O século XXI segue marcado pelos avanços das mídias potencializado pela internet. Nesse cenário, diferentes formas de interações e mediações são proporcionadas por meio da virtualização e popularização de dispositivos tecnológicos, a exemplo do celular smartphone. Nesse contexto, a investigação ora apresentada surgiu de inquietações sobre a utilização da rede social como ferramenta para compartilhar experiências, expor a rotina diária e conteúdos diversos com a proposta de capitalização da imagem (SIBILIA, 2016). O objetivo consiste em analisar a relação entre mídia e criança na era da internet, em específico na rede social Instagram, na perspectiva de compreender a mercantilização da infância por meio da capitalização da imagem de crianças. Como técnicas de produção dos dados observamos os perfis de “Guiguibashow” e o de “Dudinhashow”, no período de novembro de 2016 a novembro de 2017, organizando e analisando os resultados nas categorias: criança e publicidade, estratégias de persuasão e engajamento, gênero e estereótipos. Com base em Buckingham (2011), Castells (2008), Moraes (2011, 2016), Sibília (2016), Sodré (2003), concluímos que as redes sociais permitem a inserção da criança ao tempo em que a mercantiliza, tornando-a uma ferramenta de marketing, de marcas, produtos e estilos de vida para potencializar o consumo no mundo globalizado, apresentando-a à conveniência do capital financeiro das grandes corporações – um adulto em miniatura e ao mesmo tempo criança em suas espontaneidades e brincadeiras. Consideramos ainda que é necessária uma legislação mais atuante na perspectiva de proteção a infância da criança.