JORNALISMO E DISCURSOS: AS CONSTRUÇÕES ENUNCIATIVAS SOBRE INFÂNCIAS EM JORNAIS IMPRESSOS DO MARANHÃO
Discursos. Infâncias. Jornalismo. Maranhão.
O objetivo desta pesquisa é analisar é analisar como são produzidas e coladas em circulação as construções enunciativas sobre infâncias pelos jornais do Maranhão, O progresso e O Estado do Maranhão. A partir dos pressupostos da Teoria dos Discursos Sociais buscou-se apontar quais as estratégias enunciativas utilizadas; identificar os modos de dizer dos dois jornais sobre infâncias, além de conhecer como cada jornal se posiciona no mercado simbólico quanto ao tema analisado. Aliás, é necessário dizer que o método utilizado, a análise de discursos, se interessa pela compreensão dos discursos postos em jogo não para atribuir sentido a eles, mas, para reconhecer os mecanismos pelos quais são postos em jogo, pelo processo de produção social. A escolha dos dois suportes de comunicação que integram a análise assenta-se na premissa de que existem similaridades entre eles, tais como: formato, periodicidade, circulação entre outros; aspectos necessários já que se pretende desenvolver uma análise comparativa que baseia-se na proposta de Pinto (2002), Lopes (2004), Araújo (2000) e Verón (2004), que busca reconstituir as operações discursivas a partir das marcas presentes nos textos. O corpus de análise é composto por 21 matérias que se encontram no intervalo de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2014. Partimos da hipótese de que os jornais constroem discursivamente noções de infâncias onde se cruzam representações de: criança protegida, criança em risco, criança delinquente. Outra hipótese é que os jornais O Progresso e O Estado do Maranhão ao se reportarem sobre infâncias utilizam-se de estratégias semelhantes. Entendemos que as construções enunciativas sobre infâncias nos jornais do Maranhão podem ser encontradas na superfície textual, nas marcas formais deixadas pelos processos sociais de produção de sentidos, seja em caráter de reprodução, manutenção e/ou transformação. Pelo que se pode demonstrar, por meio das análises realizadas, as construções enunciativas sobre infâncias pelos jornais do Maranhão, O Progresso e O Estado do Maranhão engendram regras que constituem níveis relativamente homogêneos do funcionamento tanto em produção como em reconhecimento.