No telejornalismo contemporâneo as transformações no formato técno-estético são uma constante, compreender de que maneira essas mudanças têm ocorrido torna-se fundamental. O objetivo dessa pesquisa é justamente analisar como as transformações no Jornal Nacional foram implementadas de modo a manter e/ou recuperar a hegemonia tecno-estética da rede Globo, sobretudo a fim de atender a estratégias metodológicas que visam à manutenção e/ou ampliação da audiência e de anunciantes do telejornal em tempos de convergência. Fundamentados em observações no período compreendido entre 20 a 25 de abril de 2015 (antigo formato) e 27 de abril a 2 de maio de 2015 (formato recente), como também em dados de revistas publicitárias, são propostos alguns pontos de partida para a presente pesquisa. A hipótese central é que ao mudar o formato do principal telejornal da emissora, o Jornal Nacional, a rede Globo rompeu com a formalidade aparente e as antigas regras de produção, mas ainda apresenta ao público um telejornalismo com traços de formalidade ao continuar seguindo um padrão tecno-estético, embora esse padrão tenha sido reconfigurado como estratégia de reposicionamento no mercado. Para tentar apreender essa reconfiguração no telejornal, recorre-se a Economia Política da Comunicação e do Jornalismo como perspectiva teórica e ao estudo de caso como estratégia metodológica.