O presente trabalho tem como objetivo compreender a produção de sentidos sobre o ciberfeminismo, pelas afetações manifestadas no fazer cartográfico a partir de fotografias do corpo feminino no Tumblr “Nós, Madalenas”. Através da discussão de conceitos como ciberfeminismo, feminismo, midiatização, comunicação, gênero e subjetividade, em contato permanente com o território de pesquisa, foi possível identificar tais nuances através da análise do Tumblr “Nós, Madalenas” uma página de cunho ciberfeminista composta por fotografias de mulheres com palavras que representam o feminismo escritas em seus corpos. O uso da cartografia, como estratégia de pesquisa, permitiu acompanhar os processos engendrados nos agenciamentos a partir da habitação do território de pesquisa, estando presente desde as afetações na escolha de objeto, às primeiras linhas da introdução, até as considerações finais. A pesquisa é realizada através de uma construção teórico-metodológica a partir de autores como Braga (2012), Butler (2013), Bento (2006), Beauvoir (1960), Castells (2015), Deleuze e Guattari (1982, 1988, 1996, 1997) Wolf (2019) e Xavier (2014). Ao fazer o uso do diário-cartográfico, sistematizado através de 25 cartas, pude compreender as correlações entre o ativismo do Tumblr “Nós, Madalenas” e a quarta onda do feminismo, que, embora seja pouco teorizada até o momento, possui nuances e características próprias que possibilitam uma nova reconfiguração do movimento por meio dos dispositivos interacionais. Deste modo, entendi como o ciberfeminismo faz uso da internet como instrumento de luta política perpetrada por vozes dissidentes e ultrapassa barreiras impostas pelo real.