Desde suas primeiras publicações no início do século XX, as revistas femininas brasileiras ajudam a legitimar e a disseminar representações sociais, estereótipos, padrões culturais e de comportamento e reforçam crenças de como deve ser o relacionamento homem-mulher, como deve ser a relação entre a mulher e seu corpo, com o trabalho e a família. As revistas femininas também têm acompanhado as mudanças sociais, culturais e políticas que influenciaram e modificaram a vida das mulheres. Neste sentido, o objetivo principal dessa pesquisa é analisar como as capas da revista TPM produzem perfis identitários sobre o feminino na contemporaneidade, uma vez que, desde que foi lançado em 2001, o periódico tem a proposta de apresentar não apenas uma, mas as várias identidades da mulher brasileira, com todas as suas distinções e peculiaridades. Como estratégia metodológica, será feito uso da Análise de Conteúdo Categoria de 49 capas da revista, referentes aos meses de maio e setembro dos anos de 2001 a 2017, com exceção de maio do ano de 2017, quando não houve publicação. Para perceber como o conceito de identidade muda ao longo dos tempos, passando de uma identidade fixa para identidades múltiplas e mutáveis, esta pesquisa se valerá dos estudos sobre identidade dos Estudos Culturais e sua relação com a cultura e a mídia. Já para entender as relações entre identidade e o gênero feminino, será baseado nos debates presentes na Teoria Queer e nos movimentos sociais femininos.