.). Para isto, buscou-se avaliar a qualidade das matérias-primas utilizadas, verificar a máxima dissolução do óleo de buriti a ser utilizada no delineamento experimental, avaliar a atividade antimicrobiana do produto, enquanto solução filmogênica, e caracterizar os filmes comestíveis quanto ao rendimento, gramatura, espessura, umidade, solubilidade e permeabilidade ao vapor de água. A galactomanana foi isolada por extração aquosa seguida de precipitação em etanol, obtendo um baixo nível de impureza (0,27%) e umidade (2,43%). Na caracterização do óleo de buriti refinado, foi verificada adequação com a legislação vigentes, assim como em relação aos dados encontrados na literatura. O teste preliminares para definir a máxima dissolução do óleo de buriti na solução filmogênica, foi baseado em diferentes formulações resultantes de um delineamento de composto central rotacional (DCCR) com esquema fatorial 3x3, o qual teve como variáveis independentes as concentrações de óleo de buriti e de glicerol como plastificante, mantendo-se constante a concentração de galactomanana. A partir deste, definiu-se a concentração máxima do óleo de buriti utilizada no experimento, sendo esta de 0,5%. Apesar do óleo de buriti possuir atividade antimicrobiana, relatada por inúmeros estudos, não verificou-se esta ação para nenhuma das cepas testadas, em nenhuma das formulações. Na caracterização dos filmes comestíveis, verificou-se que o aumento da concentração de óleo de buriti estava diretamente relacionada a melhores características quanto a gramatura, espessura e solubilidade. Para todos os tratamentos observou-se permeabilidade ao vapor de água com valores de moderados a baixos, caracterizando-os como filmes de grande espectro de aplicação em alimentos. De modo geral a baixa concentração de óleo de buriti incorporado aos filmes pode ter prejudicado a evidência de possíveis funcionalidades do mesmo, havendo necessidade de otimização do produto, a fim de potencializar especialmente a atividade antimicrobiana.

  • LUIS MICHEL NOLASCO LUGO
  • COMPOSIÇÃO FISICO-QUIMICA E COMPOSTOS BIOATIVOS EM GRÃOS INTEGRAIS E BROTOS DE LINHAGENS DE FEIJÃO-MUNGO (Vigna radiata L.)
  • Data: 07/03/2017
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  • LUGO, L. M. N. COMPOSIÇÃO FISICO-QUIMICA E COMPOSTOS BIOATIVOS EM GRÃOS INTEGRAIS E BROTOS DE LINHAGENS DE FEIJÃO-MUNGO (Vigna radiata L.). 2017. 88f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.

    O feijão-mungo é muito consumido na Ásia, onde representa uma importante fonte proteica, de minerais e compostos bioativos. O broto “moyashi” de feijão-mungo é mais consumido, aqui no Brasil ainda não é muito popular o consumo deste feijão, mas tem muito potencial de comercialização. O objetivo deste estudo foi a caracterização físico-química e de compostos bioativos em grãos integrais e brotos de linhagens de feijão-mungo desenvolvidos nas condições agronômicas no Brasil. De cada linhagem na forma de grão e broto foram obtidas farinhas para as análises. As análises físicoquímicas das amostras, incluiu a composição centesimal (umidade, cinzas, lipídios, carboidratos e proteínas), o valor energético total, além das análises do teor de minerais. Determinaram-se os compostos bioativos das cinco linhagens com maior valor comercial, sendo analisado, os compostos fenólicos e a atividade antioxidante. Todas as análises foram realizadas em triplicata e os resultados expressos como média ± desvio padrão. Realizou-se a Analise de Variância e as medias foram comparadas com o teste de Scott-Knott (p≤0,05). Em relação à composição centesimal, o conteúdo de umidade nos grãos em base seca foi em média de 6,32%, nos brotos em base úmida foi em média de 85,27%. O conteúdo de proteínas aumentou de maneira estatisticamente significativa, sendo que no grão a média foi de 22,95%, e nos brotos a média foi de 32,90%, no teor de cinzas também foi significativo o aumento de grão (3,55%) para o broto (5,44%), já no teor de lipídios teve diferença significativa no broto e para o teor de carboidratos diminuiu após a germinação. Para o conteúdo de ferro, obteve-se diferença significativa (p≤0,05) no grão ficou na faixa de 4,75-14,26 mg/100g, e nos brotos ficou 7,49-9,19 mg/100g; enquanto, para o zinco teve diferença significativa (p≤0,05) depois do processo de germinação; ficando no grão na faixa de 3,11-3,94 mg/100g, no broto foi de 4,59-6,44 mg/100g, o processo de germinação foi significativo no aumento do teor de minerais nas linhagens. Para os compostos bioativos, a linhagem BRA-000027 apresentou diferença significativa (p≤0,05), com os maiores conteúdos de compostos fenólicos totais no grão (183,65 mg/100g) e no broto (504,74 mg/100g). Para o conteúdo de antocianinas não teve diferença significativa, nas duas formas, destacando-se a linhagem BRA-O84654-2 (0,78 mg/100g) no grão e o BG3 (0,67 mg/100g) como broto. Para a atividade antioxidante, a linhagem que apresentou maior atividade antioxidante no grão foi BG7 (663,96 mg/100g) e nos brotos foi BG3 (1318,05 mg/100g), observou-se que teve diferença significativa (p≤0,05), na forma de broto em comparação com os grãos. Concluiu-se que após o processo de germinação dos grãos as linhagens aumentaram suas caraterísticas nutricionais, minerais e funcionais, portanto, recomenda-se o consumo na forma de broto.

2016
Descrição
  • LAÍS SPÍNDOLA GARCÊZ
  • Níveis séricos de retinol e consumo alimentar habitual em gestantes adolescentes.
  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 09/11/2016
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  • A deficiência de vitamina A (DVA), embora considerada como uma das mais importantes carências nutricionais nos países em desenvolvimento, ainda apresenta aspectos de interesse epidemiológico a serem investigados, como a sua ocorrência em gestantes adolescentes, grupo considerado de risco devido a maior vulnerabilidade às deficiências nutricionais. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar os níveis séricos de retinol e o consumo alimentar habitual em gestantes adolescentes atendidas em uma maternidade escola de Teresina, Piauí. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, de natureza transversal, realizado com 89 gestantes adolescentes, na faixa etária de 10 a 19 anos, atendidas na maternidade escola Dona Evangelina Rosa, localizada na cidade de Teresina, Piauí. Os dados socioeconômicos e obstétricos foram obtidos por meio da aplicação de formulário específico. Para avaliação do estado nutricional foram tomadas medidas de peso e estatura, sendo classificadas segundo o Índice de Massa Corporal (IMC). As concentrações séricas de retinol foram determinadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e a presença de infecção subclínica por meio da dosagem de proteína C reativa. O consumo alimentar habitual foi estimado por meio de recordatório alimentar de 24 horas. Para o cálculo da prevalência de inadequação dos nutrientes adotou-se o método “EAR como ponto de corte". Modelos de Regressão Linear Múltiplos (RLM) foram adotados para avaliar a relação entre as variáveis independentes e os níveis séricos de retinol, com nível de significância de 5%. A média da concentração de retinol foi 0,92 μmol/L (±0,42) e a DVA foi observada em 34,8% das gestantes. A infecção subclínica esteve presente em 82% da amostra e as prevalências de inadequação do consumo alimentar foram elevadas para a maioria dos nutrientes avaliados, no entanto, os modelos de RLM mostraram associação estatística dos níveis séricos de retinol apenas com o saneamento básico (p=0,008), o estado nutricional pré-gestacional (p=0,002) e o trimestre gestacional (p=0,001), associando-se de forma positiva com as duas primeiras variáveis e de forma negativa com a última. Em conjunto, essas três variáveis explicaram 21,3% da variação dos níveis séricos de retinol da população avaliada. As condições de saneamento básico adequadas mostraram ter efeito protetor contra a DVA, assim como o maior IMC pré-gestacional. De forma contrária, o aumento do trimestre gestacional provocou uma redução nos níveis séricos de retinol, favorecendo a ocorrência de DVA. Considerando a alta prevalência de DVA verificada, assim como seu impacto na gestação, destaca-se a necessidade da avaliação regular do estado nutricional de vitamina A durante o pré-natal da adolescente a fim de se realizar o diagnóstico precoce e o adequado tratamento dessa deficiência. As prevalências de inadequação alimentar encontradas apontam a existência de uma vulnerabilidade às inadequações nutricionais e acredita-se que ações de intervenção nutricional voltadas para o estímulo da adoção de práticas alimentares saudáveis também sejam de grande importância no combate a DVA.

  • NINA ROSA MELLO SOARES
  • EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM ZINCO NA EXPRESSÃO GÊNICA DE METALOPROTEÍNAS E NA MODULAÇÃO DE CITOCINAS INFLAMATÓRIAS NA RETOCOLITE ULCERATIVA

  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 31/08/2016
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  • INTRODUÇÃO: A Retocolite Ulcerativa (RCU) é caracterizada por repostas imunológicas contra o próprio trato gastrointestinal, causando inflamação crônica, com aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias e espécies reativas de oxigênio (EROs). Nesse sentido, destaca-se a importância do aporte adequado de zinco, mineral antioxidante, que atua na neutralização de EROs e na modulação da inflamação. MÉTODOS: Estudo de intervenção, cego, que envolveu 41 pacientes diagnosticados com RCU em remissão e atividade da doença, de ambos os sexos, e faixa etária entre 20 e 69 anos. Todos os pacientes foram avaliados no tempo inicial do estudo (T0), e com base nas concentrações de zinco plasmático, receberam suplementação com 35 mg de gluconato de zinco/dia durante 30 dias ou com amido de milho, por igual período, e, foram reavaliados no tempo final do estudo (T1). O consumo alimentar habitual foi avaliado com Registro Alimentar de 3 dias. As análises de zinco plasmático e eritrocitário foram realizadas por espectrofotometria de absorção atômica de chama. Os níveis séricos de IL-6, IL-10 e TNF-α, foram determinados por citometria de fluxo. E a expressão dos genes codificadores da metalotioneína (MT1G) e da proteína transportadora de zinco Zip14 foi determinada pela reação em cadeia de polimerase quantitativa em tempo real. RESULTADOS: Os percentuais de adequação de nutrientes revelaram consumo inadequado de calorias e zinco, sendo este estatisticamente menor no grupo suplementado (P<0,05). O consumo de proteínas, carboidratos e lipídios tiveram distribuição adequada em relação ao aporte calórico. E o percentual de probabilidade de adequação da ingestão de zinco foi significativamente menor no grupo suplementado. As médias de zinco no plasma e no eritrócito indicaram diferença significativa no T0 entre grupo suplementado e placebo, com aumento significativo após a suplementação tanto no plasma (P<0,01) como no eritrócito (P<0,05). Apesar do aumento significativo nos parâmetros sanguíneos de zinco, nem todos os pacientes conseguiram alcançar o valor mínimo de referência para zinco plasmático e a média das concentrações eritrocitárias de zinco ainda permaneceram abaixo do valor mínimo de referência. As concentrações séricas de citocinas não variaram significativamente do T0 para o T1. Observou-se que, no T0, a IL-10 foi significativamente maior no grupo placebo e correlacionou-se positivamente com TNF-α no T1. As médias da expressão gênica da MT1G e da ZIP 14 reduziram significativamente após a suplementação (P<0,05). Relacionaram-se positivamente as expressões da MT1G e da Zip 14 e as concentrações séricas de TNF-α com a expressão da MT1G no T0. Houve correlação negativa entre zinco plasmático e expressão da MT1G e entre adequação da ingestão alimentar de zinco e expressão da ZIP 14 CONCLUSÃO: A suplementação com zinco modula a expressão gênica de proteínas carreadoras deste mineral, refletindo na sua melhor distribuição nos compartimentos celulares e em importantes alterações na resposta imunológica de pacientes com RCU.


  • DIÊGO SÁVIO VASCONCELOS DE OLIVEIRA
  • ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE FERRO E ZINCO, CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, TEMPO DE COCÇÃO E PRODUTIVIDADE DE LINHAGENS DE FEIJÃO-CAUPI.

  • Data: 17/08/2016
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  • O feijão-caupi é uma cultura de grande importância socioeconômica na região semiárida do Nordeste do Brasil, onde se constitui na principal fonte de proteína vegetal. A composição química do grão pode se modificar em consequência de mudanças relacionadas a fatores ambientais (nutrição) e aqueles ligados à planta (genética). Portanto, existe um desafio constante na seleção de linhagens mais nutritivas e produtivas para que o conteúdo de nutrientes do feijão-caupi seja capaz de atender as principais recomendações dietéticas. A biofortificação é uma estratégia que tem sido aplicada para melhorar a qualidade nutricional de alguns alimentos básicos de alto consumo pela população, como é o feijão-caupi, visando o combate à desnutrição em populações carentes. Os micronutrientes de estudo da biofortificação em feijão-caupi tem sido o ferro e o zinco e os programas de melhoramento genético visam aumentar as concentrações desses minerais nos grãos. Neste sentido, este trabalho objetivou avaliar a adaptabilidade e estabilidade das concentrações de ferro e zinco e verificar a qualidade química, o tempo de cocção e a produtividade de grãos de linhagens de feijão-caupi. Foram avaliadas 10 linhagens e dois cultivares de feijão-caupi. Os experimentos foram conduzidos em condições de sequeiro/irrigação, nos locais São João do Piauí-PI, Campo Grande do Piauí-PI, Parnaíba-PI e Balsas-MA, no ano de 2015. Adotou-se o delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram realizadas análises de variâncias individuais e conjuntas e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). As análises de adaptabilidade e estabilidade para as concentrações de ferro e zinco foram realizadas via método GGE biplot. Os grãos dos genótipos foram analisados quanto ao teor de carboidratos, proteínas, lipídios, umidade, cinzas, valor energético total, ferro, zinco, potássio, magnésio, sódio, cálcio, fósforo, cobre, manganês, tempo de cocção e produtividade de grãos. Observaram-se as seguintes variações na composição centesimal: carboidratos: 61,36 a 64,46 g.100g-1; proteínas: 23,99 a 25,69 g.100g-1; lipídios: 2,54 a 3,66 g.100g-1; umidade: 5,49 a 5,83%; cinzas: 3,17 a 3,44 g.100g-1 e VET: 377,45 a 381,07 kcal.100g-1. As linhagens identificadas com bons atributos nutricionais no grão foram MNC04-795F-158, MNC04-774F-90, MNC04-769-45 e MNC04-769F-31, pois apresentaram melhor desempenho para as concentrações de cinzas e proteínas, e a MNC04-792F-146 por apresentar boas combinações de baixa concentração de lipídios e altos teores de carboidratos e VET, apresentando comportamento semelhante às cultivares BRS Tumucumaque e BRS Xiquexique. As concentrações de minerais apresentaram as seguintes variações: ferro: 4,85 a 5,54 mg.100g-1; zinco: 4,24 a 4,84 mg.100g-1; potássio: 1.623,06 a 1.762,40 mg.100g-1; magnésio: 186,96 a 202,63 mg.100g-1; sódio: 4,62 a 6,75 mg.100g-1; cálcio: 46,86 a 63,75 mg.100g-1; fósforo: 409,42 a 433,79 mg.100g-1; cobre: 0,39 a 0,51 mg.100g-1e manganês: 1,80 a 2,18 mg.100g-1. A linhagem MNC04-774F-90 apresentou bons níveis de fósforo, potássio e cobre. A linhagem MNC04-792F-146 obteve maiores teores de manganês e cobre. As linhagens MNC04-795F-158 e MNC04-769F-26 foram as melhores em potássio e sódio. A cultivar BRS Xiquexique e as linhagens MNC04-762F-9, MNC04-774F-78 e MNC04-774F-90 apresentaram as maiores concentrações de ferro e zinco no grão, sendo promissoras como cultivares biofortificados em ferro e zinco. Os genótipos e os ambientes diferiram entre si (p≤0,05) e os genótipos se comportaram diferencialmente com os ambientes. O tempo de cocção apresentou uma variação de 14 a 20 minutos, com média geral de 16 min. As cultivares diferiram estatisticamente das linhagens, com estas apresentando menor tempo de cocção (14, 32 min. a 16,47 min.), sendo adequadas para atender a demanda atual dos consumidores. Com relação à produtividade, a maior média por ambiente ocorreu em São João do Piauí-PI, com 1.642 kg.ha-1, enquanto a menor foi em Campo Grande do Piauí-PI, com 863 kg.ha-1, sendo a média geral de 1.169 kg.ha-1; os genótipos avaliados não diferiram estatisticamente entre si (p≤0,05), com as linhagens apresentando comportamento produtivo semelhante ao das testemunhas BRS Xiquexique e BRS Tumucumaque; todas as médias dos genótipos foram acima de 1000 kg.ha-1, com a linhagem MNC04-795F-158 obtendo a maior média (1.449 kg.ha-1). Os resultados evidenciaram que as linhagens MNC04-762F-9, MNC04-774F-78 e MNC04-774F-90 podem ser recomendadas como cultivares biofortificadas em ferro e zinco e com excelentes características químicas, de cozimento e de produtividade de grãos.

  • ANA MARIA BARRADAS
  • CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS E FUNCIONAIS DE FRUTAS CULTIVADAS NO SISTEMA CONVENCIONAL E ORGÂNICO.

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 12/08/2016
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  • A qualidade das frutas pode ser facilmente influenciada pelo local onde são produzidas, pelos tratos culturais e pelo tipo de manejo. As características nutritivas e funcionais podem ser alteradas de acordo com as condições edafoclimáticas, influenciando na composição química, especialmente na produção de ácidos, açúcares e compostos fenólicos. Objetivou-se avaliar as características nutritivas e funcionais de frutas produzidas em sistemas de cultivo convencional o orgânico. As frutas em estudo foram banana (Musa AAB), mamão (Carica PapayaL.) e maçã (Malus domestica Bork) adquiridos no comércio varejista de Teresina. Determinou-se pH, AAT (acidez total titulável) e SST (°Brix), composição centesimal, teores de compostos fenólicos totais, antocianinas, flavonoides, carotenoides totais e atividade antioxidante. Para análise dos dados, foi criado um banco no Programa Statistical Package for the Social Sciences- SPSS e foi aplicado o teste t de Student. O nível de significância adotado foi de 5 % (p ≤ 0,05) para todos os testes. Em relação à (ATT)a banana orgânica apresentou uma maior porcentagem (0,611 ± 7,40%) e o maior pH foi verificado na convencional (4,48 ± 0,13). A banana convencional também apresentou maior teor de proteínas (1,46 ± 0,01%). O teor de compostos fenólicos foi superior para banana e maçã (com e sem casca) cultivados sob o sistema orgânico (45,80 ± 2,55; 45,29 ± 2,45 e 32,12 ± 0,00 mg GAE/100g, respectivamente). O teor de flavonoides totais foi maior para os frutos cultivados sob o sistema orgânico para o mamão e maçã (com e sem casca) (38,50 ± 3,56; 41,78 ± 1,18; 29,71 ± 3,55 mg/100g, respectivamente). A concentração de antocianinas verificada na banana orgânica foi de 0,000461 ± 0,0001 mg/100g. Quantidade superior à banana convencional (0,000259 ± 0,0002 mg/100g). O teor de taninos na banana orgânica foi significativamente menor (p ≤ 0,05) ao da banana convencional. Em relação aos carotenoides totais, constatou-se um aumento significativo (p ≤ 0,05) nos teores no mamão (1116,99 mg/ kg), e maçã com casca (384,48 mg/kg) e sem casca (166,05 mg/kg), cultivados no sistema orgânico. O mamão produzido no sistema orgânico apresentou maiores teores de licopeno (100,0 ± 0,00 μg/ 100mL), com diferença estatisticamente significativa Em relação ao β-caroteno também foi observada quantidades elevadas do referido composto para o mamão e maçã (sem casca) cultivados organicamente. Todos frutos orgânicos em análise apresentaram atividade antioxidante superior em relação ao convencional. Concluiu-se que existe diferença em relação à qualidade nutritiva e funcional do frutos orgânicos e convencionais, apontando para um maior conteúdo, principalmente no que se refere aos compostos bioativos e atividade antioxidante, em frutos cultivados sob o sistema orgânico.

  • LARISSA CRISTINA FONTENELLE
  • BIOMARCADORES DO SELÊNIO E SUA RELAÇÃO COM O METABOLISMO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS EM MULHERES OBESAS

  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 04/08/2016
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  • INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado a participação de micronutrientes na função da glândula tireoide e no metabolismo dos hormônios tireoidianos na obesidade. O selênio, em particular, por ser componente estrutural das enzimas deiodinases exerce papel importante na função dessa glândula. Além disso, têm sido evidenciado concentrações plasmáticas reduzidas desse mineral em indivíduos obesos. OBJETIVO: O estudo avaliou a relação existente entre marcadores do estado nutricional relativo ao selênio e as concentrações séricas dos hormônios tireoidianos em mulheres obesas. MÉTODOS: Estudo transversal, envolvendo 75 mulheres, com idade entre 18 e 50 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo caso (obesas, n=38) e grupo controle (mulheres eutróficas, n=37). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura, bem como analisadas a ingestão de selênio, as concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias desse mineral, e as concentrações séricas dos hormônios tireoidianos (TSH, T3 e T4 livres) e anticorpos antitireoidianos (TPOAb e TgAb). A análise da ingestão de selênio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.5. As concentrações do selênio plasmático, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. Os hormônios tireoidianos e anticorpos antitireoidianos foram determinados por meio de quimioluminescência. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: Os valores médios da ingestão dietética de selênio estavam adequados segundo as recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de selênio reduzidas quando comparadas ao grupo controle (p<0,05). Não houve diferença significativa entre as concentrações de selênio urinário nas mulheres avaliadas, entretanto o clearance do mineral estava elevado no grupo de obesas (p<0,05). As concentrações médias dos hormônios tireoidianos séricos não apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05). Houve correlação negativa entre o selênio eritrocitário e o T4 livre sérico (p<0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo, pode-se concluir que as mulheres obesas apresentam comprometimento no estado nutricional relativo ao selênio, constatado pelas concentrações reduzidas no plasma e maior clearance. Entretanto, as concentrações desse mineral prioritariamente mantidas adequadas nos eritrócitos favoreceram a conversão de T4 em T3 a fim de induzir o gasto energético e controlar a adiposidade, em especial, nas mulheres com obesidade grau II.

  • ÁGATHA CRYSTIAN SILVA DE CARVALHO
  • INGESTÃO DE ALIMENTOS E ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA DE ENSINO.

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 15/07/2016
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    O período pré-escolar compreende uma época em que os hábitos alimentares estão sendo formados e acompanharão o indivíduo na fase adulta. A nutrição adequada é um dos fatores de maior impacto na saúde infantil, principalmente pela influência decisiva que o estado nutricional exerce sobre os riscos de morbimortalidade, crescimento e desenvolvimento. Deste modo, o objetivo do trabalho foi avaliar a ingestão de alimentos e o estado nutricional de pré-escolares das redes pública e privada de ensino. Os dados foram coletados no período de 2012 a 2014. Foram avaliadas 1.613 crianças da rede pública e privada de ensino de Teresina-PI. Para análise do estado nutricional, realizou-se avaliação antropométrica, para posterior comparação de IMC/idade. Coletou-se também os dados socioeconômicos, bem como informações sobre a frequência do consumo alimentar no domicílio e na escola, por meio de um Questionário de Frequência de Consumo de Alimentos (QFCA). A análise estatística foi realizada no programa SPSS versão 17.0, Para verificar-se a homogeneidade da população, foi aplicado o Bartlett's test, o teste do 2 foi utilizado para verificar a associação e o teste t de Student para determinar a diferença entre médias. O Coeficiente de Correlação de Pearson, foi utilizado entre as redes pública e privada com a finalidade de verificar a correlação com o consumo de alimentos. Os resultados mostraram que 83,9% dos avaliados eram eutróficos, 9,4% tinham excesso de peso e 1,2% obesidade, sendo este último, observado em sua totalidade, nas crianças da rede privada de ensino. No que se refere ao consumo de alimentos, o arroz, biscoito doce e salgada e embutidos foram os alimentos que mais se correlacionaram com a obesidade das crianças da rede privada de ensino. Enquanto o feijão e as frituras foram os alimentos com correlação mais forte com o excesso de peso nos pré-escolares da rede pública. A partir do exposto no presente trabalho, torna-se evidente a associação do padrão alimentar com o estado nutricional de crianças em idade pré-escolar e com isso evidenciou-se a necessidade de ações nutricionais educativas, como também, de campanhas do governo que reforcem o conceito de alimentação saudável às pessoas. As campanhas educativas podem ser o principal aliado na busca por escolhas alimentares melhores.


  • LÍVIA OLIVEIRA DA SILVA BONFIM
  • EFEITO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS DA EXTRUSÃO TERMOPLÁSTICA NAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FARINHAS DE COTILÉDONE DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.)

  • Data: 31/03/2016
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  • A tecnologia de extrusão permite o emprego de matérias-primas para transformação em alimentos industrializados prontos para o consumo, convenientes, de maior vida útil e de grande aceitação pelo público consumidor, como é o caso dos snacks e cereais matinais. Snacks extrusados foram preparados a partir de farinha de cotilédone de feijão-caupi (FCFC), das cultivares BRS Guariba (BRSG) e BRS Novaera (BRSN), em extrusora dupla rosca. O efeito da temperatura de extrusão na 4ª zona (124; 130; 145; 160 e 166ºC) e do teor de umidade da farinha “in natura” (16,16; 17; 19; 21 e 21,84%) sobre as características químicas dos extrusados foi investigado utilizando-se a metodologia de superfície de resposta com delineamento do tipo central composto rotacional (DCCR) de 2ªordem (22), totalizando 12 tratamentos. Os snacks elaborados e as FCFC “in natura” e extrusadas foram analisados quanto à composição físico-química (umidade, cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos, pH e acidez total titulável), mineral (Ca, Mg, P, Na, K, Fe, Zn, Cu e Mn) e valor energético total (VET). Os resultados mostraram que, na análise da composição química das FCFC extrusadas, houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) no teor de cinzas que variou de 3,48 a 4,22% (BRSG), proteínasde 27,39 a 28,91% (BRSG), lipídios de 0,15 a 0,51 %(BRSG) e de 0,11 a 0,37 % (BRSN), carboidratos de 66,68 a 69,92 % (BRSG) e de 71 a 72,18 % (BRSN), pH de 6,43 a 6,77 (BRSG) e de 6,41 a 6,75 (BRSN), acidez total titulável de 0,14 a 0,69 (BRSG) e de 0,35 a 1,21% de ácido cítrico (BRSN), valor energético total (VET) de 384,08 a 388,63 kcal (BRSG) e de 384,56 a 386,14 kcal (BRSN). Em relação ao conteúdo de minerais das FCFC extrusadas, foi observada diferença estatisticamente significativa (p<0,05) somente nos teores de Na (BRSG), K (BRSN) e Fe (BRSG). Em relação aos extrusados da cultivar BRS Guariba, somente os modelos de regressão obtidos para o teor de pH (91,4%) e o conteúdo de ferro (85,7%) dos snacks extrusados foram significativos para a temperatura do processo e/ou umidade. No caso da cultivar BRS Novaera, os modelos de regressão obtidos e que foram significativos para a temperatura do processo e/ou umidade foram o teor de cinzas (84,5%), o teor de pH (86,9%), o conteúdo de magnésio (83,3%) e zinco (83,3%). Dentre os parâmetros tecnológicos avaliados, teor de umidade da mistura e temperatura na 4ª zona, o teor de umidade foi o que exerceu efeito mais pronunciado sobre as carac­terísticas dos produtos obtidos das duas cultivares, seguido da temperatura de extrusão. Concluiu-se, portanto, que o emprego da farinha de cotilédone de feijão-caupi na elaboração de snacks é uma opção para a elaboração de um alimento extrusado, obtendo-se um produto final com boas características nutricionais.

  • RAYANNE ARAUJO PESSOA
  • Composição nutricional e bioativa da amêndoa de tucum (Astrocaryum vulgare).

  • Data: 18/03/2016
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  • O tucunzeiro (Astrocayum vulgare) é uma palmeira que pertence à família Arecaceae, muito difundida no cerrado brasileiro e sua amêndoa é bastante apreciada e consumida de diversas formas, sendo utilizada na alimentação humana e animal. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a composição físico-química, nutricional, os compostos bioativos, a atividade antioxidante in vitro e a atividade citotóxica da amêndoa do tucum (Astrocaryum vulgare). A determinação das características físicas, físico-químicas, composição centesimal e perfil de minerais foram realizadas segundo metodologias oficiais; os ácidos graxos foram determinados por cromatografia gasosa; os compostos bioativos (flavonóides, antocianinas, carotenóides, ácido ascórbico e fenólicos totais) foram determinados por espectrofotometria com exceção do ácido ascórbico que foi realizado pelo método de Tillmans (titulação); a atividade antioxidante in vitro foi realizada utilizando os radicais DPPH e TEAC-ABTS e o teste de toxicidade utilizando o bioensaio com Artemia salina sp. Os resultados demonstraram que a amêndoa do tucum possui alta densidade energética, com 37,4% de carboidratos, 38,73% de lipídios totais, destes, os ácidos graxos majoritários foram os saturados (87,44%), com destaque para o ácido láurico (51,82%). Foram encontrados os minerais cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, cobre, zinco e manganês, destacando-se este último, como maior fonte deste micronutriente entre alimentos brasileiros (11,88mg/100g). Na quantificação dos compostos bioativos verificou-se 2,99; 0,61 e 68,33mg.100g-1 para flavonóides, antocianinas e ácido ascórbico, respectivamente e 1,44µg de β-caroteno.g-1 para carotenóides totais. Na quantificação de fenólicos totais, observou-se maior concentração no extrato etanólico (533,60±16,81mg EAG.100 g-1), seguido dos extratos acetônico (139,15±3,67) e aquoso (57,20±0,89). Nos dados da atividade antioxidante para os dois métodos de sequestro dos radicais DPPH e ABTS, o extrato etanólico apresentou a maior capacidade antioxidante com EC50: 66,38±5,33μg.mL–1 e valor TEAC: 43,07±1,96μmol Trolox.g-1, seguidos dos extratos aquoso (EC50:2074,09±264,88μg.mL–1 e valor TEAC:7,54±1,25μmol Trolox.g-1) e acetônico (EC50:3443,19±271,36μg.mL–1 e valor TEAC:7,03±0,44μmol Trolox.g-1). Em relação ao teste toxicidade, a amêndoa do tucum não foi considerada tóxica nas concentrações testadas. Portanto, a referida amêndoa possui elevado valor nutricional, com vários compostos bioativos, destacando-se seu alto teor de fenólicos totais com atividade antioxidante e o seu consumo associado a uma dieta equilibrada trará benefícios à saúde.

  • JEFFERSON MESSIAS BORGES
  • EFEITO DO PROCESSAMENTO SOBRE COMPOSTOS BIOATIVOS, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E COMPOSIÇÃO MINERAL DA POLPA DE CARNAÚBA (Copernicia prunifera)


  • Data: 14/03/2016
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  • O fruto da carnaúba possui boas características nutricionais, compostos bioativos e atividade antioxidante e, deste modo, o processamento do fruto na forma de polpa, contribuir para melhor aproveitamento da palmeira, geração de renda e agregação de valor ao fruto perecível. Porém, algumas técnicas de processamento podem afetar as características químicas e nutricionais do fruto. Esta pesquisa objetivou avaliar o efeito do congelamento e liofilização sobre os compostos bioativos, atividade antioxidante e composição mineral da polpa de carnaúba, logo após o processamento e com 180 dias de armazenamento. Os frutos da carnaúba, amadurecidos e íntegros, foram colhidos no Município de Campo maior, localizado no Estado do Piauí, acondicionados em caixas isotérmicas e transportados até o Laboratório de Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal, no Instituto Federal do Piauí (IFPI). Após elaboração da polpa, esta foi congelada pelo método lento (-12° C por 24 h em freezer doméstico), rápido (-92° C por 60 s em ultrafreezer) e foi liofilizada (por 72 h). Na polpa processada foram realizadas análises dos compostos bioativos (vitamina C, fenólicos, flavonoides, antocianinas, carotenoides) e da atividade antioxidante (DPPH) logo após o processamento e com 180 dias de armazenamento. A análise de minerais foi realizada utilizando um espectrômetro por fluorescência de raios X com energia dispersiva (FRX). No geral, os resultados mostraram que houve perdas significativas dos compostos bioativos logo após o processamento, porém observou-se um aumento significativo no caso dos compostos fenólicos totais e flavonoides, bem como da atividade antioxidante. Após o armazenamento por 180 dias, foi verificado que a liofilização foi o processo que se destacou na manutenção dos compostos bioativos em relação à polpa in natura, exceto no caso das antocianinas, onde o processo que se sobressaiu foi o congelamento rápido. Foi detectada a presença tanto de microminerais (P, S, Cl e K), como de macrominerais (Mn, Fe, Cu, Zn e Br) na polpa de carnaúba, porém, não foi verificado efeito dos processos empregados sobre o teor destes minerais. Os resultados do presente trabalho apresentam o congelamento rápido e a liofilização da polpa de carnaúba como processos tecnológicos capazes de gerar um produto de melhor qualidade, como alternativa para utilização e conservação dessa fruta exótica do cerrado, mantendo compostos importantes para manutenção da saúde de quem os consome, e que viria a diminuir o desperdício dos frutos da carnaúba.

  • SIMONE KELLY RODRIGUES LIMA
  • Barras Alimentícias Elaboradas a Partir de Pasta a Base de Resíduo de Caju, Soro de Leite e Semente de Gergelim Creme.

  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 19/02/2016
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  • As barras alimentícias são formulações complexas de multicomponentes capazes de manter o equilíbrio entre sabor, textura, qualidade nutricional e vida de prateleira. Existe uma ampla possibilidade de ingredientes que podem ser acrescidos às barras alimentícias sem que ocorra a descaracterização do produto. Dentre esses ingredientes encontram-se subprodutos e resíduos da agroindústria, cuja possibilidade de utilização na formulação de produtos é capaz de melhorar tanto o valor nutricional como também contribuir para a diminuição dos impactos ambientais. O estudo objetivou desenvolver uma barra alimentícia a partir de pasta elaborada com resíduo do caju, soro de leite e semente de gergelim creme. Foram desenvolvidas quatro formulações, sendo uma barra padrão (F0) sem acréscimo de gergelim e três modificações dessa formulação (F1, F2, F3) com adição de 5%, 10% e 15% respectivamente. Foram realizadas análises físico-químicas, microbiológica e sensorial das formulações. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey. A análise foi realizada com o auxílio do software Graph Pad Prism 5, adotando-se significância (p<0,05).Os resultados da composição centesimal mostraram que somente em relação às proteínas as formulações F1, F2 e F3 apresentaram diferença significativa em relação a F0 (p<0,05). Os resultados microbiológicos foram satisfatórios, indicando que as barras alimentícias estavam próprias para o consumo. Nos testes sensoriais a média de aceitação do produto foi de 6,24, sendo que a barra F3 foi mais bem aceita nos testes de preferência. Para a análise de textura instrumental, os valores variaram de 43,3 a 48,7, sendo que a amostra F3 apresentou diferença significativa em relação às demais formulações, evidenciando que ocorreu um clareamento à medida que se adicionou gergelim. A formulação F0 apresentou os maiores resultados para força de corte, caracterizando-se como produtos mais firmes. Assim, os resultados apontam a viabilidade de se obter barras alimentícias a partir do aproveitamento de resíduo de caju, soro de leite e subprodutos da cadeia agroindustrial, com características nutricionais e sensoriais satisfatórias.

  • VIVIANNE RAMOS DA CUNHA MUNIZ
  • DESEMPENHO FUNCIONAL, ESTADO NUTRICIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE DE  IDOSOS

  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 25/01/2016
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  • MUNIZ, V.R.C. Desempenho funcional, estado nutricional e nível de atividade física de idosos. 2015. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI.

    O comprometimento funcional está relacionado à maior morbimortalidade entre idosos. Considerando a importância de um adequado estado nutricional e da prática de atividade física para a longevidade é necessário compreender as relações existentes entre esses aspectos e o desempenho funcional. Assim, o objetivo dessa pesquisa é analisar o desempenho funcional de idosos e sua relação com estado nutricional e nível de atividade física. Trata-se de um estudo transversal com 179 idosos atendidos em um ambulatório da rede pública de saúde de Teresina. Foi realizado avaliação da força muscular (aferição da força de preensão palmar com dinamômetro modelo Jamar) e da velocidade da marcha (tempo para percorrer distância de 4,6 metros). Para a avaliação do estado nutricional foram utilizados: Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Panturrilha (CP), Circunferência da Cintura (CC) e Razão Cintura-Quadril (RCQ). O nível de atividade física foi identificado a partir do gasto energético semanal com exercícios físicos e tarefas domésticas após aplicação da versão simplificada do Minnesota Leisure Activities Questionnaire. Utilizou-se o software SPSS versão 20.0 para a análise estatística. A prevalência de baixa força foi de 20,7% e 20,1% apresentaram lentidão da marcha. A maioria apresentou baixo peso e ausência de perda da massa muscular. Preseça de adiposidade central foi encontrada em 40,8% e em 35,2% considerando a CC e a RCQ, respectivamente. Foram considerados ativos 50,3% dos idosos. Perda de massa muscular associou-se à baixa força (p=0,015). Não foi encontrada relação entre lentidão da marcha e parâmetros antropométricos, assim como entre nível de atividade física e medidas de desempenho funcional. O conhecimento dessas características é fundamental para definir e implantar políticas públicas que proporcionem um envelhecimento ativo e auxilie no enfrentamento dos desafios gerados pelo novo padrão demográfico brasileiro.

  • MARIA DA CRUZ MOURA E SILVA
  • RELAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE HEMOGLOBINA E CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS EM ASSENTAMENTOS RURAIS DE TERESINA

  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 22/01/2016
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  • O consumo alimentar figura entre os principais determinantes de baixos níveis de hemoglobina e ocorrência de anemias nutricionais em populações biológica e socioeconomicamente vulneráveis. Contudo, em populações rurais, como as que vivem em assentamentos da reforma agrária brasileira, as pesquisas ainda são escassas, especialmente as que buscam investigar a relação do consumo alimentar com a anemia em lactentes e pré-escolares. Nesse sentido, este estudo foi realizado para investigar a relação entre níveis de hemoglobina e consumo alimentar de crianças de seis a cinquenta e nove meses residentes em assentamentos rurais de Teresina-PI. Trata-se de um estudo domiciliar, com abordagem quantitativa e delineamento transversal, descritivo e analítico, realizado a partir de dados coletados no período de maio a outubro de 2013 em nove Projetos de Assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Teresina, envolvendo 125 crianças. Os dados foram coletados por meio da aplicação de formulários específicos sobre condições socioeconômicas, demográficas e de aspectos de saúde da criança. Os níveis de hemoglobina foram determinados em contador automático. As ingestões de proteínas, lipídios, carboidratos, ferro, vitamina A, zinco, cálcio, vitamina C, vitamina B12, folato e cobre foram estimadas por meio do recordatório alimentar de 24 horas, reaplicado em 40% da amostra. Para cálculo da prevalência de inadequação de nutrientes adotou-se a EAR como ponto de corte. As dietas foram classificadas em baixa, média ou alta biodisponibilidade para a absorção do ferro, por meio do método que considera o consumo geral de carne e vitamina C. Modelos de Regressão Linear Múltipla (RML) foram utilizados para verificar a relação entre as variáveis independentes e os níveis de hemoglobina, com nível de significância de 5%. A média dos níveis de hemoglobina foi 11,36 g/dL e a anemia foi observada em 29,6% das crianças. O modelo final da RLM mostrou que a variável “tipo de construção do domicílio” associou-se estatisticamente com os níveis de hemoglobina. Morar em domicilio de taipa/alvenaria foi associado a níveis de hemoglobina reduzidos em 1,716 mg/dL (p=0,007), explicando 4,93% da variabilidade dos níveis de hemoglobina das crianças estudadas. A anemia no grupo estudado figurou como moderado problema de saúde pública, não havendo associação significativa com o consumo alimentar. Os resultados indicam que a adoção de estratégias com o objetivo de melhorar as condições de saneamento básico e de moradia das famílias desses locais é essencial.

2015
Descrição
  • ARETHA MATOS DE ARAUJO
  • Excesso de peso, obesidade e consumo alimentar em pré-escolares de instituições públicas de ensino.

  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 07/12/2015
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  • A mudança no perfil nutricional das crianças brasileiras decorrente da transição nutricional trouxe à tona o aumento da prevalência do excesso de peso e obesidade entre o público infantil. Assim, a obesidade passa a ser considerada um problema de saúde pública diante da sua magnitude e por sua associação com a ocorrência de diversas doenças crônicas não-transmissíveis. A fase pré-escolar é apontada como uma fase crítica para a adoção de práticas alimentares saudáveis e, consequentemente, para a manutenção do estado nutricional adequado. Deste modo, este trabalho teve por objetivo determinar a prevalência de excesso de peso e obesidade em pré-escolares de instituições públicas de ensino de Teresina-PI, e sua relação com o consumo alimentar. Trata-se de um estudo transversal com crianças de 2 a 5 anos de idade, de ambos os sexos, atendidas em creches municipais de 4 zonas da cidade. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos e antropométricos (peso e estatura), para cálculo do IMC por idade (IMC/I), sendo o estado nutricional classificado segundo z escore. Os dados sobre consumo alimentar foram avaliados por meio de Questionário de Frequência de Consumo Alimentar, previamente validado. Utilizou-se o teste do χ2, Kruskal Wallis,t de Student e correlação de Pearson adotando-se nível de significância de 5%. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS, versão 17.0. A amostra foi composta por 548 crianças, sendo 52% do sexo masculino, com média de idade de 4,2 anos para ambos os sexos. A maioria das famílias (59,7%) apresentou renda entre 1 e 2 salários mínimos, com escolaridade média de 10 anos para as mães e 9 anos para os pais. Para os parâmetros peso e altura, não observou-se diferença significativa (p>0,05) entre os sexos. Segundo o IMC/I, verificou-se que a maioria das crianças estava eutróficas (85,2%), 8,2% com risco de excesso de peso, 4,2% com excesso de peso e nenhuma apresentou obesidade. Os alimentos declarados como mais consumidos foram, respectivamente: arroz (100%), feijão (99,4%), pães (98,5%), frutas (98,5%) e carne vermelha (97,1%), manteiga e margarina (95,4%), bolachas, bolos, tortas doces (94,1%), leite e derivados (94,1%), achocolatado (91,7%) e refrigerantes (90,2%). Os alimentos consumidos que apresentaram forte correlação (r >0,7) com o risco/excesso de peso foram: pães, bolachas, bolos, tortas doces, leite e derivados, achocolatados e embutidos. Os resultados do presente estudos mostraram-se satisfatórios, por apresentar baixa prevalência de excesso de peso e ausência de obesidade entre o público pesquisado, no entanto os dados sobre consumo alimentar mostram que há desvios no padrão de alimentação dos pré-escolares, o que não isenta essa população de ações voltadas a alimentação saudável e que favoreça a maior qualidade de vida.

     

  • NÍVEA MARIA DA COSTA SOUSA
  • REPERCUSSÕES DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE LEUCINA SOBRE A TOLERÂNCIA À GLICOSE E O COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM RATOS RESISTENTES À INSULINA.

  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 16/07/2015
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  • A leucina é um aminoácido capaz de promover mudanças no balanço energético e na sensibilidade à insulina. Contudo, a sua influência sobre esses fenômenos é compreendida de modo divergente. Enquanto importantes estudos indicam melhora no controle glicêmico e aumento da saciedade após a suplementação com leucina, outros não encontraram qualquer modificação ou, até mesmo, apontaram efeitos contrários. A partir desta constatação, buscou-se com o presente trabalho avaliar as ações da leucina sobre o controle glicêmico e o comportamento alimentar de ratos resistentes à insulina induzida por dexametasona. Para tanto, ratos machos Wistar, de três meses de idade, mantidos sob condições de temperatura, umidade e iluminação controladas, receberam, por cinco dias consecutivos, injeção intraperitoneal de dexametasona ácido fosfórico (Decadron®) (1 mg/kg/dia). Diariamente, foram aferidos o peso corporal e o consumo de ração. No dia seguinte à última administração de dexametasona foram realizados teste de tolerância à glicose intraperitoneal (TTGip) e teste de tolerância à insulina intraperitoneal (TTIip). Para testar as ações da leucina, procedeu-se a suplementação oral aguda com esse aminoácido (0,16 mg/kg), utilizando outros lotes de animais, sendo realizado novo TTGip e medido o consumo de ração no período de 24 horas. Ao término desses experimentos, os ratos foram eutanasiados e tiveram o fígado, coração, rins, adrenais, baço, tecido adiposo epididimal e retroperitoneal, sóleo e hipotálamo retirados para aferição do peso. Posteriormente, foi extraído o RNAm do hipotálamo para análise, por reação em cadeia de polimerase (PCR), dos genes essenciais para o transporte de aminoácidos (LAT1/SCLC7AS e SNAT2/SLC38A), metabolismo de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAT1 e BCAT2) e balanço
    energético (POMC, CART, TRH, STAT3, GLP1-R, ObRb, NPY, NPY1-R, AgRP, GHSR, ORX e OX2-R). Verificou-se, primeiramente, que a administração de dexametasona, por cinco dias, leva a: intolerância à glicose, resistência à insulina, atrofia do baço e das adrenais, redução do peso corporal e do consumo de ração. Constatou-se ainda que, nos ratos metabolicamente disfuncionais, a suplementação aguda com leucina restabeleceu a tolerância à glicose e elevou a expressão do RNAm dos genes hipotalâmicos SNAT2/SLC38A, BCAT2, POMC, TRH, AgRP, NPY e ObRb, sem interferir no comportamento alimentar de um dia. Em conclusão, a suplementação aguda com leucina foi capaz de ativar, no hipotálamo, duas populações neuronais distintas, envolvidas com a inibição e estímulo ao comportamento alimentar que, possivelmente, foi a responsável pela ausência de alteração na ingestão alimentar no período de 24 horas.

  • CRISTINA ZITA DE MORAIS COSTA DIAS
  • SELEÇÃO DE LINHAGENS ELITE DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata  (L) Walp.) PARA BIOFORTIFICAÇÃO DE FERRO E ZINCO.

  • Data: 10/07/2015
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  • Objetivou-se com o presente estudo selecionar linhagens elites de feijão-caupi para biofortificação de ferro e zinco e determinar as características físico-químicas do grão. Foram analisadas amostras de grãos secos de 33 genótipos de feijão-caupi, sendo 31 linhagens elites e duas cultivares biofortificadas (testemunhas). Os genótipos foram divididos com base no porte da planta, sendo 16 de porte semiereto e 17 de porte semiprostrado. Realizou-se uma seleção das 10 melhores linhagens em ferro e zinco, que juntamente com as testemunhas, foram analisados para composição centesimal e tempo de cocção. Os tratamentos foram analisados estatisticamente em delineamento de blocos inteiramente casualizados, em triplicata para os minerais (ferro e zinco) e em duplicata para as demais características (conteúdos de umidade, cinzas, lipídios, carboidratos, proteínas e valor energético total; tempo de cocção). Foram realizadas análises de variância; as médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05), os resultados foram expressos em média ± desvio
    padrão e estimados os parâmetros genéticos para os conteúdos de ferro e zinco, além da correlação entre as características. Com relação aos conteúdos de ferro e zinco, os genótipos semiprostrados apresentaram as seguintes variações (v) e médias (m) para os seguintes constituintes: Ferro: v = 5,39  a 7,96 mg. 100g-1, m = 6,52 mg. 100g-1; Zinco: 3,78 a 5,37 mg. 100g-1, m = 4,34 mg. 100g-1, que foram maiores que as dos genótipos semieretos; todas as linhagens apresentaram alto teor de ferro e seis destas (19,25%), apresentaram alto teor de zinco. Os genótipos semieretos apresentaram maior variabilidade genética para o conteúdo de ferro, os semiprostrados, para o conteúdo de zinco e ambos o alto componente genético na expressão do fenótipo. Verificou-se que o melhoramento dos genótipos para aumento do conteúdo de proteínas levou a decréscimos nos conteúdos de lipídios, carboidratos e no valor energético total, já o aumento do conteúdo de carboidratos aumentou o valor energético total e, o aumento deste, proporcionou ganhos para o conteúdo de zinco. A linhagem MNC04-792F-146 apresentou alelos favoráveis para o aumento do conteúdo de carboidratos e do valor energético total, enquanto as linhagens MNC04-769F-26, MNC04-769F-31 e MNC04-774F-90 demonstraram ser boas fontes de genes para o aumento do conteúdo de proteínas, diminuição no conteúdo de lipídios e rápido cozimento. Conclui-se que as linhagens MNC04-762F-9, MNC04-792F-146 e MNC04-769F-55 apresentaram maior potencial para serem lançados como cultivares biofortificadas para ferro e zinco no grão. 

  • LAÍSLA DE FRANÇA DA SILVA TELES
  • Deficiência de vitamina A e fatores associados à retinolemia em crianças de seis a cinquenta e nove meses de idade em assentamentos rurais de Teresina.

  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 21/05/2015
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  • A deficiência de vitamina A (DVA), embora reconhecida como importante problema de saúde pública, apresenta aspectos de interesse epidemiológico a serem investigados, como a sua ocorrência e os fatores relacionados à sua distribuição em áreas rurais brasileiras, a exemplo dos assentamentos, onde pouco se conhece sobre o estado de saúde e nutrição de sua população. Em se tratando de lactentes e pré-escolares, grupos biologicamente mais vulneráveis às carências nutricionais, a insipiência dessas informações é ainda maior. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo investigar a frequência de deficiência da vitamina A e os fatores relacionados à retinolemia em crianças de seis a cinquenta e nove meses de idade em assentamentos rurais de Teresina. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com enfoque quantitativo, descritivo e analítico, realizado em domicílios dos nove Projetos de Assentamentos do Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Teresina, tendo participado da pesquisa 123 crianças. Os dados sobre características socioeconômicas, demográficas, e condições de saúde das crianças foram coletados por meio da aplicação de questionários específicos. Para avaliação do estado nutricional, com base na antropometria, foram tomadas medidas de peso e estatura, sendo classificados segundo os índices P/I, E/I, P/E e IMC/I. A ingestão de proteínas, lipídios, vitamina A, ferro, e zinco foi estimada através de recordatório alimentar de 24 horas. Para cálculo da prevalência de inadequação de nutrientes adotou-se a EAR como ponto de corte. A presença de infecção subclínica foi avaliada através da dosagem de proteína C reativa e as concentrações séricas de retinol foram determinadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Modelos de regressão linear múltiplos foram adotados para avaliar a relação entre as variáveis independentes e os níveis de retinol sérico, com nível de significância de 5%. A média da concentração de retinol foi 1,33 μmol/L e a DVA foi observada em 9,3% das crianças. O consumo de vitamina A apresentou correlação positiva com os teores de retinol sanguíneo, enquanto a presença de infecção subclínica apresentou correlação negativa. A Deficiência de Vitamina A constitui um problema de saúde pública leve na população estudada. Medidas de controle de infecções, e ações de intervenção nutricional voltadas para o estímulo da adoção de práticas alimentares saudáveis são importantes para previnir e/ou combater a carência de vitamina A em crianças assentadas de Teresina. 

  • LIVIA DE SOUSA OLIVEIRA MACEDO
  • Capacidade produtora de biofilmes de Staphylococcus aureus isolados de produtos lácteos.

  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 08/05/2015
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  • Staphylococcus aureus é uma bactéria frequentemente isolada em vacas leiteiras e nas narinas, axilas e virilhas humanas. Dentre os diversos fatores de virulência que este micro-organismo pode expressar, a capacidade de adesão e a formação de biofilmes merecem destaque por dificultar a ação de sanitizantes para higienização nas indústrias de alimentos. Com este trabalho foi avaliada a capacidade produtora de biofilmes por 110 cepas de S. aureus da coleção do Laboratório de Microbiologia do LASAN, isoladas a partir de amostras de leites e queijos de coalho produzidos de modo artesanal por produtores rurais do município de Teresina, PI. Para tanto, foram testados dois métodos fenotípicos: o teste agar vermelho Congo (AVC) e o teste de aderência em placas (AP). Das cepas analisadas 20,8 % foram classificadas como produtoras de biofilmes no AVC e 85,0 % no AP. A maior quantidade de escores qualitativos do teste AVC permitiu caracterizar cepas com produção incipiente de biofilmes, sendo, portanto, mais sensível que o teste AP. Deste modo, a detecção da capacidade de síntese de biofilmes pela cepas analisadas indica a necessidade de ações direcionadas aos produtores para a melhoria da qualidade e segurança destes produtos

  • THAÍS SILVA DA ROCHA
  • BIOACESSIBILIDADE E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DOS POLIFENÓIS NATURALMENTE PRESENTES NO JUÁ (Ziziphus joazeiro M.)

  • Data: 24/04/2015
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  • Frutos são tradicionalmente conhecidos como fontes de compostos bioativos, especialmente os polifenois que atuam como antioxidantes. Atualmente além da quantificação desses compostos nos alimentos, sua bioacessibilidade tem sido bastante investigada. O objetivo dessa pesquisa foi estudar o juá (Ziziphus joazeiro M.), fruto típico da caatinga nordestina, por meio da sua caracterização nutricional e possível toxicidade, a bioacessibilidade dos polifenóis  e identificação dos compostos fenólicos. Para determinação da composição centesimal foram utilizadas metodologias oficiais; os compostos bioativos (polifenóis,carotenóides, flavonóides e antocianinas) foram determinados por espectrofotometria; o ácido ascórbico foi determinado pelo método de Tillmans, a atividade antioxiante in vitro foi realizada utilizando os ensaios TEAC-ABTS e ORAC. A bioacessibilidade dos compostos fenólicos por meio de uma simulação de digestão in vitro e a identificação dos polifenóis utilizando-se cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). O teste de toxicidade foi realizado utilizando o bioensaio com Artemia Salina. Os resultados indicam que a polpa do juá apresentou um bom conteúdo de carboidratos (19,95%), um baixo teor de proteínas (0,86%) e não apresentou lipídeos. Em relação à quantificação dos compostos bioativos o fruto pode ser considerado fonte de compostos antioxidantes, pois apresentou alto teor de flavonóides e ácido ascórbico. O método de extração de polifenóis utilizando os solventes água e etanol foram mais eficientes quando se empregou ondas ultrassônicas. Os extratos aquoso (405,8 ± 6,01mg/100mg) e etanólico (394,9 ± 24,401mg/100mg) obtiveram um maior teor de polifenóis pelo método de ultrassom, a atividade antioxidante pelo método TEAC ABTS foi maior para os extratos aquoso (17,3 ± 1,91 mM de trolox/ g e 15,1 ± 1,09 mM de trolox/ g), na agitação contínua e pelo ultrassom, o extrato etanólico também obteve bons resultados pelos dois métodos agitação e ultrassom, respectivamente (8,1 ±1,63 mM de trolox/ g e 8,4 ± 0,59 mM de trolox/ g), para o método ORAC o potencial antioxidante foi maior nos extratos aquoso (23,60 ± 1,08 µMol de trolox/g) e etanólico (35,29±4,10 µMol de trolox/g) quando se utilizou o ultrassom. Os compostos fenólicos do juá se mostraram bioacessíveis, apresentando uma liberação desses compostos da matriz alimentar pela ação das enzimas digestivas e da microbiota intestinal, resultando num aumento significativo no teor de polifenóis nos extratos digeridos da fase 1 (446,5 ± 7,20 mg/100g). Houve também um aumento na atividade antioxidante após a fase 1 da digestão nos métodos TEAC ABTS e ORAC, 19,39±1,71 mM trolox/g e 103,64±6,34 µM trolox/g, respectivamente. Foram identificados o ácido gálico, catequina, quercetina, epicatequina, ácido p-cumárico, ácido sináptico e ácido elágico. No extrato aquoso e no extrato etanólico os compostos majoritários foram o ácido elágico, o ácido gálico e a epicatequina. No extrato acetônico além do ácido elágico, ácido gálico e epicatequina, destacou-se também a catequina; a digestão in vitro mostrou diferentes efeitos sobre a liberação dos polifenóis, da matriz alimentar, pois para alguns polifenóis houve um aumento da sua liberação com a digestão, como no caso do ácido gálico, epicatequina e quercetina, enquanto para outros polifenóis a digestão levou a sua degradação, como no caso da catequina, ácido p-cumárico, ácido sináptico e ácido elágico; em relação à toxicidade o juá não é considerado tóxico de acordo com o bioensaio com Artemia Salina.

  • GINA KATHALINE DA COSTA ABREU
  • DESENVOLVIMENTO DE IOGURTE À BASE DA POLPA DA MANGABA (HANCORNIA SPECIOSA).

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 23/04/2015
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  • O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um iogurte à base da polpa da mangaba (Hancornia speciosa). Os frutos para elaboração do produto foram fornecidos pela EMBRAPA Meio-Norte e o produto foi elaborado no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos e Análise Sensorial de Alimentos do Departamento de Nutrição- CCS/UFPI. Foram elaboradas duas formulações de iogurte, um tradicional e outro light que foram submetidas à análise sensorial, sendo a versão light a preferida entre os assessores. O iogurte light à base da polpa da mangaba foi analisado e comparado com o fruto quanto à composição centesimal, características físico-químicas, compostos bioativos e atividade antioxidante. As análises foram realizadas em triplicata e os resultados obtidos expressos como média e desvio-padrão. Foi aplicado teste do chi-quadrado para verificar diferenças entre as proporções do teste pareado; para testar a diferença entre pH e acidez em relação ao tempo aplicou-se o teste de médias de Tukey pelo método One Way ANOVA: Post Hoc. O teste t de Student foi utilizado para verificar a existência de significância estatística entre as variáveis: composição centesimal, características físico-química, compostos bioativos e atividade antioxidante. O erro aceitável foi de 5%. Não foi verificada diferença estatísticamente significativa em relação à umidade (mangaba: 82,55 ± 0,16; iogurte: 82,95 ± 0,04), e à lipídios (mangaba: 1,30 ± 0,00; iogurte: 1,00 ± 0,00). Ao contrário, houve diferença significativa (p<0,05) para cinzas (mangaba: 0,73 ± 0,06; iogurte: 0,90 ± 0,02), proteínas (mangaba: 3,73 ± 0,10; iogurte: 4,90 ± 0,47) e carboidratos (mangaba: 11,51; iogurte: 10,26). A mangaba (69,64 ± 0,31) apresentou Valor Energético Total superior ao iogurte (72,66± 0,08), alto teor de vitamina C (71,01 ± 0,67) e ambos, mangaba e iogurte, apresentaram teores elevados de compostos fenólicos, 311,11 ± 4,17 e 182,96 ± 2,17, respectivamente. A atividade antioxidante foi avaliada por dois métodos, DPPH (1,1-difenil-2-picrilidrazil) e ABTS (2,2’ – azinobis (3 – etilbenzotiazolina – 6 – ácido sulfônico)). Nos dois métodos, o fruto apresentou maior atividade antioxidante que o iogurte, mas este também apresentou atividade antioxidante relevante. O iogurte foi avaliado quanto à sua vida de prateleira, onde constatou-se que sua vida útil foi de 21 dias, com poucas alterações em relação à pH, acidez e contagem microbiológica. Concluiu-se que o iogurte light à base da polpa de mangaba representa uma opção de consumo da mangaba, além do produto ter apresentado importante atividade antioxidante, o que o torna um alimento funcional.

  • EDJANE MAYARA FERREIRA CUNHA
  • COMPOSIÇÃO QUÍMICA E  ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM LINHAGENS DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata L. Walp.).

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 17/04/2015
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  • O presente estudo foi realizado com o objetivo determinar a composição química e a atividade antioxidante de duas linhagens de feijão-caupi, antes e após o cozimento em dois diferentes lotes.  As análises foram realizadas em triplicata nas linhagens cruas e após o cozimento sob pressão em panela doméstica. Os resultados obtidos foram expressos como média e desvio-padrão. Realizou-se análise de variância por meio do método de One Way ANOVA: Post Hoc e as médias comparadas pelos testes t de Student e de Tukey ao nível de 5%. O tempo de cozimento para as duas linhagens foi inferior a 15 minutos (linhagem MNC-774F-78: 13 minutos e linhagem MNC04-795F-159: 12 minutos). Observou-se que o cozimento influenciou a composição centesimal, exceto para proteínas, com diferença estatística significativa (p<0,05) para todos os outros nutrientes, quando comparou-se as amostras cruas e cozidas. O conteúdo de umidade variou 10,21 a 10,27% nas linhagens cruas, apresentando aumento (62,02 – 62,69%) nas linhagens cozidas. Ao passo que o conteúdo, nos feijões crus, de cinzas (3,68 – 3,70%), lipídios (1,48 – 2,18%) e carboidratos (63,25 – 63,30%), reduziram-se após o cozimento. Os grãos cozidos apresentaram 1,41 – 1,49%, 1,27 – 1,96% e 15,24 – 14,11%, respectivamente, para o nutrientes cinzas, lipídios e carboidratos. O conteúdo de compostos bioativos (exceto antocianinas), as amostras cruas da linhagem MNC-774F-78 apresentaram os maiores teores destes compostos com significativa (p<0,05) redução dos mesmos nas amostras cozidas e retenção no caldo de cocção. Quanto a atividade antioxidante (pelos dois métodos ABTS e DPPH), a linhagem MNC-774F-78 apresentou maior atividade. Houve diferença estatisticamente significativa na atividade antioxidante dos extratos das amostras crua, cozida e caldo de cocção, nas duas linhagens analisadas. Concluiu-se que embora o cozimento tenha promovido alterações na composição centesimal, teores de composto bioativos e atividade antioxidante das duas linhagens analisadas, as mesmas ainda mantiveram as características nutricionais.

  • RODRIGO BARBOSA MONTEIRO CAVALCANTE
  • EFEITO DO PROCESSAMENTO TÉRMICO NO CONTEÚDO DE COMPOSTOS ANTIOXIDANTES EM CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp).

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 16/04/2015
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  • Objetivou-se verificar o efeito da cocção no conteúdo de compostos antioxidantes em cultivares de feijão-caupi (BRS Marataoã, BR 17 Gurguéia, BRS Itaim, BRS Cauamé e BRS Guariba). Os feijões foram cozidos sem maceração (1:5 p/v) em panela de pressão por 13 minutos. Determinou-se a composição centesimal, valor energético, compostos bioativos (polifenóis totais, flavonóides, antocianinas e taninos condensados) e a capacidade antioxidante. As análises foram realizadas em triplicata em três diferentes lotes e os resultados expressos como média + desvio padrão. Na análise estatística foi utilizado o teste t de Student para verificar diferença entre a média dos feijões crus e cozidos. Por meio do método de One Way ANOVA: Post Hoc aplicou-se o teste de médias de Tukey ao nível de 5% para as demais variáveis. Em relação à composição centesimal, a única diferença significativa (p > 0,05) foi no teor de umidade com valores de 10,69 a 11,37% nos grãos crus e 63,32 a 75,43% nos grãos cozidos. Apenas a cultivar BRS Marataoã apresentou discreta redução (1,24%) no valor energético. Na quantificação dos polifenóis totais, observou-se um decréscimo nos grãos cozidos com significativa retenção no caldo. A cultivar BRS Marataoã destacou-se com os maiores teores de polifenóis totais e flavonóides totais nos grãos crus, cozidos e caldo. Observou-se nas cultivares uma diminuição nos teores de taninos condensados e antocianinas totais, apresentando os grãos crus os maiores teores, com destaque para a BRS Itaim. A capacidade antioxidante foi diferente para os grãos crus, cozidos e caldo, sendo os melhores resultados nas amostras sem tratamento, com destaque para a BRS Marataoã e BR 17 Gurguéia. Concluiu-se que o cozimento influenciou a concentração dos compostos bioativos e a atividade antioxidante dos grãos, recomendando-se o consumo do feijão-caupi com o caldo de cocção para maior retenção dos compostos antioxidantes.

  • ANA RAQUEL SOARES DE OLIVEIRA
  • Status do Magnésio e sua Relação com Marcador Inflamatório em Mulheres Obesas

  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 14/01/2015
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  • INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado concentrações plasmáticas reduzidas de magnésio em indivíduos obesos.  Nesse sentido, a deficiência de magnésio parece constituir-se em uma importante causa de ativação de vias pró-inflamatórias, sendo associada ao desenvolvimento de um estado inflamatório crônico de baixo grau presente na obesidade. Assim, este estudo avaliou a relação entre o status do magnésio e a proteína C reativa em mulheres obesas. MÉTODOS: Estudo transversal, envolvendo 131 mulheres, com idade entre 20 e 50 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo caso (obesas, n=65) e grupo controle (mulheres eutróficas, n=66). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura, bem como analisadas a ingestão de magnésio, concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias desse mineral, além da proteína C reativa sérica. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.5. As concentrações do magnésio plasmático, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrofotometria de absorção atômica de chama (λ= 285,2). A determinação da proteína C reativa sérica foi realizada por turbidimetria. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: Os valores médios do consumo de magnésio estavam inferiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias do magnésio plasmático foram de 0,78 ± 0,08 mmol/L para as obesas e de 0,77 ± 0,07 mmol/L para o grupo controle (p>0,05). A média do magnésio eritrocitário foi de 2,44 ± 0,49 mmol/L e de 2,43 ± 0,38 mmol/L para as obesas e para o grupo controle, respectivamente (p>0,05). A excreção urinária deste mineral foi inferior aos valores de referência em ambos os grupos, sem diferença significativa (p>0,05). A concentração média de proteína C reativa foi respectivamente, 2,37 ± 1,98 mg/L e 1,78 ± 0,50 mg/L para as obesas e para o grupo controle (p>0,05). Houve correlação positiva entre o magnésio urinário e a proteína C reativa sérica (p<0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo, pode-se concluir que as pacientes obesas ingerem teor dietético reduzido de magnésio, o que parece induzir a hipomagnesúria como mecanismo compensatório para manter as concentrações plasmáticas do mineral em valores adequados. Associado a isso, o estudo revela uma correlação positiva entre as concentrações urinárias desse mineral e a proteína C reativa sérica, sugerindo a influência da hipomagnesúria sobre essa proteína inflamatória nas mulheres obesas avaliadas.

  • CAMILA MARIA SIMPLÍCIO REVOREDO
  • Status do Zinco, Polimorfismo Arg213Gly no Gene da Superóxido Dismutase 3 e sua Relação com Biomarcadores do Risco Cardiovascular.

  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 14/01/2015
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  • INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares constituem importante causa de morte prematura em todo o mundo. Interações entre fatores ambientais e genéticos resultam em aumento do risco para essas desordens metabólicas. Nesse sentido, o zinco, por participar do sistema de defesa antioxidante, tem sido um elemento de grande interesse em pesquisas sobre o tema. Além disso, a presença do polimorfismo Arg213Gly no gene da superóxido dismutase 3 parece reduzir a atividade antioxidante dessa enzima na parede vascular. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar o status do zinco, o polimorfismo Arg213Gly no gene da superóxido dismutase 3 e sua relação com biomarcadores do risco cardiovascular em adultos saudáveis. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, com 186 universitários, de ambos os gêneros, idade entre 20 e 30 anos. Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura.  A análise da ingestão de calorias, macronutrientes e zinco foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin versão 1.6.0.7. As concentrações plasmáticas e eritrocitárias do mineral foram determinadas por espectrofotometria de absorção atômica de chama. O polimorfismo (SNP) foi determinado pelo sistema Taqman com primer e sonda específica, a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD), pela metodologia do fabricante Randox, e o perfil lipídico, por métodos enzimáticos colorimétricos. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows 18.0. RESULTADOS: Os valores médios do consumo de zinco estavam superiores à EAR em ambos os gêneros. Os participantes apresentaram concentrações médias de zinco no plasma e eritrócito inferiores aos pontos de corte. Em relação à genotipagem do SNP Arg213Gly, não foi encontrado nenhum participante com o alelo variante Gly. A atividade da enzima SOD encontrava-se dentro dos valores de normalidade. Os valores médios do perfil lipídico, índices de Castelli I e II, bem como da circunferência da cintura estavam adequados, de acordo com os valores de referência. Houve correlação negativa entre o zinco dietético e colesterol total e triglicérides  (p=0,026; p=0,029) e entre o zinco plasmático e a atividade da SOD (p < 0,001). CONCLUSÃO: A partir dos resultados desse estudo, pode-se concluir que não parece existir participação direta do zinco sobre o risco cardiovascular nos participantes avaliados, bem como verifica-se que estes indivíduos não possuem polimorfismo Arg213Gly no gene da enzima superóxido dismutase 3, o que impossibilita a identificação da relação entre essa variável e marcadores do risco para a manifestação de tais doenças.

2014
Descrição
  • MARÍLIA ALVES MARQUES DE SOUZA
  • Identificação e Bioacessibilidade dos Polifenois Naturalmente Presentes na Folha e no Cálice da Vinagreira (Hibiscus Sabdariffa L.)

     

  • Data: 29/08/2014
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  • O consumo de alimentos fontes de compostos bioativos, especialmente de polifenois, tem sido apontado como fator protetor para saúde e sua bioacessibilidade no organismo tem sido bastante pesquisada. Sabe-se que as hortaliças e as frutas são fontes importantes de diversos compostos antioxidantes. Neste contexto encontra-se a vinagreira (Hibiscus Sabdariffa L.), largamente utilizada, por várias populações mundiais, como alimento, condimento e base para elaboração de fitoterápicos. Desta forma, este estudo objetivou realizar a caracterização nutricional,  a bioacessibilidade dos polifenois presentes no cálice e  na folha da vinagreira, por meio de uma digestão in vitro e identificação dos compostos fenólicos por CLAE. Para determinação da composição centesimal foram utilizadas metodologias oficiais; os compostos bioativos (polifenóis e carotenoides) foram determinados por espectrofotometria; a atividade antioxiante in vitro foi realizada utilizando os ensaios TEAC-ABTS e ORAC. A bioacessibilidade dos compostos fenólicos por meio de uma simulação de digestão in vitro e a identificação dos polifenóis por meio de cromatografia líquida de alta eficiência. Os resultados obtidos indicam que a folha da vinagreira apresentou alto teor de proteína (8,91 %) e o cálice de carboidrato (8,74 %), os mesmos também demonstraram baixo teor de lipídeos (1,02% e 1,45%, respectivamente); na quantificação dos compostos bioativos (β-caroteno), verificaram-se resultados maiores na folha quando relacionados ao cálice. O método de extração de polifenóis utilizando os solventes água, etanol e acetona foram mais eficientes quando se empregou ondas ultrassônicas; os extratos etanólicos e acetônicos tanto da folha (240,81 ± 2,38 mg.100 g-1,  244,39 ± 5,54 mg.100 g-1) quanto do cálice (198,76 ± 0,81 mg.100 g-1, 171,36 ±1,09 mg.100 g-1) da vinagreira apresentaram os maiores teores de fenólicos totais;   a atividade antioxidante por ORAC na extração etanólica foi superior aos demais (75,20 ± 0,87 µMol de trolox/g para a folha e 45,76 ± 1,25 µMol de trolox/g para o cálice) e TEAC na extração acetônica (8,16 ± 0,81 mM de Trolox/g para a folha e 4,72 ± 0,81 mM de Trolox/g para o cálice), com valores superiores aos de muitas frutas consideradas como boas fontes de antioxidantes.  Os compostos fenólicos tanto da folha quanto do cálice da vinagreira se mostraram bioacessíveis, apresentando uma liberação desses compostos da matriz alimentar pela ação das enzimas digestivas e da microbiota intestinal, resultando num aumento significativo no teor de polifenóis nos extratos digeridos da fase I (733,4 ± 7,29 mg.100 g-1 para a folha e 1173,76 ± 5,80 mg.100 g-1 para o cálice). Foram identificados nos extratos aquoso, etanólico e acetônico tanto da folha quanto do cálice oito polifenóis, destacando-se a catequina, epicatequina, ácido p-cumárico e o ácido gálico; a digestão in vitro mostrou um efeito diverso sobre a liberação dos polifenóis, da matriz alimentar, de forma individual, para alguns polifenois houve um aumento da sua liberação com a digestão, como no caso do ácido gálico, enquanto para outros polifenóis a digestão levou a sua degradação, como no caso da catequina. Podendo-se inferir que tanto o cálice quanto a folha da vinagreira são boas fontes de polifenóis com atividade antioxidante e que a digestão aumente a liberação desses compostos a partir da matriz alimentar.

  • NATALIA QUARESMA COSTA MELO
  • CARACTERÍSTICAS NUTRITIVAS E SENSORIAIS DE FORMULAÇÕES DE BAIÃO- DE-DOIS ELABORADAS A PARTIR DE ARROZ INTEGRAL E FEIJÃO-CAUPI BIOFORTIFICADOS

  • Data: 29/08/2014
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  • Objetivou-se com o presente estudo avaliar as características nutritivas e sensoriais de formulações de baião-de-dois elaboradas a partir de arroz integral e feijão-caupi biofortificados. Foram analisadas: amostras de grãos verdes de quatro cultivares de feijão-caupi (BRS Aracê, BRS Guariba, BRS Tumucumaque e BRS Xiquexique), sendo três biofortificadas e um controle (BRS Guariba); amostras de grãos integrais de duas cultivares de arroz (Chorinho e Comercial), a primeira biofortificada e a segunda controle; e cinco formulações de baião-de-dois: Baião Padrão (arroz polido comercial + feijão-caupi BRS Guariba); Baião Controle (arroz integral Chorinho + feijão-caupi BRS Guariba); Baião 1 (arroz integral Chorinho + feijão-caupi BRS Aracê); Baião 2 (arroz integral Chorinho + feijão-caupi BRS Tumucumaque); e Baião 3 (arroz integral Chorinho + feijão-caupi BRS Xiquexique). Foram realizadas as seguintes análises: Teor de Amilose Aparente em grãos integrais das cultivares de arroz; Tempo de Cocção, por calor úmido, nos grãos de cultivares de arroz e feijão-caupi; composição química, incluindo a composição centesimal, o Valor Energético Total (VET) e o conteúdo de minerais nos grãos crus e cozidos das cultivares de arroz e feijão-caupi e nas formulações de baião-de-dois. As análises de aminoácidos foram realizadas apenas nas formulações de baião-de-dois. A avaliação sensorial das formulações de baião-de-dois foi realizada por meio dos testes de Escala Hedônica (Baião Padrão, Controle, 1, 2 e 3) e Comparação Múltipla (Baião Controle e Baiões 1, 2 e 3). Todas as análises foram realizadas em triplicata, exceto a determinação de perfil de aminoácidos, que foi em duplicata, e os resultados foram expressos em média ± desvio padrão. Realizou-se análise estatística utilizando a Análise de Variância e as médias foram comparadas pelos testes t de Student e Tukey (p<0,05). Com relação à composição centesimal das cultivares de arroz, todos os nutrientes foram maiores na cultivar Chorinho, exceto para a umidade nas amostras de grãos cozidos das cultivares; quando comparou-se as amostras de grãos da mesma cultivar nos estados crus e cozidos, observou-se que geralmente o tratamento térmico reduziu os conteúdos de cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos e, consequentemente, o VET. Com relação à composição centesimal das cultivares de feijão-caupi, o tratamento térmico reduziu o conteúdo de cinzas (0,82 a 1,08%), proteínas (9,30 a 11,61%), carboidratos (20,12 a 22,17%) e, consequentemente, o VET (140,73 a 146,19 Kcal/100g). A cultivar BRS Tumucumaque comportou-se diferentemente das demais, com aumento no conteúdo de proteínas e redução no conteúdo de lipídeos, após o tratamento térmico. Com relação a composição centesimal das formulações de baião-de-dois, destacaram-se as formulações Baião 1 e Baião 3 para os teores de cinzas e proteínas, respectivamente (1,37±0,02 e 8,24±0,18%). Com relação ao conteúdo de minerais nas formulações de baião-de-dois elaboradas, destacaram-se para Fe e Zn o Baião Controle (6,76±0,69) e o Baião 1 (3,88±0,06), respectivamente. A formulação Padrão apresentou teores mais elevados para os aminoácidos estudados, exceto para o aminoácido triptofano, com destaque para os teores de glutamina e arginina. Concluiu-se que o arroz integral Chorinho possui boas características nutritivas; tanto as cultivares de arroz como as de feijão-caupi foram afetadas pelo processamento térmico, aumentando ou reduzindo o conteúdo de nutrientes. A formulação de baião-de-dois Padrão apresentou maiores teores para a maioria dos aminoácidos pesquisados, e o Baião 3 (arroz integral Chorinho+ feijão- caupi BRS Xiquexique) pode ser indicado para o consumidor como um prato mais nutritivo que o tradicional e de boa aceitação.

  • MAIARA JAIANNE BEZERRA LEAL RIOS
  • Caracterização de Farinhas de Cultivares Comerciais de Feijão-Caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) 

  • Data: 29/08/2014
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  • Cultivares de feijão-caupi tem sido desenvolvidas por meio de melhoramento genético clássico, visando à predominância de caracteres agronômicos desejáveis e uma melhor qualidade nutritiva. No Brasil o feijão-caupi é considerado alimento de primeira necessidade na dieta da população nordestina, é cultivado predominantemente no sertão semiárido da região Nordeste e consumido, principalmente, na forma de grãos secos. A produção de farinha por meio da secagem é uma opção de processamento do feijão-caupi, na busca de um produto com maior valor nutritivo e de maior estabilidade durante o armazenamento. O objetivo desse estudo foi determinar a composição físico-química e microbiológica de farinhas de cinco cultivares geneticamente melhorados de feijão-caupi: BRS Cauamé, BRS Guariba, BRS Xiquexique, BRS Novaera e BRS Itaim.. De cada cultivar de feijão-caupi estudada foram obtidas 2 tipos de farinhas, uma a partir do processamento dos grãos integrais e outra obtida a partir de grão descorticados (sem tegumento). Analisaram-se a composição centesimal (umidade, cinzas, lipídios, carboidratos e proteínas), o Valor Energético Total, os parâmetros físicos (Índice de Absorção de Água, Índice de Solubilidade em Água, granulometria e diâmetro médio da partícula) o conteúdo mineral (ferro, zinco, cobre, manganês, cálcio, fósforo e magnésio) e as características microbiológicas (Salmonella sp, coliformes a 45ºC e Bacillus cereus). Os resultados mostraram que o teor de umidade das farinhas dos grãos descorticados foi inferior ao das farinhas de grãos integrais correspondentes. As farinhas, em geral, apresentaram baixo teor lipídico, variando de 1,53 a 4,70mg/100g. As farinhas apresentaram teor protéico concordante com a literatura e o teor de proteínas nas farinhas variou de 21,72 a 26,94mg/100g. As farinhas também se mostraram boas fontes de energia. A granulometria mostrou que as farinhas possuíam partículas pequenas (variando de 250,97 a 359,28µm) e eram uniformes.  O Índice de Absorção de Água foi baixo e o Índice de Solubilidade em Água foi elevado para todas as farinhas estudadas. Somente as farinhas de grãos integrais das cultivares BRS Cauamé e BRS Xiquexique conferem fonte do mineral cálcio. Com relação ao ferro, as farinhas de grãos descorticados das cultivares BRS Novaera e BRS Itaim são fontes deste mineral, enquanto que, as demais farinhas possuem elevado teor de ferro. Com relação aos demais minerais estudados (zinco, cobre, fósforo, magnésio e manganês) todas as farinhas analisadas revelaram-se com elevado teor dos mesmos. Com relação às análises microbiológicas as farinhas apresentaram-se inócuas. Concluiu-se que as farinhas estudadas tanto as de grãos integrais quanto de grãos descorticados são nutritivas e possuem qualidades físicas que permitem sua utilização na fabricação de produtos alimentícios, oferecendo assim à população alimentos com melhor valor nutritivo.

     

  • THIAGO LEAL BARBOSA HIPÓLITO
  • CONCENTRAÇÕES DE COBRE E CERULOPLASMINA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 15/08/2014
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  • INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Acredita-se que o cobre e a ceruloplasmina estejam envolvidos no desenvolvimento dessa doença e que possam ser utilizados como biomarcadores no diagnóstico e prognóstico da mesma. OBJETIVO: Objetivou-se com este estudo analisar as concentrações de cobre e ceruloplasmina em mulheres com câncer de mama. MÉTODOS: Estudo caso-controle conduzido em 52 mulheres adultas; 26 com câncer de mama (caso) e 26 sem a doença (controle), assistidas na Clínica Ginecológica do Hospital Getúlio Vargas em Teresina – PI. As concentrações de cobre plasmático foram medidas por espectrofotometria de absorção atômica de chama, e a ceruloplasmina sérica analisada pelo método de nefelometria. Na análise de associação entre variáveis categóricas utilizou-se o teste qui-quadrado (χ 2). Os grupos foram comparados pelo teste “t” de Student, para as variáveis com distribuição normal, e teste de Mann Whitney, para aquelas com distribuição não normal. O coeficiente de correlação linear de Pearson foi utilizado para correlações paramétricas, e o coeficiente de correlação de Spearman, para aquelas não-paramétricas. O p-valor <0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: O estudo não revelou diferença significativa entre as concentrações de cobre, bem como de ceruloplasmina nos grupos caso e controle (p>0,05). No entanto, as médias (DP) de cobre e ceruloplasmina nas mulheres com câncer de mama apresentaram-se discretamente superiores (87,74 ± 33,53 / 83,46 ± 20,26; 36,52 ± 10,17 / 35,75 ± 10,57), respectivamente. Mostrou, ainda, não haver correlação linear entre as concentrações de cobre plasmático e ceruloplasmina sérica no grupo com câncer de mama (r = 0,039; p>0,05). CONCLUSÕES: O estudo demonstrou não haver relação entre as concentrações de cobre e de ceruloplasmina e o câncer de mama, porém, evidencia tendência de elevação desses biomarcadores nas mulheres com a doença.

  • ROCILDA CLEIDE BONFIM DE SABÓIA
  • (In) Segurança Alimentar e Nutricional de Famílias em Cenários da Estratégia Saúde da Família em Teresina.

  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 30/05/2014
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  • O quadro de insegurança alimentar no Piauí é alarmante, e faz-se urgente, portanto, revertê-lo ou minimizá-lo, mediante ações interligadas que envolvam o poder público e a população, com a finalidade de erradicar a fome.Este estudo teve como objetivo conhecer a situação de segurança e insegurança alimentar e nutricional de famílias assistidas pela Estratégia Saúde da Família, em Teresina Piauí, e associar a situação de segurança e insegurança alimentar e nutricional às características socioeconômicas, demográficas e de saneamento. O estudo foi conduzido no período de novembro de 2012 a junho de 2013, constituído por 322 famílias, cujos chefes responderam ao questionário referente à Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e ao questionário socioeconômico e demográfico. A inserção dos dados no banco foi feita no software SPSS, versão 21.0. Na análise univariada foi feita a análise descritiva por meio de média e desvio-padrão das variáveis quantitativas e proporções, e intervalo de confiança de 95% (IC95%) para as variáveis qualitativas. Na análise bivariada para verificar associação entre a classificação de segurança e insegurança segundo a EBIA e as características socioeconômico, demográficas e de saneamento foi utilizado o qui-quadrado de Pearson (c²).A análise multivariada foi feita por meio da regressão logística multinominal, onde obteve-se estimativas da oddsratios e intervalos de confiança (método de Woolf) ajustados para variáveis de confusão. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP/ UFPI, sob CAAE número 12144013.30000.5214. Na constituição familiar predominou média de 4,1 pessoas por domicílio. A renda média encontrada foi de R$ 1191,6, e renda per capita média de R$ 325,00. A prevalência de Insegurança alimentar foi de 65%, sendo 35,6% insegurança alimentar leve, 16,1% moderada e 13,3%. Encontrou-se associação com a insegurança alimentar: renda familiar e per capita(p< 0,001), tipo de casa (p=0,021), número de cômodos (p=0,001), número de moradores no domicílio (p=0,011), água disponível dia e noite (p=0,036), chefe de família (p=0,048), outras rendas (p=0,020) e o programa Bolsa Família (p=0,002).Controlando as variáveis de confusão por meio da análise multivariada, mantiveram-se associadas à insegurança alimentar leve: tipo de casa (p=0,049,OR=0,57,IC 0,32-0,99). Com a insegurança alimentar moderada permaneceram associados: renda per capita (p=0,004,OR=6,17, IC=1,79-21,21), tipo de casa (p=0,005,OR=0,34,IC=0,16-0,72) e chefe da família (p=0,014,OR=0,027, IC=0,09-0,80). Com a insegurança alimentar grave permaneceram associados: renda per capita (p=0,048,OR=3,52,IC=1,02-12,74), número de cômodos (p=0,013,OR=3,65,IC=1,31-10,15), chefe da família (p=0,014,OR=4,10,IC=0,06-0,57) e Bolsa Família (p=0,032,OR=4,10,IC=1,13-14,90). A elevada prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave deve ser um indicador importante para rever as políticas públicas que atendem a essa população, visando adequadas melhorias do acesso aos alimentos tanto em quantidade quanto em qualidade, educação nutricional e geração de emprego e renda, de forma a garantir a segurança alimentar.

  • SUELI MARIA TEIXEIRA LIMA
  • Consumo de Nutrientes com Ação Antioxidante e sua Relação com o Perfil Lipídico e o Estresse Oxidativo em Estudantes Usuários de Unidade de Alimentação e Nutrição

  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 30/04/2014
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  • INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado consumo alimentar inadequado entre universitários, com baixa ingestão de nutrientes antioxidantes, tornando este grupo vulnerável ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Considerando esses aspectos, pode-se destacar o papel da dieta na modulação de fatores de risco cardiovasculares, como níveis de lipídios séricos e fenômenos oxidativos. Este estudo avaliou o consumo de nutrientes com ação antioxidante e sua relação com o perfil lipídico e o estresse oxidativo em estudantes usuários de unidade de alimentação e nutrição. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, envolvendo 145 universitários, com idade de 20 a 30 anos, distribuídos em dois grupos: usuários da UAN (n=73) e não usuários (n=72). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea (IMC) e da circunferência da cintura (CC), bem como analisadas a ingestão de calorias, macronutrientes e micronutrientes com ação antioxidante a partir do questionário de frequência de consumo alimentar. O padrão de ingestão de referência utilizado para macronutrientes foi a faixa de distribuição aceitável de macronutrientes e, para os micronutrientes, utilizou-se os valores de necessidade média estimada propostos pelas DRIs. Foram determinadas as concentrações séricas de colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides, pelo método enzimático colorimétrico utilizando-se kits ROCHE e, as concentrações do malondialdeído por cromatografia líquida de alta eficiência. Utilizou-se testes estatísticos para variáveis paramétricas e não paramétricas, adotando-se o nível de significância de 5% na decisão dos testes. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows 18.0. RESULTADOS: Os valores de ingestão de macronutrientes encontravam-se dentro das faixas de recomendação, em ambos os grupos. Nos usuários da UAN, a ingestão de energia, proteína, carboidratos e ácidos graxos polinsaturados estava significativamente maior, e menor consumo verificado para os ácidos graxos saturados. Os valores de ingestão para os micronutrientes cobre, zinco, selênio e vitamina C estavam dentro das recomendações nos grupos pesquisados, e os de vitamina A e E inferiores, sendo que, nos usuários da UAN, a ingestão de cobre e vitamina E estava significativamente maior.

    Quanto ao perfil lipídico, os estudantes usuários da UAN apresentaram concentrações séricas significativamente menores de colesterol total, LDL-c e HDL-c, comportamento semelhante verificado para o malondialdeído. Houve correlação entre a ingestão de vitamina C e triglicérides (r=-0,306; p=0,008); entre os indicadores IMC e colesterol total, LDL-c, triglicérides e HDL-c (r=0,28, p=0,013; r=0,255, p=0,029; r=-0,245, p=0,000; r=0,429, p=0,037), e entre CC e HDL-c e triglicérides (r=-0,412, p=0,000 ; r=0,449, p=0,000). CONCLUSÃO: A partir desses resultados, pode-se concluir que os estudantes usuários da UAN apresentam melhor padrão de consumo alimentar em relação a macro e a micronutrientes antioxidantes repercutindo num perfil lipídico menos aterogênico e com menor exposição ao estresse oxidativo, quando comparados aos não usuários.

  • KYRIA JAYANNE CLÍMACO CRUZ
  • Parâmetros Bioquímicos Relativos ao Magnésio e sua Relação com Resistência à Insulina em Mulheres Obesas

  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 28/04/2014
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  • INTRODUÇÃO: Estudos têm mostrado concentrações plasmáticas reduzidas de magnésio em indivíduos obesos, o que parece contribuir para a manifestação da resistência à insulina presente nesses pacientes. Portanto, este estudo avaliou a relação entre parâmetros bioquímicos relativos ao magnésio e a resistência à insulina em mulheres obesas. MÉTODOS: Estudo caso-controle, envolvendo 114 mulheres, com idade entre 20 e 50 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo caso (obesas, n=55) e grupo controle (mulheres saudáveis, n=59). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura, bem como analisados a ingestão de magnésio, concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias desse mineral, além dos parâmetros glicêmicos. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o software Nutwin versão 1.5. As concentrações do magnésio plasmático, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrofotometria de absorção atômica de chama (λ= 285,2). As determinações da glicose e insulina séricas foram realizadas pelo método enzimático colorimétrico e de quimioluminescência, respectivamente. A resistência à insulina foi avaliada por meio do índice HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance). Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows 18.0. RESULTADOS: Os valores médios do consumo de magnésio estavam inferiores às recomendações, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações médias do magnésio plasmático foram de 0,81 ± 0,06 mmol/L para as obesas e de 0,79 ± 0,06 mmol/L para o grupo controle (p>0,05). A média do magnésio eritrocitário foi de 2,59 ± 0,41 mmol/L e de 2,53 ± 0,30 mmol/L para as obesas e para o grupo controle, respectivamente (p>0,05). A excreção urinária deste mineral foi inferior aos valores de referência em ambos os grupos, sem diferença significativa (p>0,05). As concentrações médias de glicose e insulina séricas foram respectivamente, 97,57 ± 19,89 mg/dL e 23,78 ± 8,09 µU/mL para as obesas e 81,71 ± 7,56 mg/dL e 13,48 ± 4,91 µU/mL para o grupo controle. Os valores médios do HOMA-IR foram de 5,91 ± 3,00 para as obesas e de 2,73 ± 1,06 para o controle, com diferença significativa entre os grupos (p<0,05). Houve correlação negativa entre o magnésio eritrocitário e os parâmetros glicêmicos avaliados (p<0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo, pôde-se concluir que as pacientes obesas ingerem baixo teor dietético de magnésio, o que parece induzir a hipomagnesúria como mecanismo compensatório para manter as concentrações plasmáticas do mineral em valores adequados. Associado a isso, o estudo revela uma correlação negativa entre as concentrações eritrocitárias desse mineral e os parâmetros do controle glicêmico, sugerindo a influência do magnésio sobre o índice de resistência à insulina nas mulheres obesas avaliadas,

  • LAIS LIMA DE CASTRO ABREU
  • Hipoalbuminemia, estado nutricional, atividade superóxido dismutase e peroxidação lipídica em doentes renais em programa de hemodinálise.

  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 22/04/2014
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  • INTRODUÇÃO: A doença renal crônica constitui-se em importante problema de saúde pública no Brasil, e têm sido referida associação entre presença de baixos níveis séricos de albumina (ALB) ou de desnutrição com morbimortalidade aumentada em doentes em tratamento dialítico. Também tem sido evidenciado que algumas manifestações clínicas da doença renal podem ser decorrentes do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio. OBJETIVO: Avaliar a relação entre a hipoalbuminemia e desnutrição, atividade da superóxido dismutase, peroxidação lipídica e variáveis da BIA em doentes renais crônicos em programa regular de HD, atendidos em clínica de referência de Teresina/PI. MÉTODOS: Estudo analítico do tipo caso-controle envolvendo 64 indivíduos com idade entre 18 a 59 anos, de ambos os sexos, em hemodiálise regular. Foram definidos como casos (n=26) doentes com hipoalbuminemia (ALB <3,5 g/dL), e como controle (n=38) aqueles com ALB ≥3,5 g/dL, pareados por idade, peso corporal, estatura, índice de massa corpórea (IMC) e índice de qualidade da diálise (Kt/V). O estado nutricional foi avaliado com base na circunferência do braço (CB), prega cutânea tricipital (PCT), circunferência muscular do braço (CMB), IMC, circunferência da cintura (CC) e, por bioimpedância elétrica (BIA), o percentual de gordura (%G), ângulo de fase (AF) e a massa celular corporal (MCC). As variáveis bioquímicas (albumina, creatinina, uréia pré e pós-diálise) e hematológicas (hemoglobina e hematócrito) analisadas foram coletadas do banco de dados da clínica que as determina rotineiramente. A concentração plasmática de malondialdeído (MDA) foi determinada pela medida da produção de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico. A atividade da superóxido dismutase (SOD) foi determinada pela quantidade de enzima capaz de inibir em 50% a formação de nitrito. Óxido nítrico (NO) foi quantificado pela concentração de nitrito nos eritrócitos pelo método colorimétrico de Gries. O consumo alimentar de energia, macronutrientes e antioxidantes foi avaliado por meio de inquérito alimentar com questionário recordatório de 24 h em três dias. RESULTADOS: Valores médios de albumina (g/dL) nos grupos caso e controle foram, respectivamente, 3,33±0,16 e 3,74±0,14 (p<0,05). As médias de PCT, %G, hemoglobina, hematócrito, consumo de proteínas (g/dia e g/Kg/dia), ingestão de cobre, resistência, reatância e a relação resistência/estatura foram significativamente menores nos doentes com hipoalbuminemia (p<0,05). Mais de metade dos pacientes de ambos os grupos apresentava desnutrição pelas classificações baseadas em CB, PCT, AF e MCC. Houve associação entre hipoalbuminemia e desnutrição pela adequação da PCT e com percentual de adequação da ingestão de carboidratos. Risco aumentado/muito aumentado de complicações metabólicas pela CC foi encontrado em 50% do grupo caso e 36,8% do controle. Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à SOD, NO, MDA, consumo de vitaminas C e E, zinco e selênio, ou ainda quanto à creatinina e ureia pré e pós-hemodiálise. Houve correlação positiva entre os níveis séricos de albumina e consumo de proteínas, AF, IMC e % G no grupo caso. CONCLUSÃO: A análise realizada evidenciou associação entre hipoalbuminemia e desnutrição relacionada com redução do tecido adiposo de reserva e com aporte de carboidratos inferior ao recomendado. Contudo, não foi encontrada relação entre hipoalbuminemia com os marcadores de atividade antioxidante ou peroxidação lipídica utilizados.

  • RAYSSA GABRIELA LIMA PORTO LUZ
  • Influencia do estádio de maturação no teor de compostos bioativos e atividade antioxidante no cajuí (Anacardium humile St. Jill) e castanhola (Terminalia catappa Linn).

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 15/04/2014
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  • A flora do Cerrado possui diversas espécies frutíferas com grande potencial de utilização agrícola, que são tradicionalmente utilizadas pela população local por meio do consumo in natura ou processadas na forma de sucos, licores, sorvetes, geléias e doces, porém pouco comercializadas oficialmente. Objetivou-se com o presente estudo verificar a influência do estádio de maturação no teor de compostos bioativos e atividade antioxidante nos frutos cajuí (Anacardium humille St. Hill) e castanhola (Terminalia catappa Linn). Os frutos em três estádios de maturação foram colhidos na EMBRAPA - MEIO NORTE-PI e no campus da Universidade Federal do Piauí, em dois lotes. A seleção dos frutos foi realizada mediante seu estado de conservação e estádio de maturação. Determinou-se o conteúdo de fenólicos totais, antocianinas, proantocianidinas, carotenóides e atividade antioxidante pelos métodos ABTS, DPPH e FRAP nos três estádios de maturação. Para análise dos dados, foi criado um banco no Programa Statistical Package for the Social Sciences, version 17,0; e aplicado o teste t de Student. O nível de significância adotado foi de p < 0,05 (5%) para todos os testes. Os resultados demonstraram que o teor de fenólicos totais variou significativamente entre os estádios de maturação, destacando-se o estádio verde (1421,33 ± 28,62 mgGAE/100g para o cajuí e 12803,17 ± 1,10 mgGAE/100g para a castanhola). Verificou-se a presença de antocianinas na castanhola em maior quantidade no estádio maduro (4,94 ± 5,13 mg cy-3-glu.100g -1) e obteve-se no cajuí elevado teor de carotenóides com destaque para o estádio verde (180,53 ± 0,01 mg β-caroteno.kg -1). Em ambos os frutos foi detectado a presença de proantocianidinas (taninos condensados) em maior quantidade no estádio verde (37,41 ± 0,00; 60,04 ± 3,32 mgEC.100g -1 para o cajuí e castanhola, respectivamente)  Os frutos estudados apresentaram elevada atividade antioxidante confirmada pelos três métodos (ABTS, DPPH e FRAP). Concluiu-se que os frutos pesquisados apresentaram elevados teores expressivos de compostos bioativos e demonstraram elevada atividade antioxidante.

  • CECÍLIA TERESA MUNIZ PEREIRA
  • Staphylococcus aureus em leite e queijo de coalho: Perfil de genes enterotoxigênicos e resistência antibiótica.

  • Orientador : MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
  • Data: 04/04/2014
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  • O queijo de coalho é um produto tradicional da região Nordeste do país, tendo elevada importância econômica e cultural. A matéria prima utilizada para elaboração deste tipo de queijo é, na maioria das vezes, o leite in natura, o que faz com que este produto seja fonte de micro-organismos patogênicos, dentre estes os Staphylococcus aureus. A presença desta bactéria nos produtos lácteos tem importância pela possibilidade da presença de potentes superantígenos, as enterotoxinas estafilocócicas (EE), que são a causa da intoxicação alimentar estafilocócica. Este micro-organismo é também o principal agente etiológico das mastites bovinas, cuja terapia antibiótica se torna difícil pela existência de cepas multirresistentes, podendo ainda ocorrer a disseminação dessas cepas, por meio da cadeia dos produtos lácteos. Este trabalho avaliou a qualidade microbiológica de 40 amostras leites e 30 amostras de queijos de coalho, produzidos em três propriedades rurais, na cidade de Teresina-Piauí. Para tanto, primeiramente foi realizada a contagem total de micro-organismos mesófilos aeróbios e ou facultativos e, em seguida, buscou-se isolar e identificar S. aureus, assim como detectar a presença de genes das enterotoxinas clássicas e o perfil de sensibilidade antibiótica de cepas deste micro-organismo, isoladas destes produtos lácteos. Foram observados para os mesófilos contagens elevadas, cujas médias variaram de 2,3 x 104 a 3,4 x 107 UFC/mL para as amostras de leite e 4,8 x 106 a 2,5 x 108 UFC/g para as amostras de queijo. Staphylococcus coagulase positivos (SCoP) apresentaram contagens que variaram de 5,0 x 101 para o leite pasteurizado, menor que 101 a 8,1 x 104 UFC/mL para o leite cru, e 5,5 x 102 a 3,5 x 106 UFC/g para o queijo de coalho. Dentre as 148 cepas de SCoP isoladas, 109 (73,65 %) foram identificadas como S. aureus, utilizando a combinação de vários testes bioquímicos, sendo a prova de resistência à acriflavina a que revelou maior poder discriminatório para esta espécie. Das 67 cepas de S. aureus analisadas quanto à presença de genes das EE clássicas, 38,8 % amplificaram para o gene sec, não sendo detectado nenhum outro gene das EE avaliadas. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos, para as 98 cepas de S. aureus testadas evidenciou alta frequência de resistência aos betalactâmicos, algumas também revelaram fenótipo MLSB, e outras apresentaram múltipla resistência, não tendo sido detectadas cepas MRSA. Nesta pesquisa foi demonstrada, portanto, insatisfatória qualidade microbiológica para os produtos avaliados, revelando ainda a presença de cepas de S. aureus portadoras de gene enterotoxigênico e elevada resistência antibiótica. Assim, a partir do diagnóstico obtido, faz-se necessário conduzir ações direcionadas aos produtores para a melhoria da qualidade e segurança destes produtos.

  • LIVIA PATRICIA RODRIGUES BATISTA
  • Anemia e fatores associados em crianças menores de cinco anos em assentamentos rurais de Teresina

  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 24/03/2014
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  • A anemia embora seja um importante problema de saúde pública, que afeta principalmente populações menos desenvolvidas, pouco se conhece sobre sua prevalência em crianças que residem em assentamentos rurais no Brasil, ainda que as inadequadas condições de vida a que normalmente estão submetidas, sejam associadas a uma maior prevalência da doença. Desse modo esse trabalho tem como objetivo estimar a prevalência de anemia e investigar os fatores associados em crianças menores de cinco anos de assentamentos rurais de Teresina. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com enfoque quantitativo, descritivo e analítico, realizado em domicílios dos nove Projetos de Assentamentos do Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Teresina, tendo participado da pesquisa 131 crianças. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários sobre as condições socioeconômicas e demográficas, segurança alimentar e aspectos de saúde da criança. Foram realizadas aferições de peso e estatura, para avaliação do estado nutricional, sendo classificados segundo os índices P/I, E/I, P/E e IMC/I. O diagnóstico de anemia foi dado por meio da dosagem de hemoglobina em sangue venoso, através de contador automático, sendo consideradas anêmicas crianças com valores de hemoglobina inferior a 10,3 g/dL (menor de 6 meses – Saarinen) e 11,0 g/dL (6 a 59 meses - WHO). Os dados foram analisados pelos programas estatísticos SPSS v.20 e R-Projc, v.3.0.2. Utilizou-se modelo múltiplo de Regressão de Poisson para determinar as variáveis associadas à doença. A prevalência de anemia na população estudada foi de 29,0% e o modelo de Poisson mostrou maior prevalência da doença nas crianças menores de 24 meses, que habitavam em domicílios de taipa ou alvenaria inacabada, com aglomeração de uma ou mais pessoas por cômodo, que eram filhos de mães adolescentes, em famílias com menor renda per capita, em situação de insegurança alimentar e entre àquelas que não estudavam em creche ou escola. A prevalência de anemia nas crianças configura a situação como problema moderado de saúde pública, estando associada a aspectos socioeconômicos e demográficos e de insegurança alimentar, demonstrando a importância de ações de desenvolvimento social e combate a fome, além das ações de intervenções de controle da anemia, para uma efetiva resolução do problema.

  • MÁRCIA LUIZA DOS SANTOS BESERRA PESSOA
  • Anemia Ferropriva, Antropometria e Consumo Alimentarem Pré-Escolares do Município de Teresina-Piauí.

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 21/03/2014
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  • Realizou-se o presente estudo com o objetivo de avaliar a prevalência de anemia ferropriva, antropometria e o consumo alimentar em pré-escolares da rede pública municipal de Teresina, Piauí. O estudo foi do tipo transversal, descritivo e analítico, aleatorizado com 400 crianças na faixa etária de 2 a 6 anos, alunos de Centros Municipais de Ensino Infantil, de ambos os sexos. Foram avaliadas características como os dados socioeconômicos, antropométricos, concentração de hemoglobina e consumo alimentar dos pré-escolares. A amostra teve distribuição normal, média de idade de 4,5 anos, a média de peso foi de 17,7kg e altura média de 105 cm. O tempo em que as crianças estavam matriculadas nas creches variou, em média, entre 15 e 20 meses. A escolaridade predominante entre mães e pais foi o nível fundamental, com 50% e 53,3%, respectivamente. A renda familiar da maioria das famílias foi de 1 a 2 salários mínimos e havia em média cinco pessoas na família. Quanto às características de saneamento básico, apenas o item esgotamento sanitário e asfalto não era frequente em 100% das residências. Quanto à prevalência de anemia verificou-se que 36% das crianças estavam com anemia ferropriva, sendo mais frequente nas crianças do Centro Municipal da Zona Sudeste, caracterizando diferença estatisticamente significativa entre as médias comparadas com o local de estudo e a concentração de hemoglobina. Do total de crianças estudadas a maioria (74,8%) estava eutrófica, 11,5% com risco de excesso de peso, 8,5% com excesso de peso e apenas 5,2% apresentou magreza. Com relação à distribuição do estado nutricional e a presença de anemia, entre as crianças que não estavam anêmicas, a maioria estava eutrófica. Observou-se associação positiva entre anemia e estado nutricional. Os grupos de alimentos que apresentaram as maiores frequências de consumo (consumo diário) foram arroz, pão, biscoitos salgados, bolo doce e salgado (93,3%); Feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja (70,5%); Leite (69,3%) e Manteiga/Margarina (56,0%). Os grupos de alimentos de consumo mais raro foram os vegetais tais como: couve, espinafre, brócolis e outros vegetais verde-escuros (87,8%); Cenoura crua (83,3%); Cenoura cozida, abóbora amarela e jerimum (62,8%); Farinha de milho, preparações com fubá de milho (56,5%); Queijos e iogurte (52,7%); Gema de ovo (64,3%) e Abacate (86,5%). Na categoria das carnes, vísceras e miúdos (56,8%) verificou-se uma maior porcentagem para consumo raro, assim como carne de porco e frango (71,8%); carne de cabra e similares (87,8%). A carne bovina teve consumo moderado, pois o consumo diário (47,0%), foi o maior em relação às outras frequências. Os pescados tiveram uma porcentagem maior de consumo raro/nunca (41,8%), apesar de não se caracterizar como elevada, seguido de frequência de duas a quatro vezes por semana (32,0%) e de consumo semanal (25,5%), demonstrando assim um baixo consumo destes alimentos. Também foram menos consumidos (nunca/raramente) alimentos como achocolatado (63,5%); farinhas (espessantes) de arroz, amido de milho, aveia e outros (74,0%), além de rapadura e doces (79,0%), amendoim, castanhas e amêndoas (85,5%). Na correlação entre os grupos de alimentos, hemoglobina e IMC-para-Idade verificou-se que existe uma correlação positiva (p<0,05) entre alimentos fontes e/ou facilitadores de ferro com o aumento da concentração de hemoglobina e com o estado de eutrofia das crianças pesquisadas. Grupos de alimentos energéticos e proteicos apresentaram uma correlação positiva com o estado nutricional de risco de excesso de peso. Concluiu-se, portanto, que 36% dos pré-escolares estavam anêmicos, 74,8% eutróficos e apresentavam um baixo consumo de alimentos fontes de ferro e facilitadores de sua absorção.

  • VERBENA CARVALHO ALVES
  • Apectos Micologicos e Micotoxicológicos de pães tipo Hot-Dog influenciados pela qualidade da farinha de trigo.

  • Orientador : MARIA CHRISTINA SANCHES MURATORI
  • Data: 11/03/2014
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  • RESUMO

    O pão está presente na vida do homem desde os seus primórdios.

    De uma forma geral, tem presença expressiva à mesa dos brasileiros, até mesmo

    como refeição principal. Muitos ingredientes usados no preparo de pães oferecem

    riscos de contaminação por fungos. Dentre eles, a farinha pode disseminar

    propágulos fúngicos no ambiente industrial, que em condições ideais de umidade e

    temperatura, podem produzir micotoxinas com propriedades imunossupressoras,

    alergênicas, teratogênicas, mutagênicas e carcinogênicas. Os principais gêneros

    contaminantes de alimentos produtores de micotoxinas são: Aspergillus, Penicillium

    e Fusarium. O presente estudo objetivou verificar os aspectos micológicos e

    micotoxicológicos de pães tipo hot-dog influenciados pela qualidade da farinha de

    trigo. Semanalmente, foram efetuadas em duas panificadoras de Teresina, PI,

    coletas de farinha de trigo e pães tipo hot-dog elaborados com a mesma farinha de

    trigo que foi amostrada. Este procedimento foi repetido por 15 semanas em cada

    estabelecimento pesquisado, com 30 amostras de farinha e 30 de pães, totalizando

    60 unidades experimentais. As variáveis avaliadas foram: umidade relativa do ar

    (URA); temperatura ambiental; atividade de água (Aa); contagem de fungos

    filamentosos e leveduras; isolamento e identificação de gêneros micotoxigênicos;

    perfil toxígeno de espécies fúngicas por cromatografia de camada delgada (CCD); e

    detecção de aflatoxina B1 e ochratoxina A por cromatografia líquida de alta eficiência

    (CLAE). As contagens de fungos filamentosos e leveduras das amostras de farinha

    de trigo e de pães tipo hot-dog da panificadora “A” foram semelhantes (P>0,05),

    entretanto, na panificadora “B” a contaminação fúngica dos pães foi maior que a da

    farinha de trigo. No total das amostras foram isoladas 66 cepas de fungos

    filamentosos pertencentes a oito gêneros e, pode-se constatar que a variedade de

    fungos foi maior na farinha de trigo do que nos pães. Não foram detectadas cepas

    de Aspergillus das seções Flavi e Nigri com potencial capacidade para produção de

    AFB1 e OTA. Na totalidade amostral não foram detectadas aflatoxina B1 e

    ochratoxina A. Concluiu-se que a qualidade da farinha de trigo influencia os

    aspectos micológicos e micotoxicológicos dos pães produzidos e que os produtos

    são seguros para consumo sob o aspecto micotoxicológico analisado.

  • NARA VANESSA DOS ANJOS BARROS
  • Influência do cozimento na composição centesimal, minerais, compostos bioativos e atividade antioxidante de cultivares de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.)

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 10/03/2014
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  • O presente estudo visou determinar a influência do cozimento na composição centesimal , minerais, compostos bioativos e atividade antioxidante de cultivares de feijão-caupi (Vigna unguiculata  (L.) Walp) . Foram analisadas quatro cultivares melhoradas geneticamente de feijão-caupi: BRS Milênio, BRS Xiquexique, BRS Tumucumaque e BRS Aracê. Analisou-se a composição centesimal (umidade, cinzas, lipídeos, proteínas e carboidratos) das cultivares cruas e após o cozimento. O conteúdo mineral foi determinado por espectrometria de emissão atômica com fonte de plasma indutivamente acoplado. Os compostos bioativos quantificados foram fenólicos totais, flavonoides totais, flavanois totais e antocianinas. As aminas bioativas foram identificadas e quantificadas por meio da cromatografia líquida de alta eficiência. A atividade antioxidante foi avaliada pelo método de captura dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) e ABTS (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico). Todas as análises foram realizadas em triplicata e os resultados expressos como média + desvio-padrão. Aplicaram-se os testes estatísticos, t de Student, Tukey e Análise de Variância. O nível de significância adotado foi de p<0,05 (5%) para todos os testes. Em relação à composição centesimal, o conteúdo de umidade ficou na faixa de 9-11% nas cultivares cruas e aumentou nas cozidas (50-60%). O conteúdo de proteínas aumentou de forma significativa (p<0,05) para as cultivares cozidas Milênio (24,03+0,40) e Aracê (26,37+0,21), ao passo que o teor de cinzas e carboidratos diminuíram após o cozimento nas quatro cultivares avaliadas. Para o conteúdo de ferro, destacaram-se as cultivares cruas Xiquexique (7,60+0,2) e Milênio (5,57+0,1), enquanto que para o zinco, as cultivares cruas Aracê (4,19+0,05) e Milênio (3,88+0,0). O teor de minerais diminuiu significativamente nas cultivares após o cozimento (p<0,05), observando-se elevadas quantidades destes nos respectivos caldos de cocção. Para os compostos bioativos, a cultivar Aracê apresentou os maiores conteúdos de compostos fenólicos totais antes (205,10+2,89) e após (150,62+2,64) o cozimento (p<0,05). Foram identificadas as poliaminas espermina e espermidina nas cultivares, destacando-se a Milênio (crua – 120,5 mg/Kg; cozida – 50,4mg/Kg) e Tumucumaque (crua – 116,2 mg/Kg; cozida – 47,9 mg/Kg), com perdas significativas (p<0,05) após o cozimento. Não foi detectada a presença de antocianinas e flavonois nas cultivares. Para a atividade antioxidante, observaram-se comportamentos diferenciados para cada cultivar nos dois métodos avaliados. Antes do cozimento, a cultivar Aracê apresentou maior atividade antioxidante pelos dois métodos avaliados DPPH (614,7+5,43) e ABTS (660,1+7,98). Após o cozimento, a cultivar de destaque pelo método DPPH foi a Xiquexique (419,8+6,80), e pelo método ABTS foi a Milênio (552,1+4,78). Observaram-se elevadas concentrações de compostos bioativos e atividade antioxidante nos caldos de cocção. Concluiu-se que após o processamento, estas mantiveram características nutritivas e funcionais relevantes, recomendando-se o consumo do feijão-caupi com o caldo de cocção para retenção de compostos com propriedades antioxidantes.

  • ALINE MARIA DOURADO RODRIGUES
  • Isolamento e identificação de leveduras em mel produzido no Piauí

  • Orientador : MARIA MARLUCIA GOMES PEREIRA NOBREGA
  • Data: 10/03/2014
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  • O mel possui um padrão microbiológico característico, devido a sua rica composição físico-química, com um alto grau de resistência a proliferação de micro-organismos, no entanto a presença de leveduras osmotolerantes podem promover a fermentação deste produto. Dessa forma, este estudo objetivou isolar e identificar leveduras a partir da micobiota presente no mel produzido no Estado do Piauí. Para isso, foram analisadas 97 amostras de méis florais de Appis melífera adquiridas em duas cooperativas de mel do Piauí, sendo 50 amostras adquiridas em um entreposto de mel da microrregião de Picos e 47 da microrregião de Simplício Mendes. As análises realizadas foram atividade de água (Aa), contagem total de micro-organimos, identificação morfológica e molecular (PCR). A atividade de água dos méis apresentou valores de 0,49 e 0,55, os valores médios para a contagem total de micro-organismos foram 2,2 e 2,09 UFC.g-1 em log10(x+1). Foram isoladas sete leveduras que de acordo com a identificação morfológica foram identificadas Pichia anômala (2), Kloeckera apiculata (2), Zygosaccharomyces bailii (1), Kazachstania exígua (1) e Brettanomyces bruxellensis (1). A análise por meio de PCR mostrou a presença de DNA das leveduras isoladas. Conclui-se que a qualidade do mel de abelhas Apis mellifera produzido pelas cooperativas pesquisadas mostrou-se satisfatória quanto à baixa incidência de leveduras, demonstrando a busca pela excelência no beneficiamento dos produtos apícolas.

  • CARLA CRISTINA CARVALHO FONSECA MENESES
  • Avaliação da fragilidade, aspectos psicossociais e nutricionais em uma população de idosos.

  • Orientador : CECILIA MARIA RESENDE GONCALVES DE CARVALHO
  • Data: 21/02/2014
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  • INTRODUÇÃO: A fragilidade é composta por vários fatores psicológicos, sociais e biológicos, fazendo com que se torne multifatorial. OBJETIVO: Analisar fatores psicossociais e nutricionais associados a síndrome da fragilidade em idosos atendidos em ambulatório de geriatria na rede pública do município de Teresina, PI. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo um grupo de 179 idosos caracterizados quanto as variáveis sociodemográficas, comorbidades, hábitos de saúde, índice de massa corporal (IMC), circunferência do braço (CB), circunferência da panturrilha (CP) e risco cardiovascular. Para a análise dos conteúdos referentes aos estímulos indutores idoso frágil, fragilidade e fraqueza muscular foram adotadas a técnica de redes semânticas: tamanho da rede (TR), núcleo da rede (NR), peso semântico (PS) e distância semântica quantitativa (DSQ). Na análise dos critérios de fragilidade foram considerados: perda de peso não intencional, fraqueza muscular, exaustão, diminuição da velocidade de marcha e baixo nível de atividade física. Os dados foram digitados e calculados pelo software aplicativo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) na versão 16.0.RESULTADOS: A idade dos pesquisados variou de 65 a 91 anos, predominância de mulheres (63,7%), não caucasianos (70,4%), casados (52,5%), baixo nível de escolaridade (93,9%), idosos que não moravam sozinhos (91,1%), renda familiar inferior a dois salários mínimos (74,9%). Observou-se diferença estatística entre colesterol alto (p=0,025), osteoporose (p< 0,001), artrite (p< 0,001) e o sexo dos entrevistados. A maioria dos idosos (79,9%) não foram hospitalizados nos últimos 12 meses, e houve predomínio de idosos sedentários (73,2%). Quanto ao IMC, CB e CP prevaleceu baixo peso (53,6%), eutrofia (46,4%) e não perda de massa muscular (70,4%) respectivamente. Na circunferência da cintura (CC) (p=0,003) e relação cintura quadril (RCQ) (p ˂ 0,001) houve diferença significativa entre os sexos. Diante dos estímulosindutores os termos mais mencionados foram ajuda, dependente e cansaço. Verificou-se que (9,0%) dos idosos foram classificados como frágeis (F), (56,4%) pré-frágeis (PF) e (34,6%) não frágeis (NF). Houve predomínio de fragilidade no sexo feminino (81,3%) e faixa etária de 75 a 84 anos (62,5%). Entre os idosos frágeis a maioria eram não caucasianos (75,0%), viúvos (43,8%), com baixo nível de escolaridade (87,5%), não residiam sozinhos (87,5%) e apresentavam renda familiar de um a dois salários mínimos (87,5%). A maioria dos idosos frágeis (93,8%) mencionaram que possuíam doenças, sendo hipertensão arterial (86,7%) a mais prevalente. Verificou-se que houve associação entre a ocorrência de hospitalização no último ano (p= 0,007) e a prática de exercício físico (p= 0,049) com a fragilidade. Não foi constatado associação do IMC, CB, CP, CC e RCQ com a fragilidade (p˃0,05). CONCLUSÕES: A população idosa deste estudo apresentou perfil sociodemográfico, comorbidades, hábitos de saúde, estado nutricional inadequados exceto para (CB) e sem riscos cardiovasculares. Informações esclarecedoras sobre a fragilidade são importantes para o melhor entendimento desta síndrome. Houve predomínio de pré-fragilidade, apenas constatou-se associação da fragilidade com a ocorrência de hospitalização no último ano e a prática de exercício físico.

     

2013
Descrição
  • LIEJY AGNES DOS SANTOS RAPOSO LANDIM
  • Utilização de biscoito à base de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) biofortificado, em pré-escolares para controle da anemia ferropriva.

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 21/10/2013
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  •     O presente foi realizado com  o objetivo de avaliar o impacto da ingestão de biscoitos à base de farinha de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) variedade BRS-Xiquexique, biofortificado com ferro (Fe) e zinco (Zn), por pré-escolares para controle da anemia ferropriva. O universo consistiu de 262 crianças pré-escolares, matriculadas nos Centros Municipais de Ensino Infantil - CMEI’s da rede pública de ensino de Teresina, na faixa etária de 2 a 5 anos de idade. Foram coletados os dados socioeconômicos e dados sobre a criança, com registro em ficha própria, como também, o consumo alimentar da criança no domicílio, por meio da aplicação do Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA). As crianças foram divididas em dois grupos: grupo controle (G1) que recebeu o biscoito a base de farinha de trigo (BFT), e grupo intervenção (G2) que recebeu o biscoito a base de farinha de feijão-caupi biofortificado (BFFCb) da cultivar BRS-Xiquexique. Foram realizados a coleta de dados antropométricos, colheita de sangue das crianças, diagnóstico de anemia e a ingestão de alimentos nos CMEI’s. Para intervenção, foi produzido biscoitos para os dois grupos (G1 e G2), sendo administrados um pacote de 30g, 3 vezes por semana, por um período de 60 dias e realizado a segunda colheita sanguínea, para determinação do efeito do biscoito sobre o incremento da hemoglobina ou controle da anemia ferropriva e também pesagem dos pacotes dos biscoitos após o oferecimento as crianças para determinação da aceitação. Os resultados demonstraram uma boa aceitação do BFFCb pelas crianças (94,3%). Em relação a anemia, antes da intervenção com o biscoito a prevalência de anemia entre os participantes era de 11,5% (n= 30), sendo que 18 (12,2%) eram do G2 e 12 do G1 (10,4%). Após a intervenção houve redução na prevalência de anemia para 4,2% (n = 11), sendo que 02 (1,4%) eram do G2 e 09 (7,8%) do G1. Constatou-se a eficácia do BFFCb como complemento alimentar no controle da anemia ferropriva.

  • KEILA CRISTIANE BATISTA BEZERRA
  • Características físicas e químicas do fruto da carnaúba (Copernicia prunifera H.E. Moore).

  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 30/08/2013
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  • O crescente interesse mundial por frutas nativas do Brasil tem impulsionado a realização de pesquisas e impelido o cultivo de frutas que hoje são desconhecidas do grande público, na busca pela diversificação de sabores ou de produtos oriundos de alimentos funcionais. Os frutos nativos comercializados na região metropolitana possuem grande aceitação popular e o conhecimento de suas características físicas e químicas geram informações indispensáveis à orientação nutricional, permitindo a composição de uma dieta saudável. O objetivo deste trabalho foi determinar as características físicas, físico-químicas e químicas do fruto (polpa e casca) da carnaúba (Copernicia prunifera). As amostras de carnaúba foram coletadas no município de Teresina-PI, cujos frutos foram selecionados em igual estádio de maturação e despolpados por esmagamento com a remoção do caroço. Analisaram-se as características físicas (peso, diâmetros maior e menor e pH), físico-químicas (acidez total titulável e sólidos solúveis totais), químicas (umidade, cinzas, lipídios, proteínas, carboidratos e fibras alimentares totais), valor energético total e teor de minerais. Comparando os dados obtidos na literatura com os resultados verificados no presente estudo observou-se que, utilizando toda a parte comestível do fruto (polpa e casca) para análise, a carnaúba apresentou um elevado teor de nutrientes. Os resultados demonstraram que o peso médio total do fruto da carnaúba foi de 6,35g e o formato ovalado; um bom rendimento de polpa e casca (47%); baixa acidez titulável (AT) (0,34%), com elevado teor de sólidos solúveis (SS) (48,32 oBrix) e alta relação SS/AT (142,12), indicando elevado grau de doçura. Nas análises químicas obtiveram-se elevados teores de cinzas (3,60%), proteínas (6,70%) e carboidratos (42,79%), baixos teores de lipídios (1,18%) e de umidade (45,73%), estes últimos conferem ao fruto menor perecibilidade, mais estabilidade, facilitando seu manuseio. O fruto apresentou-se como importante fonte de fibras alimentares totais (26,52%), com alto aporte calórico (208,58 Kcal.100g-1). Dentre os minerais pesquisados, o K foi o mais abundante (1284,00mg.100-1), seguido por Mg (66,00mg.100-1), ambos correspondendo a aproximadamente 25% das IDRs. Concluiu-se, portanto, que a carnaúba apresentou-se como uma importante opção de fruto nutritivo para a população, rico em carboidratos e fibras alimentares e fonte dos minerais K e Mg, com potencial para a indústria alimentícia.

  • JANICE ARAUJO LUSTOSA
  • Desenvolvimento e Aceitabilidade d Barra Alimentícia a Bas de Ingredientes Regionais.

  • Orientador : MARIA MARLUCIA GOMES PEREIRA NOBREGA
  • Data: 23/08/2013
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  • Uma tendência de mudança no estilo de vida da população e a crescente preocupação por uma alimentação saudável que, além de nutrir, promova a saúde trouxe como destaque os alimentos funcionais por conterem composto com potencial para retardar o estabelecimento de doenças e, com isso, melhorar, a qualidade e a expectativa de vida. Esta pesquisa visa o aproveitamento de excedentes agrícolas e dos ingredientes regionais e objetivou-se elaborar uma barra alimentícia a base de caju, mel de abelha escuro e mandioca. Para verificar o potencial de aceitação do produto o mesmo foi avaliado quanto às características físico-químicas, microbiológicas, sensorial e intenção de compra. Pode-se observar que o processamento térmico e manutenção sob congelamento da massa do pedúnculo de caju, utilizada como base nas formulações, é uma alternativa viável para o aproveitamento entre safra do subproduto. De acordo com os resultados encontrados a massa do pedúnculo do caju apresentou valor nutricional significativo, as barras alimentícias formuladas apresentaram condições higiênico-sanitárias

    satisfatórias, portanto, próprias para o consumo, as formulações mostraram-se semelhantes quanto ao perfil físico-químico e com características nutricionais relevantes, com destaque para as proteínas. A formulação elaborada com 40% de massa apresentou a melhor aceitação e melhor índice de compra pelos provadores.Esses resultados sugerem que as barras alimentícias elaboradas com massa de pedúnculo de caju e ingredientes regionais  é uma alternativa na elaboração de novas formulações na categoria de snacks.

  • LUANA MOTA MARTINS
  • Relação entre as Concentrações de Cortisol e o Metabolismo do Zinco em Mulheres Obesas Mórbidas.

  • Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
  • Data: 05/08/2013
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  • INTRODUÇÃO: O tecido adiposo é considerado um órgão endócrino que quando em excesso compromete a resposta imune, o metabolismo de hormônios e de alguns nutrientes, entretanto os mecanismos envolvendo a atuação desse tecido na biodisponibilidade de minerais, em particular, ainda são bastante controversos. Nesse sentido, o acúmulo de gordura visceral contribui para o aumento da síntese do cortisol, que por sua vez induz a expressão da metalotioneína, proteína que favorece a redução de zinco no plasma. Portanto, este estudo avaliou a relação entre as concentrações séricas e urinárias de cortisol e o metabolismo de zinco em mulheres obesas mórbidas. MÉTODOS: Estudo transversal, caso-controle, envolvendo 80 mulheres, com idade entre 20 e 59 anos, sendo distribuídas em dois grupos: grupo caso (obesas mórbidas, n=40) e grupo controle (mulheres saudáveis, n=40). Foram realizadas medidas do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura, bem como analisados a ingestão de zinco, concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias desse mineral, além do cortisol sérico e urinário. A análise da ingestão de zinco foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o software Nutwin versão 1.5. As concentrações de zinco plasmático, eritrocitário e urinária foram determinadas segundo o método de espectofotometria de absorção atômica de chama (λ= 213,9). A determinação do cortisol sérico e urinário foi realizada pelo o método de quimioluminescência. Os dados foram tratados no programa estatístico SPSS for Windows 15.0. RESULTADOS: Os valores médios da circunferência da cintura foram de 114 ± 9,20 cm para as pacientes obesas e de 72,08± 4,03 cm para o controle (p<0,05). Quanto à ingestão de zinco, verificou-se diferença estatística significativa entre os grupos estudados (p<0,05). Os valores médios do zinco plasmático foram de 65,97 ± 12,30 μg/dL para as obesas e de 76,39 ± 13,18 μg/dL para o controle. A média de zinco eritrocitário foi de 44,52 ± 7,84 μg/gHb e de 40,17 ± 6,71 μg/gHb para as obesas e para o controle, respectivamente. A excreção urinária deste mineral foi significativamente maior nas mulheres obesas quando comparadas ao controle (p<0,05). Os valores médios do cortisol sérico foram de 9,58 ± 4,86 μg/dL para as obesas e de 9,89 ± 5,61 μg/dL para o controle. As médias do cortisol urinário foram de 163,00 ± 100,35 μg/dL e de 109,71 ± 34,88 μg/dL para as pacientes obesas e para o grupo controle, respectivamente, sendo que não foi verificada diferença significativa (p>0,05). CONCLUSÕES: As pacientes obesas avaliadas nesse estudo apresentam alterações no metabolismo de zinco, sendo essas caracterizadas pela hipozincemia e elevada concentração no eritrócito. Além disso, a análise da correlação entre os parâmetros bioquímicos do zinco e as concentrações séricas e urinárias de cortisol não demonstra a influência desse hormônio sobre o metabolismo desse mineral.

  • AMANDA BATISTA DA ROCHA ROMERO
  • Efeitos da alimentação enriquecida com o fruto do buritizeiro (mAURITIA FLEXUOSA L.f.) sobre o crescimento e parâmetros metabólicos de ratos.

  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 21/06/2013
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  • Os alimentos contêm nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento corporais. Além disso, provável efeito protetor à saúde tem sido atribuído à presença de compostos bioativos encontrados em todas as partes da estrutura das plantas. Estudos retratam alta concentração de ácidos graxos monoinsaturados, carotenoides, polifenois e ácido ascórbico no buriti, fruto típico do cerrado brasileiro. O presente estudo avaliou os efeitos da alimentação enriquecida com o fruto do buritizeiro (Mauritia flexuosa L.f.) sobre o crescimento e parâmetros metabólicos de ratos. Ratos de ambos os sexos foram divididos em grupos controles, alimentados com ração padrão para roedores, e experimentais, alimentados com ração enriquecida com polpa de buriti. Foram feitas análises da composição centesimal, teor de fenólicos totais, carotenoides e atividade antioxidante in vitro da polpa de buriti e das rações. O peso corporal foi verificado diariamente e o comprimento naso-caudal semanalmente. Ao final do experimento, amostras de sangue foram coletadas para análises bioquímicas. A atividade antioxidante in vivo foi determinada por meio da quantificação da enzima catalase, grupos sulfidrila não proteicos e malondialdeído.  O teste t não pareado foi aplicado para comparar as variáveis do estudo, utilizando-se p <0,05 como nível de significância. A polpa de buriti apresentou alto valor nutritivo, alto teor de carotenoides, compostos fenólicos e ácidos graxos insaturados. A ração enriquecida com polpa de buriti apresentou maior valor energético, maior teor de lipídios e carotenoides, e menor conteúdo de proteína quando comparada à ração padrão. O extrato aquoso da polpa de buriti apresentou maior teor de compostos fenólicos que o extrato metanólico. Em relação às rações, os extratos aquoso e metanólico da ração enriquecida apresentaram maiores teores de compostos fenólicos quando comparados aos respectivos extratos da ração padrão e, o extrato aquoso da ração com buriti, a maior atividade antioxidante pelo método DPPH. A alimentação enriquecida com a polpa do buriti não interferiu na evolução ponderal, no crescimento linear, perfil lipídico, glicemia de jejum, função renal e em alguns marcadores da função hepática nos animais, assim como na concentração de catalase no fígado e malondialdeído no plasma, rim e fígado. Os níveis plasmáticos de fosfatase alcalina foram significativamente maiores nas fêmeas e os níveis de albumina e ácido úrico foram menores nos machos, ambos nos grupos experimentais. Os ratos machos do grupo experimental apresentaram maior concentração hepática de grupos sulfidrila não proteicos em relação ao grupo controle. As alterações em marcadores bioquímicos identificadas nesse estudo não são suficientes para atribuir efeitos deletérios do buriti sobre a função hepática. Os aspectos relacionados à ausência de dislipidemia, manutenção da função renal e maior atividade antioxidante indicam que a alimentação enriquecida com polpa de buriti pode ser estimulada como boa fonte alimentar de baixo custo para a população em geral.

  • ADELIANNA DE CASTRO COSTA
  • Perfil Nutricional Relativo ao Ferro em Mulheres Durante o Ciclo Gravídico-Puerperal

  • Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
  • Data: 20/06/2013
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  • CASTRO, A.C. Perfil nutricional relativo ao ferro em mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal. 2013. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição) Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2013.

     

    Introdução: A anemia traz diversas consequências à saúde materno-infantil, por conseguinte, o estado nutricional materno vem sendo foco de estudos, sobretudo devido a sua inadequação ter um papel determinante sobre a saúde da gestante e do concepto. Objetivos: Avaliar o estado nutricional relativo ao ferro em mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal. Casuística e métodos: Estudo transversal descritivo realizado em 205 mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal, do centro sul do estado do Piauí, sendo 106 gestantes e 99 puérperas, de outubro de 2012 a janeiro de 2013, em duas fases, antes (acima de 35 semanas gestacionais) e após o parto (entre 35º e 45º dia pós-parto), tendo desta amostra, 96 mulheres comuns às duas fases do estudo. Foram analisados nos dois momentos do estudo, os seguintes parâmetros bioquímicos: hemoglobina (Hb), ferro sérico (FeS) e ferritina (FeT), sendo a anemia gestacional estabelecida pela concentração de Hb inferior a 11 g/dL, e a puerperal considerada sob dois pontos de corte, Hb <12 g/dL e <11 g/dL. O status corporal do ferro foi analisado segundo os pontos de corte < 50 μg/dL  e < 90 μg/dL para o ferro circulante na gestação e puerpério entre 10 e 120 μg/L e entre 15-150 μg/L para a FeT na gravidez e período pós-parto, respectivamente. Foi ainda aplicado um formulário estruturado, a fim de verificar as variáveis socioeconômicas, clínicas e obstétricas das participantes. Utilizou-se os pacotes estatísticos Epi-Info 6.04 e os dados foram exportados para o SPSS 10.0. Resultados: As prevalências de anemia entre as mulheres, antes e após o parto, caracterizam-na, sob o aspecto de saúde pública, como problema de natureza grave. As prevalências de anemia, deficiência de ferro (FeS) e depleção dos estoques (FeT) na gravidez foram: 40,4%,14,7% e 12,3%. No período pós-parto, foram, respectivamente, 68,8%, 67% e 19,2%. No puerpério, a anemia também foi analisada adotando-se outro ponto de corte (Hb <11 g/dL), reduzindo sua prevalência para 37,6%, modificando sua posição de grave para moderado problema de saúde pública, aproximando-se da frequência gestacional encontrada. As prevalências de anemia no período pós-parto foram estatisticamente superiores àquelas encontradas na gestação (p>0,05), com destaque para a diferença significativa do ferro sérico, em relação às duas fases do estudo. Conclusão: O perfil bioquímico do ferro revelou que, a elevada prevalência de anemia encontrada no período pré-parto foi confirmada no pós-parto, sugerindo a permanência do déficit nutricional e acréscimo nas demandas do mineral. Ficou evidente ainda, a redistribuição do pool de ferro circulante, reduzindo suas concentrações após o parto. As prevalências de anemia identificadas nas mulheres no ciclo gravídico- puerperal, classificam essa população como de grave risco nutricional. Nesse estudo, as concentrações de ferritina não caracterizaram o quadro de depleção de ferro que justificasse a anemia ferropriva identificada.

  • ROSÂNGELA LOPES VIANA
  • Ocorrência de Anemia e sua Relação com o Consumo de Alimentos Fontes de Ferro, em Estudantes da Rede Pública Municipal de Teresina, Piauí.

  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 27/03/2013
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  • INTRODUÇÃO: A anemia, presente quando ocorre diminuição anormal na concentração de hemoglobina no sangue, é considerada a principal conseqüência da deficiência de ferro. Tem como principal fator determinante a alimentação insuficiente e ou inadequada no mineral. Configura-se como importante problema de saúde pública quer pela sua alta prevalência, quer pela sua magnitude e efeitos deletérios.   OBJETIVO: Verificar a ocorrência de anemia e sua relação com o consumo de alimentos fontes de ferro, em estudantes da rede pública municipal de Teresina, Piauí. METODOLOGIA: O estudo constituiu – se em pesquisa de campo, desenvolvida em 04 escolas da zona urbana e periférica da região norte de Teresina – Piauí. Estudo transversal, observacional e analítico realizado com 252 estudantes de 10 a 14 anos de idade de ambos os sexos. Foi realizada a verificação da concentração da hemoglobina, aplicação de Questionário de Frequência Alimentar (QFA) com os estudantes e Questionário Sócio Econômico com os pais ou responsáveis. Para a inserção dos dados no banco utilizou – se o Programa Excel e para as análises estatísticas foi utilizado o SPSS versão 17.0. IC 95%, Teste de Pearson ou Spearman, quiquadrado ou exato de Fisher. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e realizado com estudantes cujos pais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) RESULTADOS: Os sujeitos da pesquisa foram caracterizados no aspecto sócio econômico com 57,8% das mães com ensino médio completo, renda familiar mensal média de 1,7 salários mínimo e renda mensal per capita de um terço do salário mínimo vigente; 95.6% reside em casa de alvenaria, quase a totalidade com acesso a água tratada e 95,7% com coleta de lixo pelo serviço público. Apenas 35,4% dispõem de serviço de esgoto. 81,4% das famílias dos estudantes são beneficiárias do Programa Bolsa Família. A média de hemoglobina foi de 13,28 ± 0,88g/dL não havendo diferença significativa entre os sexos. A Prevalência de anemia foi de 2,8% (IC95%: 0,7% a 4,8%), sendo 1,7% (IC95%: 0,6% a 3,9%) no sexo masculino e 3,8% (IC95%: 0,5% a 7,1%) no sexo feminino. Em relação ao consumo alimentar diário 92,5% ingerem vegetais ou folhosos uma ou duas porções ao dia, 68,2% ingerem três porções de frutas e sucos naturais três ou mais vezes ao dia. 100,0% ingerem leguminosas uma ou duas vezes ao dia e 100,0% ingerem carne ou ovos diariamente: sendo 81,7% duas porções e 18,3% uma porção ao dia. CONCLUSÕES: A anemia no grupo de estudantes de 10 a 14 anos de Teresina pode ser considerada sob controle. Os estudantes habitam em boas condições ambientais, com exceção da pouca cobertura da rede de esgoto. A freqüência no consumo de frutas e sucos naturais, leguminosas, vegetais e folhosos e carnes e ovos, que são fontes ou facilitadores da absorção de ferro está igual ou superior ao recomendado no Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde.

  • ADEILDES BEZERRA DE MOURA LIMA
  • Níveis de Retinol e Fatores Associados à sua Deficiência em Estudantes de Oito a 14 Anos de Teresina, Piauí

  • Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
  • Data: 26/03/2013
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  • A vitamina A é um composto lipossolúvel, importante para o crescimento, desenvolvimento, manutenção de tecidos epiteliais, reprodução, funcionamento do ciclo visual e atividade do sistema imunológico. No Brasil há pouca informação sobre a DVA em crianças maiores de cinco anos e em adolescentes. Este trabalho objetivou avaliar os níveis séricos de retinol e investigar os fatores associados aos níveis deficientes em estudantes de oito a14 anos de escolas públicas nas zonas urbana e rural de Teresina, Piauí. Foi realizado um estudo transversal, com enfoque descritivo e analítico em quatro escolas da região norte, sendo uma na zona rural e três na zona urbana. A vitamina A foi analisada pelo método HPLC; para a avaliação nutricional utilizou-se o IMC percentilar e a circunferência da cintura; os dados socioeconômicos foram coletados em questionário próprio e a PCR foi analisada pelo método de aglutinação. Foram adotados os seguintes pontos de corte: DVA ˂0,70µmol/L e deficiência subclínica 0,70 – 1,05 µmol/L. O universo da amostra foi de 264 estudantes, com a média de idade de 10,9 anos e em sua maioria de sexo feminino. A média de escolaridade materna de 5,9 anos. A maioria das famílias tinha renda per capita entre 0,25 e 0,5 SM, com serviços públicos de abastecimento de água e coleta de lixo. A prevalência de DVA foi de 8,6% e a de deficiência subclínica foi de 35,6%, sendo estas mais frequentes na faixa etária de 12 a 14 anos e moradores